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terça-feira, 29 de julho de 2008

ENTOURAGE: a vida de uma celebridade como você nunca viu

Dia desses comentei no Twitter que havia acabado de ver as 4 temporadas de Entourage numa tacada só e falei sobre meu fascínio pelo trabalho de Jeremy Piven e Kevin Dillon. Agora falando um pouco mais, não só reitero o que disse, como admito que não faço a menor idéia do porque fiquei tanto tempo sem acompanhar a série com a fidelidade que ela merece, afinal, depois de assistí-la a constatação fica óbvia: Entourage é simplesmente fantástica.

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    Johnny 'Drama', Turtle, Vince Chase, Eric e Ari Gold

    Contando com a sempre marcante assinatura da HBO, a série criada por Doug Ellin e produzida por Mark Whalberg mostra o dia-a-dia da vida de Vince Chase (Adrian Grenier), um jovem ator nova iorquino em ascensão em Hollywood que vive cercado pelo irmão mais velho, o também ator Johnny 'Drama' Chase (Kevin Dillon) além de outros dois amigos de infância, Turtle (Jerry Ferrara) e Eric (Kevin Connoly). É com os 4 e mais Ari Gold, agente de Vince, que temos um vislumbre de como deve ser a vida de uma jovem celebridade em um ambiente regado à festas, mulheres, muito luxo e claro, muitos egos inflados. E se à princípio o mote central não pareça tão atraente, pode acreditar, a 'dramédia' tem textos e personagens brilhantes.

    Ari Gold, por exemplo (em excepcional trabalho de Jeremy Piven, vencedor dos dois últimos Emmy), é o sujeito que consegue transformar sarcasmo, preconceito e outras sandices irritantes em elementos que o tornam absolutamente carismático. Vê-lo em seus rompantes de ira e loucura com os funcionários de sua agência é quase sempre garantia de risos fáceis, sobretudo quando o vemos implicando com seu assistente gay Lloyd, ou com Eric o melhor amigo e administrador da vida de Vince. Eric, aliás, ou simplesmente 'E' como o chamam, é o ponto de equilíbrio da turma, sempre ponderado e pé no chão, mas ainda um peixe fora d'água no ambiente em que se meteu. Turtle, por sua vez, é o amigo fiel fascinado pelo clima de constante festa que parece tomar conta da vida Hollywoodiana, e por último, mas não menos importante, temos Johnny 'Drama', o irmão mais velho que 'curte' um período de vacas magras na telinha, vivendo das lembranças e do escasso reconhecimento de um personagem que fizera em uma série épica no estilo "Hércules", chamada 'Viking Quest'. Ao lado de Ari Gold, cabe a Johnny os melhores e mais engraçados momentos da série, já que ao combinar de uma forma natural toda canastrice que lhe é peculiar à uma sutil e sempre surpreendente ingenuidade, o personagem inevitavelmente rouba a cena quando aparece, sempre dizendo ou fazendo alguma grande idiotice cujo resultado não é outro senão mais risos.

    Mas e o Vince? Bem, por mais incrível que possa parecer, apesar de caber à ele o papel de protagonista da série, na maior parte do tempo ele age 'apenas' com a roda que gira o eixo da trama, afinal é em função dele e por causa dele que tudo acontece na vida de todos que citei anteriormente. Inegavelmente um bom ator, Vince no entanto nunca lembra um grande astro do porte de um Brad Pitt da vida, mas de qualquer forma sempre chama a atenção por conta de seu ar despojado e pouco apegado aos luxos que a vida de celebridade disputada por estúdios lhe rendeu. E talvez seja exatamente por esse aspecto que Vince renda pontos à série, já que em nenhum momento ele passa a impressão de soar artificial no importante papel que lhe cabe. Ao longo dos quatro anos de série, muita coisa aconteceu na carreira dele. Ele foi protagonista de um blockbuster de sucesso, já teve desentendimentos com Ari Gold, peitou um chefão de estúdio, abriu mão de tudo em prol de um projeto polêmico e chegou ao fim da 4ª temporada em uma encruzilhada que pode ser decisiva para seu futuro em Hollywood.

