quarta-feira, 23 de março de 2011

Angry Birds Rio!

Sucesso absoluto há vários meses dentre os jogos de celular e tablets, Angry Birds acaba de ganhar mais um capítulo. Inspirado na animação Rio, que estreia no Brasil no próximo dia 8 de abril (a pré-estreia, que rolou ontem, contou com a presença do diretor Carlos Saldanha e todo o elenco de dubladores) e no resto do mundo no dia 15, a Rovio, em parceria com a Fox, lançou ontem na App Store a mais nova versão do irresistível e viciante joguinho.

Fiel à máxima do “não se mexe em time que está ganhando”, os responsáveis pelo game não tentaram reinventar sua roda da fortuna. Assim, a jogabilidade vista nas versões anteriores se mantém, ainda que a melhora gráfica seja perceptível.

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    Na ‘trama’, os passarinhos nervosos são sequestrados e levados para o Rio, onde, após se libertarem, encaram várias etapas que envolvem a libertação de outros pássaros, incluindo, claro, a dupla de raras araras azuis do filme, Blu e Jade. Por enquanto, apenas dois níveis (com 30 desafios cada) estão disponíveis no jogo, que terá vários outros liberados em atualizações futuras.


    Nível 1 (com 30 desafios)


    Fim do nível 1


    Nível 2 (com 30 desafios)


    Níveis disponíveis hoje

    Para quem tem iPhone e iPod touch, o game custa US$0,99, para quem tem iPad custa US$3,99 e para usuários de Mac, US$4,99. Para usuários de celular com Android, o game sai de graça, mas por enquanto está limitado ao usuários da recém lançada Amazon Appstore, que só aceita cadastro de residentes nos EUA.

terça-feira, 22 de março de 2011

Radar Dude News, o retorno

Sim, eu sei que o blog anda mais parado que o trânsito de SP, mas com o intuito de voltar a atualizá-lo com mais frequência, toda vez que tiver um post com o título ‘Radar’, espere ler pequenos comentários repercutindo notícias, vídeos, filmes e episódios de séries que ganharam atenção no meu cada vez mais limitado tempo dedicado ao lazer. No post de hoje tem roqueiro mandando Glee pro inferno; um mashup do filme 127 Horas; U2 em 3D nos cinemas e opiniões sobre a série novata Breakout Kings, o fim de “V”, a 10ª temporada de American Idol e o filme pipoca do mês, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles.

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    Fod@#$, Glee!

    Respeito, mas nunca vou entender quem consegue ser fã de Glee, série que considero não apenas medíocre como dramédia, mas sofrível como musical que se esconde atrás de hits pop na tentativa de se vender como algo inovador e cool, coisas que ela absolutamente não é. Boa parte dessa minha antipatia pela série tem nome: Ryan Murphy, criador da série e responsável por ter destruído uma de minhas preferidas de anos atrás, Nip Tuck. Murphy, que até já demonstrou ter certo talento como roteirista em outras ocasiões, parece, por conta do sucesso de audiência de Glee, assumir que todo músico deva se curvar ao seu desejo de utilizar suas composições na série E se o artista/banda se recusa? Ah, aí ele cai matando o(s) ‘infeliz(es)’, como fez no fim de janeiro com Slash e com a banda Kings of Leon. Sobre o assunto, Dave Grohl (ex- Nirvana e atual FooFighters) mandou, no fim da semana passada, um recado direto e bem objetivo a Murphy, “Esse cara que criou Glee ficou ofendido por não implorarmos para ter nossa música na porra da série dele. Foda-se ele por achar que todo mundo deveria querer fazer Glee.” Well done, Dave Grohl!

    127 Horas na versão Coyote

    Mashup inspirado no filme 127 Horas, traz Coyote se dando mal. De novo e só para variar, claro. Confere aí.


