Fringe vai aos poucos mostrando seu potencial e The Cure foi um episódio bem interessante, além de revelador. O esquema foi mais ou menos similar ao que já estamos acostumados, ou seja, Olivia, Walter e Bishop investigando um caso aparentemente bizarro, com desdobramentos que o identificam com o “Padrão”. Só que dessa vez, alguns detalhes que estavam comprometendo o ritmo e até causando certo desinteresse por parte dos telespectadores foram modificados.
O episódio começa mostrando uma mulher, aparentemente desnorteada, entrando em um restaurante. A partir disso, ocorre uma seqüência sinistra de acontecimentos que causam a morte de todos que ali estavam. Ao chegar ao local para iniciar as investigações, Walter logo identifica que a mulher em questão, Emily Kramer, sofria de uma doença fatal, mas que certamente não era a causa principal da sua morte, nem das pessoas que estavam próximas. Aparentemente, ela estava em remissão, ou seja, em fase de recuperação, sendo que clinicamente isso seria impossível, já que não existe uma cura ou tratamento para a tal doença. E quando perguntado como isso poderia ter acontecido, Walter pela primeira vez responde “não faço a menor idéia”.
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Já no laboratório, acompanhamos todo o esforço de Walter para tentar compreender como a doença havia regredido e como Emily havia se tornado praticamente uma arma-humana. Como eu imaginava, foi muito mais interessante a dinâmica criada em torno de um caso cujos detalhes e aspectos Walter desconhecia, do que aquela velha história “eu já trabalhei em um projeto semelhante”, ou “já fiz uma experiência parecida”. Walter ficou menos chato, mais interessante e diria que até mais engraçado. Aliás, tenho dado algumas risadas com as pequenas confusões que ele faz com relação ao nome da assistente, lugares e pessoas, do tipo “Peter, você vai sair? Nem vi que você estava aqui!”. É divertido imaginar como uma mente tão brilhante pode ao mesmo tempo ser tão desligada da realidade ao seu redor.
Esse episódio revelou elementos que além de instigantes, são importantes. Conhecemos a Interpus, uma companhia farmacêutica concorrente direta da Massive Dynamic. Evidentemente, eles promovem pesquisas que desafiam a ética e as leis, usando seres humanos como cobaias. Pelo que nos foi mostrado no episódio, podemos concluir que seus objetivos não são muito nobres, já que estavam tentando produzir uma arma biológica perfeita, um ser humano capaz de emitir microondas, praticamente uma bomba-humana. Outro momento importante foi quando Nina Sharp reapareceu e estabeleceu um acordo com Peter para revelar o local onde a Interpus estava realizando suas pesquisas e mantendo a força uma outra paciente, em troca de favores. Certamente, essa conversa entre os dois terá desdobramentos no futuro.
Além disso, vários detalhes importantes sobre o passado dos personagens foram revelados. Ainda na cena da conversa entre Nina e Peter, ela comentou que era muito próxima de Walter quando os dois ainda eram bem jovens. Essa informação merece destaque, uma vez que já sabemos que Walter trabalhava em projetos secretos, era conhecido do “Observador”, e a isso juntamos a sua amizade com a poderosa da Massive Dynamic. Alguém duvida da importância de Walter para a mitologia da série? O que ele sabe de tão importante? Alguém mais acredita que toda a sua “loucura” é também uma forma de se disfarçar, de parecer menos ameaçador?
O passado de Olivia também nos faz levantar algumas questões. Segundo seu relato, ela conviveu durante a infância com um padrasto violento, que espancava a sua mãe. Quando ela tinha nove anos, a situação saiu do controle e ela atirou nele. Ele não morreu e, a partir disso, todo ano envia um cartão no dia do aniversário de Olivia, numa tentativa clara de intimidá-la. Será que de alguma maneira veremos esse padrasto envolvido com algum caso? Descobriremos que ele tem alguma ligação importante com os acontecimentos da trama central? Eu sei que é cedo para especular, mas ficou evidente que em algum momento Olivia vai ser confrontada pelo seu passado e não acredito que seja somente uma questão pessoal a ser resolvida.
Muitas pessoas podem ter achado o episódio morno, monótono ou ainda não se acostumaram com o modelo da narrativa, que conta um caso por episódio, com começo, meio e fim. Até podemos sentir falta daquele gancho sensacional que nos faz querer ver o que vem pela frente, mas não podemos esquecer que é uma série que tem detalhes, minúcias e informações veladas, que só farão sentido quando forem ligadas. É preciso assistir a cada episódio com atenção para não perdermos nenhuma dica, como este easter egg identificado pelo blog Seeing Patterns.
