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terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Retorno de Fringe e das melhores comédias da tv, A Excelente 4ª Temporada de Breaking Bad, A Estreia de Person of Interest e muito mais!


Fall Season, o período mais quente do ano para quem é fã de séries mal começou e já falei sobre um monte de coisas lá no Ligado em Série, onde agora sou co-editor a convite do Bruno Carvalho. Repercuti os episódios mais recentes da fantástica 4ª temporada de Breaking Bad, comentei sobre a boa premiere do esperado quarto ano de Fringe, falei sobre a estreia de Person of Interest (nova série com Michael Emerson, o Ben de LOST) e ainda destaquei as decepções dos novos dramas que já estrearam lá fora além do retorno das melhores comédias da atualidade, Modern Family, The Office, Community e Parks and Recreation. Além disso, também falei sobre o Roast do Charlie Sheen, sobre o bom vício de colecionar séries e sobre a ideia de reboots/continuações de produções queridas por muitos. Enfim, assuntos para todos os gostos e gêneros. Sendo assim, se já não o fez, não deixe de conferir e fique ligado (mesmo) porque estamos preparando boas surpresas na cobertura que faremos desse extenso mundo das séries de tv aqui e principalmente lá.

Em tempo, o Dude News segue ativo falando sobre cinema, coleção, games e muito mais ;)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O season finale da 4ª temporada de Damages

Com spoilers para quem não viu


Muita coisa me incomodou nessa 4ª temporada de Damages recém encerrada na tv americana. A trama, que começou bem, acabou esfriando por volta do episódio 5 e o núcleo da grande conspiração da vez revelou-se menos interessante do que parecia. Fora isso, é inegável que além da produção descuidada e de alguns furos no roteiro (falo disso na nota abaixo) incomodarem seguidas vezes, Patty Hewes foi coadjuvante durante tempo demais só dando as caras mesmo para valer nos dois últimos episódios.

Dito isso, mesmo derrapando em algumas escolhas e resoluções aqui e ali (achei apressada a forma como Patty conseguiu montar um novo caso contra o Howard, por exemplo), “Failure is Lonely” foi um season finale empolgante por conta da pequena virada envolvendo a morte de Jerry e não a de Chris como todos os rápidos flashes pareciam indicar (isso que é manipular o público, hein?) e, claro, da ótima cena final entre Patty e Ellen. Aquela sequência por si só, trouxe um gancho preparatório para a 5ª e última temporada da série que promete colocar as duas em absoluto confronto em função da questionável decisão da primeira durante o auge do caso e das diferenças éticas, morais e, sobretudo, pessoais que existem entre elas e foram sendo alimentadas nesses quatro anos.



Ao que tudo indica, no último ano de Damages veremos um maior amadurecimento profissional de Ellen (agora mais ciente dos atalhos e das escolhas que tem e pode fazer) e Patty Hewes tendo que lidar com vários esqueletos que ela insiste em manter no armário, mas que virão à tona em função do inbróglio envolvendo a disputa judicial com Michael. Sendo assim, como não esperar uma temporada final da série que não seja no mínimo imperdível?

Nota sobre a produção/furos

    - O que dizer da péssima e pobre cenografia do Afeganistão que acabou atrapalhando o envolvimento que deveríamos ter com o drama de Chris Sanchez? As coisas ali sempre pareciam fakes demais, não? Repararam que até o container onde ele ficara preso na terra dos talibãs parecia exatamente o mesmo em que ficou já de volta aos EUA na instalação da High Star?
    - Aliás, como era fácil e rápido o deslocamento dos personagens que iam e vinham do Afeganistão, não?
    - Para uma empresa paramilitar que recebia milhares de dólares do governo, o staff da High Star parecia pequeno demais, não? No season finale, até o Howard (cuja casa parecia ser no quintal da nova instalação da empresa, diga-se) teve que pegar em arma para averiguar o que acontecia no local.
    - Sobre a ação movida por Michael contra Patty em função da custódia da filha, vale lembrar que até onde sabemos, ele ficou bem de vida usando artifícios nada legítimos, certo? Sendo assim, ao que parece os roteiristas de Damages já tem na mão a responsabilidade de tirar mais um coelho da cartola para justificar a pose de bom moço do rapaz.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Entourage – Series Finale



É verdade que a última temporada de Entourage ficou longe de ser a melhor da série. Talvez porque tenha faltado um arco central mais empolgante como em anos anteriores ou por conta do apressado desenvolvimento das ações de Vince tentando encaminhar sua entourage (Drama conseguindo uma nova chance de refazer sua carreira; Turtle, agora financeiramente independente, pode andar com as próprias pernas e Eric, já estabelecido nos negócios, tendo uma chance de se acertar com Sloan). Seja lá como for, sentirei saudades de acompanhar as histórias daqueles personagens e suas desventuras pelos bastidores da capital do entretenimento; do irresistível nonsense do Drama; e de ver Ari Gold em seus divertidíssimos rompantes misóginos e preconceituosos como forma de esconder o cara boa gente que é.


Quer saber o que é o paraíso? Tente ser Deus.

A temporada final de Entourage foi, como diz a expressão em inglês, sobre making amends, ou, no bom português, sobre compensações. Foi sobre Vince deixando o oba oba de astro para trás e amadurecendo, entre erros e acertos, com os amigos de infância e sobre Ari entendendo (ou quase, como a cena pós créditos revela) que o sucesso dos negócios de nada valiam se perdesse a família. Entourage encerra sua trajetória na tevê com mais altos que baixos dando uma ideia, com e sem tintas, de como é o mundo de Hollywood sem jamais deixar de garantir boa diversão.

True Blood – Ep. 4x12 “And When I Die” (Season Finale)

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.


