Em tempo, vale registrar que não há opção de legenda em pt-br (apenas inglês), mas se você se vira bem no idioma do Obama a hora de ter Dexter na coleção é essa, principalmente quando uma rápida pesquisa revela que lojas virtuais brasileiras chegam a cobrar absurdos R$320 por uma única temporada importada da série...
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Só hoje! DEXTER - Temporadas 1 a 5 em Blu-ray por $125
Em tempo, vale registrar que não há opção de legenda em pt-br (apenas inglês), mas se você se vira bem no idioma do Obama a hora de ter Dexter na coleção é essa, principalmente quando uma rápida pesquisa revela que lojas virtuais brasileiras chegam a cobrar absurdos R$320 por uma única temporada importada da série...
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Poster da 6ª temporada de Dexter
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Trailer e fotos promocionais da 6ª temporada de Dexter
UPDATE do dia 22/7: A 6ª temporada de Dexter já tem data de estreia. 2 de outrubro nos EUA. \o/
Todas as fotos via SpoilerTV
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Final da 5ª temporada de Dexter decepciona e confirma: série tem que acabar logo
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Como já disse antes, não tenho problema algum com relação à acentuada mudança no perfil de Dexter. Para uma história que conta com um protagonista tão singular quanto ele dividido desde sempre pela escuridão e pela humanidade que fingia existir, mas que jurava desconhecer, espera-se, que o conflito se dilua até o ponto em que ele precise confrontar sua natureza e escolher que caminho seguir. Por conta disso, ver o psicopata frio e calculista dando espaço para a figura de um ‘mero’ justiceiro que deixa brechas para ser pego e que sobretudo se importa com outras pessoas, seria um salto importante e necessário rumo ao desfecho que a história pede no meu entendimento.
O grande problema dessa temporada e sobretudo desse último episódio, foi a noção de que os roteiristas da série não tem coragem de dar o passo seguinte. Sejamos realistas: o que os novos responsáveis pela produção não parecem entender, é que um final feliz para Dexter seria tão desonesto quanto a possibilidade de o aceitarmos como um psicopata infalível e carismático para sempre. Nesse panorama, o final da temporada foi extremamente covarde como já destaquei antes, porque não fez nada do que poderia para dar início a um fim digno e realmente interessante à série, como por exemplo, permitir que Debra descobrisse o segredo do irmão abrindo caminho para uma discussão bem mais ampla sobre a natureza dele.
Porém, o fato mais irritante vem da percepção que o preguiçoso roteiro de Chip Johannessen e Manny Coto (ambos ex-produtores e roteiristas responsáveis por alguns dos episódios mais esquecíveis de 24 Horas), deu resoluções estapafúrdias e rasteiras aos principais conflitos da trama. Jordan Chase era o tardio antagonista manipulador e inteligente da vez? Ah, de uma hora para outra transforme-o num sujeito que aje por impulso e que de forma tola se deixa pegar para virar a última vítima. Lumem matou sua sede de vingança? Então é hora de ignorar qualquer envolvimento maior que ela pudesse ter com Dexter e fazê-la simplesmente dizer que seu dark passanger tinha sumido. Quinn sabe que Dexter não é quem parece? Faça-o calar-se por amor a Debra e ainda agradecer ao protagonista pelo favor de ser inocentado de um crime que ele sequer cometeu.
Resumindo, Dexter teve uma temporada para se esquecer. Superficial, desinteressante e sobretudo desonesto com os fãs e com brilhante protagonista defendido de forma incansável por Michael C. Hall, o quinto ano da série conseguiu uma lamentável proeza: a de me fazer, como grande admirador da série, desejar que a 6ª temporada seja também a última.
Outras observações:
- E a babá, hein? Alguém sabe para que serviu todo aquele suposto mistério que os primeiros episódios tentaram construir em torno dela?
- Aliás, incrível como de uma hora para outra Dexter simplesmente abandonou a preocupação que tinha com o comportamento de Harrison ou com um possível trauma que ele pudesse carregar, não?
- Hum, então no fim das contas o caso do Santa Muerte só serviu para Debra constatar que as coisas nem sempre são preto e branco? Ohh..
- E a LaGuerta que de figurinha mais insuportável da temporada de repente se transformou na chefona amiga e compreensível da Polícia de Miami?
- Por falar no departamento comandado pela mulher de Batista, será que ele mais uma vez vai se confirmar como o mais incompetente da história das séries? Ninguém vai sequer questionar o conteúdo das ligações entre Quinn e Liddy que poderiam expor Dexter de vez?
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Dexter - Eps 5x09 e 5x10 "Teenage Wastland" e "In the Beginning"
Menos ou mais interessante, o Dexter que vemos agora é inegavelmente bem diferente daquele que conhecemos cinco anos atrás. E que bom que é assim, visto que se a história evoluiu, nada mais natural que o cara que a move se modifique ganhando novas nuances e se tornando, com o passar do tempo, mais falível e por tabela mais humano, algo que os episódios mais recentes evidenciam com clareza.
Enquanto "Teenage Wastland", nono episódio da temporada, mostrou Dexter tentando e conseguindo se reaproximar da então rebelde Astor ao passo em que também trazia Liddy colocando Quinn (dividido pelos sentimentos que nutre por Debra) contra a parede por conta das descobertas cada vez mais sinistras que fazia de Dexter, o décimo episódio, "In the Beginning" expôs de vez um assassino psicopata que coloca seu interesse pelos 'vilões' de lado porque passa a se importar com a vítima em primeiro lugar.
Assim, embora à princípio pareça uma forçada de barra dos roteiristas apostar num envolvimento mais íntimo entre Dexter e Lumen, vale lembrar que aproximação dos dois é mais fruto de dores que buscam expurgar do que de um interesse romântico natural. Além disso, é interessante notar que o relacionamento dos dois fez com que Dexter ficasse mais descuidado, chegando inclusive a dar uma brecha que permitiu a Liddy testemunhar e registrar as atividades noturnas pouco ortodoxas da dupla ao mesmo tempo em que Jordan Chase, o antagonista tardio, se colocasse um passo à frente das ações de Dexter e sua agora cúmplice, Lumen.
Com a sexta temporada praticamente confirmada, é essencial que a série ouse num desfecho para esse quinto ano. Considerando isso, já disse e repito que não espero um final feliz para Dexter, e dessa forma, estou curioso para ver que tipo de encerramento esse quinto ano terá, visto que o cenário é dos mais complicados e os riscos de Dexter ver seu segredo vindo à tona maiores que nunca.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Dexter – Ep. 5x08 “Take It”
Como é bom voltarmos a ver um episódio de Dexter movimentado, carregado de tensão e que ainda entrega um gancho digno de uma reação a la fu... tudo e agora?!, não? É verdade que ainda há coisas aqui e ali na trama que me incomodam, mas com roteiro aparentemente mais focado e objetivo, a ideia de que essa 5ª temporada como um todo ainda tem salvação me parece plausível.
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Teve de tudo um pouco em “Take It”, mas os destaques acabam girando em torno de 3 pontos: LaGuerta revelando-se como uma grandessíssima fdp egoísta (ao passo que Batista abraça uma postura de fidelidade a colegas e valores); Dexter encarando/estudando Jordan Chase, o guru picareta que pinta como seu grande antagonista e posteriormente eliminando Cole sob o testemunho de Lumen e, claro, a cena final em que vemos o Robocop Liddy flagrando o passeio de barco de Dexter.
À essa altura, obviamente estou ansioso para ver o iminente confronto entre Dexter e o principal agressor de Lumen, contudo, acredito que o foco por enquanto tende a cair mais sobre a possibilidade real de vermos o protagonista sendo exposto, afinal, como policial em Miami, é razoável esperar que Liddy associe o fato de Dexter estar jogando sacos suspeitos no fundo da baía de Miami com o não tão antigo caso do Bay Harbor Butcher, certo? Pois é, só resta saber o que ele tentará fazer com a informação que tem. Chantagear Quinn por mais dinheiro e tentar obter algo de La Guerta, talvez?
Quanto à cada vez maior aproximação entre Dexter e Lumen, penso que seria um erro enxergar qualquer traço de atração romântica ali, afinal, o que Dexter sempre buscou foi alguém que pudesse vê-lo como ele realmente é que aceitasse o que ele faz sem julgamentos morais. Fora isso, por mais que nos simpatizemos pelo personagem e tal, no fim a gente sabe que por conta de sua natureza trágica e consciente, Dexter não pode ter um final feliz, né? Ou pode?
Nota rápida:
- E aquele papo da Debra dizendo que não sentia nada por ter matado Carlos Fuentes e perguntando ao Dexter se ele achava que pessoas ruins não merecem viver, hein? Seria o primeiro passo para uma futura conversa do tipo, “ei irmãzinha, preciso te contar uma coisa: mato pessoas ruins e também não sinto nada por elas.”?
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Dexter – Ep. 5x07 “Circle Us”
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O que esse “Circle Us” evidenciou de forma irrefutável, é que para a série ser realmente boa, não adianta apenas colocar o excelente protagonista andando de um lado para o outro refletindo sobre seu dark passanger ou sobre um posssível trauma irreversível no pequeno Harrison. Para Dexter ser realmente aquela série empolgante e cheia de possibilidades, é necessário que a narrativa invista no desenvolvimento de um propósito e que apresente um antagonista que desafie o personagem, que faça-o agir com perspicácia (nesse episódio ele até incrimina uma vítima, o Boyd, para se aproximar dos algozes de Lumem), correr riscos, e que, consequentemente, obrigue-o a se expor como ele tem feito de forma mais decisiva.
E sim, é fato que algumas subtramas continuam sofríveis (alô LaGuerta, alô Quinn!), mas se antes a simples chance de vermos Dexter nutrindo algum interesse maior por Lumem parecia uma grande forçada de barra dos roteiristas, a partir desse sétimo episódio, a perspectiva ganha elementos mais interessantes, afinal, embora os dois sejam figuras trágicas e que, em escalas diferentes, usam a dor e a raiva para buscar uma paz que jamais virá com as mãos sujas de sangue, agem por razões bem diferentes. Considerando isso, se Dexter acredita no que faz por conta de um senso torto de justiça, Lumem confia nele, o apoia e incentiva (algo que de certa forma ele sempre buscou) motivada pela vingança pura e simples. Em suma, diferenças nem tão sutis e que faltalmente devem culminar num conflito maior daqui a pouco, sobretudo com o iminente confronto que se dará entre eles e Jordan Chase, o verdadeiro lobo em pele de cordeiro que finalmente deu as caras na trama.
Quanto ao caso do Santa Muerte? Ah, que ele sirva para nos livrar de LaGuerta,pelo menos, lá pro fim da temporada.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Com protagonista nota 10, 5ª temporada de Dexter é nota 7. Pelo menos por enquanto...
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Derrapadas narrativas à parte, Dexter continua sendo um protagonista absolutamente fascinante. Complexo, contraditório, inteligente e agora menos frio e mais humano, e talvez por isso mais suscetível a erros que antes não cometia, o personagem segue sustentando o peso e a importância que a série ganhou. O Dexter viúvo e pai, agora é um cara mais frágil e que mesmo sem perceber racionalmente, busca cada vez mais a conexão (sem interesses românticos, claro) com alguém que aceite o que ele é e faz.
Nesse panorama, a relação que ele passa a nutrir com Lumen (Julia Stiles), a jovem que acidentalmente acaba salvando da tortura de um maníaco, ganha contornos curiosos, visto que Dexter constantemente se vê dividido entre a necessidade de manter-se fiel ao código (algo que fica evidenciado nas ‘aparições’ de seu pai) e o desejo de entender a dor da moça e servir de suporte para que ela siga seu caminho, algo que por tabela garantiria a manutenção de seu anonimato.
Nesse contexto, é inegável que a temporada vai bem, porque desenvolvendo ainda mais o protagonista, expande nosso interesse em torno de tudo o que acontece com ele. Da preocupação justificada em relação ao que o trauma vivenciado pelo bebê Harrison poderia representar (estaria o menino ‘condenado’ a se tornar um psicopata como ele?), passando pelo esforço que Dexter faz para conquistar a confiança da misteriosa babá (ela guarda algum segredo?) ou ainda pela ameaça que a investigação de Quinn pode representar, tudo caminha para a concretização de bons conflitos mais à frente.
Só é pena, como eu disse antes, que as subtramas que serviriam de apoio para a história central tenham se revelado tão pouco inspiradas até aqui. E ok que os assassinatos de Santa Muerte, além de trazerem o gore de volta à série, fatalmente acabarão atraindo a atenção de Dexter, mas acho que, por enquanto, isso é muito pouco. A própria Lumen, decidida a buscar vingança contra seus agressores em Miami, não parece ter força suficiente para sustentar papel maior que o de funcionar como possível catalisador de exposição de Dexter para Quinn eventualmente. Sobre isso aliás, é razoável assumir que o nada orgânico envolvimento do detetive com Debra só vá servir mesmo como base de um conflito maior quando (e se) ele realmente conseguir ligar os pontos associando Dexter a Kyle Butler e consequentemente a Arthur Mitchell, o Trinity.
Dito isso, cá entre nós, é querer demais que a essa quinta temporada realmente esquente logo fazendo jus ao protagonista que tem?
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Dexter - Ep. 5x01 “My Bad”
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Retomando a trama imediatamente após os eventos que encerraram a temporada anterior, ‘My Bad’ mostra um Dexter em estado de profunda anestesia mental e baixíssima resposta emotiva ou mesmo racional. O personagem que reencontramos ao longo do episódio não segue métodos e não sabe disfarçar seus sentimentos. Aqui ele é um sujeito transtornado, confuso e que sente o peso do mundo caindo em suas costas com uma culpa que se traduz até mesmo por uma ação ingênua como a do momento em que diz a um policial recém chegado à sua casa que teria sido ele, Dexter, o responsável pela morte de Rita.
Nesse panorama, somos todos levados como meros e angustiados passageiros numa viagem que expõe Dexter em todas as nuances de sua psiquê, quer seja pelo período em que ele simplesmente se fecha reprimindo qualquer reação ou pelos instantes em que, não mais suportando o peso dos acontecimentos mais recentes, se entrega à uma fúria selvagem que culmina numa estranha catarse evidenciada pela cena em que ele mata um homem de forma intempestiva.
E é essa mesma catarse que posteriormente encontra eco no emocionante discurso que Dexter faz durante o funeral de Rita. Palavras que ficam ecoando após o fim do episódio e que traduzem bem o que o fato de tê-la encontrado e sua abrupta e violenta perda significam para o personagem: “Eu nem era humano quando a encontrei.” E dá para discordar?
Outras observações:
- 68 mortes. É esse o histórico de Dexter depois do assassinato que comete no episódio.
- Breve destaque para Masuka, o eterno alívio cômico da série na cena em que vê o corpo de Rita na banheira: “Sempre a imaginei nua, mas nunca dessa forma.”
- Não acho que Quinn vá se tornar um Doakes 2.0 esmiuçando a vida Dexter, mas já estou curioso para ver qual será o desfecho dessa subtrama até porque um possível envolvimento dele com Deb certamente há de complicar as coisas ainda mais.
- Mesmo sem qualquer violência, a cena em que Dexter conta o que aconteceu com Rita de forma seca para Astor e Cody é desde já, das mais chocantes da série pelo que representa.
- O impressionante trabalho do casal Michael C. Hall e Jennifer Carpenter. Não faço ideia do que o futuro reserva para eles como atores, mas já dá quase para dizer que Dexter e se Debra são os papéis de suas vidas tamanha força e complexidade que conferem a eles.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Preview da 5ª temporada de Dexter
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O final da temporada passada sacudiu a vida doméstica de Dexter com a morte de Rita. E também deixou muitas perguntas sobre como o personagem e a série seriam conduzidos na 5ª temporada. Uma pessoa ‘normal’ talvez jamais fosse de recuperar da perda e da culpa. Mas pareceu claro que baseado na sempre expansível, porém ainda limitada capacidade de Dexter de sentir emoções humanas, ele pode seguir em frente, mas como? Será que ele poderia se redimir abandonando – pelo menos temporariamente – as matanças? Ou ele poderia se deixar dominar ainda mais por seu lado negro ignorando o código de Harry? E o que aconteceria com as crianças? E quanto ao envolvimento de Dexter com o Trinity Killer? Eu também me preocupei que algo grande como a morte da Rita pudesse ofuscar todo o resto e que a série pudesse perder seu humor negro, mas vi os três primeiros episódios da 5ª temporada, e dá para dizer que eles lidaram muito bem com esse cenário.
Eu não esperava chorar tanto vendo os episódios, mas a verdade é que eles são muito emocionais. Essa pode muito bem ser a melhor temporada de Michael C. Hall até aqui. Muita da emoção aflora por vermos a situação de Dexter. Sua reação à morte de Rita (o episódio de estreia começa pouco depois dos eventos do fim da temporada passada) é absolutamente chocante. Ele se fecha e regride. Uma das coisas mais estranhamente divertidas da série é ver como Dexter é socialmente inepto. Ele estuda o comportamento humano e tenta imitá-lo, mas nem sempre o compreende. Com isso, muitas vezes ele fala e faz coisas que são increvelmente estranhas e inapropriadas. Mas foi assim que ele chegou até aqui.
O maior sinal de que ele estava começando a perder as habilidades sociais nesse estado fica claro quando ele revela a morte de Rita a Astor, Cody e aos pais dela depois de tê-los deixado passar o dia na Disney para que pudessem ter pelo menos um bom dia. À medida em que todos reagem, ele usa uma frase que o diretor da funerária lhe dissera mais cedo: “Lamento pela sua perda.” Isso é algo ridículo demais a se dizer – algo que só seria dito a pessoas que você não conhece bem – e definitivamente algo que você não diria para os pais e filhos da sua esposa assassinada.
Com Dexter nesse estado, Deb fica com a responsabilidade de juntar os cacos. Ela faz tudo desde arranjar o caixão de Rita até o vestido que ela usaria. Jennifer Carpenter também aparece muito bem nesses episódios. E quando tudo começa a ficar pesado demais para Deb (incluindo a situação de ter Dexter e as crianças no seu apartamento, o mesmo que já fora do irmão) ela reage do seu jeito bem típico.
Sobre Rita ela tem uma bela despedida. Já que na última vez que a vimos ela estava envolta em sangue na banheira, foi bom poder vê-la sendo lembrada de um jeito diferente – e há um grande momento onde Dexter finalmente conta a toda a verdade a Rita, ainda que seja tarde demais. Também há algumas belas cenas em flashback do primeiro encontro de Dexter e Rita, uma situação que Dexter usa de forma hilária para seguir uma vítima. Entre a cena do encontro dos dois e o longo resumo que ocorre, foi interessante ver não apenas quanto Dexter evoluiu, mas Rita também. Ao longo dos anos ela deixou de se vestir como uma colegial e de ser retraída, para se tornar mais vibrante (física e mentalmente) e mais segura.
Todas as coisas boas sobre Dexter estavam aqui, e com tanta coisa em jogo, atores e roteiristas realmente se sobresaem. Nem mesmo o humor se perdeu. Masuka, como sempre, surge como alívio cômico, e isso fica claro no momento em que ele vê o corpo morto de Rita na banheira e diz: “Eu a imaginei nua um milhão de vezes, mas nunca dessa forma.”
Há muitos caminhos que a série pode tomar nessa temporada. Há os caminhos pelos quais Dexter vai viver com a culpa e a perda da mulher que o ajudou a se tornar humano. (Até o fantasma de Harry o abandona por um tempo.) Há a fúria de Astor com Dexter a quem ela culpa por não ter protegido sua mãe e por ter lhes dados esperança de que a vida poderia ser boa. Há as responsabilidades colocadas em Deb e Quinn ainda suspeitando de Dexter de um jeito bem Doakes. Há ainda o fato de Dexter ter se passado por Kyle Butler na temporada passada e de como isso vai voltar já que a família do Trinity sabe quem ele é – pelo menos fisicamente. E como Dexter vai trabalhar seu dark passenger. O número de mortes é baixo nesse início, o que é bem apropriado, mas ainda assim, Dexter comete um de seus assassinatos mais selvagens até aqui. E é claro que há um vilão (o ainda pouco conhecido Shawn Hatosy) nessa temporada. No universo de Dexter, Miami é o lugar mais perigoso do mundo para se viver.
Muitas pessoas imaginaram como a temporada passada poderia ser superada, mas no geral, já dá para dizer que a 5ª temporada pode ser uma das melhores.
*****
E aí, dá ou não dá para ficar bem animado com o cenário que a nova temporada de Dexter trará?
sábado, 24 de julho de 2010
Trailer da 5ª temporada de Dexter
A 5ª temporada de Dexter estreia no dia 26 de setembro nos EUA e não tem qualquer previsão de estreia no Brasil.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Showtime exibirá nova webserie de Dexter
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Ainda Segundo o IGN, a história da nova webserie se passa num período imediatamente posterior à morte de Harry, quando Dexter tinha cerca de 20 anos e Debra ainda estava na escola. Outros detalhes apontam que veremos Dexter estudando anatomia numa faculdade de medicina para desenvolver melhor seu ‘talento’. Ocorre, que quando estiver cometendo um assassinato, Dexter perceberá que outro estudante andou espiando-o e sabe que ele é um serial killer. Esse evento então provocará um confronto entre os dois a partir do momento em que o tal estudante começa a matar imitando o próprio Dexter.
Fãs que estiverem presentes no painel da série que ocorre nesta quinta-feira na Comic Con verão um preview de Dexter Early Cuts: Dark Echo (que foi escrita pelo co-produtor executivo e roteirista da série, Tim Schlatteman e terá voz de Michael C. Hall) além do trailer teaser da 5ª temporada de Dexter que estreia no dia 26 de setembro.
Notas:
- Assim que o teaser da 5ª temporada for disponibilizado em boa qualidade farei um post dedicado comentando sobre o que deve ser a trama do novo ano da série, mas se você é curioso(a), dá para ter um pequeno gostinho clicando aqui e aqui para ver fotos promocionais do primeiro episódio.
- O Showtime provavelmente bloqueará o acesso a essa webserie para quem está fora dos EUA, mas o Youtube está aí para isso, certo?
terça-feira, 29 de junho de 2010
Dê seu palpite e concorra a um box em DVD de Dexter
Com a Copa 2010 finalmente esquentando (aleluia!), que tal ter a chance de ganhar* um box de DVD da 1ª temporada de Dexter?
Para concorrer, basta dar seu palpite (nos comentários) para placar do jogo das quartas de final entre Brasil e Holanda que acontece na próxima 6ª, dia 2 de julho, às 11 da manhã, e no Twitter, RT (retwitar) a mensagem que traz para este post. O esquema é sorteio, mas o participante só leva o DVD se também tiver registrado seu palpite aqui independente de acertar o resultado do jogo.
*OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
terça-feira, 9 de março de 2010
Radar Dude News (09 de março)
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O terrível fim de Nip/Tuck
Sério mesmo. Não tentem elogiar Ryan Murphy perto de mim. O criador da atualmente badalada Glee (aquela série musical da Fox focada num grupo de estudantes excluídos) é um grande filho da p... O que esse cara fez com Nip/Tuck, cujo episódio final foi exibido semana passada nos EUA foi um horror. E ok, eu reconheço que a série já tinha saído dos trilhos há pelo menos 2 temporadas quando tiveram a infeliz ideia de tirar os dois cirurgiões plásticos de Miami e mudá-los para Los Angeles dando um semi reboot na trama, mas daí a transformar a série num festival de tortura para quem persistiu e destruir o desenvolvimento de suas personagens construído ao longo dos primeiros anos foi um absurdo total. Obviamente, eu não esperava que fosse ver um final excepcional dadas as severas e lamentáveis mudanças que foram introduzidas, mas confesso que torcia para que pelo menos aos 44 do segundo tempo aqueles outrora cativantes e complexos personagens tivessem um desfecho minimamente mais justo (o que não significa feliz) de suas histórias. Não vou entrar nos detalhes específicos que culminaram nessa minha enorme decepção, porque sei que muita gente ainda pretende ver como a série termina, mas posso dizer desde já que NUNCA mais perderei meu tempo vendo alguma coisa escrita por esse picareta chamado Ryan Murphy.
Parenthood, a Brothers and Sisters da NBC?
Sim, eu sei que é bem precipitado cravar essa afirmação, mas o que é que eu vou fazer se foi exatamente essa impressão que eu tive quando terminei de assistir o Piloto desse recém estreado remake de Parenthood? Sim, a série parece ter mais humor que aquela da família Walker, mas o drama e os conflitos de família estão todos lá da mesmíssima forma. Nessa segunda tentativa de transformar Parentehood numa série de sucesso (a primeira foi feita no início dos anos 90 pela mesma NBC), as melhores coisas que surgem numa primeira olhada são os personagens de Peter Krause (Six Feet Under) e de Lauren Graham (Gilmore Girls). Ambos, diga-se, parecem unidimensionais demais, mas ao mesmo tempo tem o carisma necessário para tornarem seus persongens, que são irmãos na série, em figuras mais interessantes. Dito isso, Parenthood é uma série imperdível? Não, mas tão pouco merece ser descartada sem ter algumas chances de dizer a que veio, já que com textos razoáveis girando em torno dos conflitos das relações em família e um elenco bem variado, pode ser exatamente o que você procura. Ou não.
Fringe renovada para 3ª temporada
Pronto. Chega de sofrer de ansiedade achando que Fringe não passa desse segundo ano. A Fox confirmou no último sábado que a série criada por J.J. Abrams vai mesmo ter 3ª temporada com estreia programada para setembro nos EUA. Quem deu a notícia foi o próprio presidente de entretenimento da Fox, Kevin Reilly, que reconheceu no esforço da equipe de produção da série em criar histórias envolventes e de qualidade, a justificativa perfeita para que a série tenha continuidade. Até então, um dos grandes temores sobre o futuro da série girava em torno do fato dela jamais ter alcançado números estrondosos na audiência (Fringe ocupa a 50ª posição no ranking das maiores audiências da tv americana) ainda que alcance bons resultados junto ao público alvo que interessa anunciantes. Seja lá qual for real o motivo que culminou na decisão de renovação, vale torcer desde já para que o restante dessa 2ª temporada (que volta com episódios inéditos no dia 1 de abril nos EUA) consiga ser efetivamente empolgante, e que seu terceiro ano traga tramas mais centradas na mitologia da série fugindo da irregularidade que permeou alguns episódios até aqui.
Spock aparecendo em The Big Bang Theory?
Pois é, mais ou menos isso. Segundo informação repercutida pela EW na segunda-feira, 8 de março, o produtor da ótima comédia The Big Bang Theory, Bill Prady, estaria interessado em convidar o ator Leonard Nimoy, o Spock de Star Trek para aparecer no início da próxima temporada da série. Prady, lembra que um convite já havia sido feito ao veterano ator na 2ª temporada, que no entanto recusara à época dizendo que estava aposentado. Contudo, como agora Nimoy tem aparecido esporadicamente em Fringe no papel de William Bell, Prady tem fé de que o ator repense sua posição de aparecer pelo menos nos sonhos de Sheldon Cooper, seu grande fã na série e que guarda inclusive um lenço usado pelo ator como relíquia. Aceita, Nimoy! É só isso pelo que podemos torcer para o bem das nossas risadas.
Comédias da NBC renovadas para a próxima temporada
Tá, eu sei que todo mundo baba ovo para a papa prêmios 30 Rock e para a novata Community, mas a verdade é que ainda que reconheça qualidades em ambas, até agora não consegui achar nenhuma das duas essa brastemp toda que algumas pessoas gostam de apregoar. Dito isso, quem se importa com a minha opinião, não é mesmo? O que interessa é que a NBC renovou ambas para novas temporadas. 30 Rock irá para seu quinto ano, e Community para seu segundo. Outra comédia da NBC que também ganhou mais uma temporada foi a – para mim - divertidíssima The Office, que entrará em sua 7ª temporada a partir de setembro nos EUA. Felizes?
Arquivo X em ordem cronológica
Não é surpresa para ninguém que o segundo filme da saudosa Arquivo X se transformou numa grande decepção tanto nas bilheterias quanto nas críticas. Eu mesmo que sou fã incondicional da série lamentei a chance que Chris Carter e cia perderam de fazer um filme que não só revisitasse os queridos personagens Mulder e Scully, mas que reavivasse o interesse pela grande mitologia que a série construiu ao longo de sua existência. Com isso em mente, por que eu iria querer comprar o Blu Ray do filme lançado em 2009? Simples. Há um extra no disco que remonta através de textos, imagens e pequenos clipes, toda cronologia da série desde os primórdios de sua história até os eventos do filme. É bastante informação bacana que ajuda a relembrar de forma bem organizada alguns dos momentos mais marcantes da série através dos mistérios e conspirações e da ligação dos personagens com elas. Imperdível!
O que esperar da 5ª temporada de Dexter
Com spoiler para quem ainda NÃO viu o quarto ano da série
Após o chocante fim da 4ª temporada, uma das grandes perguntas que ficaram no ar era sobre como veríamos Dexter no início do desde já esperadíssimo quinto ano da série. Conversando com a EW pouco antes do painel de Dexter realizado na semana passada no Paley Fest em Los Angeles, a produtora Sara Colleton revelou que a temporada começará pouco tempo depois do final do trágico evento que mostrou a morte de Rita. “Iremos ver Dexter encarando o processo da perda e como aquilo impactará ainda mais sua já conturbada mente dividida entre o homem que só quer ser normal e aquele sedento por sangue. É importante que vejamos como ele reagirá”, disse Colleton, complementando ainda que a nova temporada não deve se focar num grande antagonista como aconteceu antes. “Queremos buscar uma forma de fazer tudo soar original e singular de novo”, encerrou ela de forma enigmática. Ansiosos?
A estreia de The Pacific
Vocês já sabem da minha alta expectativa com relação a The Pacific, certo? Pois é, então não esqueça de correr atrás da minissérie cujo primeiro episódio de um total de dez vai ao ar no próximo domingo, 14 de março, nos EUA pela HBO. Programa obrigatório.
A cada vez mais decepcionante 8ª temporada de 24 Horas
Com spoilers para quem não acompanha a série pela exibição americana
E a trama dessa 8ª temporada de 24 Horas, hein? Mais previsível que o Adriano faltando treinos no Flamengo. Piadinha sem graça à parte, sinceramente tô bem desanimado com a série. Estamos praticamente na metade da temporada (faltam 13 episódios) e a verdade é que não se vê mais nada de novo nas histórias, as supostas reviravoltas não causam impacto (ah, o chefe de segurança do presidente Omar tá envolvido na conspiração e a filha corre perigo? Zzzzz), a personagem da Katee “Starbuck” Sackoff fica cada vez mais irritante e os roteiristas cada vez menos criativos. Vamos lá, tirando a cena do Jack Bauer malvadão ameaçando matar a mãe do terrorista, os outros 40 minutos desse 11º episódio foram absolutamente sonolentos e fáceis de imaginar no que culiminariam. Enfim, tenho saudades daquela série empolgante de outrora, e assim se for para série continuar desse jeito é melhor que Bauer possa descansar definitivamente ao fim desse oitavo dia. Discorda?
Atualização: Matéria da Variety publicada no fim da noite da terça, aponta que a Fox deve anunciar em breve que 24 Horas será realmente encerrada nessa temporada.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Dexter – Comentários do ep. 4x12 (Final de temporada)
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Seja pela surpresa ou pelo choque, uma coisa é certa: é impossível não encarar a conclusão da ótima 4ª temporada de Dexter como o game changer que produtores e elenco da série indicaram ao longo das últimas semanas. Depois de passar a temporada quase que inteira lidando com a tênue linha que o separava do Trinity Killer à medida em que buscava (inconscientemente?) sua humanização, a cena final com o bebê Harrison ensopado com o sangue de sua própria mãe, Rita (a última vítima do Trinity), reconstruiu num tom tristemente poético a lembrança da formação psicológica de Dexter.
Nessa medida, a temporada que pisou no acelerador do desenvolvimento de seu protagonista se encerrou levantando uma questão óbvia: irá Dexter tentar se distanciar de seu dark passenger conforme vislumbrara pouco depois de matar o Trinity, ou irá dar vazão a ele na medida em que tentará se equilibrar na figura de pai solteiro? A resposta só na desde já aguardadíssima 5ª temporada, mas não me restam dúvidas de que a culpa que Dexter sentirá por ter sido responsável indireto pela ruptura de sua família será um elemento absolutamente central na trama que virá.
Quais serão os ecos que o assassinato de Rita pelo Trinity trará para o círculo de confiança de Dexter? Como Debra reagirá agora que sabe mais detalhes do passado do irmão ligado ao Ice Truck Killer? E Quinn? Assumirá de vez o papel de substituto de Doakes no encalço de Dexter? Essas são só algumas das outras questões que se colocam à mesa com o fim da temporada, mas que no fim se ligam diretamente à maior delas: até quando o grande segredo de Dexter permanecerá protegido?
Outras observações
- No saldo final de uma temporada absolutamente soberba (e que talvez só perca para a primeira), dois únicos pontos negativos: a introdução de Christine e o envolvimento de LaGuerta com Batista acabaram não rendendo o que poderiam ou deveriam.
- Além do excelente John Lighgow (Trinity) que dividiu com Michael C. Hall (Dexter) os melhores momentos da temporada, outra que merece destaque é Jennifer Carpenter. Na evolução da trama, sua conflituosa e sempre destemida Debra acabou ganhou um peso ainda maior que só tende a fazer bem à série.
- Uma dúvida que surge agora: tal qual Harry, poderia Rita aparecer como parte da consciência de Dexter na 5ª temporada?
- À primeira vista injusta, a saída da sempre insegura e emocionalmente frágil Rita (que apresentava uma mudança gradativa e positiva nos dois últimos episódios, diga-se) representa na verdade o artifício narrativo perfeito para catalisar a busca pela humanidade de um monstro que tenta se desconstruir.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Dexter – Comentários do ep. 4x10
Goste ou não dos rumos que a série tomou ( e eu tenho gostado muito), se há uma coisa a se reconhecer dessa quarta temporada de Dexter, é que não tem faltado ousadia no intuito de subverter a imagem que construímos de seu protagonista. Fato é que o Dexter de hoje é muito diferente daquele que conhecemos nos anos anteriores. Ele é mais humano e por isso mesmo cheio de complexidades e contradições. Fora isso, Dexter não é mais só um sujeito frio e extramente calculista. Ele agora se importa, sente e age muito mais pela chance (ou seria obrigação?) de salvar um inocente, do que para – com o perdão do trocadilho - matar sua sede de sangue.
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Expondo a culpa que sente por usar a família como escudo ou artifício que corrobore-o como um cidadão normal, Lost Boys evidencia um Dexter com a clara noção de que suas ações clandestinas afetam direta e decisivamente as vidas não só da sempre insegura Rita, mas sobretudo de seus filhos, mais notadamente do pequeno Cody. Visto como pai exemplar por quem o cerca, como telespectadores testemunhamos Dexter experimentando a angústia de perceber que tudo que ele enoja no Trinity poderia ser um reflexo dele mesmo dali a alguns anos. Assim, mergulhando-o numa sensação até então desconhecida por ele, o episódio apresenta um panorama que pode transformar Dexter não mais num serial killer guiado pela psicopatia, mas sim pelo ‘simples’ desejo de fazer justiça marginal, o que de certa forma confirma uma interprestação que muitos de nós, enquanto fãs, temos dele antes de percebê-lo como um monstro.
Reforçando a ideia de que essa pode ser a melhor temporada da série até aqui, Lost Boys ainda dedicou tempo a explorar a frágil relação pai e filha sustentada por mentiras que envolve o Trinity de Arthur Mitchell com a da repórter Christine. Confusa e motivada pelo desejo de proteger um homem que ela estranhamente admira, caberá à personagem ser o elo que abrirá o ato final da trama. Agora presa, não é exagero ainda imaginar que ela possa representar um risco de exposição que o Trinity queira evitar. Ainda assim, vamos combinar que na perspectiva desenhada para o encerramento da temporada, o que mais importa agora é ver como Dexter conseguirá se equilibrar na cada vez mais tênue linha que o separa da loucura de ter que ser duas pessoas absolutamente distintas, um atrativo que por si só já merece nossa atenção total.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Dexter – Comentário condensado dos eps. 4x06/07/08/09
nos dias 1, 8, 15 e 22 de novembro respectivamente nos EUA
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Assim, no meio de um mar de novidades e ligações construídas pouco a pouco com Arthur Mitchell, Dexter conheceu um monstro diferente e ainda mais complexo que todos que já tinha visto, um que pela primeira vez o faz perder controle sobre suas próprias reações, que confusas e tomadas por uma emoção nova, acabam por expô-lo.
O Trinity Killer feito com maestria por John Lithgow é um homem absolutamente frio, métódico e calculista quando mata mulheres numa banheira, simula o suicídio de jovens mães e desfigura homens de forma selvagem e violenta com um martelo. Já Arthur Mitchell, sua contraparte 'normal', se recusa a matar um animal agonizante, tenta o suicídio, sente medo, culpa e remorso, sentimentos contraditórios para alguém que não abre mão de aterrorizar a própria família tanto física quanto psicologicamente.
Ação de Graças com os Mitchell, um verdadeiro sonho americano
No ataque de Dexter na cozinha e mais tarde nas palavras de sua consciência representada por Harry Morgan, só uma certeza: o Trinity agora sabe que alguém fora de sua destroçada família conhece sua real natureza e estará à sua espera. Se isso significará um embate aberto que finalmente vai expor o grande segredo de Dexter para todos permanece sob mistério, mas dada a excepcional perspectiva contruída, arrisco-me a dizer que teremos pela frente um final de temporada (até aqui irretocável) absurdamente marcante e inesperado em vários sentidos.
Outras observações:
- Inicialmente sem graça e até certo ponto forçada, confesso que tenho me simpatizado mais com a subtrama do envolvimento entre La Guerta e Batista. A razão é simples: os dois atores fizeram a coisa funcionar dando peso ao casal.
- Ok, se não foi o Trinity Killer quem atirou em Debra, quem foi? Na falta de alternativas, fico com a ambiciosa jornalista Christine, que seria uma saída criativa aparentemente preguiçosa, mas que no contexto da trama fará sentido, isso claro, se não for ela a próxima vitima do Trinity como o encerramento do nono episódio parece apontar.
- Rita propensa a trair Dexter com o vizinho? Particularmente não boto muita fé, ainda que a insegurança e a carência afetiva da personagem já tenham sido bastante expostas em episódios anteriores. Resta saber agora o que Masuka fará com o que viu? Contará a Debra, que não saberá como agir com o irmão, talvez?
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Dexter – 4x05 “Dirt Harry”
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Investindo na subtrama dos ‘vacation murderers’ então apontados como responsáveis pelo atentado que vitimou Lundy e feriu Debra, “Dirt Harry” traz Dexter envolto não só na busca por justiça, mas também por vingança, uma situação nova para ele que seguindo as pistas deixadas por Lundy, acaba identificando o Trinity Killer ao passo em que descobre nele o reflexo de sua própria situação: assassino frio, mas com família.
Não faço a menor ideia de como essa trama irá evoluir daqui até o final da temporada, mas não me restam dúvidas de que antes do embate final entre Dexter e o Trinity, veremos o personagem de Michael C. Hall dividido entre o desejo de vingança e a fascinação/oportunidade de entender naquele monstro, como funciona a mente de alguém, que assim como ele, se divide entre dois mundos absolutamente distintos e contraditórios. E ao dizer isso, começo a vislumbrar um final de temporada bem mais sombrio que as anteriores, mas igualmente fundamental para a continuidade do alto nível da série.
Outras observações:
- Embora ainda não tenha ficado claro neste episódio, penso que os autores do atentado a Lundy e Debra foram mesmo os ‘vacation murderers’ ou pelo menos um deles. A pegadinha porém, recairia sobre o fato de que o próprio Trinity possa tê-los induzido a ir até aquele local, uma vez que a investigação de Lundy já não era mais um segredo e poderia expô-lo.
- Sensacional a cena da angustiada Debra (a sempre ótima Jennifer Carpenter) expondo toda sua raiva e insegurança para o irmão, que sempre enxergou nela, sua primeira e forte ligação com o que o mantém são.
- Dada a construção da crescente suspeita de Rita com relação às mentiras de Dexter, fico cada vez mais curioso para ver como se dará a descoberta dela sobre a outra faceta de seu marido.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Um spoiler da 4ª temporada de Dexter
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Na coluna semanal que repercute informações sobre várias séries, o TV Guide abriu espaço para a seguinte pergunta: Quando descobriremos quem atirou em Lundy em Debra?
A resposta, do colunista Adam Bryant foi a seguinte: Tudo aponta para o Trinity Killer, pelo menos na cabeça de Dexter, que [a partir daquele acontecimento] sai à procura do Trinity para matá-lo em vingança por ter ferido Debra. (Sim, ela está viva.) Mas justamente quando ele descobre o paradeiro do Trinity Killer, Dexter descobre algo chocante sobre o assassino. E só vou dizer o seguinte: Trinity e Dexter tem algo em comum que nunca imaginaríamos.
Fora o óbvio (os dois são psicopatas, dãa), só enxergo duas possibilidades para essa ligação entre os dois: 1) O Trinity perdeu a mãe de forma trágica ou 2) O pai biológico de Dexter é o próprio Trinity a verdade é que não vejo muitas possibilidades para justificar o choque dessa ligação. E vocês, imaginam o que?
Séries comentadas: FlashForward 1x04, Fringe 2x05, Dexter 4x04 e House 6x06
(exibido no dia 15/10/2009 nos EUA)
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Fringe - 2x05 “Dream Logic”
(exibido no dia 15/10/2009 nos EUA)
Ainda que tenha deixado a mitologia central um pouco de lado, “Dream Logic” não ignora um elemento dela ao traçar um paralelo entre as vagas lembranças de Peter sobre os sonhos que teve na infância com a resolução do caso da vez envolvendo um pesquisador cuja personalidade obscura (e inconsciente para ele), usava os sonhos de seus pacientes experimentais para matar. E tudo bem que aquele papo de implantes cerebrais nem tenha sido assim tão inventivo (quantas vezes já vimos isso antes em outras séries e filmes?), porque o que realmente vale desse quinto episódio, é o início do que pode se tornar um conflito interessante para o futuro do relacionamento entre Walter (John Noble sempre ótimo na composição do personagem) e Peter quando este último descobrir toda verdade sobre sua ligação com o universo paralelo e as circunstâncias que envolveram seu ‘resgate’ daquela realidade.
Dexter - 4x04 “Dexter Takes a Holiday”
(exibido no dia 18/10/2009 nos EUA)
Corroborando aquela ideia de que as temporada de Dexter vão se tornando mais interessantes de forma progressiva, esse “Dexter Takes a Holiday” pode ser encarado como o episódio em que a trama do quarto ano esquenta de vez. Não só por trazer seu protagonista de volta ao terreno da boa caça, mas também por deixar um gancho absolutamente nervoso para quem acompanha a série semana após semana. Frank Lundy morreu? Debra está só ferida? Para mim é sim para as duas questões, mas quem foi o autor? O Trinity Killer atraído pela exposição que o ex-agente do FBI ganhou no jornal graças ao vazamento de informações (cortesia de Quinn) ou Anton louco de ciúmes pela (re)aproximação de sua namorada com o ex? A dúvida fica no ar, mas particularmente tendo a apostar no primeiro, que ao abandonar seu ritual, dará a oportunidade exata para que Dexter siga seu rastro. Sobre o ‘caso’ do episódio, curioso ver a reação fria e calculista de Dexter - que nesse episódio foi tanto caçador quanto caça – quando finalmente confronta sua vítima (uma policial que matou a própria família) com uma expressão de selvageria crua só para perceber logo em seguida que seu papel de pai e marido tem hoje para ele um significado que vai muito além de um mero disfarce social perfeito. Ótimo episódio.
House – 6x06* “Brave Heart”
(exibido no dia 19/10/2009 nos EUA)
Com cinco episódios consistentes na conta, é mais do que justo dizer que House conseguiu efetivamente refinar sua antiga fórmula tornando-a mais atraente. Esse “Brave Heart” por exemplo, teve de tudo um pouco: sequência pré-créditos com tomadas engenhosas e de muita ação (uma raridade na série); um caso misterioso, mas sem sintoma e que rendeu um dos maiores choques já proporcionados pela série na cena da autópsia; a culpa consumindo Chase, que finalmente voltou a ganhar um bom espaço na série e deu conta do recado na cena da confissão na igreja; e finalmente, a curiosa pegadinha envolvendo sussurros que por instantes nos levavam a crer na possibilidade de ver House tendo que voltar para o Hospital Psiquiátrico Mayfield (o que aliás, nos deu a chance de ver como Wilson ainda sentia a falta de Amber). Em suma mais um episódio que mantém até aqui o bom ritmo de uma temporada que, como já apontei antes, tem tudo para ser das melhores da série.
*Embora na ordem de exibição esse tenha sido o quinto episódio da temporada, oficialmente foi o sexto na produção da série uma vez que o primeiro foi duplo. Para tirar a dúvida, vale registrar que a própria Fox segue essa contagem.