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segunda-feira, 9 de junho de 2008

FEAR ITSELF - Comentários sobre o piloto da série

Pode ser prematuro dizer isso, mas a realidade é que Fear Itself começou muito mal deixando, pelo menos para mim, uma péssima primeira impressão. Quando soube da série no início do ano, fiquei curioso para ver como desenvolveriam a idéia de ter episódios com histórias de terror e suspense fechadas que funcionariam isoladamente e com elencos distintos. Infelizmente, julgando por Sacrifice, o primeiro episódio da série, é inevitável não notar a extrema falta de criatividade ou inovação no gênero.

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    Todos os piores clichês dos piores filmes do gênero estão concentrados nos 42 minutos do episódio Sacrifice. Quando o carro de um grupo de 4 homens quebra no meio de uma estrada em uma área isolada e gelada que só tem uma fazenda estranha e sinistra por perto adivinhem para onde eles vão? Pois é, como se isso fosse pouco para já entregar que uma carnificina estava prestes a acontecer, os 'manés' de plantão ainda caem no conto de sedução de 3 irmãs que posam de indefesas mas que obviamente tem ligação direta com as várias cruzes plantadas nas redondezas do lugar. Fora isso não vou entregar outros detalhes para não estragar a 'surpresa' caso você ainda vá assistir o episódio, mas digo que o mal encarnado da vez está relacionado a um vampirão vindo da Romênia. Pois é, eu avisei que a coisa era bem clichê.

    Fear Itself até consegue provocar alguns pequenos sustos isolados, mas na essência a idéia de replicar conceitos tão bem explorados por séries clássicas do mesmo gênero como Alfred Hitchcock Presents, The Twilight Zone, Amazing Stories, Tales from the Crypt ou nas mais recentes Night Visions e Master of Horror, falha de forma contundente na tentativa em criar uma nova antologia de horror na tv. Em condições normais, eu "cancelaria" a série da minha programação de imediato, mas como o segundo episódio trará Cynthia Watros, a Libby de Lost como uma das protagonistas de Spooked, estou pensando em dar uma segunda e última chance à série.

    Para quem ainda está pensando se aventurar, aqui está o promo do episódio Sacrifice:


    Curiosidades sobre o elenco do episódio Sacrifice: A loira Chelsea é feita por Rachel Miner, a ninfomaníaca Dani de Californication. Já o bobão Lemmon é 'interpretado' por Jesse Plemons, o Landry Clarke de Friday Night Lights e para encerrar o mico, o personagem Point (isso lá é nome de alguém?) é feito por Jeffrey Pierce que participou da cancelada The Nine em 2007.

domingo, 8 de junho de 2008

SWINGTOWN - Comentários sobre o piloto da série


EUA, 1976. Enquanto muitos americanos celebravam o bicentenário da independência do país, outros experimentavam a revolução sexual que transformou uma geração. É esse o mote central de Swingtown, uma das séries novatas que chegam nesse que pode ser considerado o período de testes da tv americana quando os reality shows imperam. No piloto, conhecemos o casal Bruce e Susan Miller que, recém mudados para um bairro chique de Chicago, são muito bem recebidos pelo libertino casal vizinho Tom e Trina Decker, em quem os Miller rapidamente vão descobrir a chance ou o caminho para apimentar e reacender seu casamento.

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    O curioso de Swingtown - pelo menos levando em conta o que o piloto mostrou - é que embora o sexo seja usado como argumento básico, tudo acaba ficando muito mais na sugestão e na imaginação de quem vê, do que em qualquer exposição gráfica mais ousada. Ou seja, quem for assistir a série esperando um soft-porn na linha de Tell Me You Love Me pode se decepcionar.

    Além de explorar a dinâmica que começa a se desenvolver entre os dois casais já citados, há ainda um terceiro formado por Roger e Janet Thompson. Esta além de ser a ex-vizinha e melhor amiga de Susan, é também o típico exemplar de mulher pudica que estabelece o extremo oposto de Trina. Além dos casais, há pequenas subtramas envolvendo os filhos dos Miller, Laurie e BJ e também o dos Thompson, jovens que fatalmente também devem ser incluídos na mistura de descobertas e desejos que a série propõe.

