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O curioso de Swingtown - pelo menos levando em conta o que o piloto mostrou - é que embora o sexo seja usado como argumento básico, tudo acaba ficando muito mais na sugestão e na imaginação de quem vê, do que em qualquer exposição gráfica mais ousada. Ou seja, quem for assistir a série esperando um soft-porn na linha de Tell Me You Love Me pode se decepcionar.
Além de explorar a dinâmica que começa a se desenvolver entre os dois casais já citados, há ainda um terceiro formado por Roger e Janet Thompson. Esta além de ser a ex-vizinha e melhor amiga de Susan, é também o típico exemplar de mulher pudica que estabelece o extremo oposto de Trina. Além dos casais, há pequenas subtramas envolvendo os filhos dos Miller, Laurie e BJ e também o dos Thompson, jovens que fatalmente também devem ser incluídos na mistura de descobertas e desejos que a série propõe.
Mas afinal, Swingtown merece ser conferida? Bom, é certo afirmar que não há qualquer grande novidade em termos de narrativa e que a série está longe de ser unanimidade, contudo posso dizer com tranquilidade que o clima dos anos 70 e sobretudo a caracterização dos personagens me envolveu com naturalidade. Sobre isso aliás, devo destacar que a trilha sonora da série recheada de clássicos daquela época ajuda bastante a nos fazer entrar no clima, assim como diálogos espertos e que em alguns casos trazem até mesmo um certo tom cômico involuntário. Um exemplo disso surge logo no início quando Tom Decker seduz uma jovem aeromoça depois de ter sua camisa sujada e ouve dela um , "sua mulher vai me matar [por isso]" ao que ele retruca com um sugestivo "ela vai te amar" para em seguida vermos os três dividindo a mesma cama... Só faço uma ressalva sobre esse piloto. A personagem Susan que é inteligentemente apresentada como um contraponto entre a carola Janet e a depravada Trina, aceita rápido demais a sugestão feita pela nova vizinha para 'experimentar o amor de outra forma'. Pode ser besteira minha, mas a coisa me pareceu apressada demais, tirando certa dose do impacto que o processo poderia trazer.
Em suma, a série é uma tentativa interessante da rede americana CBS de explorar um tema espinhoso e inédito para ela, tão acostumada com as séries criminais da linha CSI. Apesar disso, é certo que se ela fosse exibida em um canal a cabo como o Showtime ou a HBO, certamente renderia textos e cenas infinitamente mais picantes e ousados, o que contudo não tira da série certos méritos.
Vídeo Promocional da série:
Curiosidades sobre o elenco: O casal Miller (Bruce e Susan) é feito pelo ator Jack Davenport o Comodoro James Norrington da trilogia Piratas do Caribe e por Molly Parker, a Alma Garret de Deadwood. Já Tom e Tricia Decker são feitos por Grant Show, o Jake Hanson de Melrose e por Lana Parrilla, que fez a personagem Greta, a morena que estava dentro da estação Looking Glass no final da 3ª temporada de Lost.
Abordar um assunto que nunca deixa de ser tabu na sociedade e refletir sobre situações vivenciadas por vários casais no dia a dia dos relacionamentos, é tarefa espinhosa já que o risco de cair nos clichês mais óbvios é grande, mas Diz Que Me Ama (Tell Me You Love Me) - mais uma aposta da HBO - traz um enfoque bastante adulto, sério e por vezes depressivo à questão. Não é uma série de temática fácil ou mesmo atraente para a maioria, mas o enfoque individualizado dado às variações do mesmo tema para cada um dos três casais, traduz um interessante retrato sobre a intimidade no relacionamento.
Mesmo apresentando-nos de forma objetiva aos problemas dos três casais logo de cara, o episódio piloto falha em desenvolvê-los de forma mais apurada, e um bom exemplo disso está na figura de Kate, a esposa que busca na terapia entender os motivos de seu marido não procurá-la mais para o sexo, mesmo ignorando as razões que a distanciaram de uma intimidade maior depois de anos de casamento. Outro ponto que certamente pode incomodar os mais puritanos é o excesso de cenas de sexo explícito. Não sei se por explorar a intimidade como força motriz da trama, a intenção de usar tal artifício é dar à série uma dimensão mais próxima da realidade, mas admito que fiquei muito surpreso com a ousadia de algumas cenas, que mesmo falsas (graças à trucagem e ângulos de câmera) impressionam e sem dúvida causam impacto.
