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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O episódio ‘especial’ de Fringe + entrevista de JJ Abrams sobre a série


Cena de Unearthed, episódio até então inédito da 1ª temporada

Entender porque “Unearthed” não foi incorporado à 1ª temporada de Fringe vai continuar sendo um mistério. Exibido na noite do dia 11 de janeiro nos EUA, esse episódio ‘perdido’ do 1º ano da série tem todos os bons elementos que hoje dão à ela o status de um dos dramas sci fi imperdíveis da tv. A cena de abertura é impactante, o caso da vez mescla o sobrenatural à ciência de fronteira de forma envolvente e Walter Bishop (o melhor personagem da série) tem ótimas cenas confrontando o ceticismo de uma mãe incrédula e cegada pela religião. A Fox vendeu o episódio plantando a dúvida de que ele poderia ser uma história do universo paralelo, mas tirando a presença de Charlie Francis (o que fez alguns fãs desavisados acharem que há um erro grosseiro de continuidade na trama), à princípio não há indícios muito fortes que corroborem essa posição. Na trama do episódio, uma garota é dada como morta, e quando está prestes a ter seus órgão retirados para doação, acorda na sala de cirurgia falando códigos militares em russo. A partir daí, Olivia, Peter mergulham na busca para a explicação do fenômeno enquanto Walter expõe mais um de seus experimentos do passado que poderiam ter relação com o caso.

JJ Abrams fala sobre Fringe

JJ Abrams bateu um papo com o Collider e revelou que embora Star Trek 2 já tenha data de lançamento confirmada (29/06/2012), o roteiro ainda não existe. Fora isso, ele reiterou que vai dirigir o Piloto de Undercovers, sua nova série cujas gravações começam na próxima semana e que será focada na vida de um casal de espiões, comentou sobre as expectativas para a última temporada de Lost, e falou sobre os planos de Fringe que você confere logo abaixo.

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    Os dois universos de Fringe vão finalmente começar a colidir?

    JJ: Há algumas coisas muito boas que irão acontecer na reta final da 2ª temporada. Jeff Pinkner e Joel Wyman que são os responsáveis pela série ameaçaram me matar se eu revelar alguma coisa. A trama que veio à tona no início da temporada terá uma conclusão muito boa. Estou muito empolgado com isso.

    Voltaremos a ver mais do William Bell (feito pelo ator Leonard Nimoy)?

    JJ: Há uma boa chance que isso aconteça. Não quero dar certeza, mas é uma boa possibilidade.

    Você gostaria de dirigir um episódio de Fringe?

    JJ: Adoraria. Nunca tive a chance de trabalhar com Joshua Jackson, Anna Torv e John Noble, portanto não descarto a ideia.

    Você sente que a Fox esteja comprometida em fazer uma 3ª temporada de Fringe, apesar de tê-la colocado nas quintas?
    JJ: Apesar do horário em que estamos, que é sempre frustrante, eles tem nos apoiado bastante. Não tenho reclamações a fazer sobre a forma como a Fox tem nos tratado. Embora não exista nenhuma novidade sobre o assunto, tenho esperança de que apesar de tudo, consigamos continuar com eles.

    Essa 2ª temporada terminará com um gancho?
    JJ: O que sei é que ela não concluirá a série.

    Você gostaria que Fringe já tivesse uma data específica para terminar como aconteceu com Lost?
    JJ: Seria ótimo. Não daria para errar sabendo exatamente para onde a história caminha. Algumas séries não exigem isso porque são simplesmente engraçadas demais para que queiramos que terminem. Mas, com séries como Fringe, num determinado momento é bom poder saber por quanto tempo ela ainda será produzida.

    Você tem uma ideia do ponto para onde quer lever a série?

    JJ: Ah sim. Tivemos algumas boas sessões de discussão no início sobre isso, mas não importa o quanto se fale sobre isso, os episódios acabam falando por si só. A série evoluiu muito, mas isso acontece com qualquer uma.

    O que aconteceu nessa temporada que você não esperava?
    JJ: Há algumas histórias, especialmente a do Walter e do Peter, e coisas com Olivia, que só ocorreriam mais tarde, mas que resolvemos antecipar. E há outras coisas que discutimos, como o padrasto dela, que deixamos de lado. Há muitos caminhos para onde podemos ir além dessa temporada, e quero ser otimista com relação a isso. Penso que ainda temos um longo caminho a percorrer, mas a evolução foi chave nesse processo. A série encontrou um ritmo que é bom de se ver e estou realmente orgulhoso de todos.

    Você tem noção de que as pessoas tiveram dificuldade de ‘comprar’ a personagem Olivia?

    JJ: Sim. Isso sempre foi considerado. A personagem é naturalmente alguem que está nesse mundo estranho com aqueles personagens e situações, e é um pouco difícil para ela ser carismática nesse papel. Portanto, era questão de conferir certa vulnerabilidade a ela e trazer incertezas para sua vida além de dizer de onde ela veio e para onde ela vai.

    Você imagina um arco de seis anos para Fringe como aconteceu com Lost?

