terça-feira, 31 de agosto de 2010

[REC] 2 – Possuídos / Os Mercenários

Não tem jeito. No cinema comercial, basta surgir algo que traga alguma novidade para determinado gênero e pronto, sequências virão abrindo mão justamente do elemento que sustentou o sucesso do material original: a inventividade e a ousadia para fazer algo diferente. Foi assim com a franquia Jogos Mortais e está sendo com o espanhol REC, que se em 2007 surpreendeu com sua mescla de suspense e horror num ambiente claustrofóbico, agora se limita a repetir a mesmíssima fórmula (a trama inclusive começa imeadiatamente após o fim do 1º filme) na sequência que, embora seja de 2009, só chega essa semana aos cinemas do Brasil. Inegavelmente mais bem produzido que o original, [REC] 2 tem lá seus momentos (a cena do sótão com seus bons sustos funciona), mas se perde com a resolução boba do mistério do que provocava aquele bizarro 'fenômeno' e com a decisão de transformar o suspense numa conspiração orquestrada pela Igreja para encobrir um caso de exorcismo que deu errado. Algo que suspostamente garantiria a ‘grande’ virada dos instantes finais do filme, mas que derrapa feio pela ridícula previsibilidade.

Cotação:

[REC] 2 – Possuídos estreia no dia 3 de setembro no Brasil

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    Embora louvável (e esperta, claro), a iniciativa de Sylvester Stallone em reunir boa parte dos grandes astros de filmes de ação de ontem e de hoje numa mesma produção tem um resultado bastante irregular. Os Mercenários é exagerado como todo filme do gênero (o que não chega a ser um demérito), diverte com as curiosas interações entre seus personagens – a breve cena que envolve Stallone, Bruce Willis e Schwarzenegger é boa pela piada interna que explora -, tem alguns raros diálogos bem sacados, mas não empolga como poderia por conta de sua trama rasteira demais e suas sequências de ação confusas pela edição, pouco criativas e previsíveis. Amparado sobretudo pelo personagem de Jason Statham (o único do filme que ganha algum desenvolvimento mais razoável) e pelas curtas, porém boas e descompromissadas aparições de Mickey Rourke, no fim, Os Mercenários é só mais um filme de ação descerebrado como tantos que já vimos antes, o que considerando o escopo do projeto é pouco, muito pouco.

    Cotação:

    Os Mercenários estreou no Brasil no dia 13 de agosto de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Karate Kid (2010)

E não é que o remake de Karate Kid com Jaden Smith e Jackie Chan é um filme bem interessante e divertido no final das contas? Sim, tem suas falhas aqui e ali (com suas 2h:20 de duração é longo demais, por exemplo) e tá longe de ser um filmaço, mas também é uma produção que consegue tanto homenagear o original quanto expandir sua trama num ambiente inteiramente diferente (a China) usando o choque de cultura de forma ainda mais decisiva para a construção da relação de um jovem inseguro e seu improvável professor.

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    Confesso que antes de ver o filme achava uma tremenda forçação de barra essa história de transformar o karate kid num kung fu kid, mas bastou assistí-lo para notar o óbvio: se em termos de conceitos de sabedoria oriental a arte chinesa se equivale ao karate japonês, em termos de coreografia o kung fu funciona muito mais para o público de hoje tão acostumado à ação mais acelerada aumentada pelo CGI, que aqui se mescla a algumas belas sequências em cartões postais da China.

    Contudo, o que realmente faz o filme funcionar é a interação desenvolvida entre Jaden Smith (que parece cada vez mais um clone do pai em miniatura) e Jackie Chan. Enquanto o primeiro confere conflito e fragilidade bastante crível a Dre, um pré-adolescente americano recém chegado à Pequim onde rapidamente se vê vítima de bullying, o segundo, absolutamente comedido em sua interpretação, confere ao Sr. Han um carisma quase tão forte quanto o do Sr. Miyagi feito pelo saudoso Pat Morita do original.

    O único problema desse Karate Kid (além da já mencionada longa duração) é que embora invista em pequenas boas mudanças como a de diminuir a idade de seu protagonista, emula de forma exagerada muitos pontos da narrativa do filme original, o que de certa forma acaba diminuindo um pouco a graça para quem conhece ou lembra bem da história do filme de 1984. Observação feita, se você entende que isso não é uma grande questão, deve facilmente se empolgar com vários momentos do filme ou se ver torcendo pelo jovem Dre além de se empolgar com a sequência de luta final que supera muito a do filme original (o golpe da garça é fichinha perto do que vemos aqui).