    Breakout Kings, o Prison Break genérico

    Estreou no ultimo dia 6 de março no A&E americano, a nova série dos ex-produtores de Prison Break, Breakout Kings. A premissa? Uma equipe formada por 2 policiais e 3 condenados na caça de fugitivos de penitenciárias. Fora a trilha, que usa muito dos tons marcantes da finada Prison Break, há pouca coisa em comum entre as duas séries. Enquanto essa é muito mais serializada, a outra tinha uma história que praticamente exigia fidelidade máxima episódio após episódio. Além disso, aqui não existe nenhum personagem cerebral e carismático como o Michael Scolfield. Ponto curioso? No 3º episódio, o fugitivo da vez é ninguém menos que T-Bag, o personagem sociopata de Prison Break que ressurge em participação especial com a sempre eficiente interpretação de Robert Knepper. De maneira geral e apesar dos muito exageros (os caras sempre conseguem descobrir e prever os passos do fugitivo de forma rápida), BK é até uma série divertida, mas igualmente longe de ser indispensável.

    Show do U2 em 3D nos cinemas, quem vai?

    Vai rolar no dias 25, 26 e 27 de março em vários cinemas do Brasil.

    Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

    No último sábado, fui ver o blockbuster do mês na sala com projetor digital 4K da rede UCI. O filme em si, que é ação pura com um pouquinho de cérebro, entretém tanto quanto irrita por conta do estilo câmera nervosa na mão (mal) empregado por seu diretor. Apesar disso, devo dizer que visto numa sala com tela maior, imagem impecável (os projetores 4K praticamente dobram a resolução quando comparados aos das salas tradicionais), efeitos empolgantes e som alto, o filme é uma sessão pipoca das boas. A trama? Alieníegenas invadem a Terra e um grupo de soldados liderados pelo sargento Nantz (Aaron Eckhart) tenta resistir em batalhas sangrentas pelas ruas de uma Los Angeles destruída e caótica. Aliás, por falar em invasão e seres de outro mundo...

    O final(?) de “V”

    Mesmo com bons efeitos e atores até melhores, esse remake de “V” jamais atingiu a relevância da produção original. Superficial e com roteiros simplórios que se amparavam em pequenas reviravoltas, fato é que a série jamais surpreendeu. Crítica à parte, posso dizer, contudo, que me diverti ao longo dos 10 episódios dessa 2ª e provavelmente última temporada que chegou ao fim no último dia 15 de março. Teve de tudo um pouco nessa ‘conclusão’: alguns personagens dando adeus; a aparente construção de um embate que poderia ser definitivo entre os visitantes e os humanos da resistência; um segredo sendo revelado pelo protagonista da série original em participação especial, e um belo gancho que, muito provavelmente não ganhará sequência. Honestamente não sei se vou sentir falta desse pastel de vento chamado “V”. A dúvida é: alguém vai?

    A surpreendente 10ª temporada do Idol

    Simon Cowell é passado, mas não é que o American Idol com Jennifer Lopez e Steven Tyler como jurados tá indo bem à beça? O líder do Aerosmith aliás, é uma atração à parte com suas caras e bocas além de seus comentários espirituosos. Lopez por sua vez, passou por cima da expectativa de ser uma Paula Abdul moderada, e sempre surgiu com opiniões relevantes para os aspirantes da competição. Assim, aliados ao já veterano Randy Jackson, os dois conseguiram fazer um bom filtro ao longo das etapas que revelaram o Top 11 atual com gente que não só sabe cantar, mas que também o faz de forma singular, sem querer imitar artistas já consagrados. Ponto pro Idol, que vem colhendo os frutos de um audiência maior em relação à temporada passada. Meus favoritos até aqui? A loirinha Haley Reinhart e sua voz sexy, o divertido e ousado Casey Abrams (apesar do crime cometido com ‘Smell like teen Spirit’ do Nirvana) e Jacob Lusk.

