Absolutamente distintas em suas temáticas, mas idênticas na ousadia de seus textos e do que mostram na tela, as atuais temporadas de True Blood e Entourage tem garantido à HBO americana a melhor, mais divertida e polêmica dobradinha de séries hoje no ar. Exibidas nas noites de domingo nos EUA, ambas vem gerando grande repercussão aqui e principalmente lá com gente ‘entendida’ criticando as duas produções por supostamente terem ‘perdido a mão’ e os limites do que deveria ser ou não tolerável, vejam só, em obras de ficção. Pois é, e você aí achando que mimimi inexistia quando o assunto é série de tv...
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Agora, o que realmente tem me impressionado de tudo que ando lendo sobre séries aqui e lá fora, é a quantidade de críticos reclamando que True Blood está bizarra demais em sua 3ª temporada. Em que planeta essa gente vive? Será que começaram a ver a série só agora? Porque só isso explica críticas desse tipo para uma série que desde seus primeiros minutos nunca negou que o que é trash e incomum sempre foi (e será) a base principal de suas histórias. Não gostar dos rumos que Allan Ball tem dado à adaptação dos livros de Charlaine Harris é aceitável e até natural, mas daí a ignorar o peso da narrativa ousada de uma série que mistura mitos com tabus, soft porn com romance, política com religião e fanatismo com tolerância como nenhuma outra produção faz para tentar embasar críticas rasteiras é de um exagero absurdo, principalmente quando a maioria esquece de um simples detalhe: no fim, True Blood só quer entreter sendo diferente. Será que isso é um pecado tão mortal assim?
E só para constar...
Destaques dos 3 episódios mais recentes das 2 séries (com spoilers para quem não está em dia com a exibição americana):
Entourage (Eps. 7x06, 7x07 e 7x08)
- A neura de Turtle em função do ‘desempenho’ que teve com Alex e a pilha colocada por Johnny Drama e Vince.
- Drama na defensiva frente a chance de finalmente poder estrelar sua própria série, uma animação no estilo Simpsons em que ele personifica um gorila revoltado com a vida!
- Eric e a belíssima Sloan ‘sofrendo’ na tentativa de experimentar uma posição sexual bem tabu.
- Todos os xingamentos de Ari ao provar do próprio veneno ao se ver chantageado por sua ex-funcionária e mais tarde ao ver ruir o sonho de gerir um time da NFL ao mesmo tempo em que tem que lidar com uma crise no casamento.
- Vince chutando todos os baldes possíveis e imagináveis na vida de um astro que tem como namorada uma porn star do naipe de Sasha Grey.
True Blood (Eps. 3x8, 3x09 e 3x10)
- A quentíssima reconciliação entre Sookie e Bill, que mais tarde fala de forma inspirada sobre o que a garçonete significa para ele.
- Eric se ‘divertindo’ com Talbot e matando o amante do rei Russel de forma selvagem logo em seguida.
- Russel escancarando seu ódio pela autoridade pacífica dos vampiros e seu desprezo pelos humanos em plena rede nacional. Uma das melhores sequências da temporada, talvez?
- Lafayette e Jesus na viagem psicodélica turbinada por V.
- O estranhíssimo Franklin morrendo (de novo) graças a Jason que posteriorement confessa a Tara ser o responsável pela morte de Eggs.
- A cara de Terry quando Arlene lhe conta sobre a paternidade do filho que ela espera.
- Sam relembrando que tinha sangue nas mãos em seu passado.
- A revelação de que Sookie na verdade é uma fada e o fato de Eric decidir, meio a contragosto é verdade, usá-la como arma para se proteger da ira de Russel.
Ficou alguma coisa de fora?