    Karate Kid definitivamente tem falhas e podia ser mais ousado, mas me parece bem razoável dizer que cumpre bem a tarefa de (re)apresentar a história de um dos filmes mais marcantes da década de 80 para as gerações atuais. Agora, por favor Will Smith, providencie para que a inevitável sequência se chame Kung Fu Kid pelo menos, né?

    Cotação:

Box Blu-Ray Band of Brothers com preço imperdível

O box de The Pacific, produção da HBO que faturou ontem o Emmy 2010 de melhor minissérie só será lançado em novembro, mas para quem é fã de sua antecessora, a não menos excepcional Band of Brothers, a dica é importar AGORA o box em Blu-Ray da premiadíssima minissérie que também foi produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks. A Amazon UK está vendendo o box que vem numa lata de luxo por £13,61, que no câmbio de hoje dá R$37, ou seja, uma pechincha imperdível, sobretudo quando o box nacional em DVD (com qualidade de imagem e som inferior) custa em média R$59,90.

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    Tá, mas esse box gringo tem legendas em pt-br? Sim, tem legendas em português do Brasil em todos os 10 episódios e também nos extras, o que torna esse um item ainda mais indispensável em qualquer coleção mesmo que você ainda não tenha um blu-ray player em casa. Esse foi um dos primeiros Blu-Rays que comprei e posso dizer que vale cada centavo.

    O preço que você vê abaixo é £15.99, mas para entregas no Brasil sai por 13.61 porque o VAT (imposto cobrado na Europa) é descontado no pedido. Em complemento, optando pela entrega Standard (que chega entre 8 ou 12 dias úteis), o frete é de £3.68. Ou seja, você pode ter esse ótimo box de Band of Brothers em Blu-Ray por R$47 na sua casa. Vai perder?

domingo, 29 de agosto de 2010

Quem ganha o Emmy 2010?

**** Atualizado às 00:15 do dia 30/08 com os vencedores destacados em azul ****

O Emmy, a premiação mais tradicional da televisão ocorre hoje à noite com transmissão do Sony a partir das 20h (o tapete vermelho poderá ser acompanhado pelo E! um pouco mais cedo, a partir das 18h). Abaixo lanço meus palpites sobre quem deve ganhar, além de indicar por quem torcerei em cada uma das categorias mais importantes da festa. E você, arrisca também?

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    Melhor Ator em Comédia

    Jim Parsons como Sheldon Cooper por The Big Bang Theory
    Larry David como ele mesmo por Curb Your Enthusiasm
    Matthew Morrison como Will Schuester por Glee
    Tony Shalhoub como Adrian Monk por Monk
    Steve Carell como Michael Scott por The Office
    Alec Baldwin como Jack Donaghy por 30 Rock

    Quem ganha: Larry David
    Minha torcida: Jim Parsons

    Melhor Atriz em Comédia

    Lea Michele como Rachel Berry por Glee
    Julia Louis-Dreyfus como Christine Campbell por The New Adventures Of Old Christine
    Edie Falco como Jackie Peyton por Nurse Jackie
    Amy Poehler como Leslie Knope por Parks And Recreation
    Tina Fey como Liz Lemon por 30 Rock
    Toni Collette como Tara Gregson por United States Of Tara

    Quem ganha: Tina Fey
    Minha torcida: Edie Falco

    Melhor Ator em Drama

    Bryan Cranston como Walter White por Breaking Bad
    Michael C. Hall como Dexter Morgan por Dexter
    Kyle Chandler como Eric Taylor por Friday Night Lights
    Hugh Laurie como Dr. Gregory House por House
    Matthew Fox como Jack Shephard por Lost
    Jon Hamm como Don Draper por Mad Men

    Quem ganha: Bryan Cranston
    Minha torcida: Michael C. Hall

    Melhor Atriz em Drama

    Kyra Sedgwick como Brenda Johnson por The Closer
    Glenn Close como Patty Hewes por Damages
    Connie Britton como Tami Taylor por Friday Night Lights
    Julianna Margulies como Alicia Florrick por The Good Wife
    Mariska Hargitay como Det. Olivia Benson por Law & Order: Special Victims Unit
    January Jones como Betty Draper por Mad Men

