Dude, definitivamente não dá mais para tentar levar Heroes com um mínimo de seriedade. Por que Tim Kring e sua turma não assumem de uma vez que a série é uma grande dramédia e simplificam as coisas de uma vez por todas? Sério. Pra que insistir em (tentar) conferir um tom dramático e complexo numa história que já provou há tempos que tem mais furos que meia velha. E digo isso na melhor das intenções, pois aquele argumento rasteiro do "se não gosta não assista" não cola comigo porque eu já confessei que me divirto com os absurdos da série e não pretendo (pelo menos por enquanto) parar de assistí-la.
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O que quero dizer aqui, é que os caras que fazem a série tem que parar de achar que o público que a acompanha não vai se incomodar com certas lambanças que poderiam ser facilmente evitadas, permitindo que a história fosse um entretenimento bacana como poderia ser. Para que ficar repetindo temas ou situações toda temporada? Futuro ameaçado, uma versão sombria de um personagem, outro que através da pintura registra suas visões para determinado personagem e por aí vai. Tudo isso nós já havíamos visto nas duas primeiras temporadas da série, então já passou da hora de inventarem uma narrativa realmente nova e que fugisse de reciclagens, não acha? Além disso, por que esses caras escrevem diálogos tão ridículos como aquele do Nathan para o Peter do futuro? "O que você fez com o Peter?" Como assim o que ele fez com o Peter se o cara que tava na frente dele era o próprio Peter? Dãa. E como assim o Sylar ficou bonzinho de uma hora para outra só porque a Mama Petrelli disse que ele era especial?
Ok ok, como já estourei minha cota de reclamações para esse episódio, vou destacar os (poucos) pontos interessantes da trama na minha humilde opinião: (1) Ao que tudo indica, Tracy Strauss não deve ser uma outra personalidade de Niki que aparentemente morreu mesmo. E se não estou viajando demais na maionese, creio que ela seja na verdade a irmã gêmea (ou um clone?) que Niki pensava ter morrido em um acidente e que se manifestaria como a Jessica. Será? Se for isso, por onde ela andou esse tempo todo e por que só agora descobriu seu poder de congelar o que toca? (2) Embora tenha achado uma tremenda forçada de barra colocarem o Sylar como um quase-mocinho, admito que a dinâmica entre ele e o Bennet como os 'novos' homens de preto, funciona muito bem. Zachary Quinto é disparado um dos melhores atores do elenco e consegue equilibrar com muita sutileza seu lado sombrio ao irônico, o que sempre acaba conferindo ao personagem um charme a mais. (3) Gostei dos vilões e principalmente daquele que se fortalece no medo dos outros. Agora eu tô enganado ou o poder do Jesse (aquele cujo corpo o Peter do presente estava preso) é idêntico ao do carteiro dos mobisódios? (4) O lado pastelão da história (que ganha até trilha engraçadinha) com Hiro, Ando e Daphne tem lá seu potencial sobretudo por conta da tal historinha envolvendo a misteriosa fórmula secreta. E sobre Daphne, fiquei com a impressão de que é ela quem aparece nas pinturas feitas por Usutu (o 'Isaac Mendez africano') nos braços do Parkaman. Será que o novo slogan de Heroes será "Save the roadrunner, save the World?"
A coisa tá complicada mesmo Davi, esse roteiro de Heroes exige muita paciência!!
ResponderExcluirTb to achando que nessa história de Nikki, Tracy e cia tem coisa de clone no meio!! E vc tem 100% de razão, o poder do Jesse é igual ao do carteiro do mobisódio...não tinha me ligado nessa!!
Ótima review bro, abraço!
PS - Peguei essa imagem do post de Heroes "emprestada"!! hehehehe
bom... uma coisa que me incomoda é o fato de os pintores serem diferentes, mas os desenhos serem sempre os mesmos, de tim sale.
ResponderExcluirQuem vê arte, lê quadrinhos, sabe que desenhos e pinturas seguem o estilo proprio do seu autor. mesmo quando surgem imitadores, é possível identificar o que é original e o que é cópia.
Portanto, por que não contratam outro desenhista pra representar as pinturas do africano? a arte de tim sale é legal, mas o fato de serem diferentes pintores levaria a crer que a arte se diferencaria.
bom... isso e tudo o mais que já foi dito.
Adorei sylar e bennet, os melhores atores da série.
E se a claire tava perdendo o ar, por que a mãe dela não estava? O que ela respira, hein?
Fiquei contente com o seu comentário sobre o Nathan tratar o Peter do futuro como outra pessoa. Isso já tinha me incomodado MUITO nos dois primeiros, principalmente a mãe Petrelli perguntando "O que você fez com meu filho?" e tratando-o como se fosse outra pessoa...
