De maneira geral, foram 2 os grandes temas dos episódios 5 e 6 da 4ª temporada de Breaking Bad. O primeiro envolveu o elaborado plano de manipulação desenhado por Gus e executado por Mike para, 1) fazer terror psicológico com Jesse e tirá-lo da letargia e, 2) aumentar ainda mais a sensação de insegurança de Walter. Já o segundo e, talvez mais decisivo para a sequência da temporada, envolve Walter deixando a razão e o equilíbrio de lado em duas situações distintas (no jantar na casa de Hank no ep. 5 e na conversa com Skyler no início do 6) aumentando o risco de ver seu segredo ser exposto.
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De “Shotgun”, o quinto episódio, destaques óbvios para as longas e tensas cenas envolvendo Mike e Jesse (a do deserto foi bilhante), que àquela altura, totalmente indiferente à sua vida, acaba despertando ao achar ter recebido uma nova chance e função na ‘empresa’ e, claro, para Walter deixando-se tomar pelo desespero na tentativa de re-estabelecer contato com Gus (a cena dele no Los Pollos Hermanos, ainda que simples, carregou alto na dose de adrenalina) e mais tarde, durante o jantar na casa de Hank para onde fora com Skyler para ‘confessar’ seus vícios e 'explicar' a origem do dinheiro ganho, falando o que não deveria só para alimentar no cunhado a certeza de que o verdadeiro Henseinberg, gênio do meth, continua à solta e ativo.
Já “Cornered”, o sexto episódio, mostrou Skyler, então confiante de que seu plano para lavar o dinheiro era bom, perdendo a sensação de controle absoluto sobre a situação ao se deparar com Walter agindo de forma iráscivel (“Eles precisam de mim. Eu não corro riscos. Eu sou o perigo e outros blá blás”, que ele disse em certa altura), irresponsável (dar um carro esporte de luxo para Walter Jr. no que obviamente atraíria atenções desnecessárias) e, aí sem que ela soubesse, inconsequente (algo que se traduz, por exemplo, na iniciativa dele de confrontar a autoridade e as regras de Gus, levando 3 funcionárias da lavanderia para dentro do laboratório).
E se é óbvio que a ainda pequena subtrama envolvendo o roubo das cargas de meth ganhará contornos e importância maiores mais à frente, um desenvolvimento fundamental para esse arco da história e da conflituosa relação entre Walter e Jesse se deu também nesse sexto episódio quando vemos o primeiro percebendo a armação de Gus para miná-lo psicologicamente e interpelando o segundo a respeito com um argumento/citação ao O Poderoso Chefão que explica todo o plano do chefe: “Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda”.
Inseguros e manipuláveis em suas posições dentro do perigoso jogo em que se meteram, Walter e Jesse surgem invariavelmente tanto como peças essenciais para o perfeito funcionamento daquela engrenagem, quanto como riscos iminente para ela. E nesse contexto seguimos fascinados por Breaking Bad, a série que nunca traz episódios menos que excelentes e que há quatro anos faz a gente torcer por anti-heróis que são tão contraditórios (e odiáveis também em muitas situações, por que não?) quanto frágeis e fascinantes. Será que alguém discorda?
Discordo não. Se fosse outra série, eu já estaria chateado por 6 episódios sem momentos de explodir a cabeça como em temporadas anteriores.
ResponderExcluirMas Breaking Bad faz tudo com tanta classe e cuidado e as atuações dos atores são tão brilhantes que não tem como achar ruim mesmo os episódios mais parados.
Claro q concordamos.
ResponderExcluirÉ ou não é a melhor série do mundo hoje?!?!?!?!
E nesse último ep, o melhor diálogo da história do universo (hehehe) do Walter terminando com um "I'm the one who Knocks"
Arrepiou até a alma! =)
E no final a Skyler falando q tem q ter alguém para proteger a familia daquele que protege a familia! hauauahuha MEU DEUS q foda!
Abraço Dude!