domingo, 25 de maio de 2008

THE OFFICE - Balanço da 4ª temporada

Com spoiler para quem acompanha a 4ª temporada pelo FX



Embora muitos discordem, The Office é hoje na minha opinião a comédia mais bem escrita e engraçada da tv. A 4ª temporada encerrada no último dia 15 nos EUA, não só foi uma das melhores da série, como confirmou a idéia de que a versão americana amadureceu ganhando uma identidade própria que ajudou a distanciá-la de comparações com a original inglesa estrelada por Rick Gervais.

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    Apesar da temporada mais curta provocada pela greve dos roteiristas, tivemos momentos marcantes e decisões corajosas que renderam um maior desenvolvimento para os personagens (preocupação rara na maioria das comédias). A temporada quebrou, por exemplo, a regra de que personagens que tem atração só devem ficar juntos no final da história. O namoro/noivado de Jim e Pam não só confirmou a química entre a dupla como tornou-os ainda mais carismáticos rendendo diversas sequências engraçadas (quem não riu e se surpreendeu com a cena em que Jim simulara um pedido de casamento na rua?). Outra decisão acertada desta temporada foi a de colocar Ryan como novo chefe(!) de Michael rendendo à dinâmica da dupla uma camada ainda mais bizarra na inversão de papéis e nisso os créditos vão para Steve Carrell, cada vez melhor e mais à vontade no papel imprimindo ao Michael uma personalidade que se altera entre o imbecil ingênuo e o insuportável sem noção.

    Dwight, outro personagem da linha sem noção, também cresceu em função do rompimento do namoro secreto com Angela (insuportavelmente certinha como sempre) e claro, graças às atuações inspiradas de Rainn Wilson em episódios como Dunder Mifflin Infinity (onde ele cria um perfil para entrar no Second Life), Money (no qual Jim e Pam passam a noite na fazenda de beterrabas dele), Branch Wars (onde ataca a filial de Karen em cia de Michael e Jim) e em Did I Stutter? (onde deu um pequeno golpe comercial em Andy).

    Em essência, a verdade é que a 4ª temporada teve poucas falhas e muitos acertos. Os roteiros privilegiaram a noção de que aqueles personagens e situações poderiam ser de fato reais, usando e abusando da capacidade de constranger. E mesmo quando o exagero tomou conta, como na cena de Dunder Mifflin Infinity em que Michael joga o carro dentro do lago para "provar" que a tecnologia era falível, pudemos enxergar sinceridade nas ações dos personagens.

    Assim, quando chegamos ao final com Goodbye, Toby já tinhamos a clara percepção de que a temporada cumprira com louvor a missão de divertir. O final trouxe inclusive vários ganchos brilhantes que aumentam ainda mais a expectativa pela 5ª temporada (que terá 28 episódios). A saída de Toby, a chegada de Holly (e sua incrível e divertida dinâmica com Michael), a notícia de que Pam fora aceita na escola de artes de Nova York (como fica o romance com Jim?), a prisão de Ryan por adulterar dados da empresa, o flagrante da traição de Angela (que aceitara o pedido de casamento feito por Andy) com Dwight e a revelação de que Jam está grávida de um filho que não é do Michael prometem agitar ainda mais a próxima temporada que começa no dia 25 de setembro.

    Momentos mais marcantes da temporada (sem ordem de preferência):

    (1) Toda a sequência da audiência do processo de Jam contra a Dunder Mifflin e da constrangedora leitura do diário de Michael em The Deposition. (2) Dwight e sua segunda versão no Second Life em Money. (3) A exibição do vídeo inacreditavelmente melhor, feito por Michael, sobre a Dunder Mifflin Scranton, em Local Ad. (4) A discussão de Michael e Jam em Dinner Party na qual ele fala sobre quão doloroso era reverter a vasectomia 3 vezes! (5) Michael lamentando profundamente a morte de uma modelo que ele sequer conhecia em The Chair Model. (6) O esporro de Stanley em Michael depois de mais uma 'brincadeira' deste em Did I Stutter? (7) Holly caindo na pegadinha de que Kevin era um funcionário "especial" em Goodbye, Toby.

    E para finalizar, as letras disponibilizadas no blog do roteirista Paul Lieberstein (que faz ou fazia o Toby) das impagáveis versões comentadas por Michael na cena em que ele cantou para homenagear Toby no final da temporada. Dá até para se arriscar a cantar hein?! :p

    "Total Eclipse of the Fart"

    Turn around
    every now and then I get a little bit stinky
    and the farts are coming out of my butt

    I need to fart tonight
    I need to fart forever
    and if you'll only pull my finger
    we'll be smelling farts together

    turn around, fart sound
    Every now and then I cut a fart


    "Beers in Heaven"

    Would you drink a beer/
    If you saw it in heaven/
    Would it taste the same/
    If you drank eleven?

    Take off your clothes/
    And touch your toes
    Cause I know we'll drink a beer
    Beers in heaven


    E você, curtiu esta temporada também? Que momentos destaca e para onde acha que caminhará a trama na próxima?

2 comentários:

  1. Conferi 2 episódios apenas , e eu nem sei de qual temporada eram, e gostei bastante da série.

    Está na fila de séries para assistir. Steve Carrell é muito bom hehehe

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  2. Eu achei essa temporada ótima! E concordo com tudo que vc escreveu. Adorei as letras das músicas, estava super curiosa. :)
    Eu também destacaria o episódio que o Michael foi para o meio do mato e o Dwight ficou por lá para salvá-lo; e o Jim provou um pouco do que é ser chefe e não dar muito certo. E o episódio do Jim e Pam na fazenda do Dwight.

    Eu acho que na próxima temporada o clima romantico-platônico vai ficar entre a Holly e o Michael. A Phyllis vai ter poder sobre a Angela depois que descobriu o segredinho hheheh. Acho que algumas diferenças vão surgir entre o Jim e a Pam, mas acho q ele pede ela em casamento :)

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