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terça-feira, 26 de julho de 2011

A estreia da 8ª e última temporada de Entourage

Episódio inédito no Brasil na data deste post

E enfim chegamos à 8ª e última temporada de Entourage, que se já não tem mais o mesmo fôlego de antes (e ninguém questiona isso, acredito), ainda nos reserva alguns bons momentos de muita diversão com as curiosidades do que seriam os bastidores da indústria hollywoodiana, os já não tão frequentes chiliques de Ari Gold (Jeremy Piven) ou, mais recentemente, com as desventuras de Johnny Drama (Kevin Dillon).

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    Em “Home Sweet Home”, episódio que abre a curta temporada final da série (serão apenas 8 episódios), encontramos toda a trupe envolvida com o retorno de Vince Chase que, após três meses internado numa clínica de reabilitação para viciados, ressurge alimentando grande interesse da mídia e aparentemente disposto a retomar a carreira em Hollywood, deixar as distrações de lado e fazer as reconciliações que precisa com amigos e a indústria.

    Ainda que mais introdutório para o arco final da produção, o episódio serviu também para situar novos cenários nas vidas de parte da entourage de Vince. Se por um lado os negócios na agência de E parecem estar em expansão (rolou até participação especial de Johnny Galecki, o Leonard de The Big Bang Theory), vimos que seu casamento com a belíssima Sloan acabou em termos nada amistosos. Já o de Ari, fora de casa há 10 semanas como castigo por ter mentido para a mulher, também parece ameaçado quando ele descobre que a Sra. Ari estava saindo com alguém. Nesse panorama, Turtle continua como o fiel escudeiro à procura de uma oportunidade de sair da aba, enquanto Drama, agora curtindo os louros do sucesso da sua animação Johnny Bananas (que eu fiquei curioso para ver, diga-se de passagem), aparece divertidamente cheio de neuras e exageros durante a preparação da festa de boas vindas sem álcool para Vince.

    Se Entourage se despedirá da telinha em alta eu não sei, mas se este primeiro episódio servir como termômetro, dá para esperar coisa boa para o desfecho da história de um astro e seu grupo de amigos e empresários na selva de Hollywood.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

True Blood – Ep. 4x05 “Me and the Devil”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.

No episódio em que até a subtrama do Tommy ficou menos entediante e a relação de Hoyt e Jessica rendeu uma cena engraçadíssima envolvendo Jason, o arco principal da 4ª temporada de True Blood ganhou novos desdobramentos com a pronta revelação da origem do desejo de vingança da poderosa bruxa (Antonia é o nome dela) que incorpora em Marnie, além, claro, de aproximar Sookie e Eric de vez, reforçando a nova dinâmica estabelecida entre os dois e que trará repercussões e consequências impactantes para o restante da temporada.

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    No geral, a sensação de que as subtramas vão se afunilando é crescente (só vai faltar encaixar essa do Jesus indo com o Compadre Washington Lafayette até o México para encontrar um tal ‘poder interior’ e a do Alcide que sofreu tentativa de bullying :p) assim como a diversão que cada episódio vai proporcionando. Como não rir, por exemplo, do desespero de Pam por conta de seus probleminhas cosméticos ou mesmo das situação envolvendo Arlene e Terry tentando buscar ajuda da mãe louca da Tara para se livrar do ‘espírito maligno’ que ronda sua casa?

    Com bons desenvolvimentos aqui e acolá, o ponto alto desse “Me and the Devil” fica mesmo para Sookie se rendendo ao lado souumvampirosinceroeirresistível de Eric, que agora sob a mira de Bill, terá que lidar com as descobertas de sua real natureza (Godric tem razão afinal no que disse nos sonhos de seu outrora pupilo?) e decidir se aceita o passado ou abraça um novo presente. Não sei você, mas pro bem da história e para garantia da continuidade da nossa diversão, espero que o velho Eric retorne logo.

Breaking Bad – Ep. 4x02 “Thirty-Eight Snub”

Episódio inédito no Brasil na data deste post


Dizem que dependendo de como se reage ao medo, ele pode ser um aliado ou um grande adversário. Se é papo furado ou não eu não sei, mas em “Thirty-Eight Snub”, segundo episódio da 4ª temporada de Breaking Bad, vimos uma pequena mostra de situações que refletem examente isso. De um lado, Walt agindo para tentar estabelecer uma aliança (com Mike, que não estava menos temeroso com os acontecimentos) que pudesse lhe garantir uma chance de diálogo com Gus e, do outro, Jesse, buscando, nas distrações de festas exageradas e intermináveis, uma forma de esquecer o trauma recente ou de ignorar o pavor que tem de ser apagado dentro da própria casa na calada de uma noite qualquer.

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    Sempre fascinante com seu universo de ótimos personagens (até o Hank ficou mais interessante agora com aquele comportamento depressivo/agressivo), Breaking Bad está sempre jogando na nossa cara a certeza daquele ditado popular que de boas intenções o inferno está cheio. Nessa onda vimos, por exemplo, Skyler metendo os pés pelas mãos ao tentar fazer uma oferta de compra do lava a jato (mesmo depois de Walter ter pedido que ela não fizesse nada, sob o risco de atrair uma atenção desnecessária, claro) e Jesse encarando mais uma vez, por conta de um rápido reencontro, a certeza de que indiretamente acabou sendo o culpado pela morte de um garoto.

    A questão agora é: até quando vai durar a guerra psicológica perpetrada pelo Gus? Que ele precisa do Walt (pelo menos momentaneamente) é óbvio, mas e se/quando não precisar mais, o que fará? E o Walt? Vai desistir de obter algum diálogo que seja para garantir sua vida e seu objetivo? As respostas eventualmente virão, claro, mas por enquanto me contento com mais momentos reflexivos e tocantes como aquele que encerrou o episódio mostrando Jesse sentindo o desespero do vazio de tudo aquilo que sua vida se transformara.

sábado, 23 de julho de 2011

LOST: Eles sabiam de tudo desde o início. Ou quase.

Aparecendo de surpresa durante o painel dedicado a Lost na Comic Con 2011, a dupla Damon Lindelof e Carlton Cuse (produtores da série) apresentou um vídeo com cenas inéditas que foram cortadas do final da primeira temporada e que, segundo eles, prova de uma vez por todas que estava tudo planejado desde o início. Mais eu não digo enquanto você não der play no vídeo abaixo que está legendado.



Assistiu o vídeo? Bom, então você obviamente percebeu que é tudo uma brincadeira, né? As cenas de Jacob e do Homem de Preto (os ótimos Mark Pelegrino e Titus Welliver) foram gravadas há cerca de 1 mês sob a direção de Jack Bender, um dos nomes mais proeminentes de Lost.

