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terça-feira, 11 de novembro de 2008

The Sopranos ganha box de luxo com a série completa


Enquanto no Brasil a Warner lança a Coleção Família Soprano, uma caixa bonitona com 28 dvds que traz as seis temporadas da série, chega hoje às lojas americanas o box de luxo The Sopranos - The Complete Series. Com 33 dvds, a caixa traz ainda mais de 3 horas e meia de material extra incluindo vídeos, cenas deletadas inéditas, entrevistas, bastidores e 25 comentários do elenco e da equipe de produção. O preço? US$258! Um presentaço para qualquer fã da série, não? Se alguém quiser me presentear com essa caixa eu aceito, viu? :p

Para celebrar a chegada dessa caixa especial, a Entertainment Weekly, publicou uma entrevista com David Chase, criador e produtor da série onde ele revela várias curiosidades dos bastidores. Você sabia por exemplo, que ele gostaria de ter usado a trilha de O Poderoso Chefão em uma cena da série?

Leia a entrevista

    Dezessete meses já se passaram desde que David Chase fechou a porta para a família mafiosa favorita da tv com um controverso final. Essa semana, a HBO relança os 86 episódios da série em um box de DVD de 4,5 Kg. (Chase brinca dizendo que ela é tão pesada, que você poderia amarrá-la em alguém antes de jogá-lo dentro de um rio). Então que satisfação tardia e arrependimentos Chase tem sobre sua aclamada série?

    EW: É um alívio não ter mais preocupação com vazamentos de detalhes da trama?
    DC: Sim, é. É terrível, ter esse medo. E ele era constante.

    EW: Coleções de séries são grandes sucessos em venda de DVDs. Você tem alguma explicação para isso?
    DC: É como pizza ou pipoca. Você está em casa, está tudo ali. Você pode continuar comendo e o faz. Eu nunca vi tv assim. Na verdade, eu só queria ver Sopranos nas noites de domingo na HBO. Foi assim que fui criado.

    EW: Era agradável, sintonizar a tv para ver algo que era seu?
    DC: Poderia ser um desastre. Eu poderia pensar, 'Meu Deus, isso está acontecendo lento demais, ou: isso está rápido demais. E essas foram as últimas vezes que vi esses episódio. Eu não voltei a vê-los depois.

    EW: Você tem se mantido calado sobre o significado do final da série. Mas nos extras do DVD você admite que estava parcialmente se inspirando no final de 2001: Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick, onde Keir Dullea observa a si mesmo envelhecendo. Aquela cena com os anéis de cebola realmente aconteceram ou era apenas Tony apenas meditando?
    DC: [Longa pausa] Há mais de uma maneira de interpretar aquele final. Isso é tudo o que digo. [Risos]

    EW: Há muito na caixa de DVD sobre a música na série, o que na maioria já eram canções bem populares. Por que não fazer uma trilha original?
    DC: Quando começamos a convesar sobre orçamento, eu disse que queria US$50 mil por episódio para pagar pelos direitos de usar algumas músicas. As pessoas perguntaram, por que? O que essas músicas tem a ver com a máfia? Eu disse, Uhh, eu não posso responder isso. Elas apenas tem que estar lá... Mas você não pode apenas colocar uma música pop sem sentido. Se eu ouvir 'My Girl' mais uma vez numa cena com dois amantes saindo para jantar, vou enlouquecer.

    EW: Teve alguma música que você não conseguiu adquirir os direitos de uso de jeito nenhum?
    DC: Sim, o tema de O Poderoso Chefão. Era para uma cena em que o time de Tony estava sentado assistindo um DVD contrabandeado. Queríamos que o público ouvisse a música de Nino Rota. Francis Ford Coppola autorizou, mas o cara que era o chefão da Paramount na época, Jonathan Dolgen, recusou.

    EW: O que para você, continua sendo a coisa mais inovadora de The Sopranos?
    DC: Hoje temos redes de televisão, essa fantástica mídia comercial. Em toda a história, sobre o que nós nunca falamos de verdade? Dinheiro e a obsessão americana pelo desejo e pelo consumo. A primeira série a fazer isso foi The Sopranos. Era uma série sobre as coisas que tomaram o lugar dos temores existenciais.

    EW: Você disse que não há nenhuma chance de fazer um filme de The Sopranos. Então o que vem pela frente?
    DC: Tenho um acordo para escrever e dirigir um filme para a Paramount. Na verdade tenho duas áreas sobre as quais estou interessado, e estou indeciso sobre qual escolher. Tenho postergado essa decisão há meses.

    EW: Como a durona Livia Soprano diria, "Oh, poor you." (Ah, tadinho)
    DC: [Risos] Eu posso dizer o seguinte: Não escreverei sobre gangsters.


Em outra ótima matéria que também cobre a chegada desse box especial, a EW destaca com a ajuda de David Chase, alguns segmentos do DVD, que dão ainda mais água na boca de quem está louco de curiosidade para conferir tudo.

Alguns destaques dos extras

    PARODIANDO THE SOPRANOS

    EW: Nos extras, há três breves paródias de The Sopranos bem engraçadas dos Simpsons, Mad Tv e do Saturday Night Live. Mas vocês tinham sua própria idéia de paródia, não é?

    DC: Sim, é verdade. Eu costumava falar sobre ela todo ano durante três ou quatro anos. A idéia era que faríamos uma versão para a tv aberta e escalaríamos o elenco de acordo com o gosto da emissora. A única pessoa do nosso elenco que continuaria seria Lorraine Braco, mas ela iria fazer a Carmela. Eles a escolheriam porque ela já fez uma esposa de mafioso antes no filme Os Bons Companheiros. Havia uma idéia também de ter um título com a música tema feita pela emissora. Muitas cores e vários caras correndo com armas.

    SEMENTES DA MUDANÇA

    David Chase: As pessoas costumam me perguntar o tempo todo como me sinto por The Sopranos ter mudado o jeito como as redes de tv fazem as séries, e eu digo que ela não mudou nada. Mas, agora penso que exista um sinal de influência em Mad Men. E não é porque Matt Weiner (criador de Mad Men) trabalhou para mim, ou porque somos amigos. É o conteúdo da série.

    EW: E como é isso?

    DC: [Longa pausa] Porque ela não é sobre punir criminosos ou tratar de questões políticas, ou fingir ter um debate sobre a sociedade americana, ou mesmo apresentar um olhar através do microscópio que permita encontrar pistas no carpete ou apontem um novo estilo cirúrgico. É sobre o dia a dia do trabalho e sobre ser um adulto na América.

    O PAINEL DE DISCUSSÃO SOBRE OS MORTOS DA SÉRIE

    EW: O DVD inclui uma entrevista que você fez com Bryant Gumbel, o roteirista e produtor executivo Terence Winter, e cinco outros membros do elenco, na qual você diz que se arrepende de ter mantido o assassinato de Adriana (Drea de Matteo) fora da cena.

    DC: Isso foi realmente um erro. Na maior parte do tempo, nós vimos pessoas sofrendo os danos físicos. Mas Adriana era tão inocente que você não iria querer ver alguém tão doce como ela partir desse jeito. Eu acho que você poderia dizer que isso é meio machista. Você vê todo mundo tomando tiros. Por que não naquela vez? Por outro lado, a cena foi chocante. Algumas pessoas argumentam dizendo que foi ainda mais brutal porque não vimos como aconteceu.


Será que um dia teremos a oportunidade de botar as mãos nessa caixa aqui no Brasil? Alô Warner! Tá esperando o que?!

sábado, 4 de outubro de 2008

The Sopranos, a máfia como você nunca viu


Antes de conhecer The Sopranos, li e ouvi muitos elogios à série constantemente comparada a clássicos do cinema do nível do Poderoso Chefão e Os Bons Companheiros. E talvez tenha sido justamente por isso que eu tenha demorado tanto para assistí-la (quando comecei a 5ª temporada já estava sendo exibida). Por ingenuidade ou preconceito talvez, sempre achei que a tv não teria espaço para desenvolver algo que respeitasse a tradição dos bons filmes sobre a máfia e que ainda por cima fosse contemporâneo e autêntico. Contudo, bastaram 15 minutos do episódio piloto para que eu percebesse que a criação de David Chase tinha uma força avassaladora impossível de ser ignorada, e assim, me vi rapidamente fisgado pela história de Tony Soprano (o ótimo James Gandolfini), um chefão da máfia de New Jersey que sob intensa pressão de suas duas famílias (a de seus 'associados' e a de casa), mergulha numa depressão que se manifesta com ataques de pânico cada vez mais constantes. Nada de mais à princípio, você poderia pensar, mas é justamente esse pequeno problema que o leva à terapia dando ao espectador uma rara oportunidade de acompanhar um estudo nu e cru sobre os bastidores de um ambiente que sempre desperta curiosidade.

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    The Sopranos não é só uma série sobre mafiosos, mas sobretudo sobre um homem que precisa manter pulso firme como líder, ainda que por baixo da casca de durão, se esconda um sujeito fragilizado por traumas do passado provocados pela relação conflituosa com a própria mãe (a igualmente excelente Nancy Marchand) e que precisa se adaptar aos novos tempos que em nada lembram o glamour da saga imaginada por Mario Puzo, mas que ainda assim, depois de 6 temporadas de grande sucesso, pode e deve ser reconhecida como um grande clássico moderno.

    Nos EUA The Sopranos sempre foi um grande sucesso na HBO, mas aqui no Brasil ela nunca teve a exposição que merece, por isso, como fã, celebro muito a estréia da série no Warner Channel que começa a exibí- la a partir desta 2ª feira dia 6 de outubro às 21h. Se nunca teve a oportunidade de acompanhá-la, ou mesmo nunca assistiu nenhum episódio sequer, não perca a chance de ver como tudo começou e de se fascinar com os textos e o brilhante elenco desta que foi uma das melhores obras já produzidas pela tv.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

As semelhanças entre Don Draper e Tony Soprano


Quem acompanha Mad Men e conhece Sopranos, já deve ter notado que os dois personagens principais dessas séries guardam algumas semelhanças bem interessantes, mas para quem ainda não havia percebido essas sutilezas, um artigo do USA Today assinado por Arienne Thompson e Erin O'Neill ajuda a pontuar muito bem as coincidências entre Don Draper e Tony Soprano.

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    Líder

    •Don Draper

    Executivo poderoso da publicidade. Visto como 'O cara' na agência Sterling Cooper, seu forte temperamento abriu caminho para o topo e permite que ele imponha suas excentricidades sem sofrer reprimendas.

    •Tony Soprano

    Mafioso poderoso. Escolado nas ruas e durão, Tony constrói seu caminho para a liderança da família criminosa de New Jersey com punhos, armas e muita malandragem

    Grande Segredo

    •Draper

    Seu passado. A Guerra da Coréia oferece a Don a chance de mudar sua vida assumindo o nome de um oficial que foi morto. Mas sua personalidade controlada se dissolve em medo quando um colega questiona sua identidade.

    •Soprano

    Terapia. Ataques de pânico ameaçam tirar o melhor dele até que ele procura ajuda psiquiátrica. Ele permanece discreto sobre sua terapia para proteger sua reputação, mas os boatos indicam que ele estaria discutindo segredos da família.

    Esposa sofredora

    •Draper

    Betty parece uma dona de casa suburbana perfeitamente passiva, mas as noitadas de Don na cidade e dua relutância em discutir seu passado a leva para a terapia. Eventualmente ela confronta Don sobre sua infidelidade.

    •Soprano

    Carmela luta para manter sua família unida ao longo dos anos apesar da constante infidelidade de Tony, do medo de sua morte ou prisão, preocupação com dinheiro e o stress de ter que criar seus filhos adolescentes.

    Subordinado problemático

    •Draper

    Pete Campebell. Ambicioso e alpinista social, Pete busca a aprovação de Don em praticamente todas as ações, mas acaba percebendo que suas tentativas de camaradagem - cujo objetivo é tomar o emprego de Don - constantemente acabam não dando em nada.

    •Soprano

    Christopher Moltisanti venera Tony, que por sua vez suporta os vários erros de seu 'sobrinho' com um misto de frustração e afeição, embora eventualmente a relação dos dois seja testada até o limite.

    Aventuras extra-conjugais

    •Draper

    Ser fiel não é uma prioridade para Draper que se mantem cercado de mulheres independentes na cidade. Seu hábito de misturar negócios com prazer eventualmente complica algumas coisas no escritório.

    •Soprano

    Tony se deita com várias mulheres sem nenhuma pinta de remorso. Além das habituais amantes de mafioso, ele também tem uma queda por mulheres de sucesso e poderosas que ameaçam sua vida caseira e sua própria vida de várias formas.

    Problemas com a mãe

    •Draper

    Sua mãe era uma prostituta que morreu durante o parto. Draper nasceu como Dick Whitman e foi criado por uma madrasta fria e que não lhe dava carinho. 'Don Draper' parece se manter afastado dessas circunstâncias mas as misérias de sua infância vem à tona na criação de seus próprios filhos.