    JJ: Com Lost nós não tinhamos o ponto final estabelecido até chegarmos à 3ª temporada quando dissemos que precisávamos saber onde o meio do caminho era, e penso que se tivermos sorte de continuar no ar, seria inteligente dizer, “ok, vamos descobrir até onde vamos para definir até onde devemos desenvolver as coisas.”

    Mas vocês ainda não chegaram nesse ponto?
    JJ: Ainda não.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

DEXTER: Comentários do ep. 3x12 "Do You Take Dexter Morgan?" (final de temporada)

Episódio exibido no dia 14 de dezembro nos EUA

"Isso não acaba aqui". A forte promessa feita por Miguel Prado no penúltimo episódio da temporada, foi a senha para que eu criasse uma grande expectativa para o final desse ótimo 3º ano de Dexter, mas talvez ela tenha sido também uma das razões para o meu (levíssimo) desapontamento com o desfecho da temporada. E não me entenda mal. Gostei muito de ver praticamente todas as pontas soltas da trama se fechando, bem como aquelas que já armam parte do cenário que deveremos ver na próxima temporada (o segredo de Rita, a possibilidade de Deb descobrir quem era a mãe de Dexter, ou pior ainda quem era o irmão dele), mas não posso negar que fiquei com a sensação de que algo estava fora do lugar, ou simplesmente não aconteceu.

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    Obviamente, em termos de desenvolvimento do personagem, esse encerramento de temporada aproximou muito mais o Dexter de um ser humano de verdade com emoções genuínas do que daquele serial killer frio que sabemos que ele também é. A cena em que ele realmente sente a necessidade de escapar do Esfolador porque queria se casar com Rita e porque seria pai, foi brilhantemente executada e o perdão de Dexter seguido pelo 'choro' de Harry funcionou como a metáfora perfeita para expôr esse lado novo do personagem. Além disso, tivemos ainda aquela cena bacana em que Dexter, então incomodado pelo fato de Rita aparentemente esconder um segredo de seu passado (um casamento anterior ao com Paul), finalmente percebe que todos tem segredos e que ele não poderia cobrar nada dela já que ele próprio guarda um. Até aqui tudo ótimo, mas aí... Bem, aí quando penso sobre os outros aspectos desse final, a coisa fica parecendo como uma jogada de efeito no futebol daquelas que vem cheia de firulas, tabelinhas, passes perfeitos, mas que não terminam em gol.

    Peguemos por exemplo a Deb arriscando a promoção para ficar com Anton. Ok, foi bacana ver a dinâmica daquela cena entra ela e La Guerta (tomara que tenhamos mais disso na 4ª temporada), mas aí quando acontece a cena dela com o Anton a coisa sai do trilho porque a química entre os dois simplesmente não me convence, o que inclusive me leva a imaginar que quando a próxima temporada começar, já deveremos ver Deb solteira novamente. Outro ponto que me incomodou nesse final: a resolução do duelo entre Dexter e o Esfolador. Pode até ser besteira minha, mas achei que a situação foi resolvida de uma maneira simplória demais. E não digo isso porque queria ver um banho de sangue, mas porque gostaria de ver mais daquele embate psicológico interessante que poderia ter surgido em uma cena mais elaborada, como por exemplo naquela em que Dexter conversa com o traumatizado Ramon Prado. Seria pedir muito?


    Albúm de família

    Minha maior restrição com relação a esse encerramento de temporada, foi seu tom novelesco. Tudo funcionou de um jeito certinho demais com as peças se encaixando direitinho, casais se consolidando, um casamento celebrado e por aí vai. Isso não soa como Dexter e de certa maneira me fez até lembrar do final da 1ª temporada de Californication que acabou de um jeito bem parecido. É óbvio que eu não quero ver o Dexter sempre fazendo as mesmas coisas até porque imagino que o maior desejo inconsciente do público seja o de vê-lo numa jornada que culmine numa redenção pessoal em que ele simplesmente pare de matar ou perca o desejo de fazê-lo. O que me intriga à essa altura, é que tendo ainda pelo menos duas novas temporadas pela frente, a forma como a nova perspectiva de Dexter foi construída nesse final, deixou no ar a dúvida de como será que os roteiristas da série equilibrarão esse jogo entre o Dexter cada vez mais humano e aquele monstro. Que ameaças ou dilemas nosso serial killer favorito enfrentará agora além do fato de ser um pai de família com um hobby pra lá de incomum?

    Bem, sejam lá quais forem as surpresas reservadas para o futuro da série, uma coisa tenho que admitir sobre esse final de temporada: os caras conseguiram me surpreender de novo. Pode não ter sido do jeito que eu esperava, mas tão pouco serei injusto a ponto de negar que o que vi na telinha foi algo totalmente inesperado, o que prova (mais uma vez) a aparente inesgotável capacidade da série de envolver o espectador de uma forma original e instigante como poucas sabem fazer. E isso, definitivamente é mais que suficiente para me manter como fã incondicional do programa. Que venha a 4ª temporada!

    Notas:

    - No fim das contas, parece que não havia mistério algum em torno do Quinn, não é? Será que ficamos imaginando perguntas onde não havia nenhuma ou isso ainda será explorado na temporada que vem?