ResponderExcluirDesde a segunda, e horrível, temporada eu já tinha percebido que só o Sr. Bennet se salva nessa série e, às vezes, o Sylar. O resto só ocupa espaço.
Essa forçada "cômica" com o Hiro também está ficando ridícula. Na primeira temporada era engraçadinho, quando ele ainda era só um nerd que queria ser super-herói. Mas agora, com todos esses poderes e com tudo que ele já viu e aprendeu (ou deveria ter aprendido) indo pro passado e futuro, fica meio difícil ouvir ele falar que quer "salvar o mundo" e não se sentir constrangido pelo ridículo...
save the roadrunner hahahahhaha! E tem alguém que ainda leva heroes a sério? Eu me diverti com o Sylar e Sr. Bennet, uma dupla e tanto.
ResponderExcluirEssa história do peter é esquisita mesmo, será que ele não é ele no futuro??
Até concordo com você Davi, as vezes a gente sabe que um programa é um lixo mas continua assistindo porque tem algo ali que te distrai, entretem.
ResponderExcluirMas não pode ficar reclamando de furos e tal, pois afinal, você já sabe que a série é recheada deles desde a primeira temporada.
Mas de qualquer jeito sempre fico feliz quando leio uma crítica detonando heroes, pois é isso que essa série merece.
O poder do Jesse é diferente do carteiro do mobisódios. A voz do carteiro parece emitir um barulho muito alto que até mata. Já o Jesse, me parece que lança uma onda de impacto, uma energia pela boca, não tem nada relacionado ao som. Quando o Echo(Acho que era esse o nome do carteiro) gritava, ninguém saia voando mas com o Jesse isso acontece. Parece que a pessoa recebeu um impacto e foi empurrada.
ResponderExcluirQuanto ao epsódio, pra assistir Heroes tem que se fechar os olhos para muitas coisas
Concordo, mas convenhamos que algumas series como LOST tambem passam essa sensação de ja ter caído no ridiculo do humor involuntario a algum tempo...aos olhos do fanático isso passa despercebido.
ResponderExcluirPodem falar muita coisa de Lost, menos que a série tenha se tornado uma série de humor involuntário.
ResponderExcluirEla esta longe de ser repetitiva como Heroes. Lost é muito mais criatia .
Enquanto os roteristas de Heroes estão perdidos desde a 1ª temporada, os de Lost se perderam apenas durante um trecho da terceira tempora.
Resumindo: Lost tem um planejamento a longo prazo, ao contrario de Heroes que não tem planejamento nem a curto prazo.
PS:Voltando um pouco no tempo, o tema central da primeira temporada(A Companhia querendo explodir parte de NY para mudar o mundo) não parece uma cópia da trama da HQ Watchmen?
Só uma coisa a dizer: Concordo plenamente. Outra: Aquele ator que faz o Matt Parkman (acho que escreve assim) é muito ruim!!
ResponderExcluirsobre lost, há poucos furos, e os que existem, são irrelevantes. ou são coisas ainda a serem abordadas.
ResponderExcluiratrama já é mais amarrada e nota-se um plano geral sendo seguido.
Um problema com lost foi a enrolação na 2a. temporada. mas até isso foi sanado devido ao pouco numero de episódios por temporada. A 4a. temporada de lost desenrolou um monte de coisas.
Já heroes fica recauchutando tramas velhas, os personagens mudam de personalidade e caráter da noite pro dia. E sobre enrolação, basta ver a segunda temporada, que enrolou, enrolou, enrolou e não deu em nada. Mesmo com poucos episódios, se deram ao luxo de enrolar.
Lost é mais coeso. E meros detalhes são importantes. em heroes, é tudo atirado a esmo.
Ah, sobre watchmen...
ResponderExcluirEu acho que lost tem mais a ver com watchmen (minha HQ favorita) que heroes.
Heroes tá mais pra "os mutantes" da record. era pra ser um x-men realista.
Um dos pontos de lost é anomalias temporais, e outro é a questão dos flashbacks. ainda há o fato de estarem numa ilha onde pesquisas científicas eram realizadas. E há um monstro.
Em watchmen, há uma ilha que aglomera grandes mentes para criarem um monstro, o Doutor manhattan possui propridades do tempo... podemos dizer que desmond viveu um período como o doutor manhattan, quando viveu dois períodos de tempo diferentes alternadamente. O dr. manhattan vivia todos os dias de sua vida de maneira simultânea.
A ilha se locomove no espaço-tempo. assim faz o Dr manhattan.
E Flashbacks: watchmen é contado através de flashbacks.
Quando reli watchmen ano passado (eu havia lido apenas uma vez há uns 10 anos atrás), eu vi mais similaridades com lost que com heroes.
É como se heroes pegasse só a superfície do tema de watchmen, que trata de super-heróis de maneira "realista". Já lost se assemelha a watchmen nos conceitos e idéias, e na temática da trama.