Uma única boa cena em todo o episódio? Muito pouco, não?

A missão não era fácil, mas Allan Ball e companhia conseguiram. A quarta temporada de True Blood que começou promissora, conseguiu, no saldo final, ser mesmo pior que a terceira. Assim, a condescendência que tive com a série em outros momentos se foi, como já destaquei antes, e nem mesmo a limpa no elenco e as parcas tentativas desse “And When I Die” de apresentar novos panoramas para o próximo ano da série apagam o desleixo nos roteiros e a bagunça generalizada que tomou conta da história. Bons Temps aqueles em que a série conseguia ser tão divertida quanto relevante nas discussões que propunha dentro de um universo fantástico e, por isso mesmo, incomoda demais ver o rascunho tosco do que ela se tornou.


Pois é, Sookie. Também acho que já chega.

A vontade de acompanhar a sequência da série em 2012 é baixíssima e só não chega a ser nula porque o iminente retorno de Russel Edgington aliado ao do reverendo Steve Newlin (agora um vampiro transformado pelo próprio Russell provavelmente) mais a postura rebelada de Bill e Eric frente as intenções da AVL e da autoridade podem render algum arco interessante. Por outro lado, quando penso que teremos que encarar Sookie lamentando a perda de Tara (só ela, né?) e a continuidade de subtramas sonolentas envolvendo os primos Andy e Terry além de uma nova fada aparecendo em Bon Temps, dá uma preguiça enorme. Dito isso, deixo a pergunta: chega de True Blood para você ou ainda dará mais uma chance à série na 5ª temporada?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

True Blood, Damages, Louie...



Não sei se o objetivo de Allan Ball e cia nessa reta final de 4ª temporada era escrotizar True Blood de vez, mas se era parabéns para eles pois conseguiram. Depois do fraquíssimo episódio 10, eis que fomos ‘presenteados’ com “Soul of Fire”, que além de ser absolutamente anticlimático (90% da trama acabou resolvida no penúltimo episódio), fez uma introdução pouco empolgante para a temporada de 2012 (uma nova fada em Bons Temps? Great!). Além disso, vimos resoluções preguiçosas para a história de Sam com o clã dos lobisomens (Marcus morreu, né?) e principalmente para a da bruxa Antonia que, arrependida de seus atos (ohh!), foi descansar no além graças à intervenção de Jesus capeta (alguma definição melhor para o namorado de Lafayette?), o responsável por livrá-la da irascível Marnie, que por sua vez acabou morta por Bill só para inverter a dinâmica da história e incorporar no Lafa. Em suma: tudo muito chato e nada divertido, em contradição ao que boa parte da temporada prometia.

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    Por falar em temporada que perdeu o fôlego, não dá para ignorar o que aconteceu com Damages, outra série que começou bem seu 4º ano com uma trama atual e cheia de boas possibilidades, mas que foi pouco a pouco revelando-se menos interessante do que parecia. Os personagens principais, é verdade, continuam ótimos. Note, por exemplo, a tensão e o primor nas ações e reações da cena do episódio 4x08, “The War Will Go on Forever”, envolvendo Patty Hewes e Ellen Parsons questionando, de forma muito incisiva, o CEO da High Star, Howard Erickson, sobre as operações da empresa no Afeganistão. O problema é que, além da pobre caracterização do Afeganistão visto na trama prestar um desserviço à autenticidade da história, a conspiração da vez tomou uma direção pouco atraente com a revelação da identidade da pessoa que foi ‘extraída’ ilegalmente pelo grupo liderado por Chris Sanchez, porque nada parece ser capaz de sustentar uma justificativa plausível o bastante para que ele represente um grande risco à segurança nacional como fora alardeado até então.


    E se Damages patina na hora de retratar um ambiente de guerra como o do Afeganistão, chega a ser surpreendente que Louie, uma comédia, consiga com um orçamento muito inferior, fazer um episódio memorável, divertido e ao mesmo tempo sensível como o 2x11. Em “Duckling”, vimos o protagonista em turnê se apresentando para as tropas estacionadas em regiões de conflito no oriente médio no que rendeu vários daqueles momentos desconfortáveis que a série já cansou (no bom sentido) de trazer, além de passar, a partir de um argumento da filha de seis anos(!) do próprio C.K., uma mensagem muito curiosa sobre as angústias e os sentimentos que devem caracterizar o dia a dia daqueles que vivenciam a estupidez de uma guerra. E se eu já era muito fã de Louie antes, esse episódio especificamente (que figura fácil dentre os melhores do ano na tevê, diga-se) da 2ª temporada da série veio corroborar uma verdade irrefutável: Louis C.K. é gênio e sua criação continua tão ácida e inteligente quanto imperdível.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

True Blood – Ep. 4x10 “Burning Down the House”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.

Vamos lá galera! Dessa vez o feitiço não pega porque estamos de preto!

Quem acompanha meus comentários sobre True Blood, sabe o quanto já defendi a série, mas depois desse 10º episódio ficou difícil, bem difícil. Bizarra a série sempre foi. Bagunçada, por vezes, também, mas mesmo entre altos e baixos, ela sempre soube mesclar suas muitas alegorias e discussões sociais, políticas e etc com a divertida dose de evidente nonsense e erotismo. Isto é, os personagens (humanos, vampiros e etc) por mais exagerados que fossem, uma vez apresentados e desenvolvidos, seguiam uma linha razoavelmente lógica dentro daquele universo sem a esquizofrenia vista nesse “Burning Down the House”.