    Se você ainda não viu a série, ou simplesmente achava que ela não valia seu tempo, repense sua posição e corra para vê-la. É garantia de muita diversão certa. No Brasil por enquanto só lançaram a 1ª temporada em DVD que custa em média R$35 reais, sim, você leu certo. As outras 3 ainda não deram as caras no comércio, mas a HBO, que atualmente exibe a 4ª temporada, esporadicamente faz reprises de anos anteriores. E para encerrar o serviço de utilidade pública :p vale lembrar que a 5ª temporada tem estréia marcada para o dia 7 de setembro nos EUA, pouco mais de um ano após a exibição do final de sua quarta temporada.

    Anotou tudo direitinho? Então não perca mais tempo e corra atrás dessa ótima série que ainda por cima tem cinco indicações ao Emmy 2008. Melhor Ator Coadjuvante (Jeremy Piven e Kevin Dillon), Melhor Direção de Comédia, Melhor Mixagem de Som para Comédia e Melhor Série de Comédia. Tá esperando o que? Assiste logo!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

"O novo filme do Batman é quase uma obra prima", diz diretor

Faltando menos de 20 dias para a estréia mundial de Batman: O Cavaleiro das Trevas, pouco a pouco começam a surgir opiniões de críticos e de gente ligada à indústria sobre o filme. Uma dessas pessoas é o diretor Kevin Smith (O Balconista), conhecido fã de quadrinhos e nerd assumido que não poupou elogios à nova aventura do justiceiro de Gotham City e sobretudo à performance do falecido Heath Ledger como o Coringa.

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    "Sem estragar a surpresa, esse é um filme épico (e acredite em mim: baseado no tamanho do que é mostrado na narrativa do filme, isso não é um exagero). Ele é O Poderoso Chefão - Parte 2 dos filmes baseados em quadrinhos e pelo menos três vezes melhor que Batman Begins (que já era muito bom). Esse é facilmente o filme baseado em quadrinhos mais adulto já feito. Heath Ledger não só brilha como desaparece completamente no personagem. Sei que não sou o primeiro a sugerir isso, mas ele está apto a pelo menos ser indicado ao Oscar (e até ganhar) como melhor ator coadjuvante. [Batman: O Cavaleiro das Trevas] tem quase 3 horas de duração e quando termina te deixa querendo mais. Não consigo imaginar qualquer pessoa se desapontando com ele. [Christopher] Nolan e a equipe criaram algo bem perto de uma obra prima."

    Bacana demais, não? Se o filme de fato for 1 décimo do que O Poderoso Chefão 2 é eu já me darei por satisfeito, mas até descobrir, eu que já estava bastante empolgado antes, vou começar a roer as unhas de tanta ansiedade pela chegada do dia 18 de julho, e você?

    Confira mais um trailer do filme:


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Porque Battestar Galactica é uma das melhores séries já produzidas

Passados quase 4 anos desde sua estréia, é uma pena que poucos conheçam Battlestar Galactica, e sobretudo julguem-na como 'mais um sci fi ' sem tê-la assistido. Conheci BSG em uma maratona feita pelo canal TNT no ano passado e mesmo sem entender certos pontos da trama - afinal peguei a história na metade - imediatamente me apaixonei pelo tema.

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    Alguns meses se passaram e depois de comprar os DVDs das 3 primeiras temporadas apresentei o piloto (de 3 horas!) para a Juliana. Resultado? Ela também acabou fisgada pela história. Sendo assim, como a estréia da 4ª e última temporada estava prestes a acontecer encontramos a justificativa perfeita para mergulhamos em uma mega maratona que foi concluída em pouco mais de 1 mês. Agora, passados 7 episódios desta nova temporada, a conclusão é uma só: BSG é hoje seguramente um dos melhores dramas da tv ao lado de Lost, Dexter e House. Assistir um episódio da série é experimentar um programa de alto nível que explora com singular competência a complexidade da natureza humana através de abordagens filosóficas, religiosas e morais que convidam à reflexão e provam que um sci fi pode sim imprimir sua marca baseada em uma história onde naves e confrontos ocorrem no espaço.