Nesse curto segmento que foi montado com uma das cenas mais marcantes da 1ª temporada envolvendo Jack e Locke, o Homem de Preto ironiza o grande plano de Jacob, fala na luz que tanta controvérsia gerou na reta final da série e se enfurece quando o irmão revela seu 'verdadeiro' nome. Prato cheio para fãs e detratores de Lost, não?

Damages – Ep. 4x02 “I've Done Way Too Much for This Girl”

Episódio inédito no Brasil na data deste post

Se por um lado o segundo episódio da 4ª temporada de Damages avançou pouco na conspiração da vez – tirando, claro, o fato de termos visto que a High Star usará de todos os recursos disponíveis para manipular Chris Sanchez na tentativa de proteger o segredo (seja ele qual for) da empresa -, por outro reforçou a noção de que Ellen Parsons caminha a passos cada vez mais largos para se tornar, ainda que de forma inconsciente talvez, tudo o que Patty Hewes é e representa sem medir os custos que isso pode lhe trazer.

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    Dedicado quase que inteiramente ao presente da trama (o ‘3 meses depois’ nos reservou apenas uma rápida cena no final mostrando o que parecia ser Ellen sofrendo uma tortura), “I've Done Way Too Much for This Girl” mostra a engenhosa ação da High Star para atrair Sanchez de volta para seu círculo além de Patty Hewes frequentando sessões de terapia com Fisher Stevens (os fãs de Lost vão lembrar dele). Sempre bem defensiva, numa dessas visitas (e em outros momentos também, como aquele com o detetive que investiga o paradeiro de Michael) ela parece indicar certo arrependimento de algumas escolhas pessoais que fez além de expor uma rara preocupação com Ellen, a quem acaba resolvendo ajudar mesmo depois de dizer que já tinha feito muito por ela.

    E se falo da decisão de Patty que até certo ponto já era previsível para a trama, impossível não mencionar também o ponto de maior impacto do episódio que foi a postura de Ellen disposta a correr todos os riscos (e colocando em prática tudo o que aprendeu de sua convivência com Patty) para levar adiante a iniciativa de expor as sujeiras da High Star num tribunal.

    O panorama para o restante da temporada segue interessante, assim como a grande dúvida: qual é, afinal, o segredo que a empresa paramilitar comandada por Howard Erickson tenta esconder a todo custo e quais são as cartas na manga que ele (e o tal Jerry) tem para convencer parlamentares a reverterem a decisão de não renovar o contrato com o governo? Palpites?

    Nota: Com essa coisa da Patty fazendo terapia, bateu até uma curiosidade de vê-la frequentando a sala do Dr. Paul Weston de In Treatment, não?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

True Blood - – Ep. 4x04 “I’m Alive and on Fire”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.



Se a série é uma salada trash e não nega isso em momento algum, tem que compensar na diversão, que é justamente o que True Blood tem feito até aqui em seu novo ano. Com ¼ da 4ª temporada já exibida, a grande trama da vez segue ganhando novos desenvolvimentos com revelações que incluem uma rixa antiga entre uma bruxa e os vampiros enquanto um certo rei da Louisiana descobre, meio chocado, ter feito o que tatataravô nenhum deveria fazer com a própria neta :p

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    Das sequências mais divertidas e curiosas desse “I’m Alive and on Fire”, destaques para a de Eric (ainda sem memória) que depois de ter atacado a fada madrinha de Sookie, curtiu um porre nadando, em plena luz do dia, num lago infestado de crocodilos e fazendo birra com Alcide, além, claro, da que envolveu Bill na casa dos Bellefleurs onde fez a tal descoberta citada anteriormente.

    E se sigo não dando a mínima para qualquer coisa que envolva Tommy (que Joe Lee o deixe na coleira para sempre, certo?) ou achando que algo realmente importante sairá daquela historinha envolvendo a neura de Arlene com o filho que ela julga ser demoníaco, admito certa expectativa para ver no que vai dar a subtrama envolvendo Sam e a bela metamorfa morena e a do agora quase moribundo Jason. Será que o veremos de fato se transformando num híbrido de homem pantera?

    Dos demais segmentos do episódio, vale comentar o de Bill tentando se impor, por conta do cargo, com Pam, mas cedendo à clara enrolação de Sookie no finalzinho do episódio e o mistério envolvendo Marnie e o grande poder que adquire quando incorporada pela tal bruxa morena que vimos um pouco mais naquela sequência em pleno período da Inquisição. Onde é que vai dar essa mistureba toda lá na frente não sei, mas que tô me divertindo mais do que achava que iria com essa nova temporada, ah isso eu tô. E vocês?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A estreia da 4ª temporada de Breaking Bad

Episódio inédito no Brasil na data deste post

Os fins justificam os meios como sugere Maquiavel em sua obra mais famosa? É com essa dúvida que Walter White, protagonista da excelente Breaking Bad, convive constantemente desde os primeiros momentos em que abandona uma vida pacata, porém sem muitas perspectivas, para ingressar num negócio ilícito (e perigoso) que pudesse garantir o futuro financeiro de sua família, então prestes a perdê-lo em função de um câncer terminal recém diagnosticado. Quer seja pelas reviravoltas ou pela mudança de perspectiva de personagens importantes da trama (alô Skyler!), muita coisa aconteceu nesses três anos de série. Os negócios de Walter e Jesse se expandiram, novos e poderosos players entraram no jogo e o preço pessoal e moral que cada um paga no percurso aumentou exponencialmente. Nesse panorama, e dando sequência imediata ao grande gancho da temporada anterior, o quarto ano de Breaking Bad chega cercado de expectativas e com uma missão: continuar provando que a série é uma das melhores e mais imperdíveis da atualidade.

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    Box Cutter”, episódio que dá início à 4ª temporada, traz Walt e Jesse tendo que lidar com as consequências da decisão de enfrentar o grande chefão, Gus. E se Walt já vinha dando vários sinais de que já se dispunha a extrapolar limites (lembrem que ele chegou a matar e deixar morrer antes), coube a Jesse experimentar o choque de ter que tirar a vida de alguém para garantir tanto a sua quanto a do próprio Walter – ainda que temporariamente, talvez? – e no processo, ganhar uma visão absolutamente fria do papel que os dois ‘cozinheiros’ passam a ter na relação com Gus, que no fim das contas de fato depende deles para tocar seu lucrativo negócio. Por falar em Gus aliás, não deixou de ser surpreendente ver a reação violenta que ele teve no momento em que abandona a figura de homem equilibrado que conheciamos para assumir a de um verdadeiro açougueiro. Uma breve(?) e radical mudança de postura capaz de impressionar tanto Walt e Jesse obviamente, como todos que estavam do lado de cá da tela.

