Fringe – 2x04 “Momentum Deferred”
(exibido no dia 08/10/2009 nos EUA)
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FlashForward – 1x03 “137 Sekunden”
(exibido no dia 08/10/2009 nos EUA)
Que a premissa de FlashForward é promissora (e até aqui, bastante instigante) ninguém discute, mas é igualmente razoável destacar mais uma vez, que essa insistência em ser expositiva demais pode ser um calcanhar de Aquiles decisivo para a série, principalmente para quem não gosta de tramas mastigadinhas demais e pouco desafiadoras. Fazendo um misto interessante entre o procedural a la CSI e o desenvolvimento de sua trama central de forma progressiva e acelerada, FlashForward introduz a cada episódio, elementos novos que parecem exercer influência direta na visão do futuro de seu protagonista. Nesse contexto, é inegável que colocar um agente do FBI com poder de pressionar o governo alemão a libertar um (ex) nazista que representaria uma peça importante na investigação em curso soa exagerado demais, mas é também justo apontar que escorregadas como essa não diminuem o impacto da revelação final sugerindo que o evento global é na verdade resultado de um grande experimento já feito antes ainda que em menor escala. Resta saber, portanto, se a série terá fôlego para explorar o que parece ser uma grande conspiração ao passo em que mostra os desdobramentos daquele fenômeno nas vidas e relações de tantos personagens. Por enquanto boto fé.
Obs.: A 1ª temporada completa da série foi confirmada pela Disney/ABC e terá 25 episódios.
Dexter – 4x03 “Blinded by the Light”
(exibido no dia 11/10/2009 nos EUA)
Vida de serial killer consciente do que é e que tenta se cercar das melhores camuflagens possíveis, não deve ser nada fácil. E foi isso que esse “Blinded by the Light” explorou abusando (no bom sentido) de um humor negro até certo ponto incomum para o protagonista da série. Sai de cena o Dexter exausto e surge aquele que na necessidade de se ajustar ao convívio social de sua vizinhança, derrapa no relacionamento com a agora adolescente Astor e na tentativa de omitir de Rita qualquer sinal que levante suspeita sobre sua psiquê. Esse foi também o episódio que expandiu o intrigante ritual sádico e meticuloso do Trinity Killer, personagem que vai se tornando cada vez mais interessante na interpretação cuidadosa de John Lithgow, que por sua vez dá continuidade à tradição da série em criar bons antagonistas.Com igual destaque, fica a construção sólida das boas subtramas da temporada, que além dos conflituosos relacionamentos entre LaGuerta e Angel e o triângulo Anton, Debra e Lundy, cria uma dinâmica entre Quinn e Dexter que pode alimentar no nada ético detetive uma curiosidade em relação ao colega semelhante àquela que sustentava a rixa do falecido Doakes. Em suma, mais um bom episódio dessa 4ª temporada que pouco a pouco vai ampliando nossa expectativa pelo inevitável embate entre Dex e o Trinity Killer.
House – 6x05 “Instant Karma”
(exibido no dia 12/10/2009 nos EUA)
Bem sucedida na missão de dar novos rumos a seu complexo protagonista ao mesmo tempo em que resgata a boa atmosfera do começo da série (sustentada em grande parte pela dinâmica do time original do departamento de diagnósticos), a 6ª temporada de House tem garantido até aqui um banquete prazeroso e divertido para quem não a abandonou precipitadamente. Dando continuidade ao dilema ético e moral perpetrado pela decisão de Chase no episódio anterior, “Instant Karma” brinca de forma muito inteligente com a sempre presente conflituosa relação de House com razão e fé ao colocar um pai que abre mão de uma fortuna pela crença de que tal ação implicaria numa cura até então impossível para seu filho. Fora isso, não dá para negar a importância das palavras de Foreman reconhecendo em House o comandante que ele talvez jamais vá ser, o que claro, ainda pode e deve influenciar no aparentemente crescente processo de mudança do outrora antisocial médico. Com isso em mente, só uma dúvida fica no ar: a reação de House a essa nova perspectiva será positiva ou negativa? Façam suas apostas.