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segunda-feira, 13 de junho de 2011

X- Men: Primeira Classe

X-Men: Primeira Classe não é a melhor adaptação dos quadrinhos que vi (ainda tenho Watchmen como a referência a ser batida). Por outro lado, o filme que mostra as origens dos X-Men, a amizade entre Charles Xavier e Erik Lehnsherr/Magneto e os eventos que os colocam em lados opostos, é sem qualquer dúvida o melhor e mais ambicioso filme da franquia iniciada em 2000.

Digno, do primeiro ao último minuto, da alcunha de filme pipoca (ótimos efeitos e muita diversão), a produção assinada por Matthew Vaughn (do ótimo Kick Ass), que também colaborou no roteiro, acerta em cheio ao contextualizar as primeiras histórias dos mutantes em pleno auge da guerra fria na década de 60, já que ao emular a atmosfera dos bons filmes de ação/espionagem daquele período, entrega um thriller bastante envolvente.

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    De forma geral, ainda que tenha ressalvas com relação a X-Men 3 e ao filme solo do Wolverine, gosto dos filmes anteriores, mas não cheguei a me empolgar tanto quando anunciaram um filme de origens. Assim, ao tomar esse Primeira Classe como sendo ‘apenas’ mais um da série, acabei sendo positivamente surpreendido por um blockbuster adulto, ágil e inteligente, e que com personagens carismáticos (destaque absoluto para o trágico Magneto de Michael Fassbender), supera com relativa facilidade as boas impressões deixadas por X-Men 1 e 2.

    Contando com pequenas cameos tão divertidas quanto inesperadas (aquela em que Xavier e Magneto encontram com certo personagem num bar é ótima!), o filme, que traz Kevin Bacon como o bom vilão Sebastian Shaw, faz boas referências aos anteriores ao passo em que nos dá novas perspectivas sobre seus protagonistas. Nesse quadro, enquanto o jovem Charles Xavier feito por James McAvoy aqui é visto num tom mais expansivo e informal que aquele mais velho feito por Patrick Stewart, o traumatizado Erik Lehnsherr, por sua vez, aparece como bad ass vingativo a la Bastardos Inglórios e com um conflito mais evidenciado (e interessante) que aquele visto em sua versão mais velha quando já o conhecemos como Magneto.

    Ampliando discussões relevantes sobre amizade (há uma cena belíssima envolvendo Xavier e Eric durante uma sessão de treinamento), aceitação e a responsabilidade que um poder confere, Primeira Classe é mais contundente na sua mensagem e, talvez por isso, acabe sendo o filme mais importante dentro da franquia, o que resumidamente significa uma coisa: você tem que ver o filme!

    Cotação:

sexta-feira, 3 de junho de 2011

X-Men: Primeira Classe - 5 coisas que você precisa saber antes de ver o filme.

Ainda não vi o já elogiadíssimo novo filme dos X-Men que estreia hoje, mas achei divertida a matéria que L. Thompson fez para o E! destacando as cinco curiosidades, diferenças e até mesmo inconcistências na história que narra as primeiras aventuras de Charles Xavier, Magneto e cia antes dos eventos do filme de 2000. Confere aí.

1. Charles Xavier, o esquecido: No primeiro filme dos X-Men, o Professor X, então interpretado por Patrick Stewart, dizia ter conhecido seu arqui-inimigo Magneto aos 17 anos e que havia construído o Cerebro, o dispositivo que rastreava mutantes, com ele. Naquele filme, ele também se dizia surpreso ao ver que seu agora ex-amigo tinha um capacete que podia bloquear qualquer ataque psíquico. Se por um lado X-Men: Primeira Classe apresenta várias referências à continuidade dos quadrinhos, por outro contradiz esses eventos. Assim, devemos considerar que o líder beifeitor dos mutantes em sua versão adulta ou tem uma péssima memória, mente muito bem ou existe num universo alternativo.

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    2. Inconsistências crescentes: Sabemos que alguns mutantes, como Wolverine, não envelhecem. Mas, ao que parece, alguns humanos também não, enquanto outros mutantes parecem ficar mais jovens com o passar do tempo. A mutante com pele de diamante, Emma Frost – aqui uma mulher fatal feita por January Jones (de Mad Men) – apareceu como uma adolescente em X-Men Origens: Wolverine, enquanto Moira, o interesse amoroso de Xavier, feita por Rose Byrne nessa história que se passa nos anos 60, tem o rosto de Olivia Williams 40 e poucos anos depois em X-Men: O Confronto Final. Não vamos nem comentar a rápida aparição da versão humana de Hank McCoy em X-Men 2, e que ressurgia em sua versão de fera azul no filme subsequente sem qualquer explicação. Agora acabamos descobrindo que ele já havia sofrido a mutação décadas antes. George Lucas nem parece tão inconsistente agora, né? Melhor a fazer é pensar nesse novo filme como um reboot de Star Trek, considerando que tudo o que vimos até agora era só uma versão possível do futuro. Afinal, o World Trade Center era parte da futura Nova Iorque no primeiro filme e a Tempestade feita por Halle Berry perdeu seu sotaque africano rapidinho.

    3. Anjos não tem sexo: para o espectador casual, pode parecer confuso que Ben Foster tenha feito um mutante chamado Anjo no terceiro filme, e que a filha de Lenny Kravitz, Zoe, faça uma mutante com asas chamada Anjo nesse Primeira Classe. A diferença é essa: o personagem de Foster era chamado de Warren Worthington e ganhou o apelido de Anjo por ter asas com penas. A nova Anja é chamada Angel Salvadore, tem asas de inseto e usa o nome Tempestade nos quadrinhos. Além disso, se você estiver curioso para saber por que o novo personagem Azazel (Jason Flemyng) parece tanto com o Nitghcrawler (Noturno), é porque eles são pai e filho... Se a inevitável sequência for fiel à continuidade dos quadrinhos, descobriremos que a Mística é a mãe.

    4. Cadê o Stan Lee? ao contrário de tantas outras adaptações da Marvel, Stan Lee não tem cameo nesse filme. Além disso, não há nenhuma cena depois dos créditos.

    5. O diretor conhece o caminho das pedras: Matthew Vaughn foi o cara que desistiu de dirigir o terceiro filme, mas aí provou que era capaz de comandar Kick-Ass. De qualquer forma, os fãs odiaram o Confronto Final, portanto ele acabou se desviando dessa bala de adamantium. Agora ele está de volta com uma história co-escrita pelo responsável do primeiro filme, Bryan Singer, que à época estava ocupado com Superman Returns. Vaughn claramente sabe que caminhos trilhar; ele também já tinha feito Daniel Craig parecer crível como um cara durão antes de personificar James Bond no filme Nem Tudo é o que Parece (Layer Cake).