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terça-feira, 21 de junho de 2011

The Killing – Final da 1ª temporada

Com spoiler para quem ainda não assistiu!



É alto o preço que se paga pela coragem de fugir da fórmula e das respostas prontas. Que o digam os responsáveis por The Killing, cujo season finale exibido no último domingo nos EUA foi massacrado pela crítica que, salvo raras exceções, limitou-se a repetir argumentos pueris do tipo, ‘não contaram o que eu queria saber, não assisto mais’.

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    Sério. Era tão difícil assim entender que a proposta de The Killing, muito mais que o esclarecimento de um crime bárbaro, era explorar as ações e reações de todos que estivessem ligados ao fato? E daí que o esclarecimento do crime ainda não veio se desde o início essa foi uma série que indicava, episódio após episódio, que nada é o que parece e que o buraco é sempre bem mais embaixo?

    Emulando o que seriam os desdobramentos de uma investigação real (cheia de idas e vindas), daria até para dizer que nenhum crime dessa magnitude e que envolve tantos suspeitos e interesses poderia se resolver tão rápido (lembre que a temporada cobre um período de 13 dias). E é por isso que defendo "Orpheus Descending" como um belo desfecho de temporada, porque ao passo em que mantém a grande questão da trama em aberto, ainda que apresente fatos mais contundentes, reverencia o elemento mais importante de sua narrativa (seus personagens) sem trair o que conhecemos deles até aqui.

    Nisso, temos a angustiante dor da família Larsen que desmorona por conta de esqueletos então esquecidos no armário, mas que se revelam com a perda de uma filha; a detetive Sarah Linden que, ao viver para um trabalho que a consome, negligencia a vida pessoal e com isso parece carregar o mundo nas costas; o político Richmond que tem discurso de bom moço, mas que esconde segredos sombrios e, por trás de tudo, a revelação de uma conspiração que põe todas as certezas em cheque.

    Foi um season finale perfeito? Não, mas foi muito bom no que a trama propõe ainda que peque com pequenas incongruências. Não tenho qualquer objeção, por exemplo, à revelação/surpresa de que Holden é um traíra, mas se ele já tinha uma agenda obscura, por que o penúltimo episódio mostrou-o tendo uma reação tão autêntica quanto àquela que teve ao descobrir quem era Orpheus?

    Escorregadas à parte, com um gancho de enlouquecer os mais curiosos (Belko atirou ou não em Richmond?) The Killing se despede deixando, além da boa impressão, o gostinho de quero mais que virá com a 2ª temporada e a promessa de não só encerrar essa história, mas também a de introduzir outra investigação que pode ou não estar relacionada a dessa temporada, como indicou a produtora Veena Sud em entrevista.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

The Killing – Nova série do AMC é promessa de bom thriller

Série NOVA – Episódio duplo exibido no dia 3/4/11 nos EUA


É cedo para dizer se o mistério do ‘Quem matou Rosie Larsen?’ terá desdobramentos tão marcantes e surpreendentes quanto os da clássica, e sempre lembrada, Twin Peaks, mas considerando o que o movimentado episódio duplo de estreia de The Killing faz, a possibilidade existe e não deve ser ignorada.

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    Com trama ambientada na soturna Seattle (que com sua chuva aparentemente incessante e tempo fechado funciona como um elemento naturalmente sombrio para a história), The Killing gira em torno do misterioso assassinato de uma garota chamada Rosie Larsen e do impacto que sua morte lança sobre todos que se veem envolvidos nos mais diversos níveis.

    Da detetive que vê seus planos de mudança serem postergados, passando pelos pais da moça que precisam lidar com uma perda brutal e inesperada, ao político que revisita uma experiência parecida (e indiretamente vira alvo da investigação), o roteiro privilegia a perspectiva de cada um frente o ocorrido, apresentando-os com todas as suas dúvidas, dores e até mesmo eventuais dissimulações, sem que nada pareça fora do lugar ou exagerado, como evidencia, por exemplo, a cena (dos pais descobrindo o destino da filha) que encerra a primeira parte do episódio.

    Além disso, é curioso notar que a Rosie que conhecemos através da investigação inicial, surge tanto como uma filha amorosa e apegada à família (notem os detalhes no mural de seu quarto), quanto uma jovem aparentemente ligada a pessoas e situações perigosas que poderiam ou não estar diretamente ligadas à sua morte. Considerando isso, há portanto uma clara contradição entre a garota que seus pais julgavam conhecer e aquela que sua melhor amiga tenta em vão encobrir. Uma curiosidade que, a meu ver, não deve ser vista como irrelevante.

    Como thriller que antes mesmo da estreia já prometia mostrar pessoas sendo obrigadas a encarar fantasmas e segredos, não é exagero considerar quase todos os personagens como suspeitos com uma miríade de motivações. Sendo assim, a chave para que a série se confirme como uma novidade relevante, passa necessariamente pela forma como as hitórias das três frentes envolvidas (investigadores, família e suspeitos) se desenvolverão e se chocarão.

    Apresentando um quebra-cabeças que à princípio instiga pelas perguntas que produz, The Killing inegavelmente surge com a ideia de um thriller envolvente e inteligente. Resta saber se a história da série se sustentará mais pela surpresa de revelações plausíveis ou por reviravoltas exageradas que surpreendem, mas que posteriormente se desmontam pela falta de lógica.

    Por enquanto, The Killing é só mesmo o que o título desse post resume: promessa de um bom thriller. E que pode se tornar ótimo.

    Outras observações:

    - Como apontei, à essa altura quase tudo e todos podem ser suspeitos, mas uma coisa em particular chamou minha atenção: por que o gerente da campanha de Darren se antecipou sugerindo um posicionamento deste frente o ocorrido antes mesmo da revelação da polícia de que Rosie fora encontrada dentro de um carro de seu comitê?
    - Se a detetive Sarah Linden (Mireille Enos) ainda não chama muito atenção, o mesmo não se pode dizer dos pais de Rosie (destaque para Michelle Forbes como a mãe transtornada) e do político Darren que, em escalas distintas, parecem carregar sentimentos de culpa que se catalisam a partir do caso.
    - A pergunta: a morte de Rosie estaria relacionada a crime passional ou teria mais a ver com queima de arquivo encoberta pela tentativa de incriminar alguém? Palpites?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

The Killing: Quem matou Rosie Larsen?


Com um inevitável tom de déjà vu - afinal, quem não pensa em Twin Peaks quando lê a frase do pôster promocional ao lado -, estreia no próximo domingo nos EUA, a mais nova série do AMC (Breaking Bad, Mad Men, The Walking Dead), The Killing. Baseada em uma série dinamarquesa chamada Forbrydelsen, a produção que terá 13 episódios em sua temporada inicial, narra a história do assassinato de uma garota na cidade de Seattle e os desdobramentos da investigação policial.

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    Pela descrição do canal, The Killing amarra três histórias distintas em torno do assassinato. Uma envolve os detetives designados para o caso, outra a família da vítima e, por fim, a dos suspeitos. A trama também vai explorar os bastidores da política de Seattle e dos políticos ligados ao caso. Ainda segundo release do AMC, à medida em que a série se desenvolver ficará cada vez mais claro que não há coincidências ou acidentes e que todo mundo tem um segredo a esconder.

    E aí, parece interessante para você?

    The Killing estreia com episódio duplo no próximo domingo, 3 de abril, nos EUA via AMC.