Segundo o blog, neste episódio apareceu a misteriosa letra 'A', símbolo que também foi visto no episódio piloto durante a experiência que ligou a mente de Olivia e John (o símbolo só aparece na segunda versão do piloto e não naquela que vazou meses antes da estréia). Dessa vez, a letra estava na lapela de David Esterbrook. Segundo o Fringepedia, o 'A' poderia significar “antes do início”, e no sentido espiritual o que existe antes do início é Deus. O site levanta a possibilidade de Esterbrook e a Interpus perceberem a si mesmos como “deuses”. Interessante, não?
Atenção: Teremos uma pausa de três semanas e Fringe só vai retornar dia 11 de novembro.
episódio excelente
ResponderExcluir3 semanas?!
ahhhhhhhhh
sabem o porque disso?
Anônimo, pelo que parece vão rolar jogos das finais do campeonato de baseball a partir da próxima semana, além de uma cobertura maior da reta final das eleições americanas. Por conta disso, a Fox só vai exibir reprises no horário de Fringe ;)
ResponderExcluirAbraço!
Pois é Juliana, de forma geral eu gostei muito do episódio, mas confesso que fiquei bem mais empolgado com o início, muito bom mesmo.
ResponderExcluirO fato de Dr. Bishop não ter idéia do que poderia ter levado aquela mulher a causar as mortes na lanchonete foi reanimador...hehe
Algumas coisas me incomodaram, posso até estar exagerando, mas não gostei da cena em que o ratinho "perde" a cabeça. Quem tanto sangue é aquele? kkkkkkkk...achei um tanto exagerado. Outra coisa é a hora em que Claire aplica em si mesma o antídoto, será que é tão fácil assim aplicar uma injeção na própria jugular? kkkkk...talvez eu tente em casa, mas não acredito que terei êxito, principalmente com minha cabeça prestes a explodir...=P
De qualquer forma foi um bom epiódio, nosso Peter enfim usou um pouco de sua "lábia" para conseguir algo e ajudar a investigação, deixando alguns ganchos interessantes para o desenrolar da série.
Intervalo de 3 semanas, talvez seja bom assistir todos os episódios de novo...
Valew
Quando eu vi que só ia ter Fringe daqui 3 semanas eu fiquei beeem angustiado. Acho que os sinais de vício ja estão aparecendo.
ResponderExcluirHahahahahahhaha!
Fringe só ta perdendo pra Lost em vicio!
Esuqeci de falar: Mr. Papaya foi demais! Muito bom!
ResponderExcluirPessoal, uma dúvida quanto ao episódio 5: no momento que o nosso "amigo fonte de elatromagnetismo" está pra entrar no elevador, pasa por ele um careca, que tira o chapéu, que pra mim era o observador... pergunto-lhes: será que ele aparece em todos os episódios??
ResponderExcluirpode ser uma pergunta tosca, mas é que não tô com tempo de acompanhar todas as séries que tô baixando, manos ainda de rever os episódios... =P
Fábio, ele aparece rapidamente em cenas dos outros episódios sim! No comentário do 1x05, até coloquei um screencap dele.
ResponderExcluirAchei esse episódio bom, e também melhor que o 5º mas, a série ainda não me empolgou. Talvez, por ser de JJ esperava muito mais. Confesso que devo deixar de ter grandes expectativas a ponto de esperar algo excelente como Lost e assim poderei apreciar melhor a série. Quanto aos personagens, ainda acho Walter impagável, na minha opinião, é o que segura a sére.
ResponderExcluirFringe continua mantendo o alto nivel
ResponderExcluirO arco criado, continua fazendo sentido, e tornado a série bacana.
ALTO NIVEL?
ResponderExcluirfaz me rir, esperava muito maia tbm dessa série e to acompanhando forçado ainda, logo desisto dessa chatice. Certeza que JJ faz isso?
Tenho gostado da serié. Assisti até a esse epsódio e tenho percebido uma gradual melhora do piloto até aqui. Espero ser surpreendido positivamente ;]
ResponderExcluircara, comecei a ver há uns dias, e acabei de assistir ao 1x06.
ResponderExcluircomo tô baixando rmvb legendado pelo orkut, não tenho certeza se vi o piloto que vazou ou o oficial. de qualquer forma, achei desnecessário um piloto tão longo - o meio do episódio é realmente muito arrastado, quase me fez desistir. mas do 1x02 até então, a série me surpreendeu. viciei.
ah, não sei se alguém notou, mas na conversa de olivia com esterbrook (depois que o caso é resolvido), ela diz que a sua funcionária revelou todo o esquema. e ela cita o nome da funcionária, elizabeth sarnoff. não seria uma "homenagem" a produtora de lost?