terça-feira, 28 de setembro de 2010

Festival do Rio 2010 – Pt 1

Ainda que uma certa frustração fique no ar em virtude da certeza de que não verei tantos filmes quanto gostaria, é sempre prazeroso sentir a atmosfera do Festival do Rio, quer seja pelo desafio de fazer a seleção dos filmes ou pela ansiedade da espera que cerca a liberação desse ou daquele filme que chega na última hora. Na edição desse ano pretendo ver pelo menos 20 filmes dos mais diversos gêneros e origens, e até agora, passados 5 dias de festival, minha lista traz sete produções vistas e brevemente comentadas logo na sequência. Aproveitando, deixo aqui meu abraço para o crítico Pablo Villaça do meu site favorito sobre cinema, o Cinema em Cena, com quem tive o prazer de encontrar em duas ocasiões e que está cobrindo o Festival do Rio pela primeira vez.

Filho da Babilônia (Son of Babylon, Iraque / Reino Unido / França / Holanda / Emirados Árabes Unidos, 2009) de Mohamed Al-Daradij. Com: Yasser Talib, Shazda Hussein, Bassir Al-Majid.

Iraque, 2003. Três semanas após a queda de Saddam Hussein, o menino Ahmed e sua avó atravessam o país tentando localizar o pai do garoto, desaparecido depois de ter sido preso anos antes pela Guarda Republicana do ditador. Repleto de sutilezas e retratando de forma crua a dura realidade de um povo oprimido, porém sempre esperançoso, o filme constrói de forma equilibrada a trajetória e as relações que se estabelecem entre o garoto e sua avó com personagens que cruzam seu caminho mudando a percepção que tem sobre sua busca. Nesse panorama, é curioso perceber como a narrativa vai se embrutecendo de forma decisiva à medida em que o fim se aproxima, com um tom sério e diametralmente oposto ao do início da projeção que dava espaço até para alívios cômicos. Nota: 8

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    A Vida Durante a Guerra (Life During Wartime, EUA, 2009) de Todd Solondz. Com: Shirley Henderson, Allison Janney, Ally Sheedy, Ciarán Hinds.

    Contando uma fotografia que ajuda a imprimir o incômodo de diálogos incomuns e situações constragedoras, como a cena de uma mãe (papel de Allison Janney, da série The West Wing) comentando com o filho sobre quão excitada ficara num encontro, o filme de Solondz mostra três irmãs tentando se ajustar em relações (amorosas e profissionais) confusas e carregadas por sentimento de culpa. Investindo num humor negro que, infelizmente funciona de forma irregular ao longo da narrativa, o filme coloca a fragilidade de suas protagonistas em foco, tanto pelo tom inseguro da voz de uma, ou pelas ações de outra, mas derrapa ao não saber trabalhar esse aspecto no sentido de torná-las figuras interessantes, o que acaba contribuindo para um quase completo esvaziamento de sua narrativa no fim. Nota: 6

    A Suprema Felicidade (Idem, Brasil, 2010) de Arnaldo Jabor. Com: Marco Nanini, Dan Stulbach, Mariana Lima, Jayme Matarazzo, João Miguel, Maria Flor, Elke Maravilha.

    É de se lamentar que o talento que Jabor empresta às suas crônicas não se reflita em sua filmografia que, com esse ‘A Suprema Felicidade’, infelizmente acaba de ficar ainda mais irregular. Anacrônico e pouco fluido em várias passagens, o filme que se passa na década de 40 investe numa narrativa vazia cheia de idas e vindas temporais para contar a história de Paulo (Jayme Matarazzo), um jovem que, vivenciando a relação deteriorada de seus pais (Dan Stulbach e Mariana Lima), se apoia no avô (Nanini) para tentar encontrar a tal felicidade do título na boêmia da noite carioca e na relação que estabelece com mulheres que lhe rendem paixões e desilusões na mesma medida. Com exceção de Marco Nanini, o único do elenco que escapa de um retrato unidimensional e consegue conferir alguma relevância e profundidade a seu personagem, o filme tem um resultado medíocre, que em grande parte é culpa de um roteiro capenga e de uma direção preguiçosa e equivocada. Nota: 4

    Suprema Felicidade tem estreia programada para o dia 29/10 nos cinemas.

    A Woman, a Gun and a Noodle Shop (San Qiang Pai An Jing Qi, Hong Kong / China, 2010) de Zhang Yimou. Com: Sun Honglei, Xiao Shenyang, Yan Ni, Ni Dahong.

    A intenção até podia ser boa, mas o resultado... Tentando mesclar o estilo de algumas de suas excelentes obras anteriores com um gênero novo para ele, o da comédia de humor negro, o cineasta chinês Zhang Yimou derrapa na iniciativa ao sustentar uma trama que envolve traições e vingança com personagens demasiadamente caricatos e superficiais. Adaptação de Gosto de Sangue, dos irmãos Coen, o filme falha ao não conseguir emular o tom daquela obra e por insistir de forma excessiva em gags físicas que se repetem ao longo da trama que evolui de forma pouco inspirada e nada surpreendente. Longe de ser tão divertido quanto pretende (ainda que faça rir vez ou outra), o filme revela pouca coisa realmente interessante com a assinatura de seu realizador e só não é um desastre total por conta de sequências como a que mostra alguns personagens fazendo a massa de macarrão como se fosse um verdadeiro balé e pela fotografia sempre eficiente nas produções de Yimou. Nota: 5

    Federal (Idem, Brasil, 2010) de Erik de Castro. Com: Carlos Alberto Riccelli, Selton Mello, Cesário Augusto, Christovam Netto, Eduardo Dusek, Michael Madsen.