    Que tipo de relação se estabelecerá entre esses personagens daqui pra frente ainda é uma incógnita, mas é evidente que as coisas mudarão de forma contundente uma vez que todos (Walt e Jesse principalmente, claro) passam a ter motivos de sobra para desconfiar até da própria sombra nesse novo contexto. Sobre os demais personagens e sua importância na trama, Skyler parece ser a que terá papel mais importante na nova equação. Efetivamente disposta a ajudar Walter a lavar o dinheiro, ela tem uma motivação forte (pagar as contas médicas do tratamento de Hank), mas que por tabela pode colocar em risco o grande segredo que tenta preservar e que envolve tantas outras pessoas com interesses tão diversos quanto heterogêneos.

    Cheia de possibilidades, a 4ª temporada de Breaking Bad começa de forma animadora com tudo o que a série tem de melhor como suas situações inimagináveis, interpretações fortes (com os destaques óbvios para os sempre constantes e excelentes Bryan Cranston e Aaron Paul, este já merecendo maior reconhecimento, inclusive) e dilemas impactantes que seguem reforçando uma certeza que a série expõe desde o início de forma inquestionável: o mocinho aqui é o vilão e não simpatizar-se com seus conflitos ou torcer por ele não é uma opção.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A estreia da 4ª temporada de Damages

Episódio inédito no Brasil na data deste post



Com suas muitas idas e vindas na trama e as consequentes lacunas que vão sendo preenchidas aos poucos ao longo de 13 episódios, a fórmula de Damages já não é mais nenhuma novidade. Sorte a nossa portanto, que em sua quarta temporada a série continue investindo numa narrativa que consegue ser tão intrigante quanto instigante.

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    Considerando esse ‘There's Only One Way to Try a Case’, episódio que abre o esperado novo ano da série, a perspectiva para a temporada é animadora: Patty Hewes irascível como sempre e envolta com mais um caso high profile; Ellen mexendo num vespeiro que envolve uma empresa paramilitar cheia de sujeiras para esconder e novos personagens – capitaneados pelo ótimo John Goodman - não menos interessantes.

    A trama da vez envolve uma Blackwater da ficção chamada High Star que, prestes a ter seu contrato com o Governo americano encerrado, e com segredos a esconder, age, através de seu CEO Howard T. Erickson (Goodman) - uma figura tão curiosa e controversa quanto o marcante Arthur Frobisher (personagem de Ted Danson nas temporadas anteriores) – com muito lobby e medidas absolutamente obscuras para garantir mais alguns milhões de dólares oriundos da chamada guerra ao terror.

    Como catalisador da trama, conhecemos Chritopher Sanchez, um conhecido de Ellen dos tempos de escola. Sanchez é um ex-fuzileiro que convive com o trauma de uma missão ilegal que terminou mal no Afeganistão quando trabalhava para a High Star. Seguido de perto pelo misterioso Jerry, Sanchez logo se vê envolvido no centro de uma grande conspiração que acaba arrastando Ellen e, como é de se esperar, eventualmente a própria Patty.

    É só o início, mas duas importantes perguntas já surgem como cartão de visitas para a sequência da temporada: 1) qual era afinal a tal missão ilegal mencionada por Sanchez e por que suas circunstâncias poderiam ameaçar os interesses da High Star? 2) Já dá para assumir que o preso encapuzado que vemos em algum ponto do Oriente Médio três meses depois na trama seja mesmo o Sanchez como é sugerido? Aposto que não, e já tô louco de curiosidade para ver que reviravoltas e surpresas a sequência da temporada de Damages nos reserva.

    E você o que achou desse retorno?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

True Blood – Ep. 4x03 “If You Love Me, Why Am I Dyin'?”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.

Oops! Tia Sookie, acho que fiz besteira.

Não sei se com vocês acontece o mesmo, mas meu prazer de ver True Blood começa, pouco a pouco, a ser recuperado. Tenha você ressalvas ou não (eu tenho algumas), uma coisa é certa: quando um episódio de 55 minutos passa voando rendendo boas surpresas e sobretudo diversão, o sinal de que a série parece estar voltando à boa forma é mais que evidente. E como fã, além de comemorar o momento é claro, acho que já dá até para fingir ser o Eric e esquecer o que não prestou e curtir as novidades daqui pra frente. Shall we?

Crédito da imagem: Caldeirão de Séries

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    Diferente de Game of Thrones, também da HBO, que promete seguir fielmente pelo menos 90% dos livros, True Blood, já em sua temporada de estreia, buscou caminhos novos em relação aos livros que a inspiraram. Com isso, situações que não ocorrem nos romances de Charlaine Harris ou personagens que não tinham a mesma proeminência lá, na série ganharam mais relevância, caso, por exemplo, do sempre excêntrico e carismático Lafayette. E se é claro que por um lado essa decisão nem sempre rendeu bons frutos (vide a irregular 3ª temporada), por outro é inegável que, ao incorporar certos argumentos dos livros na série com outra roupagem, Allan Ball conseguiu construir dinâmicas novas bem interessantes.

    Nesse contexto, a 4ª temporada promete muita diversão com essa nova relação de Sookie e Eric, que agora sem memória (“Eu sei o que sou. Só não sei quem sou”, diz ele) depois de dar um ultimato para que os rituais de bruxaria fossem interrompidos, ressurge como uma criança grande que não conhece limites e precisa reaprender a conter certos impulsos. Além de curiosa, essa nova dinâmica entre os dois trará, por tabela, outras questões como a dúvida levantada por Pam (Bill armou para Eric mesmo, como sugeriu ela?), seu desejo de vingança além do entendimento do que de fato ocorreu naquele ritual liderado por Marnie, a bruxa wanna be que também parece não compreender o que experimentou (quem seria aquela morena que ela incorpora?).

    De todo resto que esse bom 3º episódio trouxe, destaque para a subtrama de Jason, que ferido e febril após ser atacado por Crystal e Felton, acaba ‘medicado’ com viagra mexicano(!) só para protagonizar mais uma cena de sexo para lá de bizarra na nada curta galeria da série. No que isso vai dar não sei, mas que ainda vamos nos divertir muito com o desenvolvimento desse núcleo não tenho dúvida. Ainda a lamentar só mesmo aquelas subtramas que seguem desinteressantes... As brigas de Jessica e Hoyt, Andy viciado em V (essa parece que foi feita só pro irmão da nova ‘amizade colorida de Bill’ não perder função na série) e agora a de Tommy querendo dar um golpe na sempre esquisita Maxine.