    Mas afinal, Swingtown merece ser conferida? Bom, é certo afirmar que não há qualquer grande novidade em termos de narrativa e que a série está longe de ser unanimidade, contudo posso dizer com tranquilidade que o clima dos anos 70 e sobretudo a caracterização dos personagens me envolveu com naturalidade. Sobre isso aliás, devo destacar que a trilha sonora da série recheada de clássicos daquela época ajuda bastante a nos fazer entrar no clima, assim como diálogos espertos e que em alguns casos trazem até mesmo um certo tom cômico involuntário. Um exemplo disso surge logo no início quando Tom Decker seduz uma jovem aeromoça depois de ter sua camisa sujada e ouve dela um , "sua mulher vai me matar [por isso]" ao que ele retruca com um sugestivo "ela vai te amar" para em seguida vermos os três dividindo a mesma cama... Só faço uma ressalva sobre esse piloto. A personagem Susan que é inteligentemente apresentada como um contraponto entre a carola Janet e a depravada Trina, aceita rápido demais a sugestão feita pela nova vizinha para 'experimentar o amor de outra forma'. Pode ser besteira minha, mas a coisa me pareceu apressada demais, tirando certa dose do impacto que o processo poderia trazer.

    Em suma, a série é uma tentativa interessante da rede americana CBS de explorar um tema espinhoso e inédito para ela, tão acostumada com as séries criminais da linha CSI. Apesar disso, é certo que se ela fosse exibida em um canal a cabo como o Showtime ou a HBO, certamente renderia textos e cenas infinitamente mais picantes e ousados, o que contudo não tira da série certos méritos.

    Vídeo Promocional da série:


    Curiosidades sobre o elenco: O casal Miller (Bruce e Susan) é feito pelo ator Jack Davenport o Comodoro James Norrington da trilogia Piratas do Caribe e por Molly Parker, a Alma Garret de Deadwood. Já Tom e Tricia Decker são feitos por Grant Show, o Jake Hanson de Melrose e por Lana Parrilla, que fez a personagem Greta, a morena que estava dentro da estação Looking Glass no final da 3ª temporada de Lost.

sábado, 7 de junho de 2008

DIZ QUE ME AMA - Comentários sobre o piloto da série

Com estréia marcada para este domingo (8 de junho) às 22h na HBO, Diz Que Me Ama - Tell Me You Love Me no original - é um drama sobre relacionamentos focado nas vidas de três casais com problemas de intimidade. Jamie e Hugo estão noivos e tem dúvidas sobre a fidelidade; Carolyn e Palek enfrentam problemas na tentativa de ter um bebê e Katie e David são pais que não encontram tempo para fazer sexo. Esses três casais fazem terapia com a psicóloga, Dra. May Foster, uma mulher experiente que parece ter absoluto controle sobre o assunto.

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    Abordar um assunto que nunca deixa de ser tabu na sociedade e refletir sobre situações vivenciadas por vários casais no dia a dia dos relacionamentos, é tarefa espinhosa já que o risco de cair nos clichês mais óbvios é grande, mas Diz Que Me Ama (Tell Me You Love Me) - mais uma aposta da HBO - traz um enfoque bastante adulto, sério e por vezes depressivo à questão. Não é uma série de temática fácil ou mesmo atraente para a maioria, mas o enfoque individualizado dado às variações do mesmo tema para cada um dos três casais, traduz um interessante retrato sobre a intimidade no relacionamento.

    Mesmo apresentando-nos de forma objetiva aos problemas dos três casais logo de cara, o episódio piloto falha em desenvolvê-los de forma mais apurada, e um bom exemplo disso está na figura de Kate, a esposa que busca na terapia entender os motivos de seu marido não procurá-la mais para o sexo, mesmo ignorando as razões que a distanciaram de uma intimidade maior depois de anos de casamento. Outro ponto que certamente pode incomodar os mais puritanos é o excesso de cenas de sexo explícito. Não sei se por explorar a intimidade como força motriz da trama, a intenção de usar tal artifício é dar à série uma dimensão mais próxima da realidade, mas admito que fiquei muito surpreso com a ousadia de algumas cenas, que mesmo falsas (graças à trucagem e ângulos de câmera) impressionam e sem dúvida causam impacto.

    O elenco é bastante coeso e tem atuações equilibradas dentro do universo de cada personagem, mas duas atrizes me chamaram mais atenção. Uma delas é Sonya Walger, mais conhecida como a Penny Widmore de Lost, e a outra é a veterana Jane Alexander. Walger faz Carolyn, cuja frustração por não conseguir engravidar afeta o relacionamento com o inseguro Palek com quem divide uma polêmica cena de sexo. Jane Alexander por sua vez, faz a experiente terapeuta que ajudará os casais na busca pelo equilíbrio perfeito que ela parece já ter encontrado na relação de muitos anos com o marido.

    Minha opinião final? Diz Que Me Ama está longe de ser sensacional mas é inegavelmente um drama corajoso e interessante.