Absolutamente distintas em suas temáticas, mas idênticas na ousadia de seus textos e do que mostram na tela, as atuais temporadas de True Blood e Entourage tem garantido à HBO americana a melhor, mais divertida e polêmica dobradinha de séries hoje no ar. Exibidas nas noites de domingo nos EUA, ambas vem gerando grande repercussão aqui e principalmente lá com gente ‘entendida’ criticando as duas produções por supostamente terem ‘perdido a mão’ e os limites do que deveria ser ou não tolerável, vejam só, em obras de ficção. Pois é, e você aí achando que mimimi inexistia quando o assunto é série de tv...
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Que alguns achem os rompantes de Ari Gold (o ótimo Jeremy Piven, de novo em forma na atual 7ª e penúltima temporada de Entourage) perversos demais vá lá, mas negar que sempre tenham sido a essência do personagem e a principal fonte de risos fáceis da série (ao lado dos chiliques de Johnny Drama, claro, e dos diálogos ácidos e sem censura) é uma imensa besteira. Igualmente infundados são os questionamentos acerca da porralouquice em que se transformou a vida de Vince, que se andava apagado na série há tempos, ganhou uma guinada interessante ao finalmente vender-se como um astro de Hollywood que põe a carreira em risco por alguns momentos de prazer irresponsável.
Agora, o que realmente tem me impressionado de tudo que ando lendo sobre séries aqui e lá fora, é a quantidade de críticos reclamando que True Blood está bizarra demais em sua 3ª temporada. Em que planeta essa gente vive? Será que começaram a ver a série só agora? Porque só isso explica críticas desse tipo para uma série que desde seus primeiros minutos nunca negou que o que é trash e incomum sempre foi (e será) a base principal de suas histórias. Não gostar dos rumos que Allan Ball tem dado à adaptação dos livros de Charlaine Harris é aceitável e até natural, mas daí a ignorar o peso da narrativa ousada de uma série que mistura mitos com tabus, soft porn com romance, política com religião e fanatismo com tolerância como nenhuma outra produção faz para tentar embasar críticas rasteiras é de um exagero absurdo, principalmente quando a maioria esquece de um simples detalhe: no fim, True Blood só quer entreter sendo diferente. Será que isso é um pecado tão mortal assim?
E só para constar...
Destaques dos 3 episódios mais recentes das 2 séries (com spoilers para quem não está em dia com a exibição americana):
Entourage (Eps. 7x06, 7x07 e 7x08)
- A neura de Turtle em função do ‘desempenho’ que teve com Alex e a pilha colocada por Johnny Drama e Vince.
- Drama na defensiva frente a chance de finalmente poder estrelar sua própria série, uma animação no estilo Simpsons em que ele personifica um gorila revoltado com a vida!
- Eric e a belíssima Sloan ‘sofrendo’ na tentativa de experimentar uma posição sexual bem tabu.
- Todos os xingamentos de Ari ao provar do próprio veneno ao se ver chantageado por sua ex-funcionária e mais tarde ao ver ruir o sonho de gerir um time da NFL ao mesmo tempo em que tem que lidar com uma crise no casamento.
- Vince chutando todos os baldes possíveis e imagináveis na vida de um astro que tem como namorada uma porn star do naipe de Sasha Grey.
True Blood (Eps. 3x8, 3x09 e 3x10)
- A quentíssima reconciliação entre Sookie e Bill, que mais tarde fala de forma inspirada sobre o que a garçonete significa para ele.
- Eric se ‘divertindo’ com Talbot e matando o amante do rei Russel de forma selvagem logo em seguida.
- Russel escancarando seu ódio pela autoridade pacífica dos vampiros e seu desprezo pelos humanos em plena rede nacional. Uma das melhores sequências da temporada, talvez?
- Lafayette e Jesus na viagem psicodélica turbinada por V.
- O estranhíssimo Franklin morrendo (de novo) graças a Jason que posteriorement confessa a Tara ser o responsável pela morte de Eggs.
- A cara de Terry quando Arlene lhe conta sobre a paternidade do filho que ela espera.
- Sam relembrando que tinha sangue nas mãos em seu passado.
- A revelação de que Sookie na verdade é uma fada e o fato de Eric decidir, meio a contragosto é verdade, usá-la como arma para se proteger da ira de Russel.
Ficou alguma coisa de fora?
Agora, o que realmente tem me impressionado de tudo que ando lendo sobre séries aqui e lá fora, é a quantidade de críticos reclamando que True Blood está bizarra demais em sua 3ª temporada. Em que planeta essa gente vive? Será que começaram a ver a série só agora? Porque só isso explica críticas desse tipo para uma série que desde seus primeiros minutos nunca negou que o que é trash e incomum sempre foi (e será) a base principal de suas histórias. Não gostar dos rumos que Allan Ball tem dado à adaptação dos livros de Charlaine Harris é aceitável e até natural, mas daí a ignorar o peso da narrativa ousada de uma série que mistura mitos com tabus, soft porn com romance, política com religião e fanatismo com tolerância como nenhuma outra produção faz para tentar embasar críticas rasteiras é de um exagero absurdo, principalmente quando a maioria esquece de um simples detalhe: no fim, True Blood só quer entreter sendo diferente. Será que isso é um pecado tão mortal assim?
E só para constar...
Destaques dos 3 episódios mais recentes das 2 séries (com spoilers para quem não está em dia com a exibição americana):
Entourage (Eps. 7x06, 7x07 e 7x08)
- A neura de Turtle em função do ‘desempenho’ que teve com Alex e a pilha colocada por Johnny Drama e Vince.
- Drama na defensiva frente a chance de finalmente poder estrelar sua própria série, uma animação no estilo Simpsons em que ele personifica um gorila revoltado com a vida!
- Eric e a belíssima Sloan ‘sofrendo’ na tentativa de experimentar uma posição sexual bem tabu.
- Todos os xingamentos de Ari ao provar do próprio veneno ao se ver chantageado por sua ex-funcionária e mais tarde ao ver ruir o sonho de gerir um time da NFL ao mesmo tempo em que tem que lidar com uma crise no casamento.
- Vince chutando todos os baldes possíveis e imagináveis na vida de um astro que tem como namorada uma porn star do naipe de Sasha Grey.
True Blood (Eps. 3x8, 3x09 e 3x10)
- A quentíssima reconciliação entre Sookie e Bill, que mais tarde fala de forma inspirada sobre o que a garçonete significa para ele.
- Eric se ‘divertindo’ com Talbot e matando o amante do rei Russel de forma selvagem logo em seguida.
- Russel escancarando seu ódio pela autoridade pacífica dos vampiros e seu desprezo pelos humanos em plena rede nacional. Uma das melhores sequências da temporada, talvez?
- Lafayette e Jesus na viagem psicodélica turbinada por V.
- O estranhíssimo Franklin morrendo (de novo) graças a Jason que posteriorement confessa a Tara ser o responsável pela morte de Eggs.
- A cara de Terry quando Arlene lhe conta sobre a paternidade do filho que ela espera.
- Sam relembrando que tinha sangue nas mãos em seu passado.
- A revelação de que Sookie na verdade é uma fada e o fato de Eric decidir, meio a contragosto é verdade, usá-la como arma para se proteger da ira de Russel.
Ficou alguma coisa de fora?
Uffa... ainda bem, Davi! Já estava pensando que você tinha parado de escrever sobre True Blood! Senti muita falta dos teus comentários sobre a série nos últimos episódios.
ResponderExcluirConcordo plenamente com você. True Blood nunca escondeu sua face trash, bizarra e exagerada. Aliás, desde o primeiro capítulo foi assim. E é exatamente isso que tem atraído tantos fãs! A irreverência! Tirar isso da série é desqualificá-la, deixá-la irreconhecível...
Sim, e escreva mais sobre TB!!
Abraços!
Caramba cara, o que houve para todo esse hiato em relação a True Blood, já estava pensando que você tinha se convertido ao grupo dos "amargos e ressentidos contra seriados legais". Logo você que resistiu bravamente quando esse grupo assentava baterias contra Lost e agora que a série acabou se voltou para True Blood. E não pense que eu fiquei satisfeito com esse post dividido com Entourage e onde você apenas pinça alguns momentos dos três últimos episódios. Eu quero é ver postagens de verdade com um comentário decente para cada um dos episódio. Quanto a cena do Russel Ronaldo Ésper Edingthon na TV, eu diria que ela deve ser utilizada para indicá-lo ao Emmy do ano que vém, alguma chance de alguém superá-lo se isso acontecer?
ResponderExcluirCara, o episódio 9 de TrueBlood foi muito bom. Mas esse décimo, só consegui ver até os 30:00. Vou terminar depois. Se continuar nesse "chove-não molha", vou desistir da série.
ResponderExcluirValeu.
Davi, você devia assistir The Big C da Showtime. É bem legal!
ResponderExcluirNão vai sair nenhuma resenha do Emmy?
ResponderExcluirDavi, você e Juliana já assistiram a The Sopranos e Six Feet Under?
Vou publicar meus palpites antes da cerimônia, Diogo. Sobre Sopranos e Six Feet Under, sim, já vi as duas e ambas são excepcionais e fazem parte da minha lista de melhores de todos os tempos :)
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