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Fato é que, mesmo com apenas dois episódios, já sou fã da série e de tudo que ela inevitavelmente carrega, afinal, muito mais do que sangue e cenas fortes, já é evidente para mim que o que a produção realmente busca na complexidade da situação absurda de um mundo inteiramente novo, é explorar as reações e as relações que se estabelecem dentre aqueles que lutam para sobreviver.
Eu não sei você, mas particularmente fiquei tenso por boa parte do episódio vendo o cerco se fechando em torno de Rick e aquele pequeno grupo de sobreviventes em Atlanta. Isolados como estavam e com a necessidade de tomar medidas extremas e totalmente arriscadas (cobrir o corpo com vísceras de um zumbi não deve ser das coisas mais agradáveis a se fazer, certo?), a sensação era a de que qualquer coisa podia acontecer de ruim a qualquer momento.
Nesse panorama, em meio a conflitos de interesses pessoais, vide a briga ocorrida na cobertura do prédio, e guardadas as devidas proporções, claro, esse encontro do Rick com os sobreviventes ali de Atlanta, de certa forma emula aquele climão do início de Lost onde ninguém se conhecia ainda e brigas e disputas eclodiam a todo instante num terreno absolutamente novo e cheio de surpresas e perigos a todo instante.
Com isso, não estou dizendo que The Walking Dead será o novo Lost, até porque esperar por algo assim ou cobrar que alguma produção nova o seja é uma grande besteira. Por enquanto, da série só espero que continue me envolvendo como fez nesses dois episódios iniciais e que seja sempre autêntica no que propõe. Se fizer isso, certamente me terá como espectador e fã não só nesta temporada de estreia, mas também na 2ª que chegará em 2011 com 13 episódios já confirmados.
Outras observações:
- Não tenho a menor dúvida de que na ausência de um vilão com rosto definido, caberá a Merle, o encrenqueiro que ficou abandonado à própria sorte no alto do prédio, o papel de antagonista da história nesse primeiro momento. Ou alguém acha que o cara não vai encontrar uma forma de se libertar e de buscar vingança contra os que o deixaram para trás?
- E a Laurie Holden (a loirinha, Andrea), hein? Continua com o mesmo rosto dos tempos de sua Marita Covarrubias, a informante de Fox Mulder em Arquivo X, não?
Em tempo, vale registrar que a partir dessa semana, além dos rápidos comentários que já faço em áudio sobre os episódios de Boardwalk Empire, também vão pintar os de The Walking Dead lá no SERIAUDIO. Não deixe de conferir ;)
Davi, excelente episodio mesmo! E a Juliana, tem acompanhado ou tem medo de zumbis...? hehe
ResponderExcluirGostei das diferenças entre a HQ e a serie nesse segundo capitulo. Cria um clima legal para quem já leu as historias. Em determinado momento eu soltei um "ué, esse cara não tava no gibi, nem esse, muito menos aquele..." Vai ser legal assim, com a serie surpreendendo até quem já acompanha a saga de Rick e cia.
E a comparação à Lost é inevitável, principalmente nesses conflitos entre personagens. Nos quadrinhos então, fácil fácil eu apontava "esse é o sawyer, esse é o jin, já esse é o eko, etc, etc". Isso sem contar com o espírito de liderança do Rick a la Jack, né? Mas sem risadinhas nervosas, por favor...
Mesmo apreciando a série considero esse episódio fraco. Na comparação com o primeiro ele perde muito no roteiro.
ResponderExcluirLá se valorizava o silêncio e os zumbis apareciam em momentos para valorizar as incertezas dos personagens. Aqui houve muitos diálogos clichês com os novos personagens e os mortos estiveram mais próximos de um filme B de zumbis na sua utilização.
Outra coisa é que o pessoal do acampamento está muito deslocado da série e pelo jeito só engrena se o protagonista aparecer por lá.
O que salva o episódio é duas ótimas sequências: Rick preparando o "voluntário" e a caminhada dele e do Glenn em meio aos famintos monstrengos. Isso é The Walking Dead, o resto é uma série comum.
Oi Felipe, a Juliana acompanha, mas fecha os olhos de vez em quando hehehe. Brincadeira.
ResponderExcluirAcho que é válido comparar a série com Lost nesse aspecto do conflito dos personagens. Nesse início, pelo menos, lembra muito a 1ª temporada de Lost mesmo.