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    Sookie quebrou o feitiço da bruxa Antonia? Ah, que legal. Eric recuperou a memória? Ok, tava na hora. Mas, por que, sem mais nem menos, a grande antagonista da vez que tanta vingança queria, aparece quase que arrependida e pronta para desistir só para ser convencida do contrário por Marnie que, também sem qualquer explicação razoavelmente plausível dentro da história, passa de reles praticante de bruxaria a médium psicopata pronta para matar todo mundo?

    Não vou nem falar dos poderes que Antonia/Marnie tem de desaparecer (dentro das histórias de bruxas elas fazem isso?) ou do feitiço que cria um tipo de escudo de energia que a protege no Empório porque, né, para que? Ou então daquela tentativa patética de criar um desfecho emocionante para a historinha de Tommy só para provocar o confronto de Sam com Marcus (que àquela altura já agia para transformar Alcide no primeiro lobo com galho na cabeça).

    Ah, e como se esse festival de cenas e sequências sem sentido, graça ou apelo não fosse o bastante, ainda tivemos que aturar Terry e Andy brincando de tiro ao alvo na floresta e, como a cereja do bolo (estragado, claro), aquele desfecho de episódio com o capitão Bill Nascimento e seus vampiros de preto prontos para invadir os domínios de Antonia de quem horas antes se escondiam pra evitar o feitiço, mas que agora parece não lhes representar nenhum perigo.

    Como mencionei no início, já defendi demais True Blood e a verdade que esse episódio trouxe é a de que a série não merece tanto esforço. Eu aceito as bizarrices da produção, desde que elas me divirtam e preservem um mínimo de racionalidade dentro daquele contexto. Agora, a partir do momento em que os roteiristas chutam o balde remendando uma subtrama na outra de forma pobre além de jogar as coisas boas da série e as motivações dos personagens no lixo da lógica eu, por tabela, também posso jogar a toalha.

    True Blood, não tô querendo dar ultimato nem nada até porque não tenho esse poder, mas o negócio é o seguinte: ou você se vira para fazer com que os dois últimos episódios dessa atual temporada sejam enlouquecedoramente sensacionais, ou você terá um fã a menos acompanhando tua sobrevida em 2012.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

True Blood – Ep. 4x09 “Let’s Get Out of Here”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.

Não serei de nenhum de vocês, mas quero que vocês sejam meus
Que moderninha essa Sookie, hein? :p


Chega de enrolação e subtramas paralelas em excesso. Deve ter sido isso que Alan Ball e cia disseram quando começaram a esboçar o roteiro desse nono episódio da 4ª temporada True Blood. Bem mais focado na trama principal, o episódio encerrou uma história menor (a sobrenatural envolvendo o bebê de Arlene) ao passo que afunilou as que restaram (a de Tommy e Sam, por exemplo, agora se liga diretamente a dos lobisomens) com o arco principal. Além disso, ao reforçar a ideia do triângulo amoroso da série com uma divertida e sexy sequência de sonho que, vá lá, subverteu a ‘lógica’ corrente de uma maneira curiosa, “Let’s Get Out of Here” mostrou Sookie mais dividida que nunca, porém pronta como sempre para gritar (Bill, run!!!) como vimos na cena final que, fiel à tradição da série de fazer bons ganchos, mostrou um Eric totalmente selvagem agindo sob o domínio de Marnie/Antonia na iniciativa desta em destruir os vampiros.

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    Com um conflito central que, embora movimentado e cheio de pequenas surpresas, acabou não se revelando tão interessante assim ou mesmo lógico (por que, dentre todos os vampiros do mundo, Antonia, uma bruxa espanhola, resolveu começar sua vingança justamente contra aqueles do estado da Louisiana?), a 4ª temporada de True Blood reforça a ideia de que a série virou mesmo um grande pastiche de si mesma. Em muitos níveis, a trama é boba e pueril, mas se sustenta por conta do carisma de seus personagens (ou pelo talento de alguns atores, né, Nelsan Ellis?) e pela capacidade de rir de si mesma garantindo, por tabela, a diversão dos que não desistiram dela.

    Pois é, diversão e escapismo. No fim das contas não é isso que buscamos em produções como True Blood?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Entourage e uma novidade

Começo logo pela novidade. A partir de hoje, você também me encontra no Ligado em Série, o ótimo blog de tv editado pelo Bruno Carvalho com quem agora colaboro. O primeiro texto dessa parceira já está no ar. O tema? Person of Interest, nova série do J.J. Abrams com Michael Emerson (o Ben de Lost) no elenco, que é minha grande aposta para a nova temporada. Não deixe de conferir e fique ligado porque estamos preparando algumas boas surpresas para quem nos acompanha lá e cá.

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Daqui para baixo, comentário relativo aos episódios
8x04-05 de Entourage inéditos no Brasil na data deste post


Então é isso, né? A última temporada de Entourage é mesmo sobre nada e coisa alguma. E ok, talvez até seja exagerado dizer isso, mas vamos combinar que passados cinco de um total de oito episódios, não há nenhuma grande história realmente acontecendo (saber se Vince passaria em teste de drogas não é argumento que se preze, né?).

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    Se essa era a intenção do Doug Elin (criador e produtor da série) e cia quando planejaram o derradeiro ano de Entourage eu não sei, mas a impressão deixada pelos dois episódios mais recentes é a de que quiseram baixar a bola e o clima de oba oba que sempre caracterizou a produção, meio como que para mostrar Vince em baixa sem nenhum grande apelo na indústria que não o de alimentar os TMZs da vida.

    É claro que antes do fim ainda pode até rolar alguma coisa mais impactante pra fechar a história, mas, por enquanto, a verdade é que os episódios só se sustentam por alguns poucos momentos inspirados envolvendo Johnny Drama (sempre trocando os pés pelas mãos na tentativa de voltar à ativa) e Ari Gold em seus hilários rompantes tendo agora que lidar com a dissolvição de sua família. O que, para uma série que já foi tão boa e merecia terminar numa nota mais alta, infelizmente é pouco, muito pouco.