    Tudo começa quando os humanos vêem a maior parte de sua raça (que vive em 12 colônias) ser dizimada pelos cilônios, uma raça de robôs criados pelos próprios humanos e que passa a perseguí-los na tentativa de subjulgá-los e destruí-los. A maior parte dos cilônios é composta por robôs e naves semi-conscientes, mas há também os modelos (são 12) que desenvolveram consciência plena e imitam a fisiologia do homem. Suas identidades vão sendo reveladas pouco a pouco ao longo da trama que gira em torno da busca dos últimos humanos pelo planeta Terra, que na série é descrito inicialmente como um mito, mas que com o desenvolvimento da história passa a representar o refúgio final e porto seguro da raça. Ao longo das temporadas várias questões são colocadas à mesa de forma sutil criando uma conexão com temas recorrentes do mundo atual e as reviravoltas que ocorrem contribuem muito para a criação de clímax perfeitos que dão à série um tom ainda mais contundente.

    Guess What's Coming to Dinner, o 7º episódio desta 4ª temporada reaproximou personagens que estavam em conflito colocando-os bem perto da verdade que pode selar o destino dos humanos apresentando um gancho excepcional para o prosseguimento da história (quem já viu sabe do que falo). Por isso, se você nunca viu a série, vale muito a pena dar uma chance. A temporada atual terá mais 3 episódios exibidos nos EUA a partir do dia 30 de maio e depois entrará em um hiato que pode durar até o fim do ano ou início de 2009, quando só então veremos o encerramento da história.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Legendas podem ser banidas da internet



Estava demorando. Passado pouco mais de 1 ano e meio do caso ADEPI contra o grupo que fazia legendas de Lost e da posterior ação que fechou sites de legendas, o poder público surge de novo com a intenção de acabar com a democratização da distribuição GRATUITA das legendas feitas por diversos grupos para filmes e séries. A Folha de São Paulo desta segunda-feira, 19 de maio, traz uma nota da jornalista Mônica Bergamo dando conta que a Polícia Federal está prestes a iniciar uma caça aos responsáveis pelos sites de legendas no Brasil sob pretexto de que o conteúdo fornecido (gratuitamente é sempre bom repetir), fere direitos autorais, já que na interprertação da Polícia, tais textos também são protegidos por esta lei.

É até difícil tecer comentários sobre a ação a ser perpretada pela PF dada à magnitude do equívoco sobre o qual ela baseia. Há tempos que a discussão sobre a lei de direitos autorais é confusa e repleta de interpretações dúbias e nada claras. O artigo 29 da Lei de direito autoral é de fevereiro de 1998, uma época em que como lembra o comentarista Bruno Carvalho do Ligado em Série sequer existiam downloads ou mesmo produção de legendas.

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    As perguntas que surgem nesse momento são muitas, mas para (tentar) simplificar a discussão fiquemos com essas: (1) Por que será que não vemos iniciativas parecidas dos órgão públicos que deveriam zelar pelo direito do consumidor que é continuamente desrespeitado ao pagar assinatura de tv a cabo e ser obrigado a ver canais que prestam um serviço de péssima qualidade (salvo raras exceções)? (2) Por que será que os altos impostos que pagamos quando adquirimos DVDs originais de filmes e séries (que muitas vezes são comprados justamente porque se tem acesso prévio ao material graças às legendas) vão para o ralo da ineficiência de governos? (3) Quem ou quais grupos estão interessados em calar aqueles que são alguns dos maiores incentivadores e divulgadores da cultura televisiva e cinematográfica?

    Estas nem são perguntas tão difíceis de se responder, certo? Contudo, o mais absurdo de toda essa situação é perceber mais uma vez, que uma das instituições públicas que agora diz querer defender o cumprimento da lei, é a mesma que faz vista grossa para os milhares de escândalos de corrupção que assolam o país e impedem o desenvolvimento pleno de uma sociedade mais justa e igualitária. E assim a banda toca no país onde a hipocrisia impera e onde o executivo, o legislativo e o judiciário mandam e desmandam rindo todos os dias das nossas caras. Analisando nesse contexto, fica fácil entender porque a PF não age com a mesma 'seriedade' quando cofres públicos, esse sim, direito nosso, são arrombados sem que os responsáveis jamais sejam punidos.

    Peço desculpas pelo desabafo. Este blog não foi criado com o intuito de fazer panfletagem política ou mesmo ideológica, mas quando uma injustiça como essa ganha as manchetes, o mínimo que podemos ou devemos fazer é registrar nosso protesto e profunda insatisfação. Como já dizia a música do Legião Urbana... Que país é esse?

    *Sinta-se à vontade para copiar a imagem e divulgar sua solidariedade aos Legenders sérios