Fringe – Ep. 3x17 “Stowaway”

Episódio exibido no dia 18/3/11 nos EUA


Não é à toa que J.J. Abrams e cia constantemente citam Arquivo X como uma de suas referências para a criação de Fringe. Ousada e inovadora numa época de muita mesmice na tv, a saudosa produção protagonizada pela dupla Mulder e Scully, soube, em suas melhores temporadas, equilibrar com muita competência os chamados monstros da semana (casos que se resolviam dentro de um único episódio) com a grande mitologia da série. Nesse sentido, quando analisamos o histórico de Fringe até aqui, fica fácil perceber que a série pegou emprestada essa característica de uma de suas maiores inspirações, refinando-a a ponto de tornar histórias isoladas tão interessantes quanto o contínuo desenvolvimento de seu principal arco mitológico, sem também nunca abrir mão de divertir, algo que esse 17º episódio fez com sobras.

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    Da participação especial da ótima Paula Malcomson (como a mulher que simplesmente não morria), passando pelas risíveis sequências envolvendo Walter e Bellivia (o que foi a cena dos dois discutindo a absurda possibilidade de Bell ‘encarnar’ na pobre vaca Gene?), ‘Stowaway’ surge como um dos melhores da temporada, ainda que também fique marcado como o episódio de menor audiência da série até aqui.

    Contando com Anna Torv inspirada e bem sucedida na complicada tarefa de emular a voz de Leonard Nimoy (Bell) por muito mais que poucos segundos, o episódio dá um tempo no foco do relacionamento entre Olivia e Peter (que com aquela cara emburrada em decorrência do ‘sumiço’ da agente, rendeu risos acidentais muito bem-vindos) para explorar outro que pouco havíamos visto: o de William Bell e Walter.

    Amigos e parceiros de longa data, os dois guardam semelhanças comportamentais, adoram fazer comentários nonsense, mas ao mesmo tempo tem características diferentes e que se revelam, de certa forma, complementares. Se Walter parece ser sempre mais pragmático em boa parte de suas ações, Bell adota um discurso mais inclinado à explicações não racionais ou lógicas, algo que ele inclusive defende frente um questionamento do agente Lee (que também deu as caras do lado de ‘cá’) sobre as hipóteses que cercavam as motivações de Dana Gray, a mulher que não morria.

    Nesse contexto, com o fim da temporada (e da série, talvez?*) se aproximando, não resta dúvida que a dinâmica dos dois personagens terá papel decisivo no desenrolar da trama. Além disso, é justo reconhecer com esse episódio, que os roteiristas da série arrumaram uma explicação plausível dentro da história para justificar o retorno de William Bell à trama usando o corpo de Olivia. Algo aliás, que pode ser entendido tanto como um feliz e conveniente evento, quanto fruto de um trabalho bem planejado há tempos, dessa que é, apesar da baixa resposta do público americano, uma das séries mais relevantes dentro de seu gênero.

    * Como fã da série, e com o fôlego que a trama ainda parece ter, obviamente gostaria muito de ver outra temporada. Contudo, considerando o histórico da Fox e sua pouca tolerância com produções que rendem baixa audiência, com ou sem campanha #SaveFringe rolando solta nas redes sociais, não vou me surpreender se Fringe chegar ao fim já nesse seu 3º ano.

sábado, 12 de março de 2011

Fringe – Ep. 3x16 “Os”

Episódio exibido no dia 11 de março nos EUA


Duuude em Fringe! Um dos destaques do episódio "Os"

Lá se vão quase dois meses desde o último post dedicado a Fringe por aqui, assim, como é bom ver um episódio que dá vontade de voltar a escrever algumas poucas linhas tortas de novo sobre a série. De lá para cá, 5 episódios foram exibidos e, confesso, um certo desânimo bateu, afinal, depois da ótima trama que metade dessa 3ª temporada construiu, o excessivo foco dado ao até então conflituoso romance entre Peter e Olivia (e até mesmo certas incongruências na trama) parecia esvaziar toda grande mitologia apresentada, e que por tabela, reduzia o choque dos dois universos a uma solução boba da linha ‘quem vai ficar com Peter’.

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    Nesse panorama, “Os” surge para aliviar a barra dos roteiristas que, recorrendo a mais um bom caso da semana envolvendo um cientista arriscando tudo para ‘salvar’ um ente querido (lembram do excelente “White Tullip”?), parecem ter retomado as rédeas da trama presenteando-nos ao final do episódio, com mais uma surpreendente e vibrante virada na trama com toques sci fi carregados de sobrenatural...