    Ainda que só esteja chegando agora aos cinemas, ‘Federal’ foi produzido na mesma época do primeiro Tropa de Elite e teve seu roteiro (escrito por três pessoas, incluindo o diretor) explorado em laboratórios como o de Sundance ainda 2001, além de ter sido submetido à seleções de bancas de empresas estatais que liberaram o patrocínio do filme. Assim, com tanto tempo de preparo, é no mínimo constrangedor (ou assustador, como queira) que o resultado na tela seja tão ruim. Tentando construir, através de um grupo de policiais federais, encabeçados pelo delegado Vidal (Riccelli) e pelo novato Dani (Selton Mello), um retrato crítico das ações de combate ao narcotráfico em Brasília e da estrutura de corrupção que sustenta esse poder, o filme é um festival de sucessivos equívocos, quer seja pelas constantes (e nunca justificadas) mudanças de motivações de quase todos os personagens, passando por sequências de ação inexpressivas ou mesmo pelas cenas de sexo gratuitas que nada acrescentam à trama. Absolutamente falho em tudo que propõe, ‘Federal’ é facilmente um dos piores filmes policias que já vi e que ainda nos brinda com Michael Madsen (Cães de Aluguel, Kill Bill) na atuação mais canastrona de sua carreira e que só perde para a de Eduardo Dusek no papel do chefão do tráfico. Nota: 2

    Federal tem estreia programada para o dia 29/10 nos cinemas.

    Essential Killing (Idem, Polônia / Noruega / Irlanda / Hungria, 2010) de Jerzy Skolimowski. Com: Vincent Gallo, Emmanuelle Seigner.

    Tenso e absolutamente angustiante do início ao fim, ‘Essential Killing’ narra a jornada de um soldado afegão que, após ser capturado e torturado pelo exército americano, luta pela sobrevivência fugindo por regiões inóspitas da Europa, depois que seu veículo de transporte sofre um acidente. Com Vincent Gallo (Brown Bunny) em atuação memorável*, ainda que não fale uma só palavra ao longo de toda trama, o que faz com que sua interpretação dependa exclusivamente de sua expressão corporal, o filme foge da armadilha de fazer qualquer juizo de valor das ações do soldado, que mata como se fosse um animal acuado em situação semelhante. Não é definitivamente um filme fácil, mas é sem dúvida uma experiência rica e envolvente que só derrapa na motivação de uma determinada personagem, que surge como bóia de salvação do protagonista antes do derradeiro desfecho da produção. Nota: 9

    * Se o mundo das premiações fosse justo, Gallo deveria ser no mínimo indicado ao Oscar em 2011.

    Bebês (Bébé(s), França, 2009) de Thomas Balmès.

    Um delicioso turbilhão de emoções. É exatamente isso que o francês, ‘Bebês’, provoca ao longo da quase hora e meia de duração da produção que se revela absurdamente irresistível, quer seja pela forma ou pelo conteúdo. Acompanhando a trajetória de quatro bebês nascidos em lugares bem diferentes (dois nos centros urbanos de São Francisco e Tóquio e outros dois em zonas isoladas da Namíbia e da Mongólia), esse doc encanta pela simplicidade e pela elegância com que registra as mais diversas fases do primeiro ano de vida dos bebês. Sua principal virtude? Evidenciar o fato de que mesmo estando em ambientes e culturas diametralmente opostas, os quatro agem e reagem de maneiras praticamente idênticas, com divertida curiosidade e doçura frente as descobertas do mundo que os rodeia. Nota: 9

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dexter - Ep. 5x01 “My Bad”

Episódio exibido no dia 26/9 nos EUA


Emocionalmente exausto. É assim que “My Bad”, episódio que abre a 5ª temporada de Dexter, te deixa após pouco mais de 50 minutos de duração. Sensível já no resumo que faz da trajetória de Dexter até aqui (e do que Rita significou para as mudanças no personagem), essa estreia do novo ano da série é uma montanha russa de sentimentos complexos, muitas vezes contraditórios e não menos impactantes. Um brilhante retorno de uma série idem.

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    Retomando a trama imediatamente após os eventos que encerraram a temporada anterior, ‘My Bad’ mostra um Dexter em estado de profunda anestesia mental e baixíssima resposta emotiva ou mesmo racional. O personagem que reencontramos ao longo do episódio não segue métodos e não sabe disfarçar seus sentimentos. Aqui ele é um sujeito transtornado, confuso e que sente o peso do mundo caindo em suas costas com uma culpa que se traduz até mesmo por uma ação ingênua como a do momento em que diz a um policial recém chegado à sua casa que teria sido ele, Dexter, o responsável pela morte de Rita.

    Nesse panorama, somos todos levados como meros e angustiados passageiros numa viagem que expõe Dexter em todas as nuances de sua psiquê, quer seja pelo período em que ele simplesmente se fecha reprimindo qualquer reação ou pelos instantes em que, não mais suportando o peso dos acontecimentos mais recentes, se entrega à uma fúria selvagem que culmina numa estranha catarse evidenciada pela cena em que ele mata um homem de forma intempestiva.

    E é essa mesma catarse que posteriormente encontra eco no emocionante discurso que Dexter faz durante o funeral de Rita. Palavras que ficam ecoando após o fim do episódio e que traduzem bem o que o fato de tê-la encontrado e sua abrupta e violenta perda significam para o personagem: “Eu nem era humano quando a encontrei.” E dá para discordar?