    - A temporada veio e se foi sem que em nenhum momento La Guerta tenha demonstrado esforços para passar a limpo a história que incriminou Doakes como sendo o Bay Harbor Butcher.


Entrevista com Michael C. Hall exibida após o episódio (com legendas)


    Nossos agradecimentos à Tata da excepcional equipe Psicopatas pela dica do vídeo e pela legenda

    Nesse segmento que foi exibido pelo canal Showtime logo após o final da temporada, o ótimo Michael C. Hall fala sobre os maiores atrativos que o levaram ao personagem e comenta sobre a mudança de tom pela qual Dexter passou ao longo da temporada (assassinatos espontâneos, a necessidade de dominar o código e etc) além de falar quais serão os desafios do personagem para a sequência da história.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Produtores de 24 Horas já falam sobre a 8ª temporada

De uma maneira geral, dá para dizer que o telefilme 24: Redemption exibido no último domingo nos EUA, ajudou a aumentar ainda mais a expectativa pela estréia da aguardada 7ª temporada de 24 Horas que acontece lá fora no dia 11 de janeiro. Se a temporada será realmente boa ou não, só o tempo dirá, mas julgando que os produtores Evan Katz e Manny Coto já falam sobre as possibilidades para o 8º pior dia da vida de Jack Bauer, é de se esperar que venha muita coisa boa por aí. Abaixo você confere uma entrevista que a dupla deu ao site Tv Addict falando sobre como nasceu a idéia do Redemption e sobre a decisão de ter uma mulher como presidente dos EUA na série. Logo depois você pode ver novas fotos promocionais do episódio 7x01. Tá esperando o que? Clique e confira.

Leia a entrevista

    Como surgiu a idéia do prólogo de 24 Horas?

    Evan Katz: É uma história interessante porque o prólogo surgiu diretamente por causa da greve dos roteiristas. Originalmente iríamos começar a 7ª temporada com Jack na África por três episódios e então fazer uma coisa que a série nunca fez antes; um salto no tempo para que Jack pudesse continuar a aventura nos EUA. Nós [roteiristas] decidimos juntos que não deveríamos quebrar a marca registrada da série que era o formato de uma história que acontece em 24 horas, portanto a idéia acabou sendo descartada. Mas, aí veio a greve, o estúdio estava se interessou por um filme de duas horas que servisse de ponte entre as temporadas e nós já tinhamos esse material maravilhoso com o qual trabalhar à nossa disposição.

    Antes da próxima temporada se mudar para Washington, houve muito falatório indicando que a série iria para Nova Iorque. O que tornou Washington possível?

    Evan Katz: Também discutimos a possibilidade de fazê-la em Londres.
    Manny Coto: Realmente discutimos sobre a idéia de fazê-la em Londres.
    Evan Katz: Penso que a forma com a qual gravamos a série, com tantos roteiros sendo escritos à medida em que a história progride, as complicações de produção de se fazer a série em Nova Iorque ou Londres eram simplesmente grandes demais. E em termos de Washington, chegamos à conclusão de que havia cenários externos suficientes onde poderíamos fazer Los Angeles parecer a capital federal de uma forma que funcionasse.
    Manny Coto: No próximo ano, é possível que nos mudemos para Nova Iorque.
    Evan Katz: Ou Londres.

    Vocês estão preocupados com o longo e inesperado hiato que 24 Horas teve que encarar?

    Manny Coto: Realmente não. Vou dizer que só por termos ido à Comic Con, já deu para sentir que o hiato na verdade ajudou e foi uma coisa boa. A 6ª temporada não foi a temporada mais bem recebida e havia realmente um pouco de fator fadiga.
    Evan Katz: Minha mãe gostou.
    Manny Coto: Na verdade eu gostei e acho que ela teve coisas muito boas. Mas eu penso isso na forma com a qual a série construiu alguns momentos interessantes. Na verdade, estávamos pensando em adiar a série por mais um ano!
    Evan Katz: É! (Risos)
    Manny Coto: Se as pessoas estão empolgadas agora, imagine como estariam depois de três anos de intervalo!
    Evan Katz: Mas falando sério. Parte da razão por termos feito o prólogo er dar alguma coisa ao público, pelo menos até a série retornar em janeiro.

    O prólogo ajuda armar muito da história de fundo na nova temporada?

    Manny Coto: O prólogo na verdade se transformou numa espécie de feliz acidente porque ele realmente preparou o terreno para algumas coisas. Com 24: Redenption, fomos capazes de dramatizar a história pregressa da presidente o que com o começo da 7ª temporada é algo muito bom.

    Vocês podem falar sobre a decisão de fazer o novo presidente com uma mulher?

    Evan Katz: Da mesma forma que nunca fizemos a presidência de David Palmer sobre ele ser um afro-americano, a presidência de Allison Taylor não é sobre ser uma mulher. Ela é uma mulher porque isso foi a escolha nova mais interessante em que pensamos. Fizemos o primeiro presidente negro dos EUA e um que era vilão, portanto uma mulher simplesmente pareceu a escolha mais interessante.