    Aliás, falando logo do final do episódio, é incrível como a Anna Torv vem se revelando cada vez melhor apagando qualquer impressão ruim que seu trabalho no início da série pudesse deixar. Como se já não bastasse a ela ter que fazer duas Olivias com claras diferenças, agora também caberá à ela a tarefa de personificar ninguém menos que William Bell com direito até a uma notável imitação da voz marcante de Leonard Nimoy. Assim, quando nós ainda nos acostumávamos com Bolivia, eis que agora teremos Bellivia...

    Graça à parte, sinceramente não faço ideia de como essa virada influenciará o restante da trama da temporada, mas tô curiosíssimo para ver, por exemplo, como Walter reagirá frente à constatação de que sua teoria de que a alma é energia e não pode ser destruída ou morrer, se provou verdadeira. Por falar no velho Bishop, outro que merece destaque sempre em qualquer texto que fale da série é John Noble, ator de muitos recursos e que com Walter consegue fazer rir e emocionar como poucos, vide a cena de seu personagem com Nina Sharp na qual se revela frustrado por não poder contar com a ajuda de William Bell naquele momento e temeroso em não conseguir consertar o erro que colocou seu universo em risco.

    Sobre o caso da vez, uma constatação óbvia: toda vez que a série investe numa história que realmente explora o conceito da tal ciência de fronteira, ou seja, algo que desafia a lógica racional, é quase certo que teremos um bom episódio. Nesse “Os”, que trouxe Alan Ruck (o eterno Cameron de ‘Curtindo a Vida Adoidado) como um cientista decidido a encontrar uma forma de devolver a capacidade de andar a seu filho paralítico, Walter (e quem assiste, claro) fica intrigado ao ver um lei física se quebrando frente a constatação da existência de composto químico extremamente leve, mas que formado por elementos absolutamente densos, deveria ser pesado.

    De resto, o que esse bom episódio também deixa na lembrança (principalmente para quem é fã de Lost) é aquela divertida conversa de abertura que Walter teve com um segurança da Massive Dynamics feito por ninguém menos que Jorge Garcia, o saudoso Dude. Afinal, quem diria que numa conversa informal Walter confessaria que desde que se tornou dono da empresa, a coisa mais brilhante que criou foi um cupcake de... bacon?!!!

    Fringe voltou! \o/

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Videocast de Coleção - Battlestar Galactica, A Rede Social, Beatles e mais!



Em mais um videocast dedicado a itens de coleção, destaco os Blu-Rays com o box completo da excelente Battlestar Galactica mais o filme The Plan; o indicado ao Oscar 2011, A Rede Social; O Nevoeiro, um dos melhores suspenses inspirados na obra de Stephen King; Era Uma Vez na América, clássico de Sergio Leone que até então era inédito no formato e as duas primeiras temporadas de Breaking Bad. E para encerrar, um belíssimo livro: O Pequeno Livro dos Beatles todo em quadrinhos. Confiram!

    Via Amazon UK: Battlestar Galactica, a série completa e o filme The Plan

    Via Amazon US: O Nevoeiro, A Rede Social e Era Uma Vez na América


    Via Amazon US: As 2 primeiras temporadas de Breaking Bad


    Edição Nacional de O Pequeno Livro dos Beatles

domingo, 30 de janeiro de 2011

Os 2 primeiros minutos da animação 'Rio'

<a href="http://video.msn.com/?mkt=us&brand=msn%20video&from=sp&vid=390a5af2-fac2-4e20-8b6e-4cc518d71596&src=FLCP:sharebar:embed" target="_new" title="'Rio' Exclusive: Film's First Two Minutes">Video: 'Rio' Exclusive: Film's First Two Minutes</a>

Depois do sucesso da trilogia 'A Era do Gelo', que levou milhões de adultos e criaças mundo afora aos cinemas, 'Rio', a mais nova animação da Blue Sky/Fox dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha (Robôs), promete ser um dos grandes sucessos do ano nas telonas. Na carona do trailer oficial do filme que já fora divulgado no site oficial em dezembro, a bola da vez é o vídeo com os 2 primeiros minutos da produção que vem, como não poderia deixar de ser, carregada da batida contagiante do samba. Confiram. É impossível não se empolgar com a dança das aves ritmada por uma bateria que poderia estar na Marques de Sapucaí.