    Outras observações:

    - 68 mortes. É esse o histórico de Dexter depois do assassinato que comete no episódio.
    - Breve destaque para Masuka, o eterno alívio cômico da série na cena em que vê o corpo de Rita na banheira: “Sempre a imaginei nua, mas nunca dessa forma.”
    - Não acho que Quinn vá se tornar um Doakes 2.0 esmiuçando a vida Dexter, mas já estou curioso para ver qual será o desfecho dessa subtrama até porque um possível envolvimento dele com Deb certamente há de complicar as coisas ainda mais.
    - Mesmo sem qualquer violência, a cena em que Dexter conta o que aconteceu com Rita de forma seca para Astor e Cody é desde já, das mais chocantes da série pelo que representa.
    - O impressionante trabalho do casal Michael C. Hall e Jennifer Carpenter. Não faço ideia do que o futuro reserva para eles como atores, mas já dá quase para dizer que Dexter e se Debra são os papéis de suas vidas tamanha força e complexidade que conferem a eles.

Dudecast News #5 - A nova temporada de séries

Promessa é dívida e a gente paga, por isso a partir dessa semana retomamos nosso humilde Dudecast para comentar (quase) tudo o que temos visto dessa temporada 2010/2011 de séries que esquenta de vez com a recém iniciada fall season. Nessa edição, Juliana e eu comentamos mais de 30 séries(!) dentre veteranas e novidades no tom bem informal que sempre caracterizou nossos programinhas em época de Lost. Sem maiores delongas, prepare os ouvidos e divirta-se conosco.

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    Dramas/Ação

    Sons of Anarchy
    Boardwalk Empire (NOVA)
    Mad Men
    House
    Grey’s Anatomy
    Royal Pains
    Treme (NOVA)
    The Event (NOVA)
    Fringe
    Supernatural
    CSI
    Blue Bloods (NOVA)
    Hawaii Five-O (NOVA)
    Detroit 1-8-7 (NOVA)
    Criminal Minds
    Law & Order: SVU
    The Closer
    Burn Notice
    Nikita (NOVA)
    Chuck
    Undercovers (NOVA)
    Covert Affairs (NOVA)

    Comédias

    Modern Family
    It’s Always Sunny in Philadelphia
    The Office
    $#*! My Dad Says (NOVA)
    Raising Hope (NOVA)
    30 Rock
    Community
    The Big Bang Theory
    Louie (NOVA)
    Hot in Cleveland (NOVA)

The Event - Ep. 1x01 'I Haven't Told You Everything'

The Event será a nova série sensação da tv ou apenas mais uma grande decepção? Para tentar responder, a partir de hoje contamos aqui no Dude News com a colaboração do leitor Romulo Oliveira, que também já conferiu o primeiro episódio dessa que era uma das séries mais esperadas do início do fall season (o período mais quente da tv americana) e divide suas primeiras impressões sobre a produção que chega à tv a cabo brasileira através do Universal Channel no próximo dia 18 de outubro.



Com um piloto incrivelmente bom, com muito suspense, confusão na nossa cachola, muitas perguntas, e tudo mais o que uma boa série de ficção/suspense merece (e deve) ter, The Event estreou na Fall Season 2010 com tudo em cima, e agora resta esperar pra ver se irá se tornar a “nova” Lost, ou um grande FAIL como FlahsForward.

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    Com um episódio sem nenhuma resposta e muitas perguntas, ficando assim, um pouco difícil de entender de prima (e é isso que eu, particularmente, gosto em séries), resolvi fazer um review pelas histórias dos personagens e os acontecimentos que os cercam.

    Presidente Elias Martinez

    Vemos o presidente, querendo mostrar ao público uma certa operação secreta da CIA, que mantém prisioneiros em uma instalação secreta no Alaska. Não se sabe quem são esses prisioneiros, ou o que eles podem revelar, mas com “quase” toda a certeza, isso tem haver com “O Evento”. E nesse “núcleo”, a pergunta que ficou é “quem é Sophia, e qual é o papel que ela tem na história?”. Bom, isso não sabemos, mas desde já, podemos afirmar que é importantíssimo! (Pelo menos por enquanto!).

    Michael Buchanan

    Depois do seqüestro de suas 2 filhas, e a morte* (?) de sua esposa, o vemos se “tornar” um terrorista, provavelmente, sendo coagido por um “grupo” que não sabemos quem é, mas que provavelmente deve estar com suas filhas. E sendo “coagido”, seqüestra um avião, e parte diretamente pro seu alvo, a casa do presidente em Miami, onde ocorrerá (ou melhor, ocorreria) a declaração de Sophia sobre os prisioneiros!

    * Não podemos afirmar ao certo que quem morreu foi a senhora Buchanan, pois só vemos uma mão feminina ensangüentada no chão, mas ao mesmo tempo, vemos uma “seqüestradora” entrando na casa ... ficando assim, mais uma pergunta no ar.

    Sean Walker

    Vemos o casal Sean e Leila indo para um cruzeiro, o qual é parte do plano de Sean pra pedir sua amada em casamento, plano que é frustrado com o afogamento* (?) de Vicky, gerando assim uma “amizade” entre Sean, Leila, Vicky e Greg. No outro dia, Sean vai mergulhar sozinho com Vicky, pois Leila ficou de porre, e quando volta, descobre que ela sumiu, e não há nenhum cadastro no cruzeiro em seu nome ou no nome de Leila.

    Dias depois, vemos Sean no avião, primeiramente com a aparência de um terrorista, mas depois descobrindo que ele queria impedir a ‘missão’ de seu sogro, Michael.

    * Dá pra ficar no mínimo desconfiado com o lance do afogamento, e particularmente acho que Vicky e Greg tem algo haver com os acontecimentos que culinaram no desaparecimento de Leila.