    Com mais altos que baixos, esse início de temporada de True Blood dá sinais de que a série está voltando aos trilhos. Sorte nossa e da temporada 2011/2012 que já começa animada e prometendo muito com novidades como Persons of Interest, Terra Nova e com os retornos já nessa semana de Damages e Breaking Bad. É ou não é para se empolgar?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

True Blood – Ep. 4x02 “You Smell Like Dinner”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.

Depois de uma duvidosa estreia de 4ª temporada, esse segundo episódio de True Blood pareceu até Ronaldinho Gaúcho em tempos de Flamengo: por mais que já não seja o melhor do mundo, ainda guarda um lampejo de genialidade aqui e acolá que, quando aparece, empolga. E assim foi com esse movimentado “You Smell Like Dinner”, um bom episódio que resgatou a carecterística crítica da série com direito até a frase inspiradíssima de Pam sobre ‘cristãos’ intolerantes... “Deixem que eles pratiquem seus direitos civis de serem idiotas.”

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    Indo direto ao ponto, esse episódio, além de trazer novo ânimo para quem já pensava em abandonar a série, foi bem superior ao que abriu a temporada por um motivo bem simples: ele trouxe um importante senso de conexão entre pelo menos três subtramas (a de Bill/Sookie/Eric; a do Neymar de Bons Temps de Lafayette e as Bruxas e até a de Sam e os metamorfos) que será fundamental para o pleno desenvolvimento da história da temporada e para que realmente nos importemos com o que acontece com a maioria dos personagens.

    Além de revelar o real papel das bruxas na trama e a ameaça que representam para os vampiros de Bons Temps, “You Smell Like Dinner” mostrou, por flashbacks, como Bill acabou se tornando Rei da Louisiana. Nisso, teve até um divertido bônus de o vermos num estilão punk em plena Londres da década de 80 quando então conhecera Nan Flanagan que, além de revelar que Louis Pasteur seria vampiro e responsável pela sintetização do sangue, na ocasião já o tratava como importante elemento para a iniciativa da Liga dos Vampiros de ganhar proeminência e a confiança dos humanos.

    Ainda é cedo para dizer se True Blood está voltando à forma, mas se esse episódio servir como base, o restante da temporada promete. Ou não?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Radar Dude News – 29/6/2011

Sem tempo a perder, vamos aos assuntos desse radar: o novíssimo trailer de Missão Impossível 4; comentários sobre a novata e surpreendente comédia de humor negro, Wilfred; o retorno de Louie; a policial inglesa, Luther; e sobre dois filmes, o japonês 13 Assassins e o romance de ficção, Agentes do Destino. E para fechar, uma dica quente de Blu-Ray: a recém lançada versão estendida da trilogia O Senhor dos Anéis por um preço bem camarada.

Missão Impossível 4



Muita gente acha que a franquia Missão Impossível já deu o que tinha que dar, mas basta conferir o novo trailer de Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma para perceber que o filme tem tudo para dar novo fôlego às aventuras de Ethan Hunt e cia. Com estreia prevista para 30 de dezembro no Brasil, a produção que, além de Tom Cruise, conta com Josh Holloway (o Sawyer de Lost) e Jeremy Renner (Guerra ao Terror e Atração Perigosa), marca também a primeira empreitada de Brad Bird no mundo do cinema live action, já que até então o diretor só aparecera à frente das excelentes animações, Os Incríveis e Ratatouille da Pixar.

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    A bizarra e imperdível Wilfred

    Quando vi o primeiro teaser de Wilfred, nova comédia recém estreada no FX americano, achei o conceito esquisito demais para que pudesse funcionar. Ledo engano. Bastou ver o episódio Piloto da série para ser instantaneamente fisgado pela ideia de acompanhar as desventuras de um jovem depressivo que redescobre a vida ao lado de um cão chamado Wilfred que ele enxerga como um homem de verdade. No papel do protagonista da série, Elijah Wood (o eterno Frodo da trilogia O Senhor dos Anéis) parece ter acertado em cheio na escolha do projeto que, acreditem, é tão bizarro e politicamente incorreto quanto divertido. Resumindo: assista!

    O retorno de Louie

    Por falar em comédia politicamente incorreta do FX, quem voltou na última semana mais uma vez investindo nas piadas críticas e de acidez máxima foi Louie. Mantendo a estrutura de sua temporada de estreia, a série do comediante Louis C.K. (que é produtor e roteirista do programa) divide-se entre sequências dramatizadas e absurdas de momentos da vida de um pai divorciado e cheio de pré-conceitos e stand ups do próprio Louis. Neles, o comediante, num estilo bem peculiar e engraçadíssimo, analisa, sem qualquer papa na língua, situações que vão desde os desafios de ter que educar filhas com diferença de idade ao de ter que refazer a vida social depois de virar solteiro aos quarenta e poucos anos. Se você ainda não acompanha tá perdendo.

    A bipolar e curiosa Luther

    Convencido pelos argumentos de quem já via a série, fiz uma maratona de Luther, série policial inglesa estrelada por Idris Elba (da excelente The Wire). Longe de ser espetacular, mas ainda assim não menos interessante justamente por conta do marcante trabalho de Elba, a série mostra o dia a dia do irascível detetive John Luther que vê sua vida pessoal e profissional entrar num turbilhão depois de virar alvo da corregedoria e de conhecer uma assassina fria e calculista que, obcecada por ele, passa a se meter em suas investigações. Atraente por ser mais crua que o padrão americano do gênero (as investigações seguem um modo mais crível), Luther no entanto incomoda pela bipolaridade de seus personagens. Assim, mudanças de humor e atitude repentinas surgem quando se menos espera, o que se por um lado funciona para manter a história surpreendente, por outro soa como trapaça de roteiristas que se julgam muito espertos.

    Cinema com Samurais e Philip K. Dick

    Dirigido pelo controverso cineasta japonês Takashi Miiki, 13 Assassins narra a história de um grupo de 13 samurais (tecnicamente são 12, mas explicar a diferença seria spoiler) que, no fim do período feudal do Japão, aceita a missão de encarar um exército na tentativa de matar o tirano herdeiro do Shogun que destroçava vidas e vilas por onde passava por puro prazer. A premissa não é das mais atraentes, eu sei, mas com planos engenhosos e bons personagens, esse filme de 2010 surpreende ao misturar discussões sobre moral e honra numa história (baseada em fatos reais) que traz uma incrível sequência de ação que tem, acredite, quase 30 minutos de duração!

    Como bem definiu Pablo Villaça em sua crítica de Agentes do Destino, o filme inspirado num conto de Philip K. Dick é basicamente um romance floreado por elementos sci fi. Estrelado por Matt Damon e Emly Blunt, o filme mostra misteriosas figuras com um quê de sobrenaturais (seu visual lembra muito o dos Observadores de Fringe) que, encabeçadas pelo personagem de Terence Stamp, agem para impedir que o casal protagonista se envolva depois de um encontro do acaso. Brincando com conceitos de destino e livre arbítrio, o filme levanta diversas discussões sobre o real controle que teríamos sobre nossas decisões (das mais banais às mais importantes) e quanto elas influenciariam o que seria o plano de vida perfeito para cada um. Interessou? Então confira o trailer.

