Exibido no dia 7/11 nos EUA e no dia 9/11 no Brasil
Conflitos entre personagens/sobreviventes, muita ação, violência e vísceras de zumbis para dar e vender. Em suma, “Guts”, segundo episódio de The Walking Dead foi um prato cheio para quem gosta de produções diferentes e que não abrem mão da ousadia e do uso de cenas mais gráficas para causar impacto.
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Fato é que, mesmo com apenas dois episódios, já sou fã da série e de tudo que ela inevitavelmente carrega, afinal, muito mais do que sangue e cenas fortes, já é evidente para mim que o que a produção realmente busca na complexidade da situação absurda de um mundo inteiramente novo, é explorar as reações e as relações que se estabelecem dentre aqueles que lutam para sobreviver.
Eu não sei você, mas particularmente fiquei tenso por boa parte do episódio vendo o cerco se fechando em torno de Rick e aquele pequeno grupo de sobreviventes em Atlanta. Isolados como estavam e com a necessidade de tomar medidas extremas e totalmente arriscadas (cobrir o corpo com vísceras de um zumbi não deve ser das coisas mais agradáveis a se fazer, certo?), a sensação era a de que qualquer coisa podia acontecer de ruim a qualquer momento.
Nesse panorama, em meio a conflitos de interesses pessoais, vide a briga ocorrida na cobertura do prédio, e guardadas as devidas proporções, claro, esse encontro do Rick com os sobreviventes ali de Atlanta, de certa forma emula aquele climão do início de Lost onde ninguém se conhecia ainda e brigas e disputas eclodiam a todo instante num terreno absolutamente novo e cheio de surpresas e perigos a todo instante.
Com isso, não estou dizendo que The Walking Dead será o novo Lost, até porque esperar por algo assim ou cobrar que alguma produção nova o seja é uma grande besteira. Por enquanto, da série só espero que continue me envolvendo como fez nesses dois episódios iniciais e que seja sempre autêntica no que propõe. Se fizer isso, certamente me terá como espectador e fã não só nesta temporada de estreia, mas também na 2ª que chegará em 2011 com 13 episódios já confirmados.
Outras observações:
- Não tenho a menor dúvida de que na ausência de um vilão com rosto definido, caberá a Merle, o encrenqueiro que ficou abandonado à própria sorte no alto do prédio, o papel de antagonista da história nesse primeiro momento. Ou alguém acha que o cara não vai encontrar uma forma de se libertar e de buscar vingança contra os que o deixaram para trás?
- E a Laurie Holden (a loirinha, Andrea), hein? Continua com o mesmo rosto dos tempos de sua Marita Covarrubias, a informante de Fox Mulder em Arquivo X, não?
Em tempo, vale registrar que a partir dessa semana, além dos rápidos comentários que já faço em áudio sobre os episódios de Boardwalk Empire, também vão pintar os de The Walking Dead lá no SERIAUDIO. Não deixe de conferir ;)