Entender porque “Unearthed” não foi incorporado à 1ª temporada de Fringe vai continuar sendo um mistério. Exibido na noite do dia 11 de janeiro nos EUA, esse episódio ‘perdido’ do 1º ano da série tem todos os bons elementos que hoje dão à ela o status de um dos dramas sci fi imperdíveis da tv. A cena de abertura é impactante, o caso da vez mescla o sobrenatural à ciência de fronteira de forma envolvente e Walter Bishop (o melhor personagem da série) tem ótimas cenas confrontando o ceticismo de uma mãe incrédula e cegada pela religião. A Fox vendeu o episódio plantando a dúvida de que ele poderia ser uma história do universo paralelo, mas tirando a presença de Charlie Francis (o que fez alguns fãs desavisados acharem que há um erro grosseiro de continuidade na trama), à princípio não há indícios muito fortes que corroborem essa posição. Na trama do episódio, uma garota é dada como morta, e quando está prestes a ter seus órgão retirados para doação, acorda na sala de cirurgia falando códigos militares em russo. A partir daí, Olivia, Peter mergulham na busca para a explicação do fenômeno enquanto Walter expõe mais um de seus experimentos do passado que poderiam ter relação com o caso.
JJ Abrams fala sobre Fringe
JJ Abrams bateu um papo com o Collider e revelou que embora Star Trek 2 já tenha data de lançamento confirmada (29/06/2012), o roteiro ainda não existe. Fora isso, ele reiterou que vai dirigir o Piloto de Undercovers, sua nova série cujas gravações começam na próxima semana e que será focada na vida de um casal de espiões, comentou sobre as expectativas para a última temporada de Lost, e falou sobre os planos de Fringe que você confere logo abaixo.
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Os dois universos de Fringe vão finalmente começar a colidir?
JJ: Há algumas coisas muito boas que irão acontecer na reta final da 2ª temporada. Jeff Pinkner e Joel Wyman que são os responsáveis pela série ameaçaram me matar se eu revelar alguma coisa. A trama que veio à tona no início da temporada terá uma conclusão muito boa. Estou muito empolgado com isso.
Voltaremos a ver mais do William Bell (feito pelo ator Leonard Nimoy)?
JJ: Há uma boa chance que isso aconteça. Não quero dar certeza, mas é uma boa possibilidade.
Você gostaria de dirigir um episódio de Fringe?
JJ: Adoraria. Nunca tive a chance de trabalhar com Joshua Jackson, Anna Torv e John Noble, portanto não descarto a ideia.
Você sente que a Fox esteja comprometida em fazer uma 3ª temporada de Fringe, apesar de tê-la colocado nas quintas?
JJ: Apesar do horário em que estamos, que é sempre frustrante, eles tem nos apoiado bastante. Não tenho reclamações a fazer sobre a forma como a Fox tem nos tratado. Embora não exista nenhuma novidade sobre o assunto, tenho esperança de que apesar de tudo, consigamos continuar com eles.
Essa 2ª temporada terminará com um gancho?
JJ: O que sei é que ela não concluirá a série.
Você gostaria que Fringe já tivesse uma data específica para terminar como aconteceu com Lost?
JJ: Seria ótimo. Não daria para errar sabendo exatamente para onde a história caminha. Algumas séries não exigem isso porque são simplesmente engraçadas demais para que queiramos que terminem. Mas, com séries como Fringe, num determinado momento é bom poder saber por quanto tempo ela ainda será produzida.
Você tem uma ideia do ponto para onde quer lever a série?
JJ: Ah sim. Tivemos algumas boas sessões de discussão no início sobre isso, mas não importa o quanto se fale sobre isso, os episódios acabam falando por si só. A série evoluiu muito, mas isso acontece com qualquer uma.
O que aconteceu nessa temporada que você não esperava?
JJ: Há algumas histórias, especialmente a do Walter e do Peter, e coisas com Olivia, que só ocorreriam mais tarde, mas que resolvemos antecipar. E há outras coisas que discutimos, como o padrasto dela, que deixamos de lado. Há muitos caminhos para onde podemos ir além dessa temporada, e quero ser otimista com relação a isso. Penso que ainda temos um longo caminho a percorrer, mas a evolução foi chave nesse processo. A série encontrou um ritmo que é bom de se ver e estou realmente orgulhoso de todos.
Você tem noção de que as pessoas tiveram dificuldade de ‘comprar’ a personagem Olivia?
JJ: Sim. Isso sempre foi considerado. A personagem é naturalmente alguem que está nesse mundo estranho com aqueles personagens e situações, e é um pouco difícil para ela ser carismática nesse papel. Portanto, era questão de conferir certa vulnerabilidade a ela e trazer incertezas para sua vida além de dizer de onde ela veio e para onde ela vai.
Você imagina um arco de seis anos para Fringe como aconteceu com Lost?
JJ: Com Lost nós não tinhamos o ponto final estabelecido até chegarmos à 3ª temporada quando dissemos que precisávamos saber onde o meio do caminho era, e penso que se tivermos sorte de continuar no ar, seria inteligente dizer, “ok, vamos descobrir até onde vamos para definir até onde devemos desenvolver as coisas.”
Mas vocês ainda não chegaram nesse ponto?
JJ: Ainda não.