    Trilogia O Senhor dos Anéis, versão estendida



    Demorou, mas a versão estendida da trilogia O Senhor dos Anéis finalmente chegou às lojas gringas. No box de 15 discos(!), sendo 6 em blu-ray com os 3 filmes em suas versões estendidas (totalizando quase 11 horas e meia de filme) mais 9 em DVD só com extras imperdíveis como docs sobre o mundo criado por Tolkien, bastidores de cada filme, entrevistas, comentários e muito mais. Tudo, eu disse TUDO com legendas em pt-br. O preço hoje? US$70, que no câmbio atual dá algo em torno de R$110 + o custo do frete. Em suma: i m p e r d í v e l !!!



segunda-feira, 27 de junho de 2011

True Blood – Ep 4x01 “She’s not There” (Season Premiere)

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.

Ainda me divirto com True Blood, mas admito que gostava muito mais da série quando ela era basicamente centrada nos vampiros. Propositalmente tosca, cheia de gore e em muitos momentos quase um soft porn ela sempre foi e isso nunca a desmereceu por um motivo bem simples: quando a série começou a virar febre com esse mix curioso, as tramas investiam em metáforas inteligentes que fomentavam discussões relevantes sobre discriminação e aceitação do que é diferente e fazia isso muito bem sem jamais deixar de entreter. De boa parte da temporada passada para cá, contudo, a história mudou. E, infelizmente, para pior.

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    Ainda comandado por Alan Ball (que deve ficar à frente da série pelo menos até a 5ª temporada), esse novo ano de True Blood começou repetindo um erro que pode ser capital: ter subtramas demais e que desconexas, parecem revelar uma narrativa sem rumo. De todas as que foram introduzidas nessa estreia de temporada, poucas parecem interessantes ou mesmo relacionar-se com outra(s), o que, para quem assiste, acaba passando a sensação de que os roteiristas, sem saber o que fazer com tantos personagens, resolveram apenas criar historietas que serão concluídas aos poucos até que a principal (envolvendo as recém introduzidas bruxas mais o velho triângulo Sookie, Bill e Eric) ganhe proeminência.

    Não me entenda mal. True Blood ainda está longe de se tornar um Crepúsculo da vida, mas é justo dizer que também já não é mais tão boa quanto antes. Se por um lado ainda é divertido ver Jason (agora um policial) se metendo em confusão mesmo quando age com boas intenções; Lafayette encarando novas e misteriosas descobertas (o que foi aquela roda espírita com um papagaio?!) e Arlene fazendo uma tempestade em copo d’água por conta do comportamento de seu filho ainda bebê, por outro, me empolguei pouco com o núcleo que tem Sam se reunindo com outros metamorfos; com a fase DR envolvendo Hoyt e Jessica (e os desejos reprimidos da vampira ruivinha) ou mesmo com a nova fase de Tara, que em Nova Orleans (quem achou que veríamos um crossover de TB com Treme?) leva uma vida de lutadora e, após mudar de time, tem um relacionamento com uma bela morena.

    De positivo desse início (porque de negativo já temos aquela bizarra passagem de Sookie pelo mundo das bruxas), só mesmo o salto temporal que permitiu vários desenvolvimentos e mudanças em Bons Temps. Assim, dos cenários mais promissores, o que mais me deixa curioso é o que envolve a iniciativa de Bill (agora rei do Mississipi) e Eric tentando se reaproximar dos humanos ganhando a confiança perdida pelas ações do falecido Russell. Claramente agindo com agendas distintas, um novo choque entre os dois parece iminente, sobretudo quando consideramos a investida agressiva de Eric em Sookie que serve de fechamento/gancho do episódio.

    E aí, como é que tá a sua relação com True Blood? A série ainda te empolga ou é apenas mais uma entre várias?

    A 4ª temporada de True Blood chega ao Brasil no domingo, 10 de julho, pela HBO.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Falling Skies – Episódio Piloto

Cinco dias após estrear nos EUA, o drama de aventura Falling Skies chegou, nessa sexta-feira, 24, ao Brasil através dos canais a cabo TNT e Space (este exibindo a série dublada). Com a assinatura de Steven Spielberg, a produção narra a luta de humanos sobreviventes de um ataque alienígena que dizimou 90% da população mudial e acabou com toda a infraestrutura do planeta. Já viu isso antes sob alguma outra forma? Pois é, eu também.

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    O episódio duplo que serve como Piloto da série segue à risca a velha e tradicional cartilha de introduzir o cenário e seus personagens, o que é mais que natural. O problema é que mesmo tendo pouco mais de 80 minutos de duração, a série falha em apresentar uma trama que realmente empolgue, já que com poucas sequências de ação convincentes e dramas demasiadamente rasteiros, não traz nada de realmente novo.

    O início do episódio, por exemplo, faz uma rápida recapitulação dos eventos ocorridos desde a chegada das naves alienigenas usando simples desenhos acompanhados pela narração de crianças. Contudo, o que poderia ser um bom artifício – já que o impacto dos acontecimentos sob a perspectiva dos pequenos teria tudo para nos envolver mais -, acaba soando mais como economia de um orçamento (ou limitação dele) que seria destinado a montar grandes planos que revelassem como o caos se instaurou.

    Quando a história realmente começa, o planeta já é uma terra de ninguém com os humanos organizando-se em grupos de resistência. Um deles, o que ganha o foco da trama, é o 2º Mass, que tem no professor de história Tom Mason (Noah Wyle, o eterno Dr. John Carter de ER) e no capitão Weaver (Will Patton) suas figuras mais proeminentes ao lado da médica Anne Glass (Moon Bloodgood).

    Fugindo e tentando se manter vivos como podem à caçada perpetrada pelos alienígenas, os humanos parecem presas fáceis frente o poderio dos invasores (note, por exemplo, a imponente nave estacionada sobre o centro de Boston que lembra aquela do bom filme Distrito 9), mas não demora muito para percebermos que eles parecem não querer usar toda tecnologia que detém, visto que mesmo dotados de sensores de calor em suas muitas naves patrulha, eles tem dificuldade para encontrar os grupos de humanos concentrados a poucos quilometros de distância.

