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1. Chinese Democracy, a faixa que dá nome ao disco, prova que o som da banda ainda pode ser relevante. Esqueça aquelas versões que vazaram na internet nos últimos anos ou mesmo a executada nos raros shows da banda. O resultado final ficou muito melhor e traz uma pegada forte que tem tudo para bombar nas rádios. Lembra bastante o apetite da já clásica Welcome to the Jungle e tem solos de guitarra bem bacanas.
2. Sorry, mas essa tentativa do Axl de fazer uma faixa estilo Chad Kroeger (vocalista do Nickelback) não colou para mim. Não que a sonoridade seja desinteressante, mas é que esse é último estilo que eu poderia imaginar ouvindo Axl explorar. Pode até ser que ao ouví-la de novo mais vezes, minha percepção mude, mas como dizem que a 1ª impressão é a que fica, digo que a achei no mínimo esquisitinha.
3. I.R.S. é uma faixa interessante. Tem arranjos bem legais, um Axl mais contido na maior parte do tempo (e berrando nos momentos certos numa dose equilibrada), o que certamente já é um ponto bastante positivo. Fora isso, a letra é divertida e tem um refrão bacana.
4. Madagascar é ao lado de Chinese Democracy, uma das faixas mais antigas do disco. Lembro de ouví-la na apresentação da banda no Rock in Rio 3 em 2001. Tem um quê de Civil War (há até trechos dela), mas se destaca mais ao explorar um tom de blues melancólico que funciona.
5. This I Love traz um Axl Rose irreconhecidamente romântico demais (no início parece até um um Michael Bublé do rock). E o que é mais estranho: a letra com suas várias rimas óbvias funciona bem com os arranjos que são bem simples, mas que jamais seriam esperados num álbum de uma banda de hard rock. Não é uma ótima faixa, mas confesso que a suavidade da sonoridade chamou minha atenção.
6. Prostitute tem um ritmo legal e etc, mas o que mais me deixou curioso mesmo nessa faixa, foi saber qual é a inspiração dela. Simples criatividade ou fruto de uma experiência? Será que rockeiro quarentão se apaixona por prostituta e escreve música como forma de terapia? :p
7. Shackler's Revenge, a faixa que foi lançada no game Rock Band 2 tem uma batida forte levada numa tomada chiclete com letra de refrão simplório, mas não menos interessante. Além disso, vale destacar que a mescla de vocais rende bem.
8. Better, começa com um som que em nada lembra a batida da banda que conhecíamos há 15 anos atrás, explorando arranjos claramente experimentais que logo revelam riffs interessantes e Axl dando seus já não tão potentes agudos, mas que ainda funcionam satisfatoriamente. Bela faixa.
9. Street of Dreams é balada mor do álbum. É inevitável ouví-la e não lembrar de November Rain com piano e a cantoria que começa melancólica, mas que depois acaba ganhando contornos de música com toda cara de clipe chiclete que será repetido à exaustão na MTV daqui uns meses.
10. If the World talvez seja a música com menos cara de Guns N'Roses de toda a história da banda. Levada numa batidinha pop melódica e repetitiva, mas que surpreendentemente funciona, a faixa remete a fim de filme quando o protagonista sai caminhando numa estrada com o sol se pondo à medida que os créditos vão rolando. Não é à toa que ela encerra o filme Rede de Mentiras, thriller estrelado por Russel Crowe e Leonardo DiCaprio que estréia no próximo dia 28.
11. There was a Time, é o que eu chamaria de faixa discurso do álbum. É nela que Axl destila um caminhão de blá blá blás em cima de uma música pouco inventiva, mas 'escutável'. Fosse mais curta que os quase 7 minutos que tem não deixando os belos solos de guitarra só para o final e talvez funcionasse melhor.
12. Catcher in the Rye traz Axl novamente contido e uma letra bacana que ganha peso graças aos belos riffs homogeneamente distribuídos.
13. Scraped, certamente a faixa mais fraca das 14. Repetitiva, chata e sem nenhum atrativo que te faça querer ouví-la de novo. Nessa aqui nem o solo salva, infelizmente.
14. Riad N' The Bedouins é a prova de que Axl não pôde resistir em fazer uma faixa 'sessão' gritaria. Tem umas viradas esquisitas no início, melhora do meio pro fim, mas nada que a torne espetacular.
Segundo divulgação do estúdio responsável pela distribuição do álbum, participaram do trabalho os seguintes músicos: Robin Finck, Paul Tobias, Buckethead, Ron "Bumblefoot" Thal, Richard Fortus (guitarras), Tommy Stinson (baixo), Dizzy Reed, Chris Pitman (teclados), Brain e Frank Ferrer (bateria).
Chinese Democracy já está disponível na pré-venda.