Breaking Bad – Eps. 4x05 “Shotgun” e 4x06 “Cornered”

Episódios inéditos no Brasil na data deste post

“Alguem tem que proteger essa familia do homem que a protege.” Ouch!

De maneira geral, foram 2 os grandes temas dos episódios 5 e 6 da 4ª temporada de Breaking Bad. O primeiro envolveu o elaborado plano de manipulação desenhado por Gus e executado por Mike para, 1) fazer terror psicológico com Jesse e tirá-lo da letargia e, 2) aumentar ainda mais a sensação de insegurança de Walter. Já o segundo e, talvez mais decisivo para a sequência da temporada, envolve Walter deixando a razão e o equilíbrio de lado em duas situações distintas (no jantar na casa de Hank no ep. 5 e na conversa com Skyler no início do 6) aumentando o risco de ver seu segredo ser exposto.

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    De “Shotgun”, o quinto episódio, destaques óbvios para as longas e tensas cenas envolvendo Mike e Jesse (a do deserto foi bilhante), que àquela altura, totalmente indiferente à sua vida, acaba despertando ao achar ter recebido uma nova chance e função na ‘empresa’ e, claro, para Walter deixando-se tomar pelo desespero na tentativa de re-estabelecer contato com Gus (a cena dele no Los Pollos Hermanos, ainda que simples, carregou alto na dose de adrenalina) e mais tarde, durante o jantar na casa de Hank para onde fora com Skyler para ‘confessar’ seus vícios e 'explicar' a origem do dinheiro ganho, falando o que não deveria só para alimentar no cunhado a certeza de que o verdadeiro Henseinberg, gênio do meth, continua à solta e ativo.

    Já “Cornered”, o sexto episódio, mostrou Skyler, então confiante de que seu plano para lavar o dinheiro era bom, perdendo a sensação de controle absoluto sobre a situação ao se deparar com Walter agindo de forma iráscivel (“Eles precisam de mim. Eu não corro riscos. Eu sou o perigo e outros blá blás”, que ele disse em certa altura), irresponsável (dar um carro esporte de luxo para Walter Jr. no que obviamente atraíria atenções desnecessárias) e, aí sem que ela soubesse, inconsequente (algo que se traduz, por exemplo, na iniciativa dele de confrontar a autoridade e as regras de Gus, levando 3 funcionárias da lavanderia para dentro do laboratório).

    E se é óbvio que a ainda pequena subtrama envolvendo o roubo das cargas de meth ganhará contornos e importância maiores mais à frente, um desenvolvimento fundamental para esse arco da história e da conflituosa relação entre Walter e Jesse se deu também nesse sexto episódio quando vemos o primeiro percebendo a armação de Gus para miná-lo psicologicamente e interpelando o segundo a respeito com um argumento/citação ao O Poderoso Chefão que explica todo o plano do chefe: “Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda”.

    Inseguros e manipuláveis em suas posições dentro do perigoso jogo em que se meteram, Walter e Jesse surgem invariavelmente tanto como peças essenciais para o perfeito funcionamento daquela engrenagem, quanto como riscos iminente para ela. E nesse contexto seguimos fascinados por Breaking Bad, a série que nunca traz episódios menos que excelentes e que há quatro anos faz a gente torcer por anti-heróis que são tão contraditórios (e odiáveis também em muitas situações, por que não?) quanto frágeis e fascinantes. Será que alguém discorda?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

True Blood – Ep. 4x08 “Spellbound”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.


Dá para continuar gostando muito de True Blood mesmo tendo consciência que a série já foi melhor? Evidente que sim e mesmo não concordando com tudo que o Bruno Carvalho disse em seu texto no Ligado em Série sobre a atual temporada, tampouco desqualificaria boa parte de sua análise. Afinal, diferente do que pensam alguns fãs mais radicais, não é pecado mortal criticar a série quando é notório que a mistura criada por Allan Ball na tv deu uma desandada sobretudo na temporada passada. Dito isso, é igualmente verdade que True Blood ainda diverte muito mais – como já comentei em posts anteriores - que boa parte das produções do gênero, principalmente quando ainda consideramos as boas (e agora mais raras, porém ainda relevantes) discussões que a série levanta num contexto fantástico. Quem não se lembra, por exemplo, da brilhante frase dita por Pam no 2º episódio da temporada quando falando sobre a intolerância, saiu-se com um “Deixem que eles pratiquem seus direitos civis de serem idiotas”? True Blood anda no piloto automático vivendo de lampejos de genialidade e da fama que alcançou? Talvez sim, mas desde quando isso é demérito capital?

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    Contando o curioso contraste entre o que Jessica (que, claro, acabou salva por Jason antes de encontrar a luz) imaginou que aconteceria ao terminar com Hoyt e o que efetivamente ocorreu quando o fez, “Spellbound”, o oitavo episódio da temporada, reservou relativo espaço às subtramas com o intuito de relacioná-las à principal (só a de Tommy e a do bebê de Arlene ainda soam dispersas). Assim, dando sequência ao desenvolvimento do arco central com a bruxa Antonia e sua busca por vingança contra os vampiros, o episódio culminou num embate em pleno cemitério de Bons Temps que se não resolve a questão, já dá uma boa ideia do que veremos nos 4 episódios restantes da temporada.

