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terça-feira, 22 de março de 2011

Radar Dude News, o retorno

Sim, eu sei que o blog anda mais parado que o trânsito de SP, mas com o intuito de voltar a atualizá-lo com mais frequência, toda vez que tiver um post com o título ‘Radar’, espere ler pequenos comentários repercutindo notícias, vídeos, filmes e episódios de séries que ganharam atenção no meu cada vez mais limitado tempo dedicado ao lazer. No post de hoje tem roqueiro mandando Glee pro inferno; um mashup do filme 127 Horas; U2 em 3D nos cinemas e opiniões sobre a série novata Breakout Kings, o fim de “V”, a 10ª temporada de American Idol e o filme pipoca do mês, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles.

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    Fod@#$, Glee!

    Respeito, mas nunca vou entender quem consegue ser fã de Glee, série que considero não apenas medíocre como dramédia, mas sofrível como musical que se esconde atrás de hits pop na tentativa de se vender como algo inovador e cool, coisas que ela absolutamente não é. Boa parte dessa minha antipatia pela série tem nome: Ryan Murphy, criador da série e responsável por ter destruído uma de minhas preferidas de anos atrás, Nip Tuck. Murphy, que até já demonstrou ter certo talento como roteirista em outras ocasiões, parece, por conta do sucesso de audiência de Glee, assumir que todo músico deva se curvar ao seu desejo de utilizar suas composições na série E se o artista/banda se recusa? Ah, aí ele cai matando o(s) ‘infeliz(es)’, como fez no fim de janeiro com Slash e com a banda Kings of Leon. Sobre o assunto, Dave Grohl (ex- Nirvana e atual FooFighters) mandou, no fim da semana passada, um recado direto e bem objetivo a Murphy, “Esse cara que criou Glee ficou ofendido por não implorarmos para ter nossa música na porra da série dele. Foda-se ele por achar que todo mundo deveria querer fazer Glee.” Well done, Dave Grohl!

    127 Horas na versão Coyote

    Mashup inspirado no filme 127 Horas, traz Coyote se dando mal. De novo e só para variar, claro. Confere aí.


    Breakout Kings, o Prison Break genérico

    Estreou no ultimo dia 6 de março no A&E americano, a nova série dos ex-produtores de Prison Break, Breakout Kings. A premissa? Uma equipe formada por 2 policiais e 3 condenados na caça de fugitivos de penitenciárias. Fora a trilha, que usa muito dos tons marcantes da finada Prison Break, há pouca coisa em comum entre as duas séries. Enquanto essa é muito mais serializada, a outra tinha uma história que praticamente exigia fidelidade máxima episódio após episódio. Além disso, aqui não existe nenhum personagem cerebral e carismático como o Michael Scolfield. Ponto curioso? No 3º episódio, o fugitivo da vez é ninguém menos que T-Bag, o personagem sociopata de Prison Break que ressurge em participação especial com a sempre eficiente interpretação de Robert Knepper. De maneira geral e apesar dos muito exageros (os caras sempre conseguem descobrir e prever os passos do fugitivo de forma rápida), BK é até uma série divertida, mas igualmente longe de ser indispensável.

    Show do U2 em 3D nos cinemas, quem vai?

    Vai rolar no dias 25, 26 e 27 de março em vários cinemas do Brasil.

    Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

    No último sábado, fui ver o blockbuster do mês na sala com projetor digital 4K da rede UCI. O filme em si, que é ação pura com um pouquinho de cérebro, entretém tanto quanto irrita por conta do estilo câmera nervosa na mão (mal) empregado por seu diretor. Apesar disso, devo dizer que visto numa sala com tela maior, imagem impecável (os projetores 4K praticamente dobram a resolução quando comparados aos das salas tradicionais), efeitos empolgantes e som alto, o filme é uma sessão pipoca das boas. A trama? Alieníegenas invadem a Terra e um grupo de soldados liderados pelo sargento Nantz (Aaron Eckhart) tenta resistir em batalhas sangrentas pelas ruas de uma Los Angeles destruída e caótica. Aliás, por falar em invasão e seres de outro mundo...

    O final(?) de “V”

    Mesmo com bons efeitos e atores até melhores, esse remake de “V” jamais atingiu a relevância da produção original. Superficial e com roteiros simplórios que se amparavam em pequenas reviravoltas, fato é que a série jamais surpreendeu. Crítica à parte, posso dizer, contudo, que me diverti ao longo dos 10 episódios dessa 2ª e provavelmente última temporada que chegou ao fim no último dia 15 de março. Teve de tudo um pouco nessa ‘conclusão’: alguns personagens dando adeus; a aparente construção de um embate que poderia ser definitivo entre os visitantes e os humanos da resistência; um segredo sendo revelado pelo protagonista da série original em participação especial, e um belo gancho que, muito provavelmente não ganhará sequência. Honestamente não sei se vou sentir falta desse pastel de vento chamado “V”. A dúvida é: alguém vai?

    A surpreendente 10ª temporada do Idol

    Simon Cowell é passado, mas não é que o American Idol com Jennifer Lopez e Steven Tyler como jurados tá indo bem à beça? O líder do Aerosmith aliás, é uma atração à parte com suas caras e bocas além de seus comentários espirituosos. Lopez por sua vez, passou por cima da expectativa de ser uma Paula Abdul moderada, e sempre surgiu com opiniões relevantes para os aspirantes da competição. Assim, aliados ao já veterano Randy Jackson, os dois conseguiram fazer um bom filtro ao longo das etapas que revelaram o Top 11 atual com gente que não só sabe cantar, mas que também o faz de forma singular, sem querer imitar artistas já consagrados. Ponto