    •Soprano

    A amarga e emocionalmente instável Livia. Grande parte da terapia de Tony é gasta discutindo sobre sua manipuladora mãe. Seus sentimentos por não se sentir amado parecem justificadas quando ele descobre que ela e seu tio armaram um atentado contra ele e mesmo depois da morte dela, ele ainda sente o peso daquele laço mal resolvido.


    E aí, você ainda incluiria alguma outra semelhança entre esses dois marcantes personagens da tv?

sábado, 6 de setembro de 2008

Será que o Warner vai acertar com Sopranos?

Mesmo que você nunca tenha acompanhado fielmente, certamente deve saber que The Sopranos foi e ainda continua sendo bastante aclamada pela crítica como uma das melhores séries de todos os tempos. Nos EUA, onde foi encerrada em 2007, a série sempre foi um grande sucesso de audiência, mas aqui no Brasil, por ter sido exclusividade apenas para os que tinham HBO, a repercussão nunca foi a mesma. Pensando nisso (e repetindo uma estratégia que já fora adotada com Six Feet Under antes) o Warner Channel anunciou que irá reprisar a série desde sua primeira temporada a partir do dia 6 de outubro às 21 h.

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    É óbvio que com a onda de problemas apresentados pelos canais a cabo nos últimos meses (falta de legendas, blocos que se repetem, exibições que são cortadas no meio e etc.), seria natural que ficássemos com o pé atrás, sobretudo por conta da linguagem adulta regada à muita violência que sempre foi um elemento marcante da série, e que geralmente poderia significar um indicativo para cortes e censura. Porém, contrariando as expectativas, parece que o Warner realmente pretende dar atenção especial à saga de Tony Soprano e cia exibindo-a na íntegra e sem cortes. Pelo menos é essa a promessa que vemos no site bacana que o canal preparou e na propaganda que apareceu na última semana espalhada por bairros de grandes cidades, como o Rio, onde tirei as fotos que ilustram esse post.


    Falando um pouco mais sobre o site criado pelo Warner Channel para promover The Sopranos, há algumas coisas bem legais como um teste chamado "Quão mafioso você é" (fui identificado como o capo Silvio Dante), além da possibilidade de assistir vídeos e baixar wallpapers bem legais da série e poder saber mais detalhes sobre os atores e os marcantes personagens. Sendo assim, se você nunca teve a oportunidade de acompanhar a série, essa é a sua chance de poder curtir um texto primoroso e que usando a máfia como argumento, discute assuntos muito curiosos como a depressão de um chefe pressionado por suas 'famílias' com altas doses de humor negro e tudo mais que boas histórias podem oferecer. E se já viu, tá aí uma ótima oportunidade de rever tudo de novo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Família Sopranos ganha mega box em DVD

Para matar as saudades dos fãs da aclamada série Família Soprano que terminou em 2007, a HBO vai lançar no dia 11 de novembro nos EUA um box em DVD com todos os 86 episódios divididos em 28 discos mais 3 cds com a trilha sonora e outros 2 DVDs só de material extra.

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    O preço sugerido não será nada baixo - algo em torno de US$400 - mas ainda assim dá para apostar que as vendas alcançarão números bem significativos já que a HBO americana está planejando uma mega campanha de marketing para promover o lançamento do box.

    Dentre os extras estão 16 cenas 'perdidas', uma entrevista com o criador da série, David Chase feita pelo ator e fã, Alec Baldwin (o Jack Donaghy de 30 Rock), uma mesa redonda com os roteiristas e atores da série, uma seleção de diversas homenagens feitas à série nos Simpsons, no Saturday Night Live e etc e ainda além das opiniões de alguns atores sobre as mortes de seus personagens na série.

    Segundo matéria do USA Today, nas entrevistas David Chase fala da carreira e claro, do comentado e controverso final da série. Já entre as cenas deletadas estão uma de Tony beijando a Dra. Melfi no consultório; Big Pussy sendo interrogado após uma prisão por posse de drogas; e uma em que Meadow visita sua avó Livia no hospital onde Janice falsamente afirmou que Tony havia tentado matar a mãe em vez do contrário.

    Nessa mesma matéria, Chase afirma que não está nem um pouco ansioso para fazer um filme baseado na série, mas diz que se uma boa idéia surgir ele até consideraria a chance de fazê-lo se a história ocorresse em algum ponto no meio da série e não depois daquele em que ela se encerrou.

    Hipóteses de filme à parte, só digo que esse box especialíssimo é desde já, meu mais novo sonho de consumo. Resta torcer para que ele também chegue ao Brasil pelo menos para o Natal. Alô Warner, tá aí a dica!