    Teve Bill capturado pelas bruxas depois de impedir que Pam matasse Tara (no que provavelmente renderá a ele uma aliada eventual); Sookie sendo atingida por um tiro só para ser salva por Alcide que, contrariando um pedido de Debbie (e de Marcus, o líder de sua nova matilha agora encrencado com Sam), acabou se envolvendo na rixa quase como uma justificativa para sua permanência na trama por tanto tempo sem uma função definida e, por fim, Eric sendo mentalmente dominado por Marnie/Antonia que agora deve tentar usá-lo contra os seus no que muito provavelmente renderá o gradual retorno do personagem à sua natureza fria, egoísta e mais imprevisível das temporadas anteriores.

    Depois de apostar em mudanças salutares à série (o salto de 1 ano na história foi, a meu ver, fundamental para agitar as coisas depois do fraco 3º ano), tropeçar em algumas iniciativas (para que serviu o núcleo das panteras na história?) ao mesmo tempo em que acertou em outras como o romance para lá de quente entre Sookie e Eric e a revelação de que Lafayette é um médium (ainda acredito que ele terá papel fundamental no desfecho da temporada, diga-se), não dá para cravar se Allan Ball e cia conseguirão amarrar todas as pontas da temporada de forma satisfatória. Dessa forma, se agradar a todos é impossível e desnecessário, como fã da série e do trabalho de Ball, que nunca é demais lembrar, fez Six Feet Under, só espero ser recompensado com mais diversão e um bom entretenimento escapista, porque se tem algo que True Blood não merece ou precise é ser levada tão a sério.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Damages – Ep. 4x05 “We'll Just Have to Find Another Way to Cut the Balls Off of This Thing”

Episódio inédito no Brasil na data deste post

Howard Erickson: Quem quer rir, tem que fazer rir

Como aponta a sabedoria popular: nada como um dia após o outro. Ou, no caso de Damages, um novo episódio para apagar a má impressão deixada pelo anterior. Depois das recentes escorregadas, a série parece ter retomado a boa direção da narrativa num capítulo que provavelmente deve ter o título mais longo de episódio de séries do qual me recorde: “We'll Just Have to Find Another Way to Cut the Balls Off of This Thing”. Ufa!

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    O interessante da trama até aqui, é que cada vez que Ellen (e Patty, claro) parecem obter alguma vantagem para levar adiante o caso contra a High Star, esta surge com alguma jogada ou artimanha que lhes devolve o placar favorável, digamos assim, fazendo com que a dupla de protagonistas da série tenha que digerir o revés para só então pensar num próximo passo.

    Esse quinto episódio, além de marcar a metade da temporada, trouxe surpresas e desenvolvimentos bem curiosos para alguns dos personagens envolvidos na trama da vez. Assim, se por um lado vimos Jarek falhar duas vezes (com o sequestro e com a bomba) na tentativa de calar Ellen e por tabela o principal risco ao qual a HS estaria exposta, o afegão Nassim Marwat, por outro o vimos tirando uma última(?) e providencial carta da manga no finalzinho do episódio quando conseguiu incriminar Marwat, impedindo que este testemunhasse, com subterfúgios pra lá de escusos.

    Fora isso, acabamos vendo também um pouco do lado pessoal do sujeito que age para proteger os segredos da HS que, debilitado fisicamente, surge em algumas sequências aparentemente atormentado com o que vivenciou durante suas incurssões na terra dos mulás e com a falta de não ter um porto seguro familiar como sugere sua conversa com a loira confidente.

    E como falei em aspecto pessoal, não dá para deixar de destacar como a possibilidade da terrível doença de sua neta afetou (e ainda pode afetar) o comportamento de Patty. Defensiva como sempre é, ela teve mais uma conversa reveladora com o terapeuta na qual deixou exposta, além de sua intolerância ao que chama de ‘perguntas inbecis’ (quem ntem?), as raízes de seu comportamento pouco influenciável pela paixão ou emoção e sua profunda rejeição à fé como válvula de escape para eventuais frustrações.

    Sobre o chefão da High Star, Howard Erickson, que segue sendo um personagem fascinante graças à eficiência de John Goodman, claro, vale comentar a ação efetiva que tomou para proteger os interesses da empresa que comanda, no que rendeu até um involuntário eco a Tropa de Elite. Se por um lado o vimos deixando seu advogado sem saber de todos os detalhes ligados à tal operação Dust Devil (na qual a HS trabalhava para a CIA sem o conhecimento do Departamente de Defesa), por outro o vimos pressionando seu elo no governo para que este ‘se ajudasse, ajudando-o’. Uma frase curiosa e que, como mencionei, tem o mesmo contexto daquela “quem quer rir tem que fazer rir” do famoso filme brasileiro.

    O que esperar do próximo Damages? Que mantenha o foco deste pelo menos, não é não?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Breaking Bad – Ep. 4x04 “Bullet Points”

Episódio inédito no Brasil na data deste post

Breaking Bad, why so genius?!?!

De um lado um Walter cuidadoso, preocupado e sufocado com a incerteza e a incapacidade de controlar sua complicada situação atual. Do outro um Jesse descuidado, cada vez mais depressivo e absolutamente indiferente a tudo que lhe possa acontecer. E assim, à medida em que o panorama da trama parece só piorar para os dois excepcionais protagonistas, Breaking Bad só melhora com textos e situações cada vez mais brilhantes e geniais.

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    Sério. Essa série é tão foda, que mesmo um personagem como Mike que teria tudo para ser odiável e desinteressante, torna-se uma figura enigmática e carismática (além de extremamente eficiente, claro, como a cena de abertura do episódio reforça¹). Disso, partimos para todo aquele teatro armado por Skyler indo com Walter numa reunião de viciados em jogos e a subsequente e excelente cena² dos dois ensaiando a história que contariam para Hank e Marie com direito a doses cavalares de muito cinismo e críticas mútuas.