Fotos promocionais do ep. 7x01 de 24 Horas

    (Clique nas imagens para aumentá-las)


    Imagens disponibilizadas pelo SpoilerTv

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Entrevista com elenco do telefilme '24 Horas: Redenção'



Faltando só 3 dias para a exibição do telefilme 24 Horas: Redenção nos EUA, o Entertaiment Tonight esteve presente numa première fechada da produção onde conversou com alguns membros do elenco, como Kiefer Sutherland (Jack Bauer), Cherry Jones (Allison Taylor, a nova presidente da série), Tony Todd (coronel Juma), Gil Bellows (o burocrata Frank Trammell) e, claro, o veterano Jon Voight, que promete ser o grande vilão da 7ª temporada que começa no dia 11 de janeiro lá fora, mas que já aparece no telefilme.

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    Sobre a experiência de ter filme o filme na África, Sutherland disse que foi fantástico. "[Como ator] afeta em vários níveis estar num ambiente real. Você pode construir um set que se pareça com a África, mas você não terá as pessoas. As crianças com as quais trabalhamos são incríveis.

    Já Jon Voight (que até falou brevemente da filha Angelina Jolie no final do vídeo), disse que estava ansioso para trabalhar com Kiefer Sutherland. "Ele disse que estava feliz por me ter no elenco e então fomos trabalhar juntos. É muito impressionante estar na primeira fila e ver como Kiefer faz Jack Bauer."

    24 Horas: Redenção será exibido no dia 23 de novembro nos EUA e ainda não tem data definida para ser exibido dublado pela Fox no Brasil.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

FRINGE: Mega post com entrevista, bastidores, vídeo e fotos


Com a estréia oficial de Fringe cada vez mais próxima, a exposição do tema da série e das idéias imaginadas por J.J. Abrams, Roberto Orci e Alex Kurtzman (trio criador da série) ganham cada vez mais evidência na mídia, e um exemplo disso é a longa entrevista feita por Patrick Lee publicada no site Sci Fi Wire que você confere clicando abaixo.

Clique para ler a entrevista


    A idéia da série é fazer um remake de Arquivo X?

    Roberto Orci: Não planejamos isso. O que queríamos fazer era juntar nossos gostos em uma série só, entende?

    Quais foram seus filmes e séries de tv favoritos que inspiraram Fringe?

    Orci: A primeira coisa que trouxe à mesa foi "Academia de Gênios". Lembra daquela antiga comédia com Val Kilmer? !!!!!!! Era sobre um grupo de gênios na universidade resolvendo problemas científicos. Então esse era um ponto que interessava... Alex Kurtzman (o outro co-criador de Fringe) era um grande fã de Twin Peaks, então ele queria trazer aquele elemento surrealista do FBI. E J.J. ama os filmes do David Cronemberg. Ele adora "A Mosca" e essas séries onde a ciência médica ou algo parecido dá errado e se torna algo aterrorizante, entende? Então pegamos esses três elementos e os juntamos.

    Você diria que a série é mais ficção científica enquanto Arquivo X era mais sobrenatural?

    Orci: Sim, o título já faz referência à ciência de fronteira (inovadora), então penso que a idéia é manter a idéia de que estamos alguns minutos no futuro, mas não semanas ou anos. Estamos tentando mostrar algo que você pode ler em artigos de tecnologia e ciência em jornais nos dias de hoje, e há alguns artigos realmente estranhos circulando por aí que há 10 anos atrás seriam considerados inacreditáveis e que agora se tornam realidade.

    Quão adiantados vocês estão em termos de roteiros?

    Orci: Já temos seis prontos [A Fox encomendou 13 até agora]

    Quanto da mitologia vocês planejaram antes da série estrear? Ou vocês vão pensando nisso à medida em que forem escrevendo os episódios?

    Alex Kurtzman: Há uma grande mitologia que planejamos quando escrevemos o piloto, e sabíamos que teríamos que ter um ponto final para a série quando ela foi confirmada. Esse ponto final é bem flexível em termos de quando chegaremos a ele. Se a Fox quiser 12 temporadas, você verá esse final na 12ª temporada. Se eles cancelarem a série no nono episódio vocês verão esse final no nono episódio. Portanto há um bom espaço para desenvolvermos as coisas.

    Orci: Pois é, tivemos sorte de definir isso cedo. Algumas vezes você não define isso cedo e só define bem depois, mas dessa vez nós tinhamos um plano. Foi uma lição que aprendemos com Alias, aliás aprendemos muito com Alias.

    Nas séries anteriores de J.J. nas quais vocês trabalharam, além de seguirem um certo gênero, havia sempre uma metáfora central. Alias era sobre uma jovem que aprendia a ser independente. Lost sobre personagens lidando com seus passados turbulentos... Fringe também tem algo do tipo?

    Orci: Para mim essa série é sobre a família que você escolhe, entende? Estamos tentando mesclar um drama de investigações com os gêneros que gostamos. Nas séries que envolvem investigações, os personagens estão juntos porque foram designados a isso. Em Fringe eles se juntam porque precisam um do outro. Um deles é pai e ela precisa dele, mas ele não pode ficar sem ter o filho por perto que por sua vez [à princípio] não quer ficar por perto. Portanto há uma situação complica que obviamente é muito empolgante dramaticamente, porque há muito que podemos explorar nisso.