    Quem ganha: Julianna Marguiles
    Minha torcida: Glenn Close

    Melhor Comédia

    Curb Your Enthusiasm
    Glee
    Modern Family
    Nurse Jackie
    The Office
    30 Rock

    Quem ganha: Modern Family
    Minha torcida: Modern Family

    Melhor Drama

    Breaking Bad
    Dexter
    The Good Wife
    Lost
    Mad Men
    True Blood

    Quem ganha: Breaking Bad
    Minha torcida: Lost

    Melhor Ator em Minissérie ou Filme

    Jeff Bridges como Jon Katz por A Dog Year
    Ian McKellen como Two por The Prisoner
    Michael Sheen como Tony Blair por The Special Relationship
    Dennis Quaid como Bill Clinton por The Special Relationship
    Al Pacino como Dr. Jack Kevorkian por You Don't Know Jack

    Quem ganha: Jeff Bridges
    Minha torcida: Al Pacino

    Melhor Atriz em Minissérie ou Filme

    Maggie Smith como Mary Gilbert por Capturing Mary
    Joan Allen como Georgia O’Keeffe por Georgia O'Keeffe
    Dame Judi Dench como Miss Matty por Return To Cranford (Masterpiece)
    Hope Davis como Hillary Clinton por The Special Relationship
    Claire Danes como Temple Grandin por Temple Grandin

    Quem ganha: Judi Dench
    Minha torcida: Judi Dench

    Melhor Ator Coadjuvante em Comédia

    Chris Colfer como Kurt Hummel por Glee
    Neil Patrick Harris como Barney Stinson por How I Met Your Mother
    Jesse Tyler Ferguson como Mitchell ABC • Twentieth Century Fox Television
    Eric Stonestreet como Cameron Tucker por Modern Family
    Ty Burrell como Phil Dunphy por Modern Family
    Jon Cryer como Alan Harper por Two And A Half Men

    Quem ganha: Neil Patrick Harris
    Minha torcida: Eric Stonestreet

    Melhor Ator Coadjuvante em Drama

    Aaron Paul como Jesse Pinkman por Breaking Bad
    Martin Short como Leonard Winstone por Damages
    Terry O'Quinn como John Locke por Lost
    Michael Emerson como Ben Linus por Lost
    John Slattery como Roger Sterling por Mad Men
    Andre Braugher como Owen por Men Of A Certain Age

    Quem ganha: Terry O’Quinn
    Minha torcida: Terry O’Quinn

    Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Filme

    Michael Gambon como Sr. Woodhouse por Emma (Masterpiece)
    Patrick Stewart como Fantasma / Claudius por Hamlet (Great Performances)
    Jonathan Pryce Como Sr. Buxton por Return To Cranford (Masterpiece)
    David Strathairn como Dr. Carlock por Temple Grandin
    John Goodman como Neal Nicol por You Don't Know Jack

    Quem ganha: John Goodman
    Minha torcida: John Goodman

    Melhor Atriz Coadjuvante em Comédia

    Jane Lynch como Sue Sylvester por Glee
    Julie Bowen como Claire Dunphy por Modern Family
    Sofia Vergara como Gloria Delgado-Pritchett por Modern Family
    Kristen Wiig por vários personagens em Saturday Night Live
    Jane Krakowski como Jenna Maroney por 30 Rock
    Holland Taylor como Evelyn Harper por Two And A Half Men

    Quem ganha: Jane Lynch
    Minha torcida: Sofia Vergara

    Melhor Atriz Coadjuvante em Drama

    Sharon Gless como Madeline Westen por Burn Notice
    Rose Byrne como Ellen Parsons por Damages
    Archie Panjabi como Kalinda Sharma por The Good Wife
    Christine Baranski como Diane Lockhart por The Good Wife
    Christina Hendricks como Joan Harris por Mad Men
    Elisabeth Moss como Peggy Olson por Mad Men

    Quem ganha: Christina Hendricks
    Minha torcida: Christina Hendricks

    Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Filme

    Kathy Bates como Queen of Hearts por Alice
    Julia Ormond como Eustacia por Temple Grandin
    Catherine O'Hara como Tia Ann por Temple Grandin
    Brenda Vaccaro como Margo Janus por You Don't Know Jack
    Susan Sarandon como Janet Good por You Don't Know Jack

    Quem ganha: Kathy Bates
    Minha torcida: Kathy Bates

    Melhor Filme feito para TV

    Endgame (Masterpiece)
    Georgia O'Keeffe
    Moonshot
    The Special Relationship
    Temple Grandin
    You Don't Know Jack

    Quem ganha: You Don't Know Jack
    Minha torcida: You Don't Know Jack

    Melhor Minissérie

    The Pacific
    Return To Cranford (Masterpiece)

    Quem ganha: The Pacific
    Minha torcida: The Pacific

    Melhor Direção para Comédia

    Glee – Ep. Piloto - Director's Cut
    Glee – Ep. Wheels
    Modern Family – Ep. Piloto
    Nurse Jackie – Ep. Piloto
    30 Rock – Ep. I Do Do

    Quem ganha: Modern Family
    Minha torcida: Modern Family

    Melhor Direção de Drama

    Breaking Bad – Ep. One Minute
    Dexter – Ep. The Getaway
    Lost – Ep. The End
    Mad Men – Ep. Guy Walks Into An Advertising Agency
    Treme – Ep. Do You Know What It Means (Piloto)

    Quem ganha: Breaking Bad – Ep. One Minute
    Minha torcida: Lost – Ep. The End

    Melhor Direção para Minissérie, Filme ou Especial Dramático

    Georgia O'Keeffe
    The Pacific – Parte Oito
    The Pacific – Parte Nove
    Temple Grandin
    You Don't Know Jack

    Quem ganha: The Pacific – Parte Oito
    Minha torcida: The Pacific – Parte Oito

    Melhor Roteiro para Comédia

    Glee – Ep. Piloto - Director's Cut
    Modern Family – Ep. Piloto
    The Office – Ep. Niagara
    30 Rock – Ep. Anna Howard Shaw Day
    30 Rock – Ep. Lee Marvin Vs. Derek Jeter

    Quem ganha: Modern Family – Ep. Piloto
    Minha torcida: Modern Family – Ep. Piloto

    Melhor Roteiro para Drama

    Friday Night Lights – Ep. The Son
    The Good Wife – Ep. Piloto
    Lost – Ep. The End
    Mad Men – Ep. Guy Walks Into An Advertising Agency
    Mad Men – Ep. Shut The Door. Have A Seat.

    Quem ganha: Lost – Ep. The End
    Minha torcida: Lost – Ep. The End

    Melhor Roteiro para Minissérie, Filme ou Especial

    The Pacific - Parte Oito
    The Pacific - Parte Dez
    The Special Relationship
    Temple Grandin
    You Don't Know Jack

    Quem ganha: The Pacific – Parte Oito
    Minha torcida: The Pacific – Parte Oito

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

True Blood e Entourage: A dobradinha perfeita e polêmica da HBO


Absolutamente distintas em suas temáticas, mas idênticas na ousadia de seus textos e do que mostram na tela, as atuais temporadas de True Blood e Entourage tem garantido à HBO americana a melhor, mais divertida e polêmica dobradinha de séries hoje no ar. Exibidas nas noites de domingo nos EUA, ambas vem gerando grande repercussão aqui e principalmente lá com gente ‘entendida’ criticando as duas produções por supostamente terem ‘perdido a mão’ e os limites do que deveria ser ou não tolerável, vejam só, em obras de ficção. Pois é, e você aí achando que mimimi inexistia quando o assunto é série de tv...

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    Que alguns achem os rompantes de Ari Gold (o ótimo Jeremy Piven, de novo em forma na atual 7ª e penúltima temporada de Entourage) perversos demais vá lá, mas negar que sempre tenham sido a essência do personagem e a principal fonte de risos fáceis da série (ao lado dos chiliques de Johnny Drama, claro, e dos diálogos ácidos e sem censura) é uma imensa besteira. Igualmente infundados são os questionamentos acerca da porralouquice em que se transformou a vida de Vince, que se andava apagado na série há tempos, ganhou uma guinada interessante ao finalmente vender-se como um astro de Hollywood que põe a carreira em risco por alguns momentos de prazer irresponsável.

    Agora, o que realmente tem me impressionado de tudo que ando lendo sobre séries aqui e lá fora, é a quantidade de críticos reclamando que True Blood está bizarra demais em sua 3ª temporada. Em que planeta essa gente vive? Será que começaram a ver a série só agora? Porque só isso explica críticas desse tipo para uma série que desde seus primeiros minutos nunca negou que o que é trash e incomum sempre foi (e será) a base principal de suas histórias. Não gostar dos rumos que Allan Ball tem dado à adaptação dos livros de Charlaine Harris é aceitável e até natural, mas daí a ignorar o peso da narrativa ousada de uma série que mistura mitos com tabus, soft porn com romance, política com religião e fanatismo com tolerância como nenhuma outra produção faz para tentar embasar críticas rasteiras é de um exagero absurdo, principalmente quando a maioria esquece de um simples detalhe: no fim, True Blood só quer entreter sendo diferente. Será que isso é um pecado tão mortal assim?

    E só para constar...

    Destaques dos 3 episódios mais recentes das 2 séries (com spoilers para quem não está em dia com a exibição americana):

    Entourage (Eps. 7x06, 7x07 e 7x08)
    - A neura de Turtle em função do ‘desempenho’ que teve com Alex e a pilha colocada por Johnny Drama e Vince.
    - Drama na defensiva frente a chance de finalmente poder estrelar sua própria série, uma animação no estilo Simpsons em que ele personifica um gorila revoltado com a vida!
    - Eric e a belíssima Sloan ‘sofrendo’ na tentativa de experimentar uma posição sexual bem tabu.
    - Todos os xingamentos de Ari ao provar do próprio veneno ao se ver chantageado por sua ex-funcionária e mais tarde ao ver ruir o sonho de gerir um time da NFL ao mesmo tempo em que tem que lidar com uma crise no casamento.
    - Vince chutando todos os baldes possíveis e imagináveis na vida de um astro que tem como namorada uma porn star do naipe de Sasha Grey.

    True Blood (Eps. 3x8, 3x09 e 3x10)
    - A quentíssima reconciliação entre Sookie e Bill, que mais tarde fala de forma inspirada sobre o que a garçonete significa para ele.
    - Eric se ‘divertindo’ com Talbot e matando o amante do rei Russel de forma selvagem logo em seguida.
    - Russel escancarando seu ódio pela autoridade pacífica dos vampiros e seu desprezo pelos humanos em plena rede nacional. Uma das melhores sequências da temporada, talvez?
    - Lafayette e Jesus na viagem psicodélica turbinada por V.
    - O estranhíssimo Franklin morrendo (de novo) graças a Jason que posteriorement confessa a Tara ser o responsável pela morte de Eggs.
    - A cara de Terry quando Arlene lhe conta sobre a paternidade do filho que ela espera.
    - Sam relembrando que tinha sangue nas mãos em seu passado.
    - A revelação de que Sookie na verdade é uma fada e o fato de Eric decidir, meio a contragosto é verdade, usá-la como arma para se proteger da ira de Russel.

    Ficou alguma coisa de fora?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Origem (Inception)

Adjetivos não faltam para destacar o brilhantismo de A Origem, mas a maior e mais importante qualidade do filme, afora o roteiro engenhoso e a direção afiadíssima de Chistopher Nolan aliada às atuações seguras do elenco liderado por Leonardo DiCaprio, reside no fato da obra ignorar a tentação tão comum de se basear numa narrativa expositiva e jamais tentar facilitar o trabalho do espectador, que envolvido pela trama, pode ter o prazer de contemplar uma obra inteligente, questionadora e absolutamente divertida à medida em que busca a compreensão do que se vê na tela.

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    Escrito pelo próprio Nolan (confirmando-se como um dos realizadores mais completos e ousados de sua geração), A Origem faz pelo cinema atual o que Matrix fez em 99 por exemplo, ou seja, é inegavelmente um blockbuster do início ao fim, mas também é um filme reflexivo e que nos instiga o tempo todo acerca dos limites da mente e do que é real e imaginário e como as duas coisas podem se confundir de forma irreversível. Ou não.

    Em suma, a trama do filme gira em torno de um grupo que faz um tipo de espionagem industrial muito singular: suas ações se dão todas dentro dos sonhos de suas vítimas. O pulo do gato na trama do filme é que o novo trabalho envolve não um roubo, mas a inserção (daí o título original, aliás) de uma ideia na mente da vítima, um jovem bilionário feito com muita precisão por Cillian Murphy.

    Esteticamente perfeito em todas as incríveis ambientações que vão se desdobrando nas camadas de sonhos apresentadas, A Origem apresenta-se como um filme de muitos gêneros num só fazendo a transição entre eles sempre de forma muito elegante e orgânica. Nesse contexto, cada ação, diálogo ou sequência visual impactante surge não como desculpa para justificar tomadas elaboradas, mas sim para dar significado e peso a cada uma delas.

    E se todo o elenco está bem, com destaques mais óbvios para Joseph Gordon-Levitt (recentemente visto em 500 dias com ela) e para o até então desconhecido Tom Hardy (que em breve estrelará um novo Mad Max), é mesmo DiCaprio que faz a liga do filme. Há tempos merecendo ser reconhecido como Ator de fato e não só um astro de Hollywood, ele estrela seu segundo grande filme de 2010, e tal qual seu personagem de A Ilha do Medo, nesse A Origem ele também dá voz e corpo a uma figura que carrega um passado traumático cujos desdobramentos se revelam intimamente ligados à trama central e sobretudo a seu desfecho ambíguo e não menos fascinante que se planta dúvidas no espectador, traz uma certeza inquestionável: A Origem é (até agora) o melhor filme do ano.

    Cotação:

Red Dead Redemption, um jogaço de faroeste

Lá se vão quatro anos que Deadwood, série da HBO, se despediu da telinha depois de alcançar o status de produção mais ousada da televisão a retratar o faroeste. Também são incontáveis os ótimos filmes do gênero (sobretudo os de Sergio Leone) que contribuiram para que pudessemos ter noção de como seria viver num período obscuro da história de um país com extenso território e, à época, em constante ebulição política, econômica e cultural. Nesse panorama, Red Dead Redemption, jogaço com gráficos e cenários incríveis disponível para PS3 e Xbox 360, não tenta colocar em foco nenhuma contextualização social complexa ou fazer leituras elaboradas sobre o modo de vida do velho oeste como Deadwood ou filmes fizeram, mas emula na história de um ex-pistoleiro chantageado pelo governo, uma aventura imperdível e extremamente envolvente que te leva a encarar desafios dos mais variados na região de fronteira dos EUA com o México, onde lei e crime, certo e errado, ganham conceitos absolutalmente nebulosos.

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    Ainda tô engatinhando na brincadeira, mas posso dizer com entusiasmo que encarnar John Marsten, nome do caubói protagonista do jogo, tem me rendido grande diversão, quer seja visitando saloons para participar de partidas de poker, caçando animais em florestas e descampados, domando cavalos selvagens, participando de duelos ou simplesmente indo atrás da última recompensa oferecida para quem trouxer, vivo ou morto, um bandido procurado pela autoridade local. Se você é dono de um PS3 ou Xbox 360 e já experimentou o jogo deve saber do que estou falando e se não o fez, tá esperando o que? Corra atrás porque o jogo é bom pra cacete e muito viciante. Dá uma olhada no vídeo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Novo trailer de Tropa de Elite 2


O subtítulo entrega: o inimigo agora é outro

"Eu quebrei o tráfico no Rio." Não fosse essa frase do Nascimento (Wagner Moura) e daria até para esquecer que o aguardado filme é uma obra de ficção... Sejá lá como for, o novo trailer de Tropa de Elite 2 disponibilizado pela produção do filme é basicamente é o mesmo que surgiu no final de junho. A diferença é que esse traz algumas cenas inéditas a mais como as que mostram o personagem de André Mattos (na pele de um deputado), além do subtítulo que entrega a 'organização' que deve surgir como a grande vilã do filme: a milícia comandada por policiais. Será que o filme conseguirá repetir o sucesso de público e crítica do original de 2007?

Tropa de Elite 2 estreia no dia 8 de outubro nos cinemas

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Produção de 'Star Wars - A Série' está paralisada

Parece até brincadeira, mas conversando com o Digital Spy essa semana, George Lucas revelou que a aguardadíssima produção da série em live action de Star Wars ainda está na estaca zero por causa de dinheiro. "Temos vários roteiros prontos, mas não sabemos como filmá-los porque os custos para transformar em realidade o grande escopo das histórias planejadas são altíssimos", comentou o diretor/produtor, que antes havia sinalizado com a possibilidade de ser capaz de bancar a série inteira para só depois negociá-la com algum canal.

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    "As histórias (que queremos contar) tem tudo o que o universo Star Wars tem, mas agora teremos que tentar fazê-las com muito menos dinheiro, o que é um desafio muito maior do que achávamos que seria", completou Lucas.

    Ok, tudo bem que uma série de ficção desse porte e que pretende focar sua narrativa entre os eventos de A Vingança dos Sith e Uma Nova Esperança deve ter custos realmente altíssimos, mas se tantas séries de ficção conseguiram empolgar fazendo malabarismos com CGI e muita criatividade, por que será que a Lucas Film estaria com tanta dificuldade para tocar o projeto adiante?

    Seja lá qual for o real motivo, certo é que como o sucesso da série animada Clone Wars já provou, e com a base de fãs que Star Wars tem ainda sedenta por novidades, duvido muito que a série em live action não iria se pagar rapidinho com venda de sua exibição para vários países mais todo o merchandising associado. Dito isso, só nos resta esperar com paciência (de preferência Jedi) que a série saia do papel.

    Em tempo, o ator Seth Green, uma das mentes por trás do divertido Robot Chicken, disse ao mesmo Digital Spy que está começando a amadurecer o projeto de uma nova série de animação satírica inteiramente baseada em Star Wars e que cobriria de forma canônica toda a saga. "É coisa para daqui uns dois anos, mas prometo que será sensacional", disse Green.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

True Blood - Ep. 3x07 "Hitting the Ground"

Episódio exibido no dia 01/08 nos EUA e inédito na HBO Brasil até o dia 08/08

A certa altura de ‘Hitting the Ground’ temi por poucos segundos que Alan Ball e cia estivessem pensando na ideia de transformer Bill Compton numa versão envelhecida de Edward Cullen, o vampiro paraguaio dos filmes Crepúsculo, que circula em plena luz do sol e etc. Por sorte, meu receio logo se dissipou dando lugar a uma verdade que se estabelece para balançar a trama e a relação de Bill com Sookie, já que ao atacá-la de forma selvagem para se alimentar, ele criou nela um medo traduzido pelo entendimento de que o instinto e o desejo de sobrevivência de seu até então amado, podem sim representar um perigo real para ela. O que isso significará? Só a sequência da temporada para responder.

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    Agora, repetindo uma pergunta que fiz anteriormente, what the hell is Sookie? Ok, temos a boa novidade de que o sangue dela não é normal e que Eric (graças à confissão de Hadley, prima de Sookie) já sabe o que a garçonete é e porque despertou interesse de Sophie Anne, mas e nós quando teremos essa revelação? Sookie é uma espécie de fada ou coisa que o valha conforme a sequência de sonhos(?) pareceu apontar? Se sim, por que isso nutriria tamanho interesse em criaturas sombrias como os vampiros? Perguntas e mais perguntas...

    O que não deixa qualquer dúvida no ar a essa altura são os cenários envolvendo Sam e sua família (alguém duvida que Joe Lee ainda vai tentar se vingar do dono do Merlotte’s?) e as ações do rei Russell, que disposto a tudo para provar seu poder e agir para retomar a tal soberania dos vampiros que ele diz ter sido abdicada por figuras fracas de sua espécie, não pensa duas vezes na hora de dar fim à autoridade do magistrado no que rendeu uma última cena de episódio digna da ousadia da série.

    Outras observações

    - Que ‘bela’ morte a de Lorena, não?
    - “Dois erros não fazem um acerto.” Sabedoria popular by Sookie Stackhouse.
    - E o Hoyt, hein? Não é que mesmo com aquela cara de caipirão o cara tá com duas belas mulheres na cola? Aliás, Jessica fez falta nesse episódio.
    - Hum, e a explicação de Jason dada a Andy sobre o que estava fazendo na área das celas da delegacia? “Estou varrendo”, disse ele só para ser retrucado: “e onde está a vassoura?” Hilário.
    - Os detratores do final de Lost devem ter adorado aquele lance de luz envolvendo Sookie, não?