    Se o episódio se resumisse à essa cena do Walter com a Skyler já valeria e muito, mas tivemos mais. Walter descobrindo que Hank pode estar mais perto do que imagina da verdade sobre Heisenberg (o que foi a sacada dele sobre o WW mencionado nas anotações de Gale, hein?); Walter buscando orientação de Saul sobre o que fazer (será que a sugestão de ‘desaparecer’ pode ser uma alternativa futura?) e, claro, toda a situação envolvendo Jesse chutando todos os baldes numa postura dane-se o mundo, porque não tô nem aí com o que possa me acontecer, como deixa claro o desfecho do episódio.

    Notas:
    1 - Confesso. Se existisse uma série mostrando os ‘trabalhos’ de Mike eu assistiria, e você?
    2 - Que tal aceitarmos desde já que dificilmente veremos outra cena tão bem escrita e interpretada quanto essa em qualquer outra série esse ano, hein?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

True Blood – Ep. 4x07 “Cold Grey Light of Dawn”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.


Com o arco central da temporada totalmente definido (a bruxa Antonia contra os vampiros), o sétimo episódio da 4ª temporada de True Blood pode até não ter sido tão divertido quanto os anteriores (tirando, claro, a piadinha envolvendo Pam irada ao ser comparada com um zumbi hehe), mas foi fundamental para revelar o importante papel que o agora médium Lafayette terá na trama, além de trazer pequenos desenvolvimentos para algumas das subtramas introduzidas até então, como, por exemplo, a de Tommy que agora pode assumir a forma de outras pessoas (e é claro que ele não vai deixar Sam em paz, né?).

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    Exagerando um pouco (talvez por causa da última cena com Jessica caminhando para a luz), em certos aspectos esse “Cold Grey Light of Dawn” teve pinta de penúltimo episódio de temporada. Não era, mas com os vampiros dominados pelo feitiço suicida lançado por Marnie/Antonia (com a ajuda de Tara e outras pessoas, claro), a impressão deixada era ou não era de que já estávamos no ápice da trama?

    Bom, seja lá qual for a resolução da história principal (e ainda temos 5 episódios pela frente), não dá para negar que um dos pilares da temporada também gira em torno do envolvimento de Sookie com Eric. Se há futuro para o novo casal (que de fato parece mais interessante que aquele formado por Sookie e Bill) não sei, mas que a garçonete e o vampiro nórdico protagonizam as cenas mais quentes da série não restam dúvidas.

    Aliás, haja tesão para justificar tamanha resistência de um casal que transa no meio do mato, depois corre nu pela floresta até chegar em casa só para continuar a brincadeira no chão, no sofá e, finalmente (ufa!), na cama, não é não? :p

    Outras perguntas/observações:

    - Qual é a do bebê da Arlene com aquela babá fantasma que já havia aparecido antes e que Lafayette viu no Merlotte’s?
    - E o vício de Andy em V? Que repercussão ainda poderia trazer para essa trama? Palpites?
    - Alcide e o novo bando de lobos. Qual será o envolvimento dele(s) com a atual situação dos vampiros da Louisiana, hein?
    - E a Jessica, vai ou fica?

ThunderCats (2011) 1x03 / Entourage 8x03

Episódios inéditos no Brasil na data deste post



ThunderCats 2011 1x03 “Ramlak Rising”

Se você leu meu comentário sobre a estreia dessa nova versão dos ThunderCats, sabe que gostei do cartão de visitas da série animada. Pena que esse terceiro episódio não tenha mantido o ritmo, porque, convenhamos, tirando o bom finalzinho com a sequência em que Jaga é dominado por Mumm-Ra, o que sobra? Vinte minutos de uma trama arrastada e desinteressante com aquela historinha envolvendo Lion-O e cia (cadê o Panthro, aliás?) no navio pirata encarando um monstro do mar(?) de areia. Em suma, pouco, muito pouco para uma história que começou de forma tão épica e empolgante. Decepção à parte, só nos resta torcer para que o próximo recoloque a história no rumo certo.

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    Entourage 8x03 “One Last Shot”

    Faltando apenas 5 episódios para Entourage acabar, o propósito dos roteiristas para o desfecho da história segue desconhecido. Que E. e Turtle finalmente sairão da aba de Vince parece certo (não é nenhum exagero imaginar E indo para NY atrás de Sloan e Turtle se dando bem com a ideia do restaurante), mas e o Drama? Vai ver a chance de retomar a carreira com sua animação Johnny Bananas indo pro buraco por conta de um capricho de um colega? E Ari (depois da mal sucedida tentativa de dar uma de papa anjo), abre mão de vez da familia para juntar prazer e negócios com seu antigo caso, a agora executiva de estúdio, Dana Gordon? Bom, tempo para responder todas essas perguntas existe, só espero que as escolhas rendam resoluções satisfatórias e, principalmente, divertidas, para Vince e sua entourage, porque de drama já basta o desfecho do episódio com o suicídio do produtor Carl Ertz (Kim Coates, o Tig de Sons of Anarchy, retornando à série para mais uma participação), não é mesmo?

Damages – Ep. 4x04 “Next One's on Me, Blondie”

Episódio inédito no Brasil na data deste post


Geralmente sou mais condescendente do que deveria com relação a certos exageros e liberdades narrativas que algumas séries tomam, mas devo dizer que esse quarto episódio da atual temporada de Damages abusou na quota de forçadas de barra em várias situações. Dito isso, não fosse a boa história da vez (que repito, segue superior às das duas temporadas anteriores) e, claro, os bons personagens da série (o de John Goodman continua ótimo), eu diria que os roteiristas perderam a mão, o que, apesar das muitas ressalvas que aponto abaixo, ainda não é o caso.