    Kurtzman: E penso que literalmente, Fringe faz referência tanto à ciência de fronteira quanto àqueles personagens que estão explorando os limites de suas personalidades... Os 'demônios' que eles encaram nesses casos, os força a encarar seus próprios demônios que eles nunca quiseram necessariamente encarar em suas vidas...

    Como vocês vão equilibrar os episódios com o caso da semana com o arco maior da conspiração?

    Orci: Isso era uma das coisas que exigimos desde o início quando nos sentamos e decidimos que iríamos fazer essa série. Analisamos as lições que aprendemos antes e estudamos os procedimentos especificamente para tentar misturar as duas coisas, e isso vai muito contra nossos instintos. Mas quando nove das 10 maiores séries na tv se chamam Law & Order e C.S.I., você tem que estudá-las um pouco descobrir o que elas estão fazendo que funciona tão bem com episódios isolados.

    Kurtzman: Penso que o que realmente podemos fazer de diferente com a série é ter certeza de que nossos episódios tem começo, meio e fim mas as histórias dos personagens sejam mais serializadas. Elas não precisam se resolverm ao longo de um único episódio e isso é bom desde que o público compre a idéia. Se a pessoa não tiver assistido dois ou três episódios antes, ainda poderá entender o ponto de vista dos personagens, e com isso penso que estamos bem...

    Estou curioso sobre a mitologia da série. Há tantas séries agora com arcos mitológicos que elas acabam ficando menos interessantes à medida em que revelam as coisas. Como tornar Fringe diferente delas?

    Orci: Não penso que as histórias que estamos fazendo sejam dependentes de respostas. Portanto na teoria poderemos continuar fazendo o que estamos fazendo indefinidamente, tendo ou não respostas. O fato de sabermos o que estamos fazendo e termos um ponto final para a história, é tipo um bônus que nos permite ter tudo. Mas eu não penso que nossa série esteja dependente da noção de que tenhamos que revelar nosso segredo toda semana.

    Jeff Pinkner: A mitologia da série é um dos atrativos da narrativa, mas não é o que pensamos que fará as pessoas acompanharem. Ela é apenas a cereja no topo do sundae, e... já está lá: está no piloto. E você nem saberá que está lá. E, diferente do que já fizemos antes (em Alias), não estaremos perguntando quem é Rambaldi, o que é Rambaldi ou que ele quer. É mais centrado em um mistério aberto, e o sentido da revelação não será como, Ah, obrigado Deus, eles finalmente responderam essa pergunta. Agora posso ir para a próxima. Estamos levando isso em consideração com um ponto de vista diferente.

    J.J., quanto você se envolverá com a série, dada sua carreira com filmes dirigindo Star Trek e suas outras séries?

    Pinkner: Você conheceu o outro J.J. Abrams?

    Abrams: Não sei. Tudo o que posso dizer é que meu envolvimento na série agora é o maior possível. Temos conversado muito entre a gente, e a verdade é que como a série é algo com que todos nos importamos e queremos que seja tão funcional e bem sucedida na narrativa quanto possível... não dá para se afastar de algo que se gosta como isso. No caso de Lost, de onde saí para fazer Missão Impossível 3 o co-criador Damon Lindelof realmente tomou as rédeas da série no dia a dia e tudo ficou fácil porque ele simplesmente deu conta de tudo e fez um ótimo trabalho.



Bastidores do quinto episódio


Pois é, como você leu na entrevista, até agora há seis roteiros prontos, mas em termos de gravação a produção está finalizando o quinto que se chama "Power Hungry".

Leia mais sobre esse episódio...

    O episódio mostrará o trio formado por Olivia Dunhan, Walter e Peter Bishop investigando um acidente de elevador que foi causado por algum tipo de descarga elétrica misteriosa. Segundo matéria do Sci Fi Wire novamente assinada por Patrick Lee, a investigação levará o trio até um jovem chamado Joseph que aparentemente possui algum tipo de capacidade de gerar descarga elétrica. A descoberta, obviamente terá ligação com a ciência fringe e uma trama envolvendo os motivos escusos de um cientista.



Você sabe o que é ciência de fronteira?


E para aguçar ainda mais o interesse do público em potencial da série, a Fox americana disponibilizou em seu site alguns segmentos que falam num tom documental as áreas mais evidenciadas pela chamada 'Ciência de Fronteira' que nos EUA é popularmente conhecida como a ciência Fringe. Infelizmente não há legendas, mas mesmo assim recomendo muito para quem quer ter uma idéia sobre temas que serão explorados na série como neuroimagem, telecinese, comunicação paranormal e nanotecnologia.

Clique para assistir




Fotos do elenco


E aqui finalmente algumas fotos da festa de pré-estréia da série que reuniu elenco e produtores da série em Nova York.