    Mesmo com problemas (o ritmo fica lento demais em dado momento e os conflitos que surgem são pouco interessantes), a estreia de Falling Skies não chega a ser um desatre, total, mas considerando toda a expectativa gerada por ser a nova investida de Spielberg na tv com esse gênero depois da ótima Taken de 2002, não dá para negar que a série vai precisar melhorar muito nos próximos episódios se quiser ganhar qualquer relevância. Caso não consiga, não será só o céu que cairá, mas a audiência e a paciência de quem não quer ver mais do mesmo...

    Falling Skies é exibida aos domingos nos EUA e às sexta-feiras na TNT e no Space a partir das 22h.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Game of Thrones - Ep 1x10 "Fire and Blood" (Season Finale)



Acabou. A 1ª temporada de Game of Thrones, também conhecida como a melhor série nova da temporada (The Killing tá logo atrás), chegou ao fim no último domingo lá fora. Comentando a série e principalmente o último episódio, "Fire and Blood", já está no ar, lá no Seriaudio, um mini podcast gravado por este que vos escreve. Se você virou fã da série, não deixe de ouvir, comentar e discutir. Em tempo, como já falei, você encontra meus comentários de cada um dos 10 episódios de GoT aqui.

terça-feira, 21 de junho de 2011

The Killing – Final da 1ª temporada

Com spoiler para quem ainda não assistiu!



É alto o preço que se paga pela coragem de fugir da fórmula e das respostas prontas. Que o digam os responsáveis por The Killing, cujo season finale exibido no último domingo nos EUA foi massacrado pela crítica que, salvo raras exceções, limitou-se a repetir argumentos pueris do tipo, ‘não contaram o que eu queria saber, não assisto mais’.

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    Sério. Era tão difícil assim entender que a proposta de The Killing, muito mais que o esclarecimento de um crime bárbaro, era explorar as ações e reações de todos que estivessem ligados ao fato? E daí que o esclarecimento do crime ainda não veio se desde o início essa foi uma série que indicava, episódio após episódio, que nada é o que parece e que o buraco é sempre bem mais embaixo?

    Emulando o que seriam os desdobramentos de uma investigação real (cheia de idas e vindas), daria até para dizer que nenhum crime dessa magnitude e que envolve tantos suspeitos e interesses poderia se resolver tão rápido (lembre que a temporada cobre um período de 13 dias). E é por isso que defendo "Orpheus Descending" como um belo desfecho de temporada, porque ao passo em que mantém a grande questão da trama em aberto, ainda que apresente fatos mais contundentes, reverencia o elemento mais importante de sua narrativa (seus personagens) sem trair o que conhecemos deles até aqui.

    Nisso, temos a angustiante dor da família Larsen que desmorona por conta de esqueletos então esquecidos no armário, mas que se revelam com a perda de uma filha; a detetive Sarah Linden que, ao viver para um trabalho que a consome, negligencia a vida pessoal e com isso parece carregar o mundo nas costas; o político Richmond que tem discurso de bom moço, mas que esconde segredos sombrios e, por trás de tudo, a revelação de uma conspiração que põe todas as certezas em cheque.

    Foi um season finale perfeito? Não, mas foi muito bom no que a trama propõe ainda que peque com pequenas incongruências. Não tenho qualquer objeção, por exemplo, à revelação/surpresa de que Holden é um traíra, mas se ele já tinha uma agenda obscura, por que o penúltimo episódio mostrou-o tendo uma reação tão autêntica quanto àquela que teve ao descobrir quem era Orpheus?

    Escorregadas à parte, com um gancho de enlouquecer os mais curiosos (Belko atirou ou não em Richmond?) The Killing se despede deixando, além da boa impressão, o gostinho de quero mais que virá com a 2ª temporada e a promessa de não só encerrar essa história, mas também a de introduzir outra investigação que pode ou não estar relacionada a dessa temporada, como indicou a produtora Veena Sud em entrevista.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Personagens de séries em 16 bits


A febre do Tumblr ainda não me pegou, mas depois de conhecer o SixteenBits, seguindo dica do Fábio Marins, confesso que vou prestar mais atenção naquele espaço. O tumblr em questão reproduz personagens de séries (e de filmes também) em desenhos feitos como esse que você vê aqui em cima. Aliás, tá fácil identificar a galera que ilustra a imagem desse post, não?

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    (Clique para ampliar)

    A imagem que me levou ao Sixteen Bits foi justamente essa com 108 personagens de Lost. Consegue identificar cada um deles sem colar?

    Em tempo, o autor desse tumblr bacaninha também fez homenagens a quatro de minhas comédias favoritas: Modern, Family, The Office, Parks and Recreation e Community! Tem muito mais por lá, portanto não deixe de vistar.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Game of Thrones – 1x09 “Baelor”


Como você deve saber, tenho feito comentários am áudio para cada um dos episódios de Game of Thrones. A ideia, até para evitar repetição, era voltar a escrever alguma coisa sobre a série por aqui apenas depois do season finale, mas com o movimentado penúltimo episódio, Baelor, não resisti à tentação, portanto...

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    Com spoilers para quem ainda não assistiu o episódio!

    Por conhecer o primeiro livro que inspirou a série e principalmente essa 1ª temporada, eu já sabia que o destino de Ned Stark seria aquele. Ainda assim, dada a construção da cena que encerra o episódio, o choque de ver os olhares apavorados de Sansa e Arya e ouvir o aço daquela espada cortando o ar na direção da cabeça de Ned não foi menos impactante.

    De tudo o que esse ótimo episódio trouxe, como todas as cenas envolvendo Tyrion; a jogada de Robb Stark para obter uma grande vantagem contra os Lannisters; Daenerys mantendo pulso firme frente à ameaça que se agigantava sobre o moribundo Khal Drogo e, por fim, a mudança de perspectiva que Jon Snow passa a ter na Muralha, o ponto mais importante a meu ver gira em torno da clara mensagem de que ninguém está a salvo nessa história.

    É nisso que reside uma das grandes qualidades do universo criado por George R.R. Martin, autor dos livros. Independente da proeminência e importância desse ou daquele personagem, se em dado momento a história atinje um ponto de conflito extremado como o que vimos, matar o ‘mocinho’ (ou um deles) pode sim ser uma alternativa possível dentro da narrativa.

    Ao fugir do óbvio (o mocinho sempre se salva) e ser ousada, GoT ganha elementos dramáticos que não só a diferenciam de 99% das produções, como faz da frase “No jogo dos tronos, você vence ou você morre” não uma simples sentença de impacto dita por Cersei, mas sim uma certeza inescapável que garante surpresas incontáveis. Essa é ou não é uma fórmula deliciosa para qualquer história?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

[TV] As decepções, surpresas e injustiças da temporada.

A temporada regular do mundo das séries chegou ao fim para 99% das produções, mas num ciclo que foi bem irregular para a grande maioria dos dramas (da tv aberta, pelo menos), as lembranças mais marcantes acabam girando em torno de algumas comédias e numa breve reflexão sobre duas boas novidades que, injustiçadas, infelizmente não terão continuidade.