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    E depois que todas as histórias se entrelaçam, achamos que está tudo caminhando para um final “lógico”, mas prestes a acertar seu alvo, o avião some no ar e terminamos o episódio querendo arrancar nossos cabelos por conta do diálogo entre Sophia e o presidente Elias:

    -They saved us! (Eles nos salvaram!)
    -Who? Who saved us? (Quem? Quem nos salvou?)
    -I haven’t told you everything! (Eu não te contei tudo!)

    Em suma, um grande episódio Piloto para uma série que já me conquistou. Agora nos resta esperar pelos próximos episódios e torcer pra que The Event siga o “caminho” de Lost e não o de FlashForward!

    Ps. Pra mim, como brasileiro, muito legal ver uma citação de São Paulo na série! Já que o avião tinha destino Miami/São Paulo.

    *****

    E você, compartilha dessa empolgação inicial do Romulo ou ainda vai aguardar mais alguns episódios para formar opinião? Eu por enquanto tô no segundo grupo...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fringe – Ep. 3x01 “Olivia”

Episódio exibido no dia 23 de setembro nos EUA

Acompanho e gosto de muitas séries, mas admito que com o fim de Lost, não são muitas as produções que me deixam realmente ansioso pelo próximo episódio. Fringe, no entanto, faz parte dessa seleta lista porque embora tenha tropeçado no início, soube superar equívocos no processo de construção de uma trama sci fi instigante, envolvente e com mistérios bem singulares que jamais abriu mão do que considero o aspecto mais essencial para qualquer boa narrativa: o desenvolvimento de seus personagens, que com o passar do tempo se transformam em figuras com aflições e angústias ricas o bastante para despertar nosso interesse.

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    Olivia”, episódio que abre a 3ª temporada da série reune tudo de melhor que a produção tem a oferecer: ação com equilíbrio (vide as cenas que marcam a fuga de Olivia, por exemplo), vislumbres de um mundo imaginário e que com a inserção definitiva do universo alternativo na trama ganha cores ainda mais vibrantes (quer seja pela tecnologia mais avançada ou pelo aspecto retrô que marca o lado de lá) e, claro, o conflito que se estabelece em seus personagens.

    Quase que totalmente focado no que acontece com Olivia Dunham depois dos eventos que a deixaram presa do lado de lá, o episódio mostra a tentativa perpetrada por Walternativo (é realmente mais fácil chamá-lo assim, né?) de usar a agente como possível arma na guerra entre os universos e a consequente confusão que se estabelece na cabeça dela, que vitimada por testes e em processo de fuga, passa a experimentar memórias e ligações com coisas e pessoas desse universo alternativo que pertencem à outra Olivia, que como sabemos, acabou se infiltrando no ‘nosso’ universo ao se juntar a Peter e Walter.

    Movimentado por conta das sequências que mostram Olivia buscando uma forma de poder retornar para o lado de cá, o episódio dá uma bela chance à Anna Torv de crescer no papel, oportunidade que ela agarra com precisão conferindo, através do trauma e do conflito emocional que se estabelece (destaque para o encontro com a mãe do lado de lá que ela já não tinha mais aqui), nuances novas à personagem que são muito bem vindas. A Olivia que vemos agora, embora confusa, surge muito mais interessante que aquela figura por vezes apagada de outrora, o que certamente faz com que a série como um todo ganhe muito na complexidade e no interesse que nutrimos por seus personagens.

    Como o cenário que se estabelece na trama irá colidir lá na frente eu não sei, mas se tem uma coisa que esse retorno de Fringe já indica para mim com muita força é que uma empolgante temporada se apresenta no horizonte. Alguém duvida?

    Outras observações

    - Durão e aparentemente implacável, Walternativo é um retrato diametralmente oposto do Walter que conhecemos, o que a exemplo de Anna Torv, dará a John Noble oportunidades de explorar caracterizações ainda mais relevantes para seus personagens.
    - Além do 11 de setembro não ter ocorrido do lado de lá como ocorreu aqui, conforme já sabíamos desde o final da 1ª temporada, outras curiosas diferenças foram mencionadas no episódio: 1) John Kennedy ainda era vivo e Tom Cruise é um astro da tv!
    - E a Massive Dynamics, hein? Exclusividade do lado de cá?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Festival do Rio, a nova temporada de séries e o retorno do Dudecast!



Com exibição de mais de 300 filmes de diversas partes do mundo, começa na sexta-feira, 24, a 11ª edição do Festival do Rio, evento que agita salas cariocas durante 15 dias e deixa cinéfilos empolgados com opções que às vezes sequer chegam ao circuito comercial. Por conta do trabalho, verei muito menos filmes do que gostaria, mas ainda assim peguei a programação e selecionei alguns.

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    Já na sexta-feira encaro quatro filmes, incluindo Minhas Mães e Meu Pai (filme que deve receber indicações ao Oscar 2011) e Suprema Felicidade, produção de época que marca o retorno de Arnaldo Jabor às telas. Dentre os demais que também pretendo ver estão: o novo do Woody Allen; a produção franco-germânica de 330 min, Carlos (sobre o terrorista Carlos, o Chacal); o novo do Zhang Yimou (do belo O Clã das Adagas Voadoras); o elogiado Somewhere de Sofia Coppola; a cinebiografia Gainsbourg - Vida Heróica (sobre o polêmico autor de Je t'aime moi non plus); e até mesmo a exagerada comédia de ação, Machete, de Robert Rodriguez.

    A temporada 2010/2011 chegou!

    E enfim chegamos ao período mais quente do ano na tv com o início da chamada Fall Season (Veja aqui o calendário compilado pelo Série Maníacos). Dentre retornos de veteranas e novidades, a quantidade é absurda (são mais de 80! séries no total), o que obviamente torna impossível a tarefa de (tentar) acompanhar tudo. Sendo assim, para quem curte o formato, não nos resta outra opção senão escolher algumas e deixar muitas outras pra depois.

    Além das veteranas que já venho acompanhando a mais tempo por terem estreado antes (casos de Mad Men e Sons of Anarchy), já vi e gostei bastante dos episódios de retorno de Chuck (4ª temp.) e de House (7ª temp.). Das novatas, por enquanto vi apenas FlashForward 2 The Event (cujo episódio piloto achei apenas razoável), Hawaii Five-O (divertido remake policial de uma série da década de 70 que tem tudo para ser um dos hits da nova safra) e Boardwalk Empire, a nova e ótima série épica da HBO sobre o fortalecimento do crime organizado em larga escala nos EUA em plena era da lei seca. Sobre essa última aliás, fiz um breve comentário em áudio que já está no ar lá no Seriaudio. E para falar das demais séries que também pretendo acompanhar...

    O retorno do Dudecast!

    Bom, como será humanamente impossível escrever sobre cada uma das séries que eu mais gosto (Dexter e Fringe devem ser as únicas que ganharão posts semanais), retomarei com a Juliana a gravação do Dudecast com o intuito de discutir (quase) tudo que assistirmos ao longo da semana na telinha. Mais abrangente, afinal falaremos de várias séries em cada uma das edições, o tom será o mesmo dos podcasts que gravávamos no Dude, We Are Lost, ou seja, informalidade do início ao fim sem firulas. A primera edição dessa nossa retomada já estará no ar no próximo fim de semana, portanto fique de olho e divirta-se desde já com as muitas opções que a fall season traz.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Preview da 5ª temporada de Dexter



Faltando exatamente 10 dias para a estreia da novíssima temporada de Dexter, eis que me deparo com um preview escrito por Jennifer Thomas do Chicago Sun Times, antecipando o que deveremos ver a partir do dia 26 de setembro. Se spoilers te incomodam, fuja da sequência deste post, caso contrário, divirta-se com a leitura!

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    O final da temporada passada sacudiu a vida doméstica de Dexter com a morte de Rita. E também deixou muitas perguntas sobre como o personagem e a série seriam conduzidos na 5ª temporada. Uma pessoa ‘normal’ talvez jamais fosse de recuperar da perda e da culpa. Mas pareceu claro que baseado na sempre expansível, porém ainda limitada capacidade de Dexter de sentir emoções humanas, ele pode seguir em frente, mas como? Será que ele poderia se redimir abandonando – pelo menos temporariamente – as matanças? Ou ele poderia se deixar dominar ainda mais por seu lado negro ignorando o código de Harry? E o que aconteceria com as crianças? E quanto ao envolvimento de Dexter com o Trinity Killer? Eu também me preocupei que algo grande como a morte da Rita pudesse ofuscar todo o resto e que a série pudesse perder seu humor negro, mas vi os três primeiros episódios da 5ª temporada, e dá para dizer que eles lidaram muito bem com esse cenário.

    Eu não esperava chorar tanto vendo os episódios, mas a verdade é que eles são muito emocionais. Essa pode muito bem ser a melhor temporada de Michael C. Hall até aqui. Muita da emoção aflora por vermos a situação de Dexter. Sua reação à morte de Rita (o episódio de estreia começa pouco depois dos eventos do fim da temporada passada) é absolutamente chocante. Ele se fecha e regride. Uma das coisas mais estranhamente divertidas da série é ver como Dexter é socialmente inepto. Ele estuda o comportamento humano e tenta imitá-lo, mas nem sempre o compreende. Com isso, muitas vezes ele fala e faz coisas que são increvelmente estranhas e inapropriadas. Mas foi assim que ele chegou até aqui.

    O maior sinal de que ele estava começando a perder as habilidades sociais nesse estado fica claro quando ele revela a morte de Rita a Astor, Cody e aos pais dela depois de tê-los deixado passar o dia na Disney para que pudessem ter pelo menos um bom dia. À medida em que todos reagem, ele usa uma frase que o diretor da funerária lhe dissera mais cedo: “Lamento pela sua perda.” Isso é algo ridículo demais a se dizer – algo que só seria dito a pessoas que você não conhece bem – e definitivamente algo que você não diria para os pais e filhos da sua esposa assassinada.

    Com Dexter nesse estado, Deb fica com a responsabilidade de juntar os cacos. Ela faz tudo desde arranjar o caixão de Rita até o vestido que ela usaria. Jennifer Carpenter também aparece muito bem nesses episódios. E quando tudo começa a ficar pesado demais para Deb (incluindo a situação de ter Dexter e as crianças no seu apartamento, o mesmo que já fora do irmão) ela reage do seu jeito bem típico.

    Sobre Rita ela tem uma bela despedida. Já que na última vez que a vimos ela estava envolta em sangue na banheira, foi bom poder vê-la sendo lembrada de um jeito diferente – e há um grande momento onde Dexter finalmente conta a toda a verdade a Rita, ainda que seja tarde demais. Também há algumas belas cenas em flashback do primeiro encontro de Dexter e Rita, uma situação que Dexter usa de forma hilária para seguir uma vítima. Entre a cena do encontro dos dois e o longo resumo que ocorre, foi interessante ver não apenas quanto Dexter evoluiu, mas Rita também. Ao longo dos anos ela deixou de se vestir como uma colegial e de ser retraída, para se tornar mais vibrante (física e mentalmente) e mais segura.

    Todas as coisas boas sobre Dexter estavam aqui, e com tanta coisa em jogo, atores e roteiristas realmente se sobresaem. Nem mesmo o humor se perdeu. Masuka, como sempre, surge como alívio cômico, e isso fica claro no momento em que ele vê o corpo morto de Rita na banheira e diz: “Eu a imaginei nua um milhão de vezes, mas nunca dessa forma.”

    Há muitos caminhos que a série pode tomar nessa temporada. Há os caminhos pelos quais Dexter vai viver com a culpa e a perda da mulher que o ajudou a se tornar humano. (Até o fantasma de Harry o abandona por um tempo.) Há a fúria de Astor com Dexter a quem ela culpa por não ter protegido sua mãe e por ter lhes dados esperança de que a vida poderia ser boa. Há as responsabilidades colocadas em Deb e Quinn ainda suspeitando de Dexter de um jeito bem Doakes. Há ainda o fato de Dexter ter se passado por Kyle Butler na temporada passada e de como isso vai voltar já que a família do Trinity sabe quem ele é – pelo menos fisicamente. E como Dexter vai trabalhar seu dark passenger. O número de mortes é baixo nesse início, o que é bem apropriado, mas ainda assim, Dexter comete um de seus assassinatos mais selvagens até aqui. E é claro que há um vilão (o ainda pouco conhecido Shawn Hatosy) nessa temporada. No universo de Dexter, Miami é o lugar mais perigoso do mundo para se viver.

    Muitas pessoas imaginaram como a temporada passada poderia ser superada, mas no geral, já dá para dizer que a 5ª temporada pode ser uma das melhores.

    *****

    E aí, dá ou não dá para ficar bem animado com o cenário que a nova temporada de Dexter trará?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Entourage – Ep. 7x10 ‘Lose Yourself’ (Final de Temporada)

Episódio exibido no dia 12/9 nos EUA e ainda inédito no Brasil


A casa caiu para Ari Gold e Vince Chase no encarramento da 7ª temporada de Entorage. E se para o primeiro o baque se reflete na família, para o segundo o buraco é mais embaixo envolvendo uma carreira comprometida por vícios e falta de limites. De certa forma, ‘Lose Yourself’ nem pareceu episódio de Entourage. Os risos foram escassos, porém não ausentes graças a Ari, claro, mas o tom foi mais sério e até depressivo, afinal, foi o momento de vermos a bomba relógio que a temporada vinha preparando, explodir!

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    Ainda que a irascibilidade de Ari exposta durante a temporada tenha sido um dos fatores fundamentais para a porrada que leva, é inegável que foi o exagerado foco dado aos negócios em expansão em sua agência em detrimento da atenção dedicada à família, que fez a Sra. Gold pedir um tempo ao marido, que agora vai encarar a realidade de que nem tudo se resolve com promessas e presentinhos caros.

    Sobre Vince, a encruzilhada que ele encara e que dá o gancho para a 8ª e última temporada da série foi absolutamente coerente com o arco experimentado pelo personagem esse ano. A verdade é que o circo estava se armando desde o primeiro episódio e o que vimos desde então foi só uma crescente rotina regada a muitos exageros, perda total de limites, vício e um relacionamento conturbado com a estrela pornô Sasha Grey, que mostrou um Vince absolutamente diferente daquele astro gente boa que liderava a Entourage formada por seu irmão Johnny e os amigos Turtle e Eric.

    ‘Lose Yourself’ foi um episódio atípico para uma série encarada essencialmente como comédia, mas foi uma aposta sensata de seus realizadores que parecem querer entrar no ano de encerramento da produção dando uma mensagem clara: os tempos hão de endurecer para Vince, Ari e cia, mas Entourage ainda renderá uma última e imperdível piada na telinha. 2011 e a 8ª temporada estão logo ali.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

True Blood – Ep. 3x12 Evil is Going On

Episódio exibido na HBO americana e na brasileira no dia 12/09



Não sei se é proposital, mas considerando os desfechos da temporada passada e dessa terceira encerrada ontem na HBO, dá até para dizer que Allan Ball e cia estão se especializando em conclusões anticlimáticas e de certa forma frias para True Blood. Se você acompanhou meus posts sobre o terceiro ano da série, sabe que, apesar das ressalvas (vide a história de Sam, por exemplo), faço parte do time que gostou da temporada e da mistura feita com entrada de novos personagens. Dito isso, não tenho problema nenhum em afirmar que ‘Evil Going On’ foi um fim de temporada absolutamente morno, confuso até, e com poucas partes dignas de nota.

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    Em suma, o episódio final pareceu muito mais preparatório para eventuais cenários da próxima temporada do que para um encerramento dos eventos explorados até então. De certa forma, a sensação que fica é a de uma história que poderia ter rendido mais do que vimos e que desperdiçou oportunidades ao passo que investiu em subtramas que não empolgaram. Quem não lembra, por exemplo, do primeiro flashback envolvendo Eric na 2ª Guerra em busca de pistas de Russel através dos lobisomens? Era ou não era um bom cenário que poderia render sequências a la Bastardos Inglórios, mas que foi abandonado precocemente? Aliás, sobre os lobisomens onde é que foram parar depois da metade da temporada? E a aproximação de Sookie com Alcide, então? Apenas tema para a próxima temporada, talvez?

    Sobre a confusa relação entre Bill e Sookie, a revelação de que o vampiro manipulou-a por interesses da rainha Sophie Anne (ainda que tenha se apaixonado pela garçonete no processo) pode até trazer algo novo para o personagem que agora não tem mais nada a perder. Pois é, pode até ser, mas no fundo a gente sabe que é meio inevitável que Sookie ainda o tenha por perto por mais que renegue-o deixando a escuridão que ele carrega para literalmente encontrar a luz (na ilha de Lost, quem sabe? :p ).

    Foi um episódio péssimo? Não. Mas, para fim de temporada deixou muito a desejar. Não sei você, mas eu esperava bem mais do que ver o espírito de Godric aparecendo como se fosse um garoto propaganda do filme Nosso Lar tentando convencer Eric a desistir de sua vingança contra o rei Russel com o discurso de que ‘perdão é amor’ (oh!!); Lafayete descobrindo que Jesus é um bruxo ou Jason soltando divertidas pérolas do tipo, “às vezes o certo é fazer o errado’ em conversa com Andy.

    True Blood é uma série para ser levada 100% a sério? Pela temática, é evidente que não, porém, quando a mistura do bizarro com humor negro e críticas sociais bem pontuadas perde o equilíbrio como aconteceu nesse fechamento de temporada, é inegável que a produção perde a chance de ser fundamental no cardápio de todo admirador do gênero, o que é sempre uma pena mesmo para quem, como eu, é fã e esperará meses até a estreia de uma nova temporada que mude tudo de novo.

    Em tempo, parabéns a HBO Brasil pela exibição simultânea aos EUA, e o que é melhor, com legendas bem feitas. Foi a prova de que há sim um caminho possível para diminuir ou até mesmo acabar com a famigerada janela de intervalo entre a exibição americana e a daqui. Os fãs e assinantes agradecem.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sons of Anarchy, a série que você TEM que ver!

Difícil dizer porque demorei tanto para ficar em dia com Sons of Anarchy. Vi o episódio Piloto assim que a série estreou em setembro de 2008 e de cara gostei do elenco, achei a premissa excelente, mas por um desses mistérios inexplicáveis da vida, acabei não acompanhando a produção com a fidelidade que ela merece. Vacilo desfeito, depois de uma maratona empolgante posso dizer com convicção: Sons of Anarchy faz parte do seleto grupo de séries que todo mundo tem que assistir.

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    Hamlet sobre duas rodas, máfia sem italianos ou simplesmente uma história sobre um clube de motociclistas foras da lei... Definições reducionistas não faltam para a série criada por Kurt Sutter (ex-produtor de The Shield) que acaba de estrear sua 3ª temporada nos EUA pelo Fx, mas não se engane, há muito mais na série do que impressões superficiais possam indicar.

    Sim, é verdade que Sons of Anarchy emula muito de uma das obras mais famosas de Shakespeare para contar a saga de Jax Teller (Charlie Hunman), um jovem motoqueiro idealista dividido pelo conflito de sua paixão pelo clube e por seus membros e pelas dúvidas que cercam os rumos que o grupo tomou sob a liderança de seu padrasto, Clay Morrow (Ron Pearlman). Contudo, mais do que isso, a série trata sobre a tênue linha que divide o certo do errado estabelecendo um panorama bem turvo e complexo sobre as relações de poder, família e negócios que a trama explora.

    Em Sons of Anarchy, os mocinhos e a lei muitas vezes viram vilões e estes, contraditoriamente, quase sempre se confundem, nos dilemas dos membros do clube de foras da lei, em mocinhos improváveis. Traçando um paralelo, em muitos aspectos dá até para dizer que a série se pareça bastante com Sopranos. Há todo um código moral em jogo sendo respeitado pelos membros do SoA tal qual ocorre na máfia, mas diferente dela, aqui as mulheres não representam apenas figuras periféricas, e assumem posturas muito mais pró-ativas do que reativas, algo que fica evidente, por exemplo, com Gemma (a excelente Katey Sagal), esposa de Clay e mãe de Jax ou com a médica Tara (Maggie Siff).

    Enquanto as duas primeiras temporadas concentraram-se na construção do conflito que colocou em risco a própria existência dos SoA como grupo, quer seja através da crescente rixa entre Jax e Clay, ou das disputas de poder com um clube rival (os Mayans) e também com um grupo radical ligado a nacionalistas, o terceiro ano deve mostrar o processo de reconstrução de uma relação mais fortalecida entre os membros do SoA ou sua ruptura definitiva.

    Em “So”, episódio que abriu a 3ª temporada nessa terça-feira, 7 de setembro, os dois grandes cenários se concentram na busca pessoal de Jax pelo filho sequestrado, um dos ganchos do final do segundo ano, e em Gemma, que depois de matar sua sede de vingança, vivencia a experiência de ficar foragida da justiça depois de cair numa armadilha da amoral agente Stahl. Fora isso, a vingança e a disputa de territórios continua evidente culminando num final de episódio chocante e que parece dar uma certeza incosteste para os rumos da temporada: tudo pode acontecer e ninguém está a salvo.

    Se você ainda não assiste Sons of Anarchy, tá esperando o que para começar?!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Blu-Ray 'A Origem' em pré-venda e outras promos

O melhor filme do ano até aqui e um dos lançamentos mais aguardados por colecionadores já está em pré-venda na Amazon da Inglaterra. Trata-se do Blu-Ray de A Origem (Inception), que começa a ser vendido em 6 de dezembro tanto em embalagem tradicional (imagem ao lado) quanto numa de luxo em maleta de alumínio e edição limitada. O melhor de tudo? O preço: £29,20 (R$77 no câmbio de hoje) no frete mais barato, o Standard, que chega entre 10 e 16 dias úteis. Ou seja, você pode ter essa edição imperdível de A Origem na sua coleção antes do Natal!

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    Clique na imagem da edição de luxo para ampliar

    A notícia da pré-venda pegou muita gente de surpresa ontem e agitou os principais sites brasileiros dedicados à cobertura do mercado de Blu-Rays, como o Blog do Jotacê, o Blu-Ray News e o Blu-Ray Legendados, que inclusive listou tudo que o box em edição de luxo (imagem acima) trará:

    ITENS ESPECIAIS
    * Edição limitada com mala de alumínio
    * PASIV (Portable Automated Somnacin IntraVenous) Manual do usuário (livro)
    * Cards do filme
    * Totem de “Inception”

    NO DISCO
    * Maximum Movie Mode: Christopher Nolan e Leonardo DiCaprio extraem informações sobre o mundo de “A Origem” e você aprende tudo que possa ter perdido na primeira vez que viu o filme. Perguntas, respostas, surpresas e intrigas – está tudo lá!
    * Prólogo (Motion Comics):
    * Inception: The Cobol Job: Comic online que detalha como Cobb, Arthur e Nash foram escolhidos pela Cobol Engineering para realizar a extração em Saito.
    * Inception: The Big Under: A história que revela como Cobb e companhia conseguem chegar a Saito e colocá-lo sob seu próprio sonho, como mostrado no início do filme.
    * Dream of Consciousness: Acompanhe uma das mais fascinantes pesquisas já realizadas sobre sonhos lúcidos, que levam cientistas a questionarem que o mundo dos sonhos não é um estado alterado da consciência, mas uma realidade paralela funcional.
    * 15 Focus Pods
    * Galeria de Fotos
    * ‘Triple Play Edition’ inclui o filme em 3 formatos: Blu-ray, DVD e Digital Copy!

    Ainda não há confirmação de legendas em português, mas independente disso, se você gostou do filme e ficou babando para ter essa edição na coleção, garanta desde já a sua maleta em pré-venda. A cobrança no cartão de crédito só será feita quando o produto for enviado, possibilitando portanto, o cancelamento do pedido antes do envio em dezembro caso a confirmação de legendas não ocorra e você queira desistir da compra.


    Outras dicas imperdíveis da Amazon UK com entrega imediata


    The Ultimate Bourne Collection em Blu-Ray - Os 3 filmes da franquia Jason Bourne sem bloqueio de região, com legendas em português por £18,14 ou R$48 com frete padrão na cotação de hoje.


    Fringe: 1ª Temporada Completa em Blu-Ray - A temporada de estreia de uma das melhores séries da atualidade por £17.24 ou R$46 com frete na cotação de hoje. Atenção! Esse box é bloqueado para Região B e não traz legendas em português.


    Trilogia Piratas do Caribe em Blu-Ray - £25.36 ou R$67 com frete na cotação de hoje. Esse box é região livre, porém não traz legendas em português.

    *****

    E aí, vai em qual?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ari Gold em mais um momento antológico em Entourage


Uma cena para valer um Globo de Ouro ou um Emmy em 2011?

Não vou mais chover no molhado com elogios para dizer o quanto gosto de Entourage. Tampouco farei comentários mais específicos sobre o episódio mais recente da série exibido no dia 29/8 nos EUA. O único intuito do post é registrar que se existir alguma justiça no mundo das premiações voltadas para a tv, essa cena, desde já antológica protagonizada por Ari Gold (na extensa lista do personagem), deve render novos prêmios a Jeremy Piven, que voltou com tudo nesse penúltimo ano da série como a cena acima evidencia. Sério. Dá para não rir de uma situação dessa em que um cara exaltado solta um "você é uma puta com mais decote do que talento"?

Já mencionei isso no twitter dia desses, mas repito: quando crescer quero xingar como Ari Gold.

True Blood – Ep. 3x11 “Fresh Blood”

Episódio exibido no dia 29/8 nos EUA e inédito na HBO Brasil até o dia 5/9



Temporadas de séries da tv a cabo são singulares. Por serem mais curtas, geralmente não perdem tempo com as chamadas ‘barrigas’ na trama. Com essa 3ª temporada de True Blood foi assim e salvo pequenos equívocos como a história da família de Sam que nunca engrenou, por exemplo, dá para dizer que o ritmo foi sempre acelerado com um monte de coisa acontecendo. Das novidades, como a inserção de outros seres sobrenaturais na história (os lobisomens que andam meio sumidos agora, diga-se), Franklin e principalmente o rei Russel foram inegavelmente as melhores. E como a série no fundo sempre girou em torno de Sookie e sua conturbada relação com Bill e com os vampiros de uma forma geral, nada mais justo que a revelação da natureza da garçonete sirva agora como catalizador para o desfecho da temporada que coloca a sede de um poder inimaginável para um rei ensandecido e o desejo milenar de vingança de outro no mesmo prato.

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    Agora, cá entre nós, independente do gancho do final desse penúltimo episódio, alguém realmente acha que True Blood vá abrir mão de um de seus personagens quem mais cresceram na trama? Eu particularmente duvido muito que a inevitável vingança de Eric venha atrelada ao sacrifício que ele se dispõem a pagar. Até porque, como já ficou mais do que evidenciado, o triângulo formado por Bill, Sookie e Eric, além de ser um dos trunfos da série, ainda tem muito o que render. Se vai render é uma questão que a próxima temporada responderá.

    Por falar no próximo ano da série, a cena em que Arlene se submente ao ritual com um que de Wicca feito pela esquisita garçonete Holly, parece ser o cartão de visitas de um novo elemento que deveremos ver na trama futura: as bruxas. Mas como isso é coisa para 2011, o foco fica mesmo no que ainda temos na mesa para o fim dessa temporada: Sam tomado por uma raiva até então bastante contida sendo ‘consolado’ de novo por Tara logo depois desta ter confrontado Andy; Jason se arriscando com Crystal, que agora finalmente se revela como werepanther; e Lafayette totalmente assustado pela viagem de V compartilhada com Jesus (o que foi aquela cena dos objetos religiosos conversando com Lafa, hein?).

    Resolução da disputa ideológica entre os vampiros, possíveis mudanças na conflituosa dinâmica entre eles e os humanos por conta das ações de Russel, Sookie perdendo a confiança em Bill. O que mais esperar do derradeiro episódio da temporada?