Veja as fotos



E só para lembrar, Fringe estréia no dia 9 de setembro nos EUA e será exibida no Brasil pela Warner ainda sem data definida.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

FRINGE: entrevista com elenco e novas fotos de bastidores

A Entertainmente Weekly fez uma entrevista com o trio de protagonistas de Fringe e no vídeo que você pode conferir clicando na imagem ao lado, os atores falam um pouco mais sobre a série e confirmam que os episódios trarão histórias que se resolvem objetivamente ao mesmo tempo em que pouco a pouco constroem o grande arco mitológico da série. Além disso, eles também falam sobre a comparação com Arquivo X e mencionam aspectos de Alias e de Lost que a série inevitavelmente abordará.

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    Seguindo os passos das gravações, o site PopSugar divulgou algumas imagens dos bastidores de Fringe e quase todas elas mostram Joshua Jackson, o Peter Bishop em ação.

    Fringe estréia nos EUA no dia 9 de Setembro

terça-feira, 15 de julho de 2008

FRINGE: J.J. Abrams fala sobre o tema de abertura

Não satisfeito em criar séries e personagens que atraem milhares de fãs mundo afora, J.J. Abrams ainda se mete em brincar de fazer trilhas sonoras...

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    Abrams, que é o autor do tema de abertura de Felicity, Alias e Lost, disse em entrevista concedida no painel da Fox no Television Critics Association, que a idéia para o tema de abertura de Fringe simplesmente surgiu em sua cabeça durante uma noite quando já estava na cama, o que o obrigou a pegar um gravador para registrar os sons que imaginava no momento. Que loucura, não?

    Eu não sei qual é sua impressão sobre o tema de abertura de Fringe, mas confesso que desde a primeira vez que o ouvi senti que ele é perfeito para o clima sombrio e misterioso que a série promete explorar. Se ainda não ouviu, confira agora.


Hugh Laurie confessa que chorou com o final da 4ª temporada de House

Em entrevista ao colunista Michael Ausiello da EW, o fantástico Hugh Laurie revelou que mesmo sabendo o que iria acontecer e sendo um cara durão, chorou quando viu o final da quarta temporada de House porque a cena da morte de Amber foi muito intensa e era inevitável não derramar algumas lágrimas. Bela confissão de Laurie, não? Aliás, acho que é seguro dizer que todo mundo que viu essa cena se emocionou de alguma forma.

Outro ponto curioso do vídeo é ouvir o grande sotaque britânico do ator, o que não deixa de ser uma demonstração de que Laurie faz realmente um trabalho de craque na série.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

ARQUIVO X - EU QUERO ACREDITAR: David Duchovny fala sobre o filme

Em entrevista ao site Wizard Universe, o ator David Duchovny fala sobre como foi voltar a fazer Arquivo X e encarnar Mulder

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    Parece que a trama do filme é tão misteriosa quanto a do próprio Arquivo X.

    A razão por trás de tanto silêncio por parte de Chris Carter (diretor e criador da série) pelo menos, é a idéia de dar à audiência uma experiência de surpresa. Tendo dito isso, os temas são os mesmos da série: crença e fé e o relacionamento entre Mulder e Scully e como isso se desenvolveu ao longo dos últimos quatro ou cinco anos.

    Quando a série começou, capturou a atenção de todos de uma forma que nenhuma outra série havia feito antes. Quão diferente está Arquivo X agora que o mundo mudou completamente?

    Será que o mundo mudou completamente? Desde 1998 eu diria que sim. As pessoas dizem que o mundo muda o tempo todo, mas mesmo assim a natureza humana permanece a mesma. Boas histórias continuarão sendo boas histórias e as pessoas irão assistí-las. Não creio que alguém vá ao cinema por causa do que está acontecendo no mundo. Elas geralmente vão para fugir do que está acontecendo no mundo, e isso sempre será assim. Só o que muda são os tamanhos dos aparelhos celulares.

    Por que para você, esse é o momento certo para voltar a Arquivo X?

    Sempre senti que a qualquer momento seria ótimo voltar. Quando Chris estivesse pronto para voltar com um roteiro e quando estivesse descansado. Como atores, nosso cansaço foi provavelmente menor que o dele. Acho que levou um ano para que eu me sentisse descansado depois que a série acabou. Depois disso eu já estava pronto, e sempre foi minha intenção, meu desejo, que a série continuasse na forma de filmes.

    Então poderemos ter mais filmes?

    Não vejo qualquer razão para ter feito este filme se não pensasse assim. Por sua natureza, a série requer continuade. O tema e os personagens abriam um número infinito de histórias e situações com aquele relacionamento entre um cara que acreditava e uma mulher que duvidava, com um tipo de amor incomum no meio que fazia tudo funcionar. E isso pode funcionar por muito tempo, basta que existam boas histórias.

    Como o Mulder mudou desde a última vez que o vimos?

    No meu entendimento, as coisas não mudaram tanto assim. As pessoas são o que são. Vocês terão que ver. Nós fomos afetados pelas coisas que aconteceram. A personalidade muda? Na minha experiência de vida isso não muda.

    Foi empolgante voltar a fazer o Mulder para você?

