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É inegável que a série ainda dê umas 'viajadas' em certos momentos e a experiência extra-sensorial, digamos assim, de Jason com o "V" (a droga/sangue dos Vampiros) é um exemplo, mas The Sparks Fly Out, supera e muito qualquer exagero, expondo um estudo elaborado e inteiramente crível para aquele universo onde homens e vampiros dividem espaço. E nisso, o envolvimento ou interesse de Bill por Sookie, ganha novas camadas, pois ao conhecermos seu trágico passado e as circunstâncias que o tornaram um chupador de sangue, passamos a compreender que o que ele sempre buscou durante esses vários anos de solidão, foi uma chance de se reconectar com o que lhe foi tirado à força: o convívio com o mistério da falibilidade humana e toda sua complexidade.
Mas o que esse episódio realmente deixa mais evidente (pelo menos para mim), é a noção de que True Blood faz uma crítica contundente sobre a natureza do individualismo e da opressão frente o desconhecido. E nisso, creio que não seria nenhum exagero se fizessemos uma analogia entre a dificuldade da minoria (os vampiros) para serem aceitos no meio da maioria (os humanos) com o que acontece hoje no mundo cada vez mais suscetível a esteriotipar religiões ou povos como maus e a isolá-los ou demonizá-los como a série mostra com os vampiros. E sim, há nessa minoria da série alguns que apelam para a maldade para fugir da opressão da mesma forma que árabes radicais por exemplo fazem uso de atentados para tentar calar a influência do poder ocidental. E se a série consegue levantar discussões desse tipo, isso para mim é um sinal claro de que há uma obra que tem muito mais a dizer do que parece.
True Blood definitivamente não é uma série fácil onde tudo vem mastigado, e admito (de novo) que há de se ter um pouco de paciência no início onde tudo soa obscuro demais e aparentemente sem propósito. Porém, àqueles que persistem, asseguro que a recompensa é boa, afinal, não é todo dia que podemos ver uma série diferente e que ainda consegue criar uma ambientação atraente, misteriosa e que sempre instiga. E se o final desse episódio não te deixar curioso para saber o que vem pela frente, dificilmente algo mais o fará. Allan Ball acertou de novo e bem feito para mim por ter duvidado.
Ainda não assisti True Blood, com tantas outras séries q jah assisto retornando fica meio complicado ter espaço pra uma nova, mas depois desse comentário, penso seriamente em adicioná-la na minha lista =]
ResponderExcluirPS: Vai rolar mais DudeCast? Hope so, sempre me divirto ouvindo =]
A única coisa que realmente admiro nessa série é o video de abertura. Realmente muito curioso. A estória não me atrai. E sobra as cenas de Sexo que são feitas pra chocar, ao mesmo estilo de Six Feet Under. Mas não é motivo pra mim acompanhar essa série.
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