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    Vejamos. Teve sugestão de um suposto interesse amoroso de Ellen com relação a Chris Sanchez que não parece ser capaz de agregar nada à trama; um gancho absolutamente decepcionante com a revelação de que o suposto terrorista que vimos em cortes rápidos no final do episódio anterior era só um amigo afegão de Sanchez enviado para os EUA como num passe de mágica (afinal, o Afeganistão é logo ali, né?) para passar alguma mensagem para Ellen que ele nem sequer sabia qual era exatamente; a High Star descobrindo – da forma mais idiota possível (sim, porque o fato da mãe da Ellen querer saber detalhes do trabalho da filha pelo telefone soou como um argumento ridiculamente gratuito e preguiçoso) - através de Jarek que havia alguém em solo americano capaz pôr em risco seus segredos e, pra fechar, a introdução de um ex-chefe de Patty Hewes que mesmo aposentado e dedicado à atividade de bebúm profissional, consegue descobrir os mais bem escondidos podres de Washington.

    Sei lá, vai ver que era eu que tava xarope demais quando vi o episódio, mas a verdade é que essas escorregadas na trama meio que frearam minha empolgação com a temporada. Sigo curioso, obviamente, para ver no que vai dar essa conspiração toda e sobretudo para descobrir qual é afinal o grande segredo que a High Star tanto tenta esconder (a essa altura ficou meio óbvio que o cara escondido na casa de Jarek é alguém diretamente ligado à operação DD, né?), mas pro bem da série, espero que os roteiristas não tentem inventar demais. Às vezes, fazer o simples e investir no que se tem de melhor (no caso de Damages, seus personagens, é claro) pode ser a coisa que renderá o resultado mais surpreendente e eficaz na missão de manter o interesse do público na história.

    Observação de espectador mala: Tudo bem que a Ellen tenha resolvido se dedicar inteiramente ao caso contra a High Star, mas se ela não é funcionária da Patty, vive do que? :p

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

True Blood – Ep. 4x06 “I Wish I Was the Moon”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.


De forma geral, esse me pareceu o episódio menos movimentado, até aqui, dessa 4ª temporada de True Blood. Isso, contudo, não é demérito quando consideramos as boas risadas proporcionadas pelas sequências envolvendo Jason (então preocupado com a possibilidade de se transformar em pantera), além do claro avanço na trama com a bruxa Antonia (através de Marnie, claro) assumindo definitivamente o papel de grande antagonista da vez. Se as duas menções fossem pouco, ainda valeria destacar o, até certo ponto, surpreendente altruísmo de Eric, que pronto para aceitar o destino imposto pelo rei Bill, acabou provocando neste uma atitude não menos inesperada.

Fora os eventos já citados, não dá pra negar certa dose de curiosidade com o desenrolar dessa nova fase do Tommy que, agora capaz de assumir outras formas humanas, trará novos problemas para Sam como já vimos a partir de sua rápida interação com Sookie e principalmente com a bela Luna. De resto, fica a expectativa do que renderão as subtramas envolvendo Alcide e a nova alcateia de lobos, da não menos sobrenatural relacionada ao bebê de Arlene e, sobretudo, sobre qual será o papel que Lafayete (agora replicando o mesmo fenômeno que ocorre com Marnie) terá na 2ª metade da temporada. Palpites?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Entourage – Ep. 8x02 “Out with a Bang”

Episódio inédito no Brasil na data deste post

Vamos combinar que tirando as sequências em que Ari Gold esteve impecável e implacável (divertidos os shout outs a Modern Family, Mad Men e The Walking Dead que ele fez, não?), esse 2º episódio da última temporada de Entourage foi bem menos movimentado que o anterior. Tá, ok que já dá para imaginar que o sucesso quase certo da série animada do Drama está em perigo e que o fato de Turtle e E voltarem à solteirice tende a colocá-los mais próximos de Vince de novo, mas e aí, qual será afinal o grande arco de encerramento da série? O eventual telefilme estrelado por Drama que Vince quer produzir à todo custo? Se for isso acho pouco, porque depois de todas as histórias que já vimos na série, eu particularmente espero algo mais explosivo pra um desfecho, e vocês?

Observação 1: Ah, Sloan...
Observação 2: sim, o comentário é curtinho mesmo. Não gostou? Sue me :p

Breaking Bad - Ep. 4x03 “Open House”

Episódio inédito no Brasil na data deste post

Que a vida marginal do Walter e do Jesse em Breaking Bad nunca foi fácil ou tranquila todo mundo tá careca de saber, mas que a pressão e os riscos (principalmente pro Jesse, claro) vem crescendo exponencialmente nessa temporada também é inegável. Tem terrorismo psicológico no trabalho (com câmeras monitorando cada passo no laboratório), capanga à espreita nas redondezas (prontinho para apagar quem vacila) e até mesmo a ‘boa’ intenção de uma esposa (de se lavar uma graninha suja) podendo atrair atenções desnecessárias.

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    É curioso ver como tem sido essa relação do Walter com o Jesse até aqui porque os dois, embora tentem passar uma imagem de tranquilidade um pro outro, sentem-se absolutamente sufocados com a situação do momento. Walter, que é geralmente mais frio, aparece claramente irado com a falta de diálogo e com a incerteza do amanhã. Já Jesse, depressivo e tentando se fugir do problema (ou esquecê-lo), prefere manter a casa e sua mente num caos constante entendendo que essa seria a única forma de, contraditoriamente, manter-se seguro.