Em tempo, ainda no clima dessa esperada animação, vale à pena ficar de olho no lançamento de Angry Birds Rio, versão do popular e viciante joguinho para quem tem smartphone ou iPad. A Dica é do amigo Carlos Alexandre Monteiro em seu ótimo Tudo Está Rodando.

Rio estreia nos cinemas dia 15 de abril, mas terá pré-estreia mundial no Brasil, no dia 8 de abril.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fringe – Ep. 3x10 “The Firefly”

Episódio exibido no dia 21/01 nos EUA


Não sei você, mas um dos grandes atrativos de Fringe para mim, mais até que sua excelente e já sólida trama sci fi, é o contínuo desdobramento da conflituosa relação entre pai e filho experimentada por Walter e Peter. Tratada com muita sutileza, não é exagero dizer que ela é em muitos momentos a pedra fundamental para o próprio desenvolvimento da mitologia da série além de ser responsável por momentos emocionantes em uma produção essencialmente de ficção.

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    Em ‘The Firefly’, episódio que marcou o retorno da 3ª temporada lá fora, o Observador (guardião da fronteira entre os universos) reaparece de forma marcante testando os limites de Walter, que conhecendo seu ídolo musical, Roscoe Joyce (participação especialíssima do veterano Christopher Lloyd), vivencia o peso da culpa de ter alterado o curso natural das coisas ao descobrir que (in)diretamente fora responsável pela precoce separação de um pai e seu filho, que no melhor estilo Fringe tiveram a chance de se re-encontrar anos depois de forma breve em uma circunstância bastante singular.

    Nesse contexto, ainda que não dê para dizer que o encontro de Walter e Roscoe (que rendeu ótimas cenas entre John Noble e Lloyd) realmente tenha sido o catalisador definitivo para que o pai de Peter vislumbre a possibilidade de ter que assistir um eventual sacrifício de seu filho em prol de algo maior, parece notória a percepção de que esse será um elemento ainda mais forte e proeminente nos episódios que virão. E daí surge a dúvida: será mesmo que na hora H, Walter conseguirá fazer o que precisa como agora imagina o Observador?

    E Olivia nessa história toda, que ainda penitenciando-se pelo que perdeu (ou deixou de ganhar) em sua relação com Peter durante o tempo em que esteve do lado de lá, como reagirá – sendo ela também um instrumento importantíssimo na equação da história – quando o eventual momento decisivo se fizer presente? Que reflexos do que ela sabe e experimentou ganharão forma na trama e no papel que Peter teoricamente tem a desempenhar na guerra dos dois mundos?

    Sempre instigante, Fringe continua sendo a série que levanta as perguntas mais interessantes e que episódio após episódio prova sua maturidade tanto como envolvente sci fi de alta qualidade (alô episódio Marionette!) quanto como drama consistente, rico e complexo, o que sempre me leva a uma única e irreversível constatação: que prazer ser fã dessa série!

Meus palpites para o Oscar 2011


Repetindo nomes que já vinham ganhando destaque nas premiações dos principais sindicatos da indústria, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou na manhã de hoje a lista dos indicados ao Oscar 2011. E se as surpresas não foram muitas (pouca gente falava em Javier Bardem concorrendo como melhor ator, por exemplo), pelo menos duas grandes injustiças tomaram forma com a ausência de Christopher Nolan na relação de melhores diretores e com a esnobada da Academia na montagem de A Origem.