    Eu estava bem empolgado para fazê-lo, e à medida em que a data se aproximava eu comecei a imaginar se precisava trabalhar mais para retomar aquilo, e então bateu um pouco de medo porque eu posso ter mudado um pouco, e precisava trazer o que aprendi nesses quatro ou cinco anos para o personagem.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

DAMAGES: produtores falam sobre a 2ª temporada

Quem viu há de concordar que Damages foi uma das melhores séries da temporada 2007/2008. Girando em torno da conceituada e manipuladora advogada Patty Hewes (Glenn Close) e da novata e ingênua Ellen Parsons (Rose Byrne), a série construiu um thriller jurídico inteligente e que manteve um constante clima de suspense e mistério até o final da temporada que basicamente se concentra em um caso envolvendo um empresário (Ted Danson, ótimo) metido em uma fraude bilionária. De uma forma geral, a série recebeu críticas muito positivas, embora os números de audiência não traduzissem essa realidade. Por isso, embora tenha gostado de saber que ela fora renovada para mais 2 temporadas, fiquei no início um pouco temeroso do que poderia acontecer, afinal, desde o início Damages nos foi vendida como uma história fechada de uma temporada só. Sendo assim, o que esperar dessa segunda temporada? Para ajudar a ter uma idéia, traduzi uma entrevista feita pela Kristin dos Santos do E! Online com os dois criadores da série, Daniel Zelman e Todd Kessler.

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    Daniel Zelman, produtor executivo

    Na primeira temporada tivemos muitas mortes, portanto podemos imaginar que veremos novos personagens surgindo?

    Definitivamente teremos mais dois ou 3 novos personagens. Patty vai cuidar de um novo caso em algum ponto, e conheceremos um advogado que ela estará enfrentando. Nem todos os novos personagens estarão no primeiro episódio, mas eles serão introduzidos ao logo dos primeiros episódios.

    Vamos ver alguns personagens do FBI agora que sabemos que eles estavam procurando algo na investigação de Patty?

    Os personagens do FBI que vimos na primeira temporada irão retornar. Eventualmente, deveremos ver mais do mundo deles, não imediatamente, mas em algum ponto.

    Há alguma chance de vermos Ray Fiske de novo ou mesmo David Connor?

    Definitivamente sim. Nada na nossa série é impossível. Eu não descartaria nenhum deles.

    O que você acha que vai empolgar os fãs na segunda temporada?

    É a dinâmica entre Patty e Ellen. Ela é tão completamente diferente; tudo foi virado de ponta-cabeça. Ellen está trabalhando para os federais e é uma informante. Quando a temporada começa ela está tentando derrubar Patty e isso cria um tema totalmente diferente da temporada passada.

    Então isso quer dizer que Patty vai descobrir nessa temporada que Ellen...

    Bem, vamos ver. Esse será o grande tema da temporada. Há duas questões no início da segunda temporada: Ellen conseguirá derrubar Patty? E, Patty descobrirá que ela está tentando fazer isso?


    Todd Kessler, produtor executivo

    O que você pode nos dizer sobre a segunda temporada?

    Começaremos a produção dentro de 3 semanas. Patty terá um novo caso nessa temporada que vai potencialmente parecer como se fossem dois. Haverá pontos diferentes para atrair a audiência, portanto não será como se você não viu desde o início espere para ver no DVD. A série vai ser mais facilmente acessível.

    Algum ator convidado que você adoraria ter na série?

    Essa é uma boa pergunta. Sim, há vários grandes atores em Nova York e estamos conversando com vários deles para que apareçam na série. Provavelmente nos próximos 10 dias teremos um anúncio sobre quem estará se juntando a nós para essa temporada.

    Quais são alguns dos elementos que fazem parte da tentativa de derrubar Patty?

    São perguntas do tipo, Patty sabe que Ellen é uma informante? Ellen pensa que Patty suspeita dela? Há muito drama inerente porque parte do mundo de ser informante é sempre estar paranóico. Será que fiz besteira? Eles olharam para mim ou eles perguntaram o que eu fiz na noite passada. O que eles sabem?

    Mais alguém saberá que ela é informante?

    Isso é algo que não podemos comentar por enquanto.

    *-*-*-*-*

    E aí, já deu para começar a ficar empolgado? Bem, como essa nova temporada de Damages provavelmente só deve estrear no início de 2009, teremos muito tempo de espera pela frente e aos poucos mais detalhes devem surgir. Eu ficarei de olho e claro, dividirei tudo com você que visita o Dude News. E para matar um pouco da saudade...

    Não sei você, mas eu adoro essa abertura e a música.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

J.J. Abrams fala sobre Fringe

No post anterior você conferiu alguns dos destaques do episódio piloto de Fringe, na opinião da jornalista Jennifer Godwin do E! Online, e agora pode curtir a ótima entrevista feita por Eric Goldman, colunista do IGN.com com J.J. Abrams, co-criador dessa que é para mim pelo menos, a série mais aguardada da temporada 2008/2009.

Como a idéia de Fringe surgiu? Qual foi a inspiração?

J. J. Abrams: Foi em um bate-papo entre Alex Kurtzman, Bob Orci e eu em que discutíamos sobre o tipo de série que adoraríamos ver no ar. Para o melhor ou pior, como a maioria das coisas que eu faço, ela surgiu de um pensamento das coisas que eu adoraria assistir. Essa é uma resposta chata, mas que traduz a verdade.