    E como citei as inteções da Skyler, não dá para deixar de comentar mais uma vez sobre a mudança, até certo ponto, radical da personagem, que mergulhou de cabeça na missão de lavar e legalizar o dinheiro sujo ganho por Walter. Nisso, a vemos agindo, mesmo sem o uso da violência, como uma verdadeira mafiosa para conseguir pressionar (criando uma oferta irrecusável no melhor estilo Don Corleone) o dono do lava a jato a mudar de ideia e vender o negócio para os White.

    Enquanto isso, Hank (não menos depressivo que Jesse, por exemplo) continua testando a paciência de Marie com desaforos mil fazendo-a buscar uma válvula de escape para as tensões em sua compulsão por roubar. Isso, no entanto, além de obrigá-lo a pedir um favor para um velho amigo policial, acaba meio que por acidente colocando-o em contato com um material que finalmente pode dar a ele a chance de pegar um peixe grande (o próprio Gus, claro) e por tabela descobrir o grande segredo de Walter.

    E pensar que tem gente que não assiste Breaking Bad. Tsc, tsc...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Damages – Ep. 4x03 “I'd Prefer My Old Office”

Episódio inédito no Brasil na data deste post


Em “I'd Prefer My Old Office”, 3º episódio da, até aqui, boa e movimentada 4ª temporada de Damages, praticamente todas as cartas foram postas na mesa, assim como os conflitos pessoais que podem influenciar as ações da dupla de protagonistas da série, Patty Hewes e Ellen Parsons, que, com o que vimos, parecem estar em relativa desvantagem frente o poderio da High Star capitaneada pelo curioso e controverso personagem de John Goodman, Howard T Erickson.

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    De maneira geral, sigo gostanto bastante dessa temporada. Primeiro porque a trama em si surge mais concisa e objetiva, e segundo porque a própria conspiração da vez parece mais interessante que aquelas das 2 temporadas anteriores. Além disso, nesse quarto ano de Damages, estamos tendo a oportunidade de ver um lado diferente da Patty Hewes, que se continua com uma visão implacável e intransigente em relação a todos que a rodeiam, surge em alguns momentos (como, por exemplo, naquele em que reflete sobre a possibilidade de Michael estar morto) com uma postura mais fragilizada, ainda que jamais exteriorizada.

    Sem Chris Sanchez (agora detido no Afeganistão depois de ser enganado e coagido pela HS) como testemunha chave para a ação que tenta mover contra a empresa paramilitar, Ellen vê-se rapidamente dependente mais do que nunca dos conselhos e da ajuda de Patty, que obviamente enxergando a proeminência do caso, intercede pela pupila indo até mesmo se encontrar com Howard Erickson. Dessa interação, com direito a Patty tentando fazer o que mais sabe (jogar), nascem duas certezas: (1) do dono da HS de que eles efetivamente precisam se preocupar com a ameaça que o caso poderia representar e (2) de que Ellen e Patty nem imaginam que seus passos (e sobretudo telefonemas) são monitorados pelo frio Jarek, que por sua vez surge dando guarda para alguém de origem árabe que provavelmente é o homem que vemos ao final do episódio estudando um mapa que coloca o escritório de Patty Hewes como potencial alvo.

    Dos pontos que devem pautar a sequência imediata da trama, temos a perspectiva do que Ellen ainda pode eventualmente descobrir a partir da informação dada pela veterinária/namorada de Sanchez de que sua última missão no Afeganistão envolvia a procura de alguém (quem sabe um terrorista ligado à própria HS, talvez?) e de que reação essa provável reaparição do transformado Michael pode causar em Patty e como isso afetaria seu agora irreversível envolvimento com o caso da High Star.

    E aí, palpites?

terça-feira, 26 de julho de 2011

A estreia da 8ª e última temporada de Entourage

Episódio inédito no Brasil na data deste post

E enfim chegamos à 8ª e última temporada de Entourage, que se já não tem mais o mesmo fôlego de antes (e ninguém questiona isso, acredito), ainda nos reserva alguns bons momentos de muita diversão com as curiosidades do que seriam os bastidores da indústria hollywoodiana, os já não tão frequentes chiliques de Ari Gold (Jeremy Piven) ou, mais recentemente, com as desventuras de Johnny Drama (Kevin Dillon).

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    Em “Home Sweet Home”, episódio que abre a curta temporada final da série (serão apenas 8 episódios), encontramos toda a trupe envolvida com o retorno de Vince Chase que, após três meses internado numa clínica de reabilitação para viciados, ressurge alimentando grande interesse da mídia e aparentemente disposto a retomar a carreira em Hollywood, deixar as distrações de lado e fazer as reconciliações que precisa com amigos e a indústria.

    Ainda que mais introdutório para o arco final da produção, o episódio serviu também para situar novos cenários nas vidas de parte da entourage de Vince. Se por um lado os negócios na agência de E parecem estar em expansão (rolou até participação especial de Johnny Galecki, o Leonard de The Big Bang Theory), vimos que seu casamento com a belíssima Sloan acabou em termos nada amistosos. Já o de Ari, fora de casa há 10 semanas como castigo por ter mentido para a mulher, também parece ameaçado quando ele descobre que a Sra. Ari estava saindo com alguém. Nesse panorama, Turtle continua como o fiel escudeiro à procura de uma oportunidade de sair da aba, enquanto Drama, agora curtindo os louros do sucesso da sua animação Johnny Bananas (que eu fiquei curioso para ver, diga-se de passagem), aparece divertidamente cheio de neuras e exageros durante a preparação da festa de boas vindas sem álcool para Vince.

    Se Entourage se despedirá da telinha em alta eu não sei, mas se este primeiro episódio servir como termômetro, dá para esperar coisa boa para o desfecho da história de um astro e seu grupo de amigos e empresários na selva de Hollywood.