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    Considerando o pouco tempo livre que tenho, vejo muito mais séries do que deveria. E se por um lado a quantidade fica longe de representar qualidade, o volume acaba dando uma base de comparação melhor na hora de formar uma opinião minimamente equilibrada sobre o que foi realmente bom e o que foi ruim. Nesse contexto, dentre séries veteranas e novatas, a verdade é que dos dramas, poucos (como Breaking Bad, Mad Men, Sons of Anarchy e The Walking Dead, por exemplo) se salvaram nessa temporada 2010/2011.

    Não falarei de todas que me decepcionaram, mas dá para destacar algumas. O 5º ano de Dexter, por exemplo, que ainda é uma das minhas séries favoritas, é praticamente de se jogar fora. Ainda que tenha começado com um belíssimo pano de fundo, se afundou num arco que empolgava pouco e que acabou de forma covarde sem trazer nada novo para seu singular protagonista. E o que dizer de House então, que mesmo tendo alguns bons episódios em seu 7º ano, resolveu jogar todo o lento e progressivo processo de mudança do médico genial e genioso no lixo? Sim, porque foi isso que David Shore e cia fizeram ao descontruir a imagem de misantropo que gerava alguma simpatia para criar, com o fim da temporada, o esboço de um cara que mais parece um maníaco depressivo irrecuperável e odiável.

    E como falei de série médica, impossível não citar Grey’s Anatomy. Ao que parece, os elogios ao sexto ano da série e a audiência ainda sólida ao longo da 7ª temporada fez com que a tia Shonda Rhimes se acomodasse para cuidar de seus novos projetos. Assim, salvo raros episódios dignos de lembrança (entre eles o 15º, Golden Hour e o 18º, Song Beneath the Song), a temporada foi arrastada e com muitas histórias chatas (o arco do trauma da Cristina Yang, por exemplo, foi longo demais) que não emocionavam como outrora. Fora isso, o desfecho da temporada que colocou quase todos os personagens em encruzilhadas profissionais e morais empolgou bem muito menos do que poderia ou deveria.

    Já no campo da dramédia, o novelão guilty pleasure Desperate Housewives até que mostrou certo gás ao longo de seu 7º ano com histórias movimentadas e cheias de pequenas reviravoltas. Pena que o principal gancho do encerramento tenha seguido uma linha tão preguiçosa do estilo, ‘Oh, esqueçamos nossas diferenças, temos um segredo em comum e precisamos ficar unidos como vizinhos’. Já Chuck, que milagrosamente acabou renovada para uma 5ª e provavelmente última temporada, teve até um início promissor com a trama envolvendo Mary Bartowski, a mãe do espião nerd, e as ações envolvendo a organização criminosa Volkoff (liderada pelo ex- 007 Timothy Dalton em participação especial na temporada). A lamentar aqui, o fato dos roteiristas terem ficado claramente perdidos depois da metade inicial da temporada sem saber o que fazer com uma história que parecia ter entrado num beco sem saída, mas que aos 44 do 2º tempo encontrou uma saída forçada, mas não menos curiosa e divertida para justificar a continuidade da série.

    Do lado das comédias, se por um lado a piada de The Big Bang Theory tem gosto de repetição e previsibilidade (algo que, em menor escala, também já ocorre na ainda divertidíssima Modern Family), por outro a série ainda encontra espaço para, no fim da temporada, criar dinâmicas novas (Raj e Penny, por exemplo) que podem render situações novas e engraçadas na próxima. Agora, coisa fina, mas fina mesmo foram as temporadas de Community, The Office e Parks and Recreation. A primeira, que considero a melhor da atualidade, teve um 2º ano tão ou mais sólido, inteligente e divertido quanto o de estreia. Já The Office, que passou todo 7º ano vivendo sob a sombra da anunciada saída de Steve Carell, conseguiu sair do marasmo criativo que vinha dominando temporadas anteriores e, presenteando-nos com vários episódios memoráveis (como não lembrar do 16º, Threat Level Midnight, por exemplo?), ainda trouxe e um final cheio de participações especiais com ganchos promissores. Parks and Recreation por sua vez, já havia encontrado seu tom no segundo ano, mas foi mesmo nesse 3º que a série protagonizada por Amy Poehler realmente se estabeleceu como uma das melhores da com tramas bem mais divertidas e personagens que revelaram-se irrestivelmente mais carismáticos.

    No terreno das injustiças (leia-se boas séries novas que não foram renovadas), destaques para duas que encerraram suas jornadas após 13 episódios. Uma delas, Lights Out, trouxe um drama absolutamente envolvente sobre os conflitos e bastidores do mundo do boxe através da saga de um ex-campeão dos pesos pesados que decide voltar aos ringues após 5 anos de aposentadoria. A outra, The Chicago Code, foi simplesmente a melhor surpresa no mundo das séries policiais. Ágil e com roteiros instigantes, a série de Shawn Ryan (The Shield) fez um mix imperdível sobre a política de Chicago e toda a corrupção moral e ética que envolve as estreitas relações de poder de um influente vereador ao passo em que mostra a luta de uma obstinada superintendente do departamento de polícia e seu homem de confiança para tentar livrar a cidade de mafiosos e afins.

    *****

    E vocês, como avaliam a temporada 2010/2011 de um modo geral?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alcatraz: Boa novidade ou prato requentado?



Já badalada por parte da imprensa americana que cobre tv como uma das novas séries mais promissoras da próxima temporada, Alcatraz vem alimentando um gradual interesse de quem fica sempre sedento por novidades na telinha. Assim como aconteceu com Terra Nova (outra produção nova da Fox), Alcatraz, que chega à tv em 2012 e leva a assinatura de J.J. Abrams, também já teve um trailer divulgado que realmente aguça a curiosidade, mas que ao mesmo tempo deixa uma inevitável questão no ar: estamos frente uma produção de fato envolvente pelo ineditismo de sua ideia ou veremos apenas um conjunto de conceitos requentados com outra roupagem? É claro que a resposta só virá quando assistirmos, mas enquanto a série não começa, vale à pena conferir uma matéria recente feita pelo Inside TV da EW repercutindo o que, nas palavras de J.J. Abrams, podemos esperar de Alcatraz.

