Comentário de HEROES 3x08 "Villains"

Episódio exibido nos EUA dia 10 de novembro (NBC)

O episódio 3x08 "Villains" de Heroes foi bem interessante. Se por diversas vezes fomos levados ao futuro, sempre assombrado por acontecimentos apocalípticos, dessa vez a história voltou no tempo e, através da viagem de Hiro, alguns detalhes e tramas obscuras do passado foram reveladas. Para isso, foram usadas várias cenas da primeira temporada, o que de certo modo trouxe um pouco de nostalgia, mesmo que melancólica. Talvez, esse seja o motivo de eu ter gostado do episódio. 

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Quando vimos Sylar pela primeira vez ele era um assassino cruel, temido e procurado. Nesta temporada, descobrimos que é filho de Angela e Arthur Petrelli e que essa fome assassina é um efeito da habilidade que carrega, além acompanharmos a mudança significativa pela qual ele passa, já que de certa maneira aprendeu a controlar esses instintos criminosos. Neste episódio, foi revelado que em meio a todo conflito pessoal que Sylar viveu logo que seu poder aflorou, a Companhia, através de Elle e Bennet, é parcialmente responsável pelo seu descontrole, já que o instigaram a matar para descobrirem como funcionava a sua habilidade. Juntando com as características inerentes do seu poder, ele saiu de controle e se tornou uma ameaça real para todos. E ficou no ar a impressão que Sylar e Elle se envolveram de uma forma romântica. Será que essa ligação vai ser retomada e  ela é mãe do garotinho que vimos com ele no futuro?  



Ainda no passado, o episódio revelou que o acidente que deixou a esposa de Nathan paraplégica foi encomendado pelo próprio Arthur, que queria matar o filho para evitar que ele investigasse os negócios de Linderman e, por conseqüência, descobrisse sua ligação com eles. Angela, com um empurrãozinho de Linderman, que resolveu mudar de lado aos 45 minutos do segundo tempo, certamente porque tinha interesses maiores por trás, envenenou Arthur  para evitar que ele tentasse matar Nathan novamente. Só que ainda vivo, Arthur usou sua habilidade para manipular o médico e forjar a própria morte.  Sempre esculachamos Heroes quando temos que esculachar, mas dessa vez tenho que ser justa e elogiar a boa atuação e as cenas de Angela e Arthur, com a participação de Linderman e Nathan. De fato, hoje o grande vilão é o Sr. Petrelli, afinal quem pode ser pior do que um pai que tenta matar o próprio filho, por qualquer motivo que seja? E para quem queria saber o que o levou a romper com a Companhia e criar a Pinehearst, acho que o fato da própria esposa ter colocado veneno na sua comida é uma boa justificativa. 



A terceira história do episódio girou em torno de Meredith, a mãe da Claire, e seu irmão Flint. Tivemos a reaparição de Thompson, que foi o responsável por prendê-los e transformá-los em agentes da Companhia. A impressão que tenho é que o fato de terem dedicado tempo à história dos irmãos significa que daqui por diante eles devam ocupar um espaço mais significativo na trama maior da série. Só não vou criar expectativas porque já sabemos que em Heroes existe uma tendência de criar tramas interessantes para em seguida desperdiçá-las com desfechos estúpidos ou inexistentes. 




Por fim, tenho fica claro que esse episódio vai servir para entendermos porque cada um vai optar por estar entre os heróis ou entre os vilões (ou alguns serão obrigados a lutar do lado do inimigo?). Além disso, inseriu de vez o Sr. Petrelli na trama, nos deixando a impressão de que ele sempre esteve ali e que tudo girou em torno dele o tempo todo. Para terminar o episódio, um bom gancho na África, com o africano literalmente perdendo a cabeça e Arthur sugando os poderes de Hiro. Agora é aguardarmos o próximo episódio torcendo para que as histórias interessantes construídas neste não se percam no vácuo de Heroes.