Exibido no dia 19 de outubro nos EUA
É inegável que Dexter continua sendo uma das melhores séries da atualidade e que seu protagonista é um dos personagens mais fantásticos já criados na tv, mas passado 1/3 da trama dessa atual 3ª temporada, tenho a estranha sensação de que o grande arco da história ainda não se definiu totalmente. Nos dois primeiros anos vimos a mecla entre o antagonista e uma ameaça que colocava em risco seu segredo. Primeiro foi com o Ice Truck Killer, e depois o grande risco de ser exposto com o caso de Bay Harbor Butcher e a crescente perseguição de Doakes. Mas e agora, qual é o grande caso da temporada? Dexter precisa encontrar os podres dos Prado que justifique o assassinato 'acidental' do mais jovem deles e 'só'? Duvido, mas seja lá o que surgir dessa situação, é curioso perceber que mesmo quando uma dúvida assim paira no ar, a série ainda consegue se sustentar em pelo menos uma subtrama tão forte que sozinha é capaz de carregar a história nas costas de forma instigante e surpreendente. E ao dizer isso, é claro que estou fazendo referência à realidade de Dexter com a chance de construir uma família real. Uma possibilidade que tem todos os artifícios para aproximá-lo ainda mais de um universo que ele só conhece na teoria, mas que nunca experimentou na prática: o das emoções genuínas e reais.
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All in the Family pode tanto fazer referência à aceitação pessoal de Dexter de construir uma família com Rita, bem como ao fato de que um segredo sempre tem que ficar dentro da família, que no caso é representada pelo laço de confiança criado entre Miguel e Dexter. E por mais que saibamos que suas ações sejam movidas por uma alta carga de manipulação e pelo claro instinto de auto-preservação, fica evidente que Dexter tem mesmo que inconscientemente, desenvolvido uma ligação forte com Miguel. Resta saber se a evolução dessa amizade produzirá um cumplice ou uma vítima. Faça sua aposta.
Ainda sobre a proposta de casamento, devo dizer que a intempestividade de Dexter causou um certo espanto. Nem parece que ele considerou a imensa responsabilidade que o papel de pai de família lhe traria. E mais, parece que ele ainda não refletiu sobre a dificuldade que teria de sair à noite para dar vazão a seu hobby incomum. Digo isso sem querer ser o fã mala, até porque fica claro para mim que esse será exatamente o próximo passo na progressão do relacionamento dele e Rita. E mais, no fundo não dá para dizer que a forma como tudo aconteceu foi apressada quando percebemos que no Dexter de hoje, a distância que separa a racionalidade fria da emoção autêntica e inesperada é cada vez menor, tornando o personagem uma figura ainda mais interessante, e por que não dizer, simpática.
Dentre as outras subtramas da série, não dá para ignorar a que envolve Deb (um contínuo poço de emoções irrascíveis) e a da corregedora da polícia que insiste em ficar no seu pé por causa do detetive Quinn. Sigo curioso para saber o que de tão grave ele pode ter feito, mas depois do que vimos nesse episódio (sua grande capacidade manipuladora principalmente com as mulheres), começo a suspeitar que no fim das contas a coisa toda pode girar 'apenas' em torno de um desejo de vingança por parte dela. Já sobre o dossiê montado por Laguerta e entregue à defensoria pública com o caso envolvendo um inocente que foi condenado por Miguel Prado, fica mais que evidente que sua grande motivação é justamente provocada pela memória do que ocorreu com Doakes.
Confesso que depois da notícia de que Dexter ganhou mais duas temporadas, fiquei um pouco temeroso para saber se conseguirão criar situações suficientemente inovadoras que prolonguem nossa sensação de fascínio pelo personagem. Contudo, basta refletir um pouquinho para perceber que ainda há muito a se explorar por trás daquela mente ao mesmo tempo aterradora e carismática. E isso, é na minha opinião, justificativa mais que suficente para mais dois anos de série. Até onde o personagem nos levará eu não sei, mas quero estar junto na viagem, e você?
Ótimo comentário, excelente episódio.
ResponderExcluirEsse episódio serviu pra provar pra mim que Dexter é uma série mesmo. Isso porque ela consegue se apoiar unicamente nos personagens, e não numa trama bem delineada. Nesse episódio ficamos fascinados (pelo menos eu fiquei) com Dexter e sua dúvida em relação à família e no final, confesso que fiquei com os olhos cheios de lágrimas com o pedido dele (apesar de ele usar as palavras que já sabíamos de antemão que ele iria usar).
ResponderExcluirOs personagens secundários também se sustentam e ficamos interessados pela sua evolução pessoal.
Por isso é que confio que a série se sustenta tranquilamente por duas temporadas.
nussa
ResponderExcluireu chorei
ahsUHASuhAUSHuhaSUhAS
dexter é incrível
valeu davi
Nossa, eu me matei de rir com o pedido dele, copiando a outra doida lah, huauhauha.
ResponderExcluirMas eu gostei do episodio, acho q não teve nada de 'grandes emoções', mas uma ótima estória, com ótimas manipulações de Dexter, =P
Cheers;
todo início de temporada é meio morno, sobretudo em Dexter.
ResponderExcluirtotalmente despreoculpado. ele não vai me desapontar.
ehehehehe