O elenco é bastante coeso e tem atuações equilibradas dentro do universo de cada personagem, mas duas atrizes me chamaram mais atenção. Uma delas é Sonya Walger, mais conhecida como a Penny Widmore de Lost, e a outra é a veterana Jane Alexander. Walger faz Carolyn, cuja frustração por não conseguir engravidar afeta o relacionamento com o inseguro Palek com quem divide uma polêmica cena de sexo. Jane Alexander por sua vez, faz a experiente terapeuta que ajudará os casais na busca pelo equilíbrio perfeito que ela parece já ter encontrado na relação de muitos anos com o marido.
Minha opinião final? Diz Que Me Ama está longe de ser sensacional mas é inegavelmente um drama corajoso e interessante.
Daniel Zelman, produtor executivo
Na primeira temporada tivemos muitas mortes, portanto podemos imaginar que veremos novos personagens surgindo?
Definitivamente teremos mais dois ou 3 novos personagens. Patty vai cuidar de um novo caso em algum ponto, e conheceremos um advogado que ela estará enfrentando. Nem todos os novos personagens estarão no primeiro episódio, mas eles serão introduzidos ao logo dos primeiros episódios.
Vamos ver alguns personagens do FBI agora que sabemos que eles estavam procurando algo na investigação de Patty?
Os personagens do FBI que vimos na primeira temporada irão retornar. Eventualmente, deveremos ver mais do mundo deles, não imediatamente, mas em algum ponto.
Há alguma chance de vermos Ray Fiske de novo ou mesmo David Connor?
Definitivamente sim. Nada na nossa série é impossível. Eu não descartaria nenhum deles.
O que você acha que vai empolgar os fãs na segunda temporada?
É a dinâmica entre Patty e Ellen. Ela é tão completamente diferente; tudo foi virado de ponta-cabeça. Ellen está trabalhando para os federais e é uma informante. Quando a temporada começa ela está tentando derrubar Patty e isso cria um tema totalmente diferente da temporada passada.
Então isso quer dizer que Patty vai descobrir nessa temporada que Ellen...
Bem, vamos ver. Esse será o grande tema da temporada. Há duas questões no início da segunda temporada: Ellen conseguirá derrubar Patty? E, Patty descobrirá que ela está tentando fazer isso?
Todd Kessler, produtor executivo
O que você pode nos dizer sobre a segunda temporada?
Começaremos a produção dentro de 3 semanas. Patty terá um novo caso nessa temporada que vai potencialmente parecer como se fossem dois. Haverá pontos diferentes para atrair a audiência, portanto não será como se você não viu desde o início espere para ver no DVD. A série vai ser mais facilmente acessível.
Algum ator convidado que você adoraria ter na série?
Essa é uma boa pergunta. Sim, há vários grandes atores em Nova York e estamos conversando com vários deles para que apareçam na série. Provavelmente nos próximos 10 dias teremos um anúncio sobre quem estará se juntando a nós para essa temporada.
Quais são alguns dos elementos que fazem parte da tentativa de derrubar Patty?
São perguntas do tipo, Patty sabe que Ellen é uma informante? Ellen pensa que Patty suspeita dela? Há muito drama inerente porque parte do mundo de ser informante é sempre estar paranóico. Será que fiz besteira? Eles olharam para mim ou eles perguntaram o que eu fiz na noite passada. O que eles sabem?
Mais alguém saberá que ela é informante?
Isso é algo que não podemos comentar por enquanto.
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E aí, já deu para começar a ficar empolgado? Bem, como essa nova temporada de Damages provavelmente só deve estrear no início de 2009, teremos muito tempo de espera pela frente e aos poucos mais detalhes devem surgir. Eu ficarei de olho e claro, dividirei tudo com você que visita o Dude News. E para matar um pouco da saudade...
Não sei você, mas eu adoro essa abertura e a música.