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sexta-feira, 6 de junho de 2008

PUSHING DAISIES - Balanço da 1ª Temporada

Quem relevou o aspecto surreal da trama central da série - homem que tem poder de trazer qualquer coisa ou alguém de volta à vida por 1 minuto - certamente deve ter se apaixonado por Pushing Daisies. Combinando com rara perfeição o drama e a comédia, a série construiu uma idéia original como há muito tempo não se via na TV. Da simpática trilha sonora passando pela fotografia caprichada, à narração em off e um protagonista carismático, tudo conspirou para que a série se tornasse um conto de fadas moderno e que acabou caindo no gosto do público americano que a elegeu a melhor nova série da temporada 2007/2008.

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    O que era receio no início - a temática era diferente e ambiciosa demais para uma série exibida por um canal aberto americano (a ABC) - acabou consolidando-se como um sucesso merecido com críticas altamente positivas que ajudaram a enterrar o risco de ter uma vida curta por causa de audiência, um evento que quase sempre condena boas idéias nas séries americanas.

    Ao longo desta curta temporada (apenas 9 episódios em função da greve dos roteiristas), a série conseguiu introduzir o mistério da semana de forma sempre divertida e no tom que me parece ideal. Foi fácil ser cativado pela simpatia e pelo romance impossível do casal Ned e Chuck - tranquilamente um dos casais mais carismáticos da tv atual - que aliado ao aparente constante mau humor de Emerson em contraste com a doçura de Olive (a loirinha que é a cara da Eliana dedinhos) formaram um elenco decididamente interessante.

    Equilibrando drama e o humor negro com raro talento e textos simples mas bem escritos, Pushing Daisies apresentou-nos a personagens que fogem da superficialidade e que com atuações inspiradas trouxeram um ar de simpática melancolia que garantiu à série o merecido status de uma das mais imperdíveis da temporada.

    Cotação da 1ª temporada: 9

quinta-feira, 5 de junho de 2008

GOSSIP GIRL - Balanço da 1ª temporada



Confesso. Gossip Girl foi meu guilty pleasure da temporada 2007/2008. Encerrada ontem na Warner, a 1ª temporada da série, inspirada em livros (que já são 12) de mesmo nome, narra a vida de adolescentes (e seus pais) da elite nova-iorquina através dos relatos de uma misteriosa blogueira que se identifica apenas como Gossip Girl, claro, na voz da atriz Kristin Bell (Veronica Mars e Heroes).

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    Embora não escape de um dos maiores clichês presentes em praticamente todas as séries que exploram a temática teen - jovens adultos se passando por adolescentes com pais que , por vezes, mais se parecem seus irmãos e que são tão imaturos quanto os filhos - Gossip Girl construiu uma trama com bases sólidas e com personagens que fogem da superficialidade, apresentando diversas camadas que justificam o interesse gerado em torno da série (nos EUA ela foi uma das mais baixadas no iTunes).

    O mais divertido de Gossip Girl é que ela não se propõe a refletir com exatidão o que é ou como funcionam os bastidores da elite, mas sim evidenciar com uma linguagem objetiva que por trás do dinheiro e do luxo escondem-se os piores segredos e as maiores angústias de cada um daqueles jovens personagens. E se falei em clichês de séries teens lá no início, vale citar que há aqui, claro, o bonzinho ingênuo que parece não se deixar contaminar pelo ambiente que o cerca (Dan Humphrey), um que precisa encarar a maturidade antes dos amigos (Nate Archibald), a garota mimada, manipuladora e vingativa (Blair Waldorf), uma que não perde a oportunidade de se humilhar em nome de uma chance para entrar no seleto clubinho da elite (Jenny Humphrey), o mau caráter conquistador (Chuck Bass) e por fim, a protagonista da série (Serena va der Woodsen, a bela atriz Blake Lively) que cumpre com perfeição o papel de heróina boazinha e simpática mas com podres no passado e problemas na família.

    Quem olha a série de fora e julga sem conhecer, deixa de descobrir que além de entreter, no fundo Gossip Girl retrata as consequências que a desestruturação familiar provoca/provocou em cada um daqueles jovens. Todos eles, sem exceção, sofrem ou sofreram em maior ou menor grau os impactos de separações dos pais ou mesmo traumas de uma criação onde carinho e respeito eram as últimas lições aprendidas. Blair e Chuck, os vilõezinhos da trama, se é que podemos chamá-los assim, são belos exemplos do que cito e ao mesmo tempo dois dos personagens que considero mais interessantes na série. A complexidade da dupla vai além das barreiras de uma elite interessada apenas no supérfluo, apresentando uma química que funciona perfeitamente no divertido jogo de amor e ódio vivido entre os dois ao longo da temporada. É interessante perceber que mesmo quando o tigre parece querer mudar suas listras, não o faz por puro capricho como sustenta a Gossip Girl em uma sequência do final da temporada. Ao mesmo tempo é divertido ver que o choque de diferenças entre Serena e Dan é o que os atrai. Os dois são o reflexo de um antigo relacionamento vivido entre seus pais (Lily van der Woodsen e Rufus Humphrey) e vê-los tentando não repetir os erros do passado de seus progenitores, é um dos aspectos que faz da série uma diversão genuína que consegue trazer temas relativamente espinhosos à discussão sem torná-la pretenciosa e exagerada demais.

    Não sei que rumos a série tomará na próxima temporada, mas acredito que tal qual já ocorreu com outras do gênero, Gossip Girl possa ter uma vida relativamente longa se seguir a linha que introduziu nessa boa temporada de estréia.

    Cotação da 1ª temporada: 8,5

quarta-feira, 4 de junho de 2008

THE BIG BANG THEORY - Balanço da 1ª Temporada

"Smart is the new sexy," ou simplesmente a inteligência é o novo sexy diz a curiosa tagline da comédia The Big Bang Theory.

Encerrada na noite do dia 03 de junho na Warner, a 1ª Temporada da série decididamente teve - pelo menos na minha opinião - muito mais pontos altos do que baixos e a justificativa passa por Chuck Lorre, mesmo criador de Two and a Half Men e que aqui soube ao lado de Bill Prady, dosar com singular talento o excesso de clichês que inundam produções envolvendo o universo nerd/geek ao mesclar ótimas e divertidíssimas sacadas que exploram situações aparentemente banais mas que evidenciam a enorme dificuldade que um grupo de gênios da física tem quando o assunto é o relacionamento humano.

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    Em linhas gerais, The Big Bang Theory gira em torno das desventuras e confusões de dois físicos (Leonard e Sheldon) e seus amigos (Raj e Howard) que ao conviverem com a bela e descolada Penny - uma jovem que se muda para o prédio onde a dupla mora - descobrem que a vida fora dos laboratórios pode ser muito mais complexa do que o entendimento da teoria da relatividade.

    Os esteriótipos de nerds estão todos lá representados no caricato quarteto masculino da série. Leonard é o típico apaixonado com sérias dificuldades de expressar sentimentos, Sheldon é o ranzinza anti-social divirtidamente insuportável, Koothrappali é o indiano que não consegue conversar com mulheres (a não ser que esteja bêbado, claro) enquanto Howard faz a figura de nerd tarado sem noção mas que ainda mora com a mãe.

    Os 4 personagens são inegavelmente figuras curiosas, mas é fato que ao longo dessa temporada de 17 episódios, quem efetivamente roubou a cena na maior parte das vezes foi Sheldon (o ótimo Jim Parson), o mais excêntrico do grupo e com quem Penny tem as 'discussões' mais engraçadas. Houveram, claro, algumas situações que forçarm a barra na tentativa de fazer graça, mas no geral elas foram raras e não impediram TBBT de consolidar-se como uma comédia de textos simples mas que cumprem a missão de garantir uma diversão despretensiosa.

    Destaques da Temporada:

    Sheldon discutindo com Penny a (ir)relevância dos signos na formação da personalidade de cada um. (Episódio Piloto)

    A explicação de Sheldon para sua fantasia de 'efeito Doppler' na festa na casa de Penny; e Raj se dando bem com uma mulher por saber "ouví-la" (Ep. 6 The Middle Earth Paradigm)

    Sheldon inventando uma complexa mentira para que ele e Leonard escapem de ter que ir assistir uma apresentação de Penny (Ep. 10 The Loobenfeld Decay)

    A irritação de Sheldon com a ameaça de um novo prodígio que chega ao laboratório (Ep. 12 The Jerusalem Duality)

    As bizarríssimas situações envolvendo a 'Máquina do Tempo' comprada por Leonard. (Ep. 14. The Nerdvana Annihilation)

    A 'briga' dos nerds para se aproximar da irmã gêmea de Sheldon. (Ep. 15. The Shiksa Indeterminacy)

    Howard e a reação alérgica auto provocada para evitar que Leonard descobrisse os planos de uma festa surpresa armada para ele, e claro, sua proposta à Penny de um ménage à trois :p (Ep. 16 The Peanut Reaction)

    Todos os ótimos e engraçadíssimos diálogos de Leonard prestes a ver a chance de sair com Penny se tornar realidade (Ep. 17 The Tangerine Factor - Final da temporada)

    Cotação da temporada: 7,5

segunda-feira, 26 de maio de 2008

SAMANTHA WHO? - Balanço da 1ª Temporada

Quando a comédia Samantha Who? estreou, confesso que odiei a premissa da série por só enxergar nela uma tentativa infrutífera de imitação ao mote central de My Name is Earl com a diferença de que aquela série me garantia risadas e essa não. Nesse período de, digamos, conhecimento, cheguei até a apelidar a série de 'Samantha Ruim', tamanho era meu desagrado.


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    Porém, sem nem saber explicar exatamente porque, acabei dando novas chances à série até que no 4º episódio The Virgin, finalmente fui fisgado pelas desventuras de Samantha. A verdadeira explicação para isso talvez esteja no misto de interpretação por vezes canastrona mas não menos divertida de Christina Applegate que faz a Samantha, na bela química estabelecida pela protagonista com suas duas e absurdamente diferentes amigas - as personagens Andrea (Jenifer Esposito) e Dena - ou ainda nas confusões armadas involuntariamente por Howard e Regina (a ótima Jean Smart, a 1ª dama da 5ª temporada de 24 Horas), pais de Samantha.

    A trama da série para quem não conhece, conta a história de uma mulher (Samantha) que era a maior sacana da face da Terra mas que depois de um acidente perde a memória e ao acordar descobre que precisa consertar tudo de errado que fizera antes. E nisso inclui-se a reaproximação de uma amizade antiga com Dena, o reestabelecimento da relação até então distante com os pais, e sobretudo a descoberta se seu então namorado Todd (Barry Watson de What About Brian?) ainda significa algo para ela.

    Cada episódio mostra um rápido flash de uma determinada bobagem ou maldade feita por Samantha (ou Sam como é chamada) no passado pré-acidente e a partir daí trata o desenvolvimento da dinâmica que mistura diversas situações bizarras e engraçadas com revelações que pouco a pouco ajudam a protagonista a se reencontrar e entender que tipo de pessoa ela é de verdade. No Brasil a série é exibida pelo Sony, mas nos EUA a temporada de estréia (com 15 episódios) foi encerrada no último dia 12 de maio com o episódio The Birthday que girou em torno da festa de aniversário de Samantha e sua confusa relação com seu ex/atual namorado Todd. Para quem não conhece fica aí a dica.

    Cotação da temporada: 7,5

domingo, 25 de maio de 2008

THE OFFICE - Balanço da 4ª temporada

Com spoiler para quem acompanha a 4ª temporada pelo FX



Embora muitos discordem, The Office é hoje na minha opinião a comédia mais bem escrita e engraçada da tv. A 4ª temporada encerrada no último dia 15 nos EUA, não só foi uma das melhores da série, como confirmou a idéia de que a versão americana amadureceu ganhando uma identidade própria que ajudou a distanciá-la de comparações com a original inglesa estrelada por Rick Gervais.

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    Apesar da temporada mais curta provocada pela greve dos roteiristas, tivemos momentos marcantes e decisões corajosas que renderam um maior desenvolvimento para os personagens (preocupação rara na maioria das comédias). A temporada quebrou, por exemplo, a regra de que personagens que tem atração só devem ficar juntos no final da história. O namoro/noivado de Jim e Pam não só confirmou a química entre a dupla como tornou-os ainda mais carismáticos rendendo diversas sequências engraçadas (quem não riu e se surpreendeu com a cena em que Jim simulara um pedido de casamento na rua?). Outra decisão acertada desta temporada foi a de colocar Ryan como novo chefe(!) de Michael rendendo à dinâmica da dupla uma camada ainda mais bizarra na inversão de papéis e nisso os créditos vão para Steve Carrell, cada vez melhor e mais à vontade no papel imprimindo ao Michael uma personalidade que se altera entre o imbecil ingênuo e o insuportável sem noção.

    Dwight, outro personagem da linha sem noção, também cresceu em função do rompimento do namoro secreto com Angela (insuportavelmente certinha como sempre) e claro, graças às atuações inspiradas de Rainn Wilson em episódios como Dunder Mifflin Infinity (onde ele cria um perfil para entrar no Second Life), Money (no qual Jim e Pam passam a noite na fazenda de beterrabas dele), Branch Wars (onde ataca a filial de Karen em cia de Michael e Jim) e em Did I Stutter? (onde deu um pequeno golpe comercial em Andy).

    Em essência, a verdade é que a 4ª temporada teve poucas falhas e muitos acertos. Os roteiros privilegiaram a noção de que aqueles personagens e situações poderiam ser de fato reais, usando e abusando da capacidade de constranger. E mesmo quando o exagero tomou conta, como na cena de Dunder Mifflin Infinity em que Michael joga o carro dentro do lago para "provar" que a tecnologia era falível, pudemos enxergar sinceridade nas ações dos personagens.

    Assim, quando chegamos ao final com Goodbye, Toby já tinhamos a clara percepção de que a temporada cumprira com louvor a missão de divertir. O final trouxe inclusive vários ganchos brilhantes que aumentam ainda mais a expectativa pela 5ª temporada (que terá 28 episódios). A saída de Toby, a chegada de Holly (e sua incrível e divertida dinâmica com Michael), a notícia de que Pam fora aceita na escola de artes de Nova York (como fica o romance com Jim?), a prisão de Ryan por adulterar dados da empresa, o flagrante da traição de Angela (que aceitara o pedido de casamento feito por Andy) com Dwight e a revelação de que Jam está grávida de um filho que não é do Michael prometem agitar ainda mais a próxima temporada que começa no dia 25 de setembro.

    Momentos mais marcantes da temporada (sem ordem de preferência):

    (1) Toda a sequência da audiência do processo de Jam contra a Dunder Mifflin e da constrangedora leitura do diário de Michael em The Deposition. (2) Dwight e sua segunda versão no Second Life em Money. (3) A exibição do vídeo inacreditavelmente melhor, feito por Michael, sobre a Dunder Mifflin Scranton, em Local Ad. (4) A discussão de Michael e Jam em Dinner Party na qual ele fala sobre quão doloroso era reverter a vasectomia 3 vezes! (5) Michael lamentando profundamente a morte de uma modelo que ele sequer conhecia em The Chair Model. (6) O esporro de Stanley em Michael depois de mais uma 'brincadeira' deste em Did I Stutter? (7) Holly caindo na pegadinha de que Kevin era um funcionário "especial" em Goodbye, Toby.

    E para finalizar, as letras disponibilizadas no blog do roteirista Paul Lieberstein (que faz ou fazia o Toby) das impagáveis versões comentadas por Michael na cena em que ele cantou para homenagear Toby no final da temporada. Dá até para se arriscar a cantar hein?! :p

    "Total Eclipse of the Fart"

    Turn around
    every now and then I get a little bit stinky
    and the farts are coming out of my butt

    I need to fart tonight
    I need to fart forever
    and if you'll only pull my finger
    we'll be smelling farts together

    turn around, fart sound
    Every now and then I cut a fart


    "Beers in Heaven"

    Would you drink a beer/
    If you saw it in heaven/
    Would it taste the same/
    If you drank eleven?

    Take off your clothes/
    And touch your toes
    Cause I know we'll drink a beer
    Beers in heaven


    E você, curtiu esta temporada também? Que momentos destaca e para onde acha que caminhará a trama na próxima?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

AMERICAN IDOL - Balanço da temporada 2008

Atenção este post contém spoiler para quem acompanha o American Idol pelo Sony.



Críticas à parte, verdade seja dita. Quando o assunto são os programas de competição, o American Idol ainda continua sendo o melhor de todos apesar dos tropeços da temporada 2008 que foram, diga-se de passagem, bem significativos. Não vou nem citar a queda na audiência porque esse foi um "fenômeno" que de uma forma ou de outra abateu-se sobre todos os programas e séries, mas analisando em retrocesso é fácil perceber que esse ano os jurados de certa forma foram mais condescendentes ao permitirem que alguns candidatos pouco qualificados fossem à etapa de Hollywood e passassem ao Top 24. Dentre estes, haviam alguns que simplesmente não demonstraram força ou sustentabilidade artística para criar e inovar ao longo das apresentações e o exemplo mais notório deles foi o de Jason Castro, candidato que escondia sua fragilidade vocal atrás dos dreadlocks... Outro ponto muito criticado pelos fãs do programa foram as escolhas de temas pouco populares ou pelo menos deslocados demais do formato do programa. As noites dedicadas a Dolly Parton, Andrew Lloyd Webber e Neil Diamond não renderam o esperado engessando grande parte das apresentações. Fora isso, certas injustiças - essas cometidas pelo público votante - também ajudaram a comprometer a qualidade do programa. A eliminação prematura de Michael Johns por exemplo soou quase como uma afronta em um período em que ainda tínhamos Kristy Lee Cook e o já citado Jason na competição.

Contudo e apesar disso, admito que o programa me divirtiu bastante. Ao longo desses quase 5 meses, ri com as tosquices da etapa de testes como sempre acontece (quem não lembra da candidata vestida de princesa Leia?), com as críticas sempre afiadas e ácidas de Simon, os 'nhem nhems' e as escorregadas da Paula (como no dia em que ela deu a opinião sobre uma apresentação do D. Cook que sequer tinha ocorrido) e os 'dudes' em excesso do Randy. Vi apresentações bem sólidas e arranjos criativos e atraentes para canções já consagradas nas vozes de candidatos que muitas vezes surpreenderam pela ousadia. E foi assim que o programa chegou a mais uma final onde os dois Davids duelaram na 1ª noite da finalíssima.

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    Archuleta ou Cook, quem merece o título? Os dois sem dúvida foram consistentes ao longo do programa e fiéis a seus estilos. Enquanto o primeiro investiu no pop melódico ou nas baladas pouco óbvias para alguém de sua idade (ele tem apenas 17 anos!) sem no entanto mudá-las, o segundo arriscou-se muito mais modificando arranjos de músicas já clássicas como Hello de Lionel Ritchie no que inclusive rendeu uma de suas melhores apresentações em todo o programa.

    A noite de apresentações começou de forma estranha com a introdução da música tema do Rocky Balboa anunciando a batalha que estava por vir enquanto os 2 Davids surgiam com capas de lutadores de boxe tentando ignorar o constrangimento. E como se isso já não fosse pouco, os caras ainda tiveram a idéia de colocar um treinador de boxe(!?) dando dicas para cantores. Bom, bizarrices à parte logo foi revelado que os dois cantariam 3 músicas. A primeira por escolha do mega produtor Clive Davies, a segunda por escolha deles mesmos dentre as 10 mais votadas de uma seleção enviada por compositores amadores na competição paralela do AI e por último o repeteco de uma música que eles já tivessem cantado antes. Tudo isso com direito à dicas do compositor Andrew Lloyd Weber retornando ao papel que já desempenhara 1 mês antes.

    Cook cantou "I still haven't found what i'm looking for" do U2, "Dream Big" uma das composições ranqueadas no top 10 e por último repetiu a performance de "The World I Know" do Collective Soul. Archuleta por sua vez, teve "Don't Let the Sun go Down on Me" do Elton John, "In this Moment" outra selecionada do concurso de composições inéditas do AI e o repeteco de "Imagine"de John Lennon encerrando seu repertório.

    Saldo final: Mesmo tendo as apresentações mais lineares e sólidas da noite, Archuleta não me convence como artista ou ídolo. Ele inegavelmente tem uma voz muito boa e que certamente fará sucesso com baladas pops e românticas, mas Cook tem um carisma e uma presença de palco mais autêntica demonstrando qualidades de adaptabilidade que permitem que ele passeie por estilos distintos sem perder sua identidade rockeira. E é por isso que na noite deste dia 21 de maio vou torcer para a vitória do David mais velho. Se ele vai faturar o prêmio ou não eu não sei, mas se a frase dita por Simon ao Cook nessa temporada for levada a sério pelo público votante, o talento merece ganhar da popularidade do Archuleta.

    E para finalizar, o vídeo da melhor apresentação de David Cook no programa.