Leia o restante da entrevista...

    O que iremos ver a cada semana? Qual é o núcleo da série?

    Abrams: No núcleo da série estão 3 personagens bem diferentes - uma jovem agente do FBI; um cientista realmente excêntrico e que até pouco tempo estava internado em uma clínica; e seu problemático e estranho filho. A série é sobre esse trio descobrindo uma rede sombria formada essencialmente por pesquisadores que estão usando a ciência de formas cada vez mais aterradoras. Caberá a esse trio a missão de tentar policiá-los.

    Para muitas pessoas, a referência principal para a série é Arquivo X.

    Abrams: E é isso mesmo

    O que você poderia dizer sobre o que diferencia Fringe daquela série?

    Abrams: Eu diria que a diferença é que nossos personagens são incrivelmente diferentes dos de Arquivo X. Eles estão enfrentando coisas aparentemente paranormais e aterrorizantes como ocorria em Arquivo X? Certamente.

    Eu era um grande fã de Arquivo X, portanto eu seria um mentiroso e um idiota se dissesse que a inspiração para Fringe veio de Twilight Zone, Night Stalker e de Arquivo X. Atualmente, não temos séries como aquelas com personagens tão inspiradores e interessantes, portanto isso é algo que queremos ver.

    Kevin Reilly, presidente da Fox brincou dizendo que você tem uma reputação de ser "o ingênuo descobridor." Como é isso de Anna Torv ter surgido para você?

    Abrams: [Apontando para a bela atriz que estava a poucos metros de distância] Bem, ela é tão feia... Não, a verdade e que testamos muitos atores realmente bons e há uma coisa que você procura. Isso é um quase um tipo de qualidade estranha e indescritível. As coisas estavam ficando realmente difíceis e uma agente me mostrou uma fita que Anna fez para uma série australiana. E eu simplesmente soube que era ela, mesmo que ela não estivesse lendo nossos diálogos. Então enviamos 5 páginas e ela fez o teste e confirmou o que eu pensara antes. Ela veio e ganhou o papel.

    Quanto você estará envolvido em Fringe?

    Abrams: Bem, a melhor coisa que posso fazer para definir meu envolvimento é o jeito que aconteceu com Cloverfield, em que eu tinha a idéia e então Drew Goddard escreveu o roteiro. A beleza de ter tido Matt Reeves dirigindo Cloverfield e Drew escrevendo é que há uma sintonia minha com eles, a quem conheço tão bem. Conheço o Matt desde quando tinhamos 13 anos e o Drew trabalhou comigo em Alias e Lost. Jeff Pinker está no comando de Fringe. Jeff foi um dos primeiros roteiristas que contratamos para Alias e temos diretores que vieram da família Bad Robot (a produtora de Abrams) também. Então meu envolvimento é esse, (A) é uma série que eu co-criei e com a qual me importo muito, e (B), Jeff está lá e estamos conversando 1000 vezes por dia e eu freqüento a sala dos roteiristas. Bryan Burke (Lost) e Bob Williams (Felicity) estão produzindo. Literalmente todas elas são pessoas com quem já trabalhei. Portanto, a habilidade de se trabalhar na série é infinitamente mais fácil do que ter que explicar, falar sobre e referenciar as coisas com pessoas com as quais eu teria que começar do nada a tentar desenvolver um diálogo.

    Por exemplo, com Jeff Pinker começamos com "é assim que eu sinto que a série deve ser. É assim que penso que a série deveria ser assim semana a semana." Começamos a discussão de uma forma geral. Então posso entrar nos detalhes e todas as grandes decisões que estamos discutindo; é tudo o que importa. Cada passo que damos, especialmente no começo, como fizemos com Lost. Para trabalhar tão perto de alguém assim, como com Damon Lindelof, com quem criei Lost... Tivemos muita sorte que ele tenha ficado na série e a comande agora. Meu envolvimento com aquela série agora é imperceptível, mas ele é um cara brilhante, assim como é o Jeff. E eu penso em ficar com eles o maior tempo possível para iniciar a trajetória e então à medida em que for necessário me aproximar... Em Lost, não precisam de mim há muito tempo, porque Damon é muito bom e faz tudo tão certo. Em Fringe pretendo escrever e dirigir alguns episódios. O pensamento de fazer a série, especialmente pelo fato de que estamos gravando em Nova York me dá a sensação de ter muita sorte por ter essa oportunidade. Portanto meu envolvimento será real.

    Você já tem algum plano combinado com Damon para dividir o Lance Reddick?

    Nota: Redick faz o recorrente personagem Matthew Abbadon em Lost e será regular em Fringe.

    Abram: [Risos] Já descobrimos como isso vai acontecer. Vai ser mais fácil para Lost tê-lo através de nós do que seria se ele estivesse em outra série.

    Fringe, como vocês já devem saber, estréia no dia 26 de agosto na Fox americana.


    Ótima entrevista, não? Aliás eu já disse o quão empolgado estou para acompanhar a série? :p