Netileve, eu concordo que houve uma quebra de ritmo entre um episódio e outro, mas acho que era necessário que a ação ganhasse força agora, afinal, ela catalisa justamente os conflitos e dilemas dos personagens, e como eles estão sendo apresentados para nós, acho válido o que o episódio fez.
Abraços!
Uma diferença que percebi entre as HQs e a série foi o fato dos zumbis serem menos lesados...
ResponderExcluirNo original eles rastejam, não correm e não usam seus miolos. No 2º episodio vemos eles usando pedras para quebrar os vidros, correndo, pulando cerca... é, a vida de Rick na HQ era mais fácil :)
Sobre Merle, tenho certeza que ele vai conseguir sair das algemas e vai atrás dos outros sobreviventes (caramba, escrever "sobreviventes" acabou de me dar um sentimento de nostalgia da primeira temp. do Lost. Saudaaade.), sendo que o próprio epi. deu essa dica quando aquele cara negro, no desespero, vai tentar abrir as algemas e chuta o baldinho que tinha aquela serra, que aparece no começo do epi., dentro.
ResponderExcluirBom, eu particularmente gostei muito desse episódio, ainda mais do que o primeiro.
ResponderExcluirNão havia percebido a semelhança com a 1ª temporada de Lost, mas agora que vocês disseram, realmente tem muito a ver.
Achei que teve muitos clichês nesse episódio, mas foram colocados de uma maneira que não o demereceu.
Mais uma vez assisto uma série que, ao terminar o episódio, eu penso: poxa vida, só semana que vem agora!
Abraços!
A série tem tudo para virar TOP, tomare que não nos decepcione.
ResponderExcluirÉ incrível como a série está sendo bem produzida, parece filme.
Prezados, Olá!
ResponderExcluirParabéns Davi pelo post! (Meu Deus, era a Covarrubias!)
Em relação ao fato de os zumbis serem menos "lesados" que nas HQ's - que o Felipe comentou - isto também já havia me incomodado (bastante):
http://oqestouassistindo.blogspot.com/2010/11/walking-dead-s01e02-guts.html
Tb acho que o redneck vai virar arqui-inimigo da turma do Rick - a pista, ao meu ver, é o ator: bom demais para ser só uma ponta!
Abraços,
Noé Alvarenga
@egosfera
http://oqestouassistindo.blogspot.com
Concordo com tudo o que você disse Davi, o episódio só me agradou mais e mais e claro o sentimento saudosista com relação a Lost batia a todo instante.
ResponderExcluirAquela cena da Lori no mei da floresta! Meu Deus eu esperei um dos outros ou o próprio Man in Black aparecer ali. kkkkkkkkkkkkkkkk!
Tirando as comparações invitáveis, só não estou gostando de uma coisa, da forma como eles estão colocando a Lori na série. Todos os fãns da HQ gostam da personagem, mas cá entre nós nesses dois episódios ela se demonstrou muito vadia. Temo que isso reflita na relação que teríamos que ter com a personagem. Tirando isso só perfeição, o gore, a tensão, a Laurie Holden (Saudades de Arquivo-X), fazem meus olhos brilharem.
P.S.:Mais uma comparação inevitável, a personalidade do Rick é idêntica ao do eterno Doc. Jack! Tu não acha cara?!
Guigas, o que penso na comparação do Rick com o Jack de Lost, é que tal qual o dr, ele também não é um personagem que espera para ver o que pode acontecer, mas que parte para a ação, o que acaba sendo uma exigência natural e, sobretudo muito bem vinda para qualquer protagonista que se preze, né?
ResponderExcluirGrande abraço!
Gostei muito da série justamente por ela não dar aquele enfoque exagerado em zumbis, os quais particularmente não gosto. O mais interessante é ver como as pessoas não infectadas reagem a essa situação e os conflitos que resultam dessa convivência. Dessa forma, concordo com sua comparação à Lost. Bom saber que, além de mais uma ótima série, temos também os melhores comentários pra ler. Valeu!
ResponderExcluirRealmente não tinha tido sensibilidade suficiente pra comparar os personagens e suas atitudes com Lost, mas depois de ler todos os comentários e assistir de novo o episódio, comecei a enxergar de outra forma os mesmos.
ResponderExcluirGostei muito do episódio, só achei meio clichê chover bem na hora em que eles estavam no meio dos zumbis, se eu fosse o diretor deixaria o céu azul e construiria uma cena mais densa ( com o silêncio e o suspense), mas como eu não nada nem ninguém, vou torcer pra série ter pelo menos mais umas 4 temporadas pq do jeito que segue, tá ótimo.