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    O texto abaixo foi escrito por James Hibberd para a EW

    Como uma espécie de poderoso chefão de Pilotos que faz séries que as redes não podem recusar, o prolífico produtor-diretor J.J. Abrams tem duas novas séries chegando ao horário nobre na próxima temporada.Uma delas, Alcatraz, que será exibida pela Fox, já está levantando inevitáveis comparações com Lost. No enredo central há uma ilha, outro mistério, a série tem uma ex-roteirista de Lost, Elizabeth Sarnoff, como principal produtora executiva e Jorge Garcia (o Hurley) a bordo num papel de destaque. Mas basta ver o trailer da série para notar que Alcatraz tem alma própria. “A premissa desde o início era ter algo que eu certamente assistiria”, disse Abrams a EW. “E isso não significa dizer o que todos deveriam ver, mas eu sabia que ter algo assim em mente seria um bom começo.”

    Os detalhes da série foram mantidos sob sigilo até bem recentemente: Alcatraz mostra uma detetive (Sarah Jones) da polícia de São Francisco que se junta a um expert (Jorge Garcia) na famosa prisão depois que descobre-se que o suspeito de um assassinato é um prisioneiro de Alcatraz que desapareceu da ilha a cerca de 50 anos. Ao que tudo indica, o assassino não foi o único prisioneiro que escapou – ou o único que reaparece. Agora eles tem que pegar os fugitivos que surgem no tempo atual sem terem envelhecido – e tentar solucionar o mistério de como isso está acontecendo e porquê.

    “Há um tom de intriga em torno de Alcatraz”, disse Abrams. “Ouvi o nome e pensei, ‘Por que nunca existiu uma série chamada Alcatraz?’ Eu gostei da ideia de uma série que olhava para trás para impedir o que aconteceria lá na frente. A ideia de ter o pior do pior sendo mandado para aquele lugar. O que acontece se todos eles desaparecem um dia, e subitamente reaparecem sem envelhecer um dia sequer? Esse conceito era bom demais.”

    O Piloto da série, escrito por Sarnoff e dirigido por Danny Cannon (que também comandou os Pilotos de CSI e Nikita) impressionou a Fox, mas por um tempo parecia improvável que ganhasse uma chance no canal que já tinha outras séries do gênero programadas – tais como Terra Nova e Fringe que acabara de ser renovada e que também leva o nome de J.J. Abrams. Havia outra preocupação também: do que a série se tratava no fim das contas? Lost começou sem que seus produtores soubessem as respostas para alguns dos mistérios centrais do Piloto (como o que era o monstro de fumaça na floresta). E se por um lado fazer esse vôo cego dá aos roteiristas liberdade para serem inventivos ao longo do caminho, por outro envolve muito risco para uma rede de tv que analisa se deve ou não investir numa produção.

    “A Fox queria saber no que estava se metendo, eles não queriam entrar numa situação em que tudo podia ser inventado ao longo do caminho”, contou Abrams. “Eles pediram uma explicação sobre o que aconteceria numa larga escala. Obviamente não queriam que entregassemos a sinopse de cada roteiro e contassemos o que aconteceria no final da série, mas queriam saber qual era o plano geral do que seria a série e qual seria a história por trás de tudo.”

    Sarnoff redigiu um documento, que por razões óbvias está sendo mantido sob sigilo, que explica tudo. Abrams diz que essas revelações foram no fim, a chave para que a série ganhasse sinal verde e a consequente chance de ir ao ar. Os produtores ainda terão liberdade para pegar certos desvios e algumas coisas podem sempre mudar, mas o fato de que Alcatraz tem uma história de fundo – e uma que é poderosa e sensível o bastante para convencer a Fox a acreditar na série – também deve dar uma certa segurança aos fãs que se frustram quando sentem que os roteiristas estão soltos demais em séries desse tipo.

    “O fato da Fox ter pedido isso acabou sendo algo de extrema ajuda para todos nós”, Abrams disse. “Essa será uma série bem específica com casos isolados cobrindo o reaparição desses prisioneiros toda semana, mas ela também tem uma história central que sustentará todos os episódios.”

    ******

    E aí, será que dá para ter boas expectativas com relação a Alcatraz ou a série já nasce com uma evidente pinta de The 4400 reloaded?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Game of Thrones Ep. 1x05 – ‘The Wolf and the Lion’

Episódio exibido no dia 15/5/11 nos EUA

Não é à toa que o ditado diz que o apressado come cru. Se dependesse da crítica de muitos em torno do ritmo inicial de Game of Thrones, a série tinha que ter começado a 80 por hora sem se importar com uma introdução e um desenvolvimento equilibrado da trama e de seus personagens. E se assim fosse, agora que chegamos ao quinto episódio, ninguém ia realmente se envolver ou se importar com os confrontos que a narrativa trouxe à tona em várias frentes e que pavimentam o caminho para a grande disputa que tomará forma na capital dos Sete Reinos de Westeros.

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    Nesse ótimo ‘The Wolf and the Lion’ a ação toma forma em várias frentes como, por exemplo, a que coloca Catelyn sendo salva por Tyrion, personagem cada vez mais interessante, diga-se, e a maquinação aliada às conversas de canto especulando sobre assassinatos e mudança no poder ganhando força. Resumidamente, muitas cartas importantes são reveladas. A se destacar: o rei Robert admitindo a perda do sentido de seu reinado num papo franco com a fria Cersei; Ned abdicando do posto de braço direito do rei por não concordar com sua postura beligerante e, pra ele, irracional, e Jaime Lannister confrontando o agora ex-Mão do rei por conta da captura de Tyrion numa breve, porém empolgante briga envolvendo os dois no final do episódio.

    Ação e conspiração à parte, um aspecto fundamental que esse quinto episódio privilegia é o da tensão constante presente em cada uma das subtramas, o que faz com que os destinos e revelações envolvendo cada um daqueles personagens ganhe uma percepção diferente. Sendo assim, mesmo que ainda guardemos dúvidas sobre as reais intenções do inteligente Tyrion (o ótimo Peter Dinklage), não dá para ignorar a importância que seu personagem ganhou frente o turbilhão de conspirações que envolve Lannisters e Starks no centro do poder. Ou ainda perceber que o rei Robert, mais que um fanfarrão tolo, é hoje apenas uma sombra do homem que 17 anos antes lutara por mudança e que cegado pelo poder, acabou consumido por tudo de ruim que tentara expurgar do antecessor que ajudou a derrubar ao lado de Ned, a quem agora chama de traidor.

    Por já conhecer o livro, já imagino que tipos de surpresas ainda estão resevadas para a 2ª metade dessa temporada de estreia, o que não me deixa menos empolgado e ansioso pelo próximo episódio. Não sei se você tá na mesma ou se andava achando a série paradona demais, mas seja lá como for, depois desse quinto episódio deve concordar quando ouvir alguém dizendo que Game of Thrones é A série do momento, certo?

    Em tempo, reforço o convite para que visitem o Seriaudio onde tenho comentado em podcasts rápidos de cerca de 10 minutos, cada um dos episódios da série.