Vacilos dos votantes à parte, dá para dizer que fazia muito tempo que uma lista de candidatos a melhor filme não empolgava tanto. Dos 10 indicados, já vi 9 (falta apenas O Discurso do Rei que tem 12 indicações) e é fácil perceber que esse ano há um belo equilíbrio entre filmes elogiados pela crítica e que também se tornaram populares, vide A Rede Social só para ficar com um bom exemplo.

Nesse panorama, além de já ficar na torcida pela vitória do documentário brasileiro Lixo Extraordinário, darei sequência aos posts dedicados aos filmes indicados ao Oscar 2011 (você já deve ter visto textos de A Origem, Toy Story 3, Sobre Minhas Mães e Meu Pai e Cisne Negro), comentando sobre os seis restantes dentro dos próximos dias, mas por enquanto já deixo registrados aqui meus palpites sobre quem vai faturar o prêmio máximo do cinema nas principais categorias.

    Minhas apostas destacadas em vermelho

    Melhor Filme

    Cisne Negro
    O Vencedor
    A Origem
    Minhas Mães e Meu Pai
    O Discurso do Rei
    127 Horas
    A Rede Social
    Toy Story 3
    Bravura Indômita
    Inverno da Alma

    Melhor Direção

    Darren Aronofsky, Cisne Negro
    David Fincher, A Rede Social
    Tom Hooper, O Discurso do Rei
    David O. Russell, O Vencedor
    Joel & Ethan Cohen, Bravura Indômita

    Melhor Ator

    Javier Bardem, Biutiful
    Colin Firth, O Discurso do Rei
    James Franco, 127 Horas
    Jesse Eisenberg, A Rede Social
    Jeff Bridges, Bravura Indômita

    Melhor Ator Coadjuvante

    Christian Bale, O Vencedor
    John Hawkes, Inverno da Alma
    Mark Ruffalo, Minhas Mães e Meu Pai
    Geoffrey Rush, O Discurso do Rei
    Jeremy Renner, Atração Perigosa

    Melhor Atriz

    Annette Bening, Minhas Mães e Meu Pai
    Nicole Kidman, Reencontrando a Felicidade
    Jennifer Lawrence, Inverno da Alma
    Natalie Portman, Cisne Negro
    Michelle Williams, Namoradas para Sempre

    Melhor Atriz Coadjuvante

    Amy Adams, O Vencedor
    Helena Bonham-Carter, O Discurso do Rei
    Melissa Leo, O Vencedor
    Hailee Steinfeld, Bravura Indômita
    Jacki Weaver, Animal Kingdom

    Melhor Filme Estrangeiro

    Biutiful (México)
    Dogtooth (Grécia)
    Em Um Mundo Melhor (Dinamarca)
    Incêndios (Canadá)
    Fora da Lei (Algéria)

    Melhor Roteiro Original

    Christopher Nolan, A Origem
    David Seidler, O Discurso do Rei
    Mike Leigh, Another Year
    Scott Silver, Paul Tamasy & Eric Johnson, O Vencedor
    Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg, Minhas Mães e Meu Pai

    Melhor Roteiro Adaptado

    Aaron Sorkin, A Rede Social
    Marguerite Roberts, Bravura Indômita
    Danny Boyle, Simon Beaufoy, 127 Horas
    Debra Granik, Anne Rosellini, Inverno da Alma
    Michael Arndt, Toy Story 3

    Melhor Filme de Animação

    Como Treinar o Seu Dragão
    O Mágico
    Toy Story 3



E você, aposta em quem?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fringe pode ter mais 4 temporadas!

Atualização de 22/01: Dados preliminares apontam que A audiência de Fringe subiu 12% na demo de 18-49, ou seja, a do público que mais interessa aos anunciantes e executivos do canal. Em números absolutos, a série alcançou 4,5 milhões de telespectadores em sua 1ª exibição nas noites de 6ª feira.



Depois de um hiato de pouco mais de um mês, Fringe retorna hoje à tv americana com dois desafios: 1) tentar manter o alto nível de sua atual temporada e 2) contrariar o histórico das noites de sexta-feira da Fox, que nos anos mais recentes levaram séries de temática sci fi ao cancelamento.

Nesse panorama, destaque absoluto para uma declaração do produtor executivo da série, Jeff Pinkner, que no vídeo abaixo diz estar confiante de que a mudança de dia de exibição foi uma decisão acertada, e revela já ter conversado com executivos da Fox sobre as ideias centrais de não uma, mas quatro novas temporadas de Fringe!

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    “Conversamos sobre o que planejamos até o sétimo ano, e a empolgação por parte deles [executivos da Fox] foi grande”, disse Pinkner reiterando a opinião de que a Fox só mudou Fringe de dia na grade por acreditar que pode obter resultados melhores nas noites de sexta-feira. Aliás, falando do assunto, J.H. Wyman (também produtor executivo da série) lembrou que Arquivo X fez muito sucesso durante os anos em que foi exibida nas noites de sexta-feira pela Fox, reforçando a ideia de que Fringe possa trilhar o mesmo caminho.

    Particularmente ainda me mantenho cético de que a audiência de Fringe vá melhorar absurdamente com a mudança de dia de exibição, mas como fã da série, sinceramente espero que a confiança da dupla de executivos se justifique e se reflita em renovação da produção para mais 4 anos. Não custa nada sonhar, certo?

    The Firefly, o 10º episódio da 3ª temporada de Fringe vai ao ar na noite dessa sexta-feira nos EUA.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Além da Vida (Hereafter)

Feliz coincidência essa que cerca os filmes dirigidos por Clint Eastwood. Seja lá qual for o tema ou o tamanho da produção (e ele já abordou muita coisa diferente), o veterano ator convertido em um dos mais sólidos diretores dos últimos anos, sempre investe na simplicidade e nas sutilezas para construir histórias que emocionam fugindo do lugar comum ao mesmo tempo em que trazem um tom reflexivo que, acima de tudo, preza pela inteligência de seu público, algo que esse seu Além da Vida faz com muita elegância e excelência.

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    Ainda que o assunto da vez – a morte – denote um tom naturalmente mais dramático e de certa forma até depressivo, Eastwood constrói, a partir do roteiro de Peter Morgan (do ótimo Frost/Nixon), um retrato bastante emocional em torno de três histórias afetadas pelo tema central em diferentes níveis e que eventualmente acabam se cruzando com fortes e decisivas transformações para os envolvidos.

    A primeira personagem apresentada pelo filme é a jornalista francesa Marie Lelay (Cécile De France), uma mulher que vê suas certezas e perspectivas de vida mudarem quando tem uma experiência de quase morte durante o Tsunami que assolou a Indonésia em 2004 (evento que o filme mostra de forma impressionante), e que começa a buscar formas de tentar entender o que lhe aconteceu.

    O segundo personagem que conhecemos é George Lonegan (Matt Damon, melhor a cada novo papel), um médium que relutante em usar seu ‘dom’ (ele diz que ninguém pode viver plenamente tendo que lidar constantemente com a morte), leva uma vida isolada e carregada de solidão, algo que o plano de uma determinada cena em seu apartamento aliás exprime com muita precisão.

    Já o terceiro e último personagem central de Além da Vida é Marcus (o novato George McLaren), um garoto de 12 anos que após perder o irmão gêmeo (a quem era muito ligado) de forma traumática, vê sua vida mudar radicalmente frente a necessidade de ter que se adaptar a um mundo novo longe da maior referência que tinha.

    Com muito mais acertos do que equívocos (a única coisa que me incomodou foi a ‘coincidência’ que provoca o cruzamento dos três personagens no fim), o filme comprova mais uma vez o talento e a mão equilibrada de Eastwood para tratar de temas tão singulares. Evitando o didatismo que geralmente cerca produções que se debruçam sobre o tema, o diretor passa longe de tentar explicar esse mistério que desperta tanta curiosade, mas que também sempre alimenta preconceitos. Assim, ao tomar essa decisão, Eastwood permitiu que Além da Vida não só se tornasse um bom entretenimento, mas sobretudo um filme muito mais relevante.

    Cotação: