sábado, 8 de outubro de 2011
Contágio (Contagion)
sábado, 1 de outubro de 2011
Drive, a Grande Surpresa do Ano no Cinema
domingo, 18 de setembro de 2011
Conan, o bárbaro – Planeta dos Macacos: A Origem – Cowboys & Aliens
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
O Homem do Futuro
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Contando com produção de incontestável qualidade (são bem eficientes os efeitos que sustentam o lado sci fi da trama, por exemplo), boa montagem, diálogos ágeis e um casal protagonista (Moura e Alinne Moraes) que mostra boa química em cena, O Homem do Futuro não deve nada à maioria dos filmes do gênero feitos lá fora. Além disso, é justo reconhecer que o filme é ousado no que se refere à iniciativa de mesclar romance com o conceito da viagem no tempo para sugerir uma discussão sobre a (ir)racionalidade do amor, falar de desilusões, chances perdidas e da necessidade de se aceitar e aprender com erros para evoluir num contexto pessoal.
E se no geral o filme não decepciona como comédia (há momentos realmente engraçados envolvendo Wagner Moura se desdobrando entre suas versões), infelizmente derrapa no apressado terceiro e último ato. Afinal, é nele que se revela a fragilidade lógica do roteiro de forma clara com algumas ‘puladas de tubarão’ que evidenciam uma amarração paradoxal para a história que se encerra deixando no ar uma dúvida que remete diretamente àquela famosa pergunta: quem veio primeiro? O ovo ou a galinha?
Derrapadas à parte, é inegável que o saldo de O Homem de Futuro é mais positivo do que negativo. A trilha sonora é ótima, os coadjuvantes não deixam a bola cair e as boas participações especiais são divertidas e equilibradas. Ainda assim, tenho quase certeza que se o Claudio Torres tivesse uma máquina como a do personagem de Wagner Moura, provavelmente ficaria tentado em usá-la para voltar no tempo e corrigir alguns equívocos que impedem seu filme de se tornar mais relevante para o gênero.
Cotação:
O Homem do Futuro tem pré-estreia nesse final de semana em algumas cidades e chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 2/9.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
A Árvore da Vida (The Tree of Life)
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A partir das reflexões de um adulto (Sean Penn) em busca de reconciliação com seu passado (sobre o qual vemos uma extensa série de fragmentos) e de recortes dos mais variados e singulares momentos da formação da própria vida na Terra, Malick constrói uma narrativa que foge de qualquer lógica linear, revelando-se, através de metáforas, belíssimos e valorizados planos (amparados por uma fotografia não menos brilhante), uma obra-prima sobre a eterna busca do homem por compreensão a respeito de seu papel aqui.
Fiel ao conceito de que menos pode ser mais, Malick concentra a atenção da narrativa muito mais nas reações da interação de seus personagens (repare, por exemplo, na dolorosa dificuldade do personagem de Brad Pitt em demonstrar carinho pelos filhos) do que no que é dito por eles. E assim, com a simplicidade de um gênio, o cineasta molda, com o presente e o passado (do planeta e do personagen de Sean Penn), um retrato poético e absolutamente marcante a respeito de incertezas e dilemas comuns a todos nós e daquilo que nos une: o desejo de encontrar no outro (e na natureza), aquilo que buscamos em nós mesmos: segurança, paz, conforto, amor...
A Árvore da Vida é o melhor filme já feito? Provavelmente não, mas é certamente uma das experiências mais fortes (pro bem e pro mal*) que tive a oportunidade de ter numa sala de cinema. Daquelas que faz você ter certeza, talvez como deve ter ocorrido com os que viram 2001 no cinema, de ter testemunhado parte da própria história da sétima arte sendo escrita bem ali na sua frente. O que, para qualquer cinéfilo, não tem preço.
Cotação:
* Valorizo e sempre valorizei a ida ao cinema, mas é cada vez mais estressante aturar o comportamento de boa parte do público nas salas. Na sessão em que vi A Árvore da Vida, por exemplo, conversinhas paralelas e risinhos de deboche ao longo da projeção (e sobretudo no fim dela) foram frequentes numa típica reação de quem não entendeu a obra e na tentativa de diminuí-la, tumultua o ambiente de forma irritante. Lamentável.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Super 8
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Passada no final da década de 70, a história de Super 8 gira em torno de um grupo de adolescentes que, durante a produção de um filme amador, acaba testemunhando um grande acidente que repercute em suas vidas (e na de sua cidade) de forma marcante ao revelar uma conspiração de militares tentando esconder um segredo. Nesse contexto, o filme trata, com muita sutileza, sobre a perda da inocência, amadurecimento, escolhas, a importância da amizade e de conflitos entre pais e filhos (um dos temas favoritos de Abrams, diga-se) sem nunca deixar de render um bom entretenimento.
Divertido e envolvente principalmente em seus dois primeiros atos (o terceiro e último perde um pouco o fôlego ainda que não deixe de trazer uma resolução satisfatória para a história), Super 8 remete, através dos esforços do grupo de amigos adolescentes em terminar seu filme amador no meio daquele novo e inesperado cenário, a um cinema mais inocente e lúdico. Algo que se traduz, por exemplo, através da paixão demonstrada pelo jovem ‘diretor’ Charles (Riley Griffiths) em seus constantes desejos de agregar valor de produção às filmagens e, sobretudo, à delicada relação que se estabelece entre Joe Lamb e Alice Dainard (personagens de Joel Courtney e da irmã mais nova de Dakota Fanning, Elle Fanning, vista recentemente em Um Lugar Qualquer).
Coberto de referências ao estilo de Spielberg nos anos 80, Super 8 surge como um filme leve e que diverte tratando de temas comuns e caros a todos nós (como os já citados conflitos familiares, por exemplo) em meio a uma situação de relativo caos. Assim, ainda que conte com sequências de ação impressionantes, Super 8 foge da estigma de blockbuster vazio ao preocupar-se muito mais com o conteúdo da mensagem que tenta passar do que com a forma, o que em tempos de Transformers e afins, é sempre algo muito positivo e louvável.
Super 8 estreia no Brasil no dia 12 de agosto.
Cotação:
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Radar Dude News – 29/6/2011
Missão Impossível 4
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A bizarra e imperdível Wilfred
Quando vi o primeiro teaser de Wilfred, nova comédia recém estreada no FX americano, achei o conceito esquisito demais para que pudesse funcionar. Ledo engano. Bastou ver o episódio Piloto da série para ser instantaneamente fisgado pela ideia de acompanhar as desventuras de um jovem depressivo que redescobre a vida ao lado de um cão chamado Wilfred que ele enxerga como um homem de verdade. No papel do protagonista da série, Elijah Wood (o eterno Frodo da trilogia O Senhor dos Anéis) parece ter acertado em cheio na escolha do projeto que, acreditem, é tão bizarro e politicamente incorreto quanto divertido. Resumindo: assista!
O retorno de Louie
Por falar em comédia politicamente incorreta do FX, quem voltou na última semana mais uma vez investindo nas piadas críticas e de acidez máxima foi Louie. Mantendo a estrutura de sua temporada de estreia, a série do comediante Louis C.K. (que é produtor e roteirista do programa) divide-se entre sequências dramatizadas e absurdas de momentos da vida de um pai divorciado e cheio de pré-conceitos e stand ups do próprio Louis. Neles, o comediante, num estilo bem peculiar e engraçadíssimo, analisa, sem qualquer papa na língua, situações que vão desde os desafios de ter que educar filhas com diferença de idade ao de ter que refazer a vida social depois de virar solteiro aos quarenta e poucos anos. Se você ainda não acompanha tá perdendo.
A bipolar e curiosa Luther
Convencido pelos argumentos de quem já via a série, fiz uma maratona de Luther, série policial inglesa estrelada por Idris Elba (da excelente The Wire). Longe de ser espetacular, mas ainda assim não menos interessante justamente por conta do marcante trabalho de Elba, a série mostra o dia a dia do irascível detetive John Luther que vê sua vida pessoal e profissional entrar num turbilhão depois de virar alvo da corregedoria e de conhecer uma assassina fria e calculista que, obcecada por ele, passa a se meter em suas investigações. Atraente por ser mais crua que o padrão americano do gênero (as investigações seguem um modo mais crível), Luther no entanto incomoda pela bipolaridade de seus personagens. Assim, mudanças de humor e atitude repentinas surgem quando se menos espera, o que se por um lado funciona para manter a história surpreendente, por outro soa como trapaça de roteiristas que se julgam muito espertos.
Cinema com Samurais e Philip K. Dick
Dirigido pelo controverso cineasta japonês Takashi Miiki, 13 Assassins narra a história de um grupo de 13 samurais (tecnicamente são 12, mas explicar a diferença seria spoiler) que, no fim do período feudal do Japão, aceita a missão de encarar um exército na tentativa de matar o tirano herdeiro do Shogun que destroçava vidas e vilas por onde passava por puro prazer. A premissa não é das mais atraentes, eu sei, mas com planos engenhosos e bons personagens, esse filme de 2010 surpreende ao misturar discussões sobre moral e honra numa história (baseada em fatos reais) que traz uma incrível sequência de ação que tem, acredite, quase 30 minutos de duração!
Como bem definiu Pablo Villaça em sua crítica de Agentes do Destino, o filme inspirado num conto de Philip K. Dick é basicamente um romance floreado por elementos sci fi. Estrelado por Matt Damon e Emly Blunt, o filme mostra misteriosas figuras com um quê de sobrenaturais (seu visual lembra muito o dos Observadores de Fringe) que, encabeçadas pelo personagem de Terence Stamp, agem para impedir que o casal protagonista se envolva depois de um encontro do acaso. Brincando com conceitos de destino e livre arbítrio, o filme levanta diversas discussões sobre o real controle que teríamos sobre nossas decisões (das mais banais às mais importantes) e quanto elas influenciariam o que seria o plano de vida perfeito para cada um. Interessou? Então confira o trailer.
Trilogia O Senhor dos Anéis, versão estendida
segunda-feira, 13 de junho de 2011
X- Men: Primeira Classe
Digno, do primeiro ao último minuto, da alcunha de filme pipoca (ótimos efeitos e muita diversão), a produção assinada por Matthew Vaughn (do ótimo Kick Ass), que também colaborou no roteiro, acerta em cheio ao contextualizar as primeiras histórias dos mutantes em pleno auge da guerra fria na década de 60, já que ao emular a atmosfera dos bons filmes de ação/espionagem daquele período, entrega um thriller bastante envolvente.
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De forma geral, ainda que tenha ressalvas com relação a X-Men 3 e ao filme solo do Wolverine, gosto dos filmes anteriores, mas não cheguei a me empolgar tanto quando anunciaram um filme de origens. Assim, ao tomar esse Primeira Classe como sendo ‘apenas’ mais um da série, acabei sendo positivamente surpreendido por um blockbuster adulto, ágil e inteligente, e que com personagens carismáticos (destaque absoluto para o trágico Magneto de Michael Fassbender), supera com relativa facilidade as boas impressões deixadas por X-Men 1 e 2.
Contando com pequenas cameos tão divertidas quanto inesperadas (aquela em que Xavier e Magneto encontram com certo personagem num bar é ótima!), o filme, que traz Kevin Bacon como o bom vilão Sebastian Shaw, faz boas referências aos anteriores ao passo em que nos dá novas perspectivas sobre seus protagonistas. Nesse quadro, enquanto o jovem Charles Xavier feito por James McAvoy aqui é visto num tom mais expansivo e informal que aquele mais velho feito por Patrick Stewart, o traumatizado Erik Lehnsherr, por sua vez, aparece como bad ass vingativo a la Bastardos Inglórios e com um conflito mais evidenciado (e interessante) que aquele visto em sua versão mais velha quando já o conhecemos como Magneto.
Ampliando discussões relevantes sobre amizade (há uma cena belíssima envolvendo Xavier e Eric durante uma sessão de treinamento), aceitação e a responsabilidade que um poder confere, Primeira Classe é mais contundente na sua mensagem e, talvez por isso, acabe sendo o filme mais importante dentro da franquia, o que resumidamente significa uma coisa: você tem que ver o filme!
terça-feira, 7 de junho de 2011
A Trilogia Millennium de Stieg Larsson
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Minha relação com a obra de Larsson é recente. Já tinha visto e folheado os livros algumas vezes, mas sempre acabava postergando a compra apesar dos muitos e, agora reconheço, merecidos elogios empolgados que lia e ouvia de críticos e amigos. Porquê demorei tanto tempo para me render à trilogia eu realmente não sei dizer, mas quando vi o excelente trailer da versão americana (dirigida por David Finscher) que sairá lá fora no fim do ano, não tive mais dúvidas: eu precisava mergulhar desde já naquele universo e para isso, assistir os três filmes suecos já produzidos e ler os livros era prioridade.
Os livros já estão na coleção (estou no começo do primeiro), mas no último final de semana encarei uma bela maratona das versões cinematográficas que foram produzidas na Suécia. E ainda que eu não entre em detalhes sobre as tramas, vale dizer que o primeiro filme, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, é superior aos dois últimos que nem por isso perdem força no retrospecto geral e principalmente temático da história, que rica em personagens marcantes e cenários pouco vistos por nós, instiga com relativa facilidade.
E se os filmes já são bons, os livros são ainda melhores, acredite. Sim, como disse, ainda estou no início do primeiro, mas comparando com o filme, me bastaram poucas páginas para que eu logo pudesse confirmar a qualidade de um texto envolvente e que ainda mais abundante em detalhes e em desenvolvimento de seus personagens – e da trama por tabela, é claro -, transforma um thriller que poderia se tornar pedestre se conduzido por alguém menos habilidoso, em algo absolutamente irresistível.
Interessou? Então anota aí:
- Os livros, pela ordem: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar.
- Os filmes suecos estão disponíveis para quem tem hábito de fazer encomenda pro tio Paul Torrent. É só pedir direito que ele entrega ;)
- Dirigido por David Finscher e estrelado por Daniel Craig e Rooney Mara, a versão americana do primeiro livro estreia em dezembro nos EUA e em janeiro de 2012 no Brasil.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
X-Men: Primeira Classe - 5 coisas que você precisa saber antes de ver o filme.
1. Charles Xavier, o esquecido: No primeiro filme dos X-Men, o Professor X, então interpretado por Patrick Stewart, dizia ter conhecido seu arqui-inimigo Magneto aos 17 anos e que havia construído o Cerebro, o dispositivo que rastreava mutantes, com ele. Naquele filme, ele também se dizia surpreso ao ver que seu agora ex-amigo tinha um capacete que podia bloquear qualquer ataque psíquico. Se por um lado X-Men: Primeira Classe apresenta várias referências à continuidade dos quadrinhos, por outro contradiz esses eventos. Assim, devemos considerar que o líder beifeitor dos mutantes em sua versão adulta ou tem uma péssima memória, mente muito bem ou existe num universo alternativo.
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2. Inconsistências crescentes: Sabemos que alguns mutantes, como Wolverine, não envelhecem. Mas, ao que parece, alguns humanos também não, enquanto outros mutantes parecem ficar mais jovens com o passar do tempo. A mutante com pele de diamante, Emma Frost – aqui uma mulher fatal feita por January Jones (de Mad Men) – apareceu como uma adolescente em X-Men Origens: Wolverine, enquanto Moira, o interesse amoroso de Xavier, feita por Rose Byrne nessa história que se passa nos anos 60, tem o rosto de Olivia Williams 40 e poucos anos depois em X-Men: O Confronto Final. Não vamos nem comentar a rápida aparição da versão humana de Hank McCoy em X-Men 2, e que ressurgia em sua versão de fera azul no filme subsequente sem qualquer explicação. Agora acabamos descobrindo que ele já havia sofrido a mutação décadas antes. George Lucas nem parece tão inconsistente agora, né? Melhor a fazer é pensar nesse novo filme como um reboot de Star Trek, considerando que tudo o que vimos até agora era só uma versão possível do futuro. Afinal, o World Trade Center era parte da futura Nova Iorque no primeiro filme e a Tempestade feita por Halle Berry perdeu seu sotaque africano rapidinho.
3. Anjos não tem sexo: para o espectador casual, pode parecer confuso que Ben Foster tenha feito um mutante chamado Anjo no terceiro filme, e que a filha de Lenny Kravitz, Zoe, faça uma mutante com asas chamada Anjo nesse Primeira Classe. A diferença é essa: o personagem de Foster era chamado de Warren Worthington e ganhou o apelido de Anjo por ter asas com penas. A nova Anja é chamada Angel Salvadore, tem asas de inseto e usa o nome Tempestade nos quadrinhos. Além disso, se você estiver curioso para saber por que o novo personagem Azazel (Jason Flemyng) parece tanto com o Nitghcrawler (Noturno), é porque eles são pai e filho... Se a inevitável sequência for fiel à continuidade dos quadrinhos, descobriremos que a Mística é a mãe.
4. Cadê o Stan Lee? ao contrário de tantas outras adaptações da Marvel, Stan Lee não tem cameo nesse filme. Além disso, não há nenhuma cena depois dos créditos.
5. O diretor conhece o caminho das pedras: Matthew Vaughn foi o cara que desistiu de dirigir o terceiro filme, mas aí provou que era capaz de comandar Kick-Ass. De qualquer forma, os fãs odiaram o Confronto Final, portanto ele acabou se desviando dessa bala de adamantium. Agora ele está de volta com uma história co-escrita pelo responsável do primeiro filme, Bryan Singer, que à época estava ocupado com Superman Returns. Vaughn claramente sabe que caminhos trilhar; ele também já tinha feito Daniel Craig parecer crível como um cara durão antes de personificar James Bond no filme Nem Tudo é o que Parece (Layer Cake).
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Pânico 4 (Scre4m)
Nova década, novas regras. Apoiados nesse conceito (e na chance de faturar mais alguns milhões, é claro), Wes Craven e Kevin Williamson, respectivamente diretor e roteirista da trilogia original, voltam aos cinemas com mais uma continuação da franquia lançada em 1996. E se por um lado Pânico 4 cumpre o que propõe reciclando o mote dos filmes anteriores e maquiando-o com referências mais atuais e divertidas, por outro falha em realmente apresentar algo novo para o gênero.
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Superior ao segundo e terceiro filme, Pânico 4 segue uma linha narrativa muito mais ágil e menos previsível. A abertura, por exemplo, é marcada por participações especiais de duas musas de séries (Anna Paquin de True Blood e Kristen Bell de Veronica Mars), flerta com metalinguagem e apresenta diálogos espertos e até certo ponto carregados de auto-crítica.
A trama é simples: quando Sidney Prescott (Neve Campbell) retorna a Woodsboro dez anos depois do último massacre para lançar um livro que fala sobre como enfrentou seus traumas, uma nova onda de assassinatos perpretados pelo Ghost Face toma forma. Dentre as possíveis vítimas da vez, o casal veterano Dewey e Gale (o sempre terrível David Arquette e Courtney Cox) e mais um bando de adolescentes que funciona tanto como vítima como suspeito e que inclui a prima de Sidney, suas amigas, um ex-namorado e mais uma dupla de estudantes locais viciados em cinema e especificamente nos filmes de terror/horror.
Embora critique os clichês, Pânico 4 tampouco se abstém de abraçá-los quando precisa e de brincar com eles subvertendo-os, o que não deixa de ser um ponto positivo da produção. O problema surge quando o filme força a barra tentando ser engraçado a todo custo (vide a cena do policial que faz uma piada quando está prestes a morrer), o que tira a tensão que algumas cenas deveriam carregar, ou quando transforma certos personagens em meros fantoches (ou zumbis?) aparentemente inertes a tudo o que está acontecendo. Repare na personagem da veterana Mary McDonnell (a Laura Roslin de Battlestar Galactica) por exemplo, e note como ela age de forma imbecil quando o risco de se tornar uma nova vítima cresce.
Escorregadas à parte, é justo dizer que o filme envolve e funciona dentro da ideia que explora, ainda que tenha uma virada final que convence mais pela surpresa do que pela motivação do(a) assassino(a). Resumindo: Pânico 4 traz mais do mesmo, mas diverte e no fim é isso que importa quando se fala nessa franquia, certo?
Cotação:
Comentário com SPOILER do final do filme. Para lê-lo, selecione a área entre setas com o mouse, mas só o faça se já viu o filme! Avisei, hein?
-->Embora seja inegável como surpresa, a revelação de que a sobrinha de Sidney é a assassina empalidece frente à justificativa tola de que ela agiu motivada pelo ciúme que tinha do status de celebridade que a prima alcançara. Tivesse a trama evitado colocar a moça como a vítima mais provável, talvez a virada fosse mais impactante. Ou não? <--
quinta-feira, 31 de março de 2011
Radar Dude News – 31/3/2011
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2001: Uma Odisséia no Espaço
Sendo uma das obras mais reflexivas, inteligentes e importantes da história do cinema, 2001 é um desses filmes que merecem ser revistos sempre. Muito à frente de seu tempo ( o filme é de 68) tanto na estrutura narrativa, quanto na mensagem de cunho existencialista, evolutivo e filosófico, o filme de Kubrick (que escreveu o roteiro em parceria com o autor do romance que inspirou a produção, Arthur C. Clark) é um espetáculo contemplativo. Seja pelos belíssimos planos - a famosa elipse que ocorre nos minutos iniciais é soberba -, pela ótima trilha sonora clássica (que tem destaques óbvios com Assim Falou Zaratustra e Danúbio Azul), o filme oferece uma obra diferenciada de seu gênero tanto na embalagem quanto no conteúdo. Resumindo: um filme indispensável.
Em tempo, se você nunca assistiu 2001 ou pretende revê-lo, faça-o, se puder, através do Blu-Ray. Nele, a qualidade de imagem impressiona tanto, que quase dá para esquecer que o filme está prestes a completar 43(!) anos. Ah, e para quem gosta de ver filmes sendo explicados, um bom site para entender 2001 é esse.
Lewis Hamilton em Carros 2
A continuação da animação da Pixar centrada no mundo dos carros estreia apenas em junho. Da trama, o que já se sabe é que Relâmpago McQueen vai rodar o mundo numa competição cercada de tons de espionagem, conspiração e muitos carros tão rápidos quanto ele. Considerando esse cenário, uma pequena surpresa que foi revelada recentemente é a de que o piloto de F1, Lewis Hamilton, será um dos competidores de McQueen, conforme mostra o vídeo abaixo.
The Office pra rir e chorar
É bem verdade que The Office andava capenga em suas temporadas anteriores, mas aí veio a notícia de que o atual sétimo ano da série seria também o último de Steve Carell e pimba, a criatividade dos roteiristas da série ressurgiu das cinzas e os bons episódios com seus risos fáceis também. Jamais duvidei que Michael Scott fosse a alma da série, mas nunca pensei que sua agora inevitável saída pudesse render episódios tão bons quanto os que vem marcando a gradual despedida do personagem. O mais recente, “Garage Sale” (4x18), exibido no dia 24 lá fora, certamente figurará na lista dos melhores da história da série. Engraçado em muitos momentos (com destaque para a sempre eficiente trollagem de Jim com Dwight), o episódio traz uma sequência final surpreendente e que registra um desses raros casos em que vemos um elenco inteiro deixando a atuação de lado para se divertir e se emocionar numa cena. Michael Scott, já estou (estamos?) com saudades!
O final meia boca da 4ª temporada de Californication
Na temporada em que o passado recente e irresponsável de Hank Moody colocou-o na berlinda criando situações que renderam alguns bons momentos, Californication encerrou seu quarto ano no último dia 27 com cara de series finale meia boca. Seja pelas resoluções envolvendo os personagens principais ou pela certeza de que há muita verdade naquele ditado popular que diz que um tigre nunca muda suas listras, a verdade é que o desfecho da temporada acabou ficando no meio do caminho entre criar um bom gancho ou dar um rumo definitivo para o incorrigível escritor feito por David Duchovny. Não foi ruim, é verdade, afinal um daqueles momentos bizarros e constrangedoramente engraçados que a série sempre teve ganhou forma na sequência do jantar que marcou a reaproximação de Charlie e Marcy. Contudo, é justo dizer que o desfecho podia ter sido bem melhor. Com uma quinta (e derradeira?) temporada já anunciada, nos resta torcer para que Tom Kapinos, criador da série, consiga renovar o fôlego da produção. Hank Moody e cia merecem e nós também.
Mad Men voltará, mas e seu criador?
Essa semana, o AMC confirmou que Mad Men retornará para sua 5ª temporada. A estreia, no entanto, só ocorrerá no início de 2012. Com o atraso, a série ficará fora do ar por mais de 1 ano. A justificativa? Dificuldades na demorada negociação que envolve o canal, a Lionsgate TV (produtora da série) e o criador, Matthew Weiner. Dentre os pontos de discórdia que colocam em cheque o envolvimento de Weiner com o futuro da série que criou, estão o fato do AMC querer reduzir a duração dos episódios em 2 minutos para abrir mais espaço nos intervalos comerciais, além de inserir merchandising sutil dentro dos episódios (a chamada integração de produto) e cortar 2 atores do elenco regular. Detalhe: especula-se que Weiner poderia ganhar incríveis US$ 30 milhões por mais dois anos de contrato. Tá humilde o rapaz, hein?!
Update: Matthew Weiner chegou a um acordo com o AMC e com a Lionsgate e está confirmado como produtor executivo de Mad Men, por não uma, mas 2 temporadas, a quinta e a sexta, com opção de renovação automática para um eventual sétimo e último ano da série.
E o remake de Thundercats, hein?
Com traços claramente inspirados no mangá, o remake de Thundercats, uma das séries animadas mais clássicas da década de 80, continua sendo promovido pelo Cartoon Network, canal que exibirá a nova versão do desenho ainda este ano. Sei que sou minoria, mas particularmente não sou muito fã de mangá, por isso, meu interesse pela reinvenção da história dos felinos meio humanos liderados por Lion tem muito mais a ver com curiosidade do que qualquer outra coisa. E você, animado(a)?
terça-feira, 22 de março de 2011
Radar Dude News, o retorno
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Fod@#$, Glee!
Respeito, mas nunca vou entender quem consegue ser fã de Glee, série que considero não apenas medíocre como dramédia, mas sofrível como musical que se esconde atrás de hits pop na tentativa de se vender como algo inovador e cool, coisas que ela absolutamente não é. Boa parte dessa minha antipatia pela série tem nome: Ryan Murphy, criador da série e responsável por ter destruído uma de minhas preferidas de anos atrás, Nip Tuck. Murphy, que até já demonstrou ter certo talento como roteirista em outras ocasiões, parece, por conta do sucesso de audiência de Glee, assumir que todo músico deva se curvar ao seu desejo de utilizar suas composições na série E se o artista/banda se recusa? Ah, aí ele cai matando o(s) ‘infeliz(es)’, como fez no fim de janeiro com Slash e com a banda Kings of Leon. Sobre o assunto, Dave Grohl (ex- Nirvana e atual FooFighters) mandou, no fim da semana passada, um recado direto e bem objetivo a Murphy, “Esse cara que criou Glee ficou ofendido por não implorarmos para ter nossa música na porra da série dele. Foda-se ele por achar que todo mundo deveria querer fazer Glee.” Well done, Dave Grohl!
127 Horas na versão Coyote
Mashup inspirado no filme 127 Horas, traz Coyote se dando mal. De novo e só para variar, claro. Confere aí.
Breakout Kings, o Prison Break genérico
Estreou no ultimo dia 6 de março no A&E americano, a nova série dos ex-produtores de Prison Break, Breakout Kings. A premissa? Uma equipe formada por 2 policiais e 3 condenados na caça de fugitivos de penitenciárias. Fora a trilha, que usa muito dos tons marcantes da finada Prison Break, há pouca coisa em comum entre as duas séries. Enquanto essa é muito mais serializada, a outra tinha uma história que praticamente exigia fidelidade máxima episódio após episódio. Além disso, aqui não existe nenhum personagem cerebral e carismático como o Michael Scolfield. Ponto curioso? No 3º episódio, o fugitivo da vez é ninguém menos que T-Bag, o personagem sociopata de Prison Break que ressurge em participação especial com a sempre eficiente interpretação de Robert Knepper. De maneira geral e apesar dos muito exageros (os caras sempre conseguem descobrir e prever os passos do fugitivo de forma rápida), BK é até uma série divertida, mas igualmente longe de ser indispensável.
Show do U2 em 3D nos cinemas, quem vai?
Vai rolar no dias 25, 26 e 27 de março em vários cinemas do Brasil.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
No último sábado, fui ver o blockbuster do mês na sala com projetor digital 4K da rede UCI. O filme em si, que é ação pura com um pouquinho de cérebro, entretém tanto quanto irrita por conta do estilo câmera nervosa na mão (mal) empregado por seu diretor. Apesar disso, devo dizer que visto numa sala com tela maior, imagem impecável (os projetores 4K praticamente dobram a resolução quando comparados aos das salas tradicionais), efeitos empolgantes e som alto, o filme é uma sessão pipoca das boas. A trama? Alieníegenas invadem a Terra e um grupo de soldados liderados pelo sargento Nantz (Aaron Eckhart) tenta resistir em batalhas sangrentas pelas ruas de uma Los Angeles destruída e caótica. Aliás, por falar em invasão e seres de outro mundo...
O final(?) de “V”
Mesmo com bons efeitos e atores até melhores, esse remake de “V” jamais atingiu a relevância da produção original. Superficial e com roteiros simplórios que se amparavam em pequenas reviravoltas, fato é que a série jamais surpreendeu. Crítica à parte, posso dizer, contudo, que me diverti ao longo dos 10 episódios dessa 2ª e provavelmente última temporada que chegou ao fim no último dia 15 de março. Teve de tudo um pouco nessa ‘conclusão’: alguns personagens dando adeus; a aparente construção de um embate que poderia ser definitivo entre os visitantes e os humanos da resistência; um segredo sendo revelado pelo protagonista da série original em participação especial, e um belo gancho que, muito provavelmente não ganhará sequência. Honestamente não sei se vou sentir falta desse pastel de vento chamado “V”. A dúvida é: alguém vai?
A surpreendente 10ª temporada do Idol
Simon Cowell é passado, mas não é que o American Idol com Jennifer Lopez e Steven Tyler como jurados tá indo bem à beça? O líder do Aerosmith aliás, é uma atração à parte com suas caras e bocas além de seus comentários espirituosos. Lopez por sua vez, passou por cima da expectativa de ser uma Paula Abdul moderada, e sempre surgiu com opiniões relevantes para os aspirantes da competição. Assim, aliados ao já veterano Randy Jackson, os dois conseguiram fazer um bom filtro ao longo das etapas que revelaram o Top 11 atual com gente que não só sabe cantar, mas que também o faz de forma singular, sem querer imitar artistas já consagrados. Ponto pro Idol, que vem colhendo os frutos de um audiência maior em relação à temporada passada. Meus favoritos até aqui? A loirinha Haley Reinhart e sua voz sexy, o divertido e ousado Casey Abrams (apesar do crime cometido com ‘Smell like teen Spirit’ do Nirvana) e Jacob Lusk.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Além da Vida (Hereafter)
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Ainda que o assunto da vez – a morte – denote um tom naturalmente mais dramático e de certa forma até depressivo, Eastwood constrói, a partir do roteiro de Peter Morgan (do ótimo Frost/Nixon), um retrato bastante emocional em torno de três histórias afetadas pelo tema central em diferentes níveis e que eventualmente acabam se cruzando com fortes e decisivas transformações para os envolvidos.
A primeira personagem apresentada pelo filme é a jornalista francesa Marie Lelay (Cécile De France), uma mulher que vê suas certezas e perspectivas de vida mudarem quando tem uma experiência de quase morte durante o Tsunami que assolou a Indonésia em 2004 (evento que o filme mostra de forma impressionante), e que começa a buscar formas de tentar entender o que lhe aconteceu.
O segundo personagem que conhecemos é George Lonegan (Matt Damon, melhor a cada novo papel), um médium que relutante em usar seu ‘dom’ (ele diz que ninguém pode viver plenamente tendo que lidar constantemente com a morte), leva uma vida isolada e carregada de solidão, algo que o plano de uma determinada cena em seu apartamento aliás exprime com muita precisão.
Já o terceiro e último personagem central de Além da Vida é Marcus (o novato George McLaren), um garoto de 12 anos que após perder o irmão gêmeo (a quem era muito ligado) de forma traumática, vê sua vida mudar radicalmente frente a necessidade de ter que se adaptar a um mundo novo longe da maior referência que tinha.
Com muito mais acertos do que equívocos (a única coisa que me incomodou foi a ‘coincidência’ que provoca o cruzamento dos três personagens no fim), o filme comprova mais uma vez o talento e a mão equilibrada de Eastwood para tratar de temas tão singulares. Evitando o didatismo que geralmente cerca produções que se debruçam sobre o tema, o diretor passa longe de tentar explicar esse mistério que desperta tanta curiosade, mas que também sempre alimenta preconceitos. Assim, ao tomar essa decisão, Eastwood permitiu que Além da Vida não só se tornasse um bom entretenimento, mas sobretudo um filme muito mais relevante.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Preview OSCAR 2011 – Cisne Negro (Black Swan)
Dizem que os últimos serão os primeiros. Se isso é verdade eu não sei, mas fato é que Cisne Negro tem boas chances de confirmar a tese. Presente em várias listas dos melhores filmes de 2010, como a deste blogueiro, o filme que estreou no início de dezembro nos EUA (e chega às salas do Brasil no dia 4 de fevereiro) sacudiu a crítica com uma narrativa envolvente, ousada e extremamente inteligente.
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Dirigido pelo sempre inventivo Darren Aronofsky (Réquiem Para um Sonho), Cisne Negro conta a história de Nina Sayers (Natalie Portman), uma bailarina que ao encarar a maior chance de sua carreira – interpretar a personagem principal do balé de Tchaikovsky, Lago dos Cisnes – mergulha numa obsessão pela performance perfeita que catalisa um conflito direto com sua protetora mãe, Erica Sayers (uma ex-bailarina feita por Barbara Hershey), com o severo e extremamente crítico diretor da companhia, Thomas Leroy (Vincent Cassel), com uma novata concorrente, Lily (Mila Kunis) e, sobretudo, com ela mesma.
Dizer mais é estragar as surpresas e reviravoltas do filme, que tecnicamente irretocável (com destaque para sua fotografia e trilha marcantes), constrói um retrato psicológico bastante instigante em torno do desafio que Nina experimenta, ao mesmo tempo em que flerta com o fantástico para expor os fantasmas e traumas que a bailarina se vê obrigada a encarar em sua jornada pela busca da almejada e cara perfeição.
Cotação:
Obs.: Também com vagas praticamente certas no Oscar 2011, A Origem e Toy Story 3 também já ganharam destaque aqui no blog em 2010. Para ler meu comentário sobre o filme que considerei o melhor de 2010 clique aqui e para o da 3ª parte da trilogia dos brinquedos da Pixar, aqui.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Meu Top 10 no Cinema e na Tv em 2010
Top 10 - CINEMA
A Origem (Inception)
Inventivo, ousado, instigante e sobretudo inteligente. Adjetivos não faltam para definir esse que considero o melhor filme do ano e um desses casos raros de entretenimento que provoca reflexão.
Ilha do Medo (Shutter Island)
Sou muito fã de qualquer filme que prime pela sutileza para subverter expectativas com finais inesperados. Dito isso, contando com um suspense envolvente e interpretações consistentes, o filme tinha que ter lugar na lista de qualquer forma.
Tropa de Elite 2
Muito mais incisivo que seu antecessor na mensagem, o novo recordista de público e renda do cinema nacional mete o dedo bem fundo na ferida e sem rodeios constrói um retrato crítico bem corajoso dos bastidores do poder corrompido que alimenta a violência de favelas e ruas.
Essential Killing
O filme do protagonista (Vincent Galo) que, sem dizer uma única palavra ao longo da história – sobre a luta de um afegão tentando sobreviver à caçada do exército americano -, domina a tela do início ao fim de forma avassaladora.
Copie Conforme (Certified Copy)
Inteligente, curioso e divertido exercício que coloca um homem e uma mulher que acabaram de se conhecer, confundido-se nas horas seguintes como um casal discutindo a relação.
Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim Against the World)
Vanguardista até não poder mais, o filme abusa de uma linguagem singular, ousada e que fiel ao material de origem (as HQs de Bryan Lee O’Malley), infelizmente poucos souberam (ou puderam, né Columbia?) apreciar.
A Rede Social (The Social Network)
Uma conjunção de acertos define a presença do filme sobre a história da criação do Facebook na lista: roteiro (de Aaron Sorkin), direção (de David Fincher), elenco (com destaque para Jesse Eisenberg) e montagem. Tudo impecável demais para ser ignorado.
Toy Story 3 (Idem)
Acima de tudo divertido, o melhor filme da trilogia da Pixar traduz de forma emocionante a passagem da infância para a adolescência e a constante mescla de dúvidas e certezas que vem com a inescapável maturidade.
Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)
Com uma história que podia facilmente cair no clichê e na obviedade, o filme dosa humor e drama com eficiência abrindo espaço para que o trio Annette Benning, Julianne Moore e Mark Ruffalo entregue interpretações ao mesmo tempo capazes de emocionar sem ser piegas e de fazer rir.
Cisne Negro (Black Swan)
Fiel à estética de seu diretor (Darren Aronofsky), o filme faz um curioso retrato psicológico da obsessão de uma bailarina (Natalie Portman, excelente), que frente à maior chance de sua carreira, flerta intensamente com o fracasso e o sucesso ao conhecer uma concorrente novata.
Top 10 - SÉRIES
Lost
Cercada de expectativas, a última temporada usou um recurso narrativo novo e absolutamente coerente com o que a série propôs desde o início: arriscar e surpreender sempre! Nesse contexto, a despedida de Lost amarrou a história de seus inesquecíveis personagens de forma emocionante, deixando algumas perguntas sem respostas ‘por pura maldade’, só para reforçar seu merecido e inegável legado na tv, além de dar combustível para seus (infelizes) detratores.
Fringe
Ainda mais madura na conclusão de sua 2ª temporada, a série focou-se no que de melhor havia na sua mitologia sci fi, e centrada nos dilemas de seus personagens (que ficaram mais interessantes, diga-se), voltou para seu terceiro ano com episódios empolgantes e igualmente emocionantes na jornada de dois mundos em choque cada vez mais iminente.
Breaking Bad
Não é qualquer série que consegue fazer graça em cima da tragédia de um homem, mas Breaking Bad faz isso há 3 temporadas e muito bem. Contando com um protagonista anti-herói feito com esmero por Bryan Cranston e coadjuvantes igualmente excelentes, a série consegue dosar polêmica com elegância sem nunca ser forçar a barra e muito menos parecer covarde.
Boardwalk Empire
Se fosse um filme condensado em 2 horas e pouca, a série estaria no patamar de um ‘Os Bons Companheiros’, mas como é tv, digamos que a produção é uma Sopranos passada em 1920 com mais glamour, as mesmas intrigas pelo poder e a carga dramática de personagens fortes e igualmente complexos.
Damages
Tudo bem que a fórmula da série já não chega a ser tão surpreendente quanto antes, mas não dá para ignorar o trabalho hipnotizante de Glenn Close e o sempre instigante jogo de idas e vindas de um thriller que se vale da conspiração para construir um quebra-cabeças inteligente e sempre envolvente.
Sons of Anarchy
Irregular até certo ponto dessa temporada, SoA não teve seu melhor ano, mas é inegável que quando a série é boa, ela é boa para ca#@%$! Dito isso, tirando a trama de Abel, todo resto da história envolvendo a ida do clube a Belfast e toda a intriga gerada pelo envolvimento com o IRA prova que a produção tem que ser presença obrigatória em qualquer lista séria de 2010.
Mad Men
Prêmios nem sempre são sinônimo de qualidade, mas no caso da tricampeã do Emmy, o reconhecimento é merecido porque: 1) a série já nasceu madura, mas jamais se mostra acomodada e 2) continua sendo um dos melhores dramas da tv com seu retrato apurado do mundo da publicidade nos anos 60 e dos homens e mulheres vendendo imagens muitas vezes opostas ao que de fato eram. Além disso, vamos combinar que só o episódio ‘The Suitcase’ já seria suficiente para colocar a série no top 10, né?
The Walking Dead
Foi uma temporada de estreia perfeita? Evidente que não, mas a adaptação da famosa HQ tem inegáveis méritos. Primeiro porque trouxe para tv um gênero antes restrito ao cinema tornando-o mainstream, e segundo, porque embora tenha zumbis como principal chamariz, não foca suas histórias neles, mas sim nos conflitos e dilemas de pessoas vivendo num mundo totalmente novo onde as certezas são outras.
Community
Séries cômicas existem de sobra, mas que façam rir com inteligência sem apelar para gags óbvias, poucas. Sempre abusando de referências, a produção da NBC foge do formato tradicional e aposta no humor de sutilezas, quer seja de um gesto ou de uma simples observação feita por um personagem, para que gargalhadas prazerosas ou só mesmo um sorriso singelo surjam no rosto do espectador.
Treme
Boa música, personagens fortes e carismáticos e o charme de Nova Orleans e suas mazelas pós Katrina. Essa não é uma série de ganchos, intrigas complexas ou mesmo de conflitos temáticos abrangentes, mas é uma produção que conta histórias da força de um povo e da cultura de uma cidade como nenhuma outra já fez.
Nota: Ainda que no cinema e na tv os meus favoritos do ano tenham sido A Origem e Lost, respectivamente, não há um ranking definido para as demais escolhas do meu Top 10 das duas categorias.