terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Californication – A estreia da 4ª temporada



Hank Moody é um sujeito deplorável. Talentoso, mas preguiçoso. Pai carinhoso, porém desleixado. Apaixonado pela mãe de sua filha, mas um mulherengo incorrigível. Em suma, o tipo de cara por quem muitos sentiriam desprezo, mas que construído com carisma e muitas sutilezas por David Duchovny ao longo das 3 temporadas anteriores de Californication, tornou-se mais um desses personagens bad boys da tv que a gente ama odiar ou odeia amar.

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    No quarto ano de Californication que começa nos EUA no domingo, 9 de janeiro, Hank tem que responder na justiça pelo crime inadvertido que cometeu (transar com Mia, então uma adolescente de 16 anos) ao mesmo tempo em que tenta reestabelecer o abalado convívio com a filha, Becca, e recuperar a confiança de Karen, que no entanto não parece disposta a esquecer a lambança do escritor.

    Em Exile on Main St e Suicide Solution, os dois episódios que abrem a temporada, a tagline do pôster – “Todos Contra Hank Moody”- é corroborada em diversas situações. Vemos Karen remoendo a ferida da ‘traição’ e dizendo que não sabe do que Hank é capaz de fazer. Temos Becca encarando a realidade da descoberta de que seu pai não é o cara que ela idealizava. E temos o próprio Hank dividido entre a certeza das burradas que fez e as tentações e vícios do dia a dia.

    É tudo muito dramático de fato nesse início de temporada, mas como se trata de Californication, não demora muito para que os risos surjam na interação de Hank com Charlie, nas situações insólitas (cena de abertura do ep 4x02, Suicide Solution, é fenomenal), ou mesmo com os tipos esquisitos que aparecem em participações especiais (Rob Lowe, surge como um ator psicopata e totalmente tosco cotado para interpretar Hank num filme baseado no livro ‘escrito’ por Mia).

    Dando mostras de que ainda tem muito gás, Californication retorna mostrando um Hank mais melancólico e reflexivo, mas não menos irresponsável (e divertido, claro), e refazendo o convite para que acompanhemos por mais 12 episódios, as desventuras do escritor que se auto define como uma ‘criança no corpo de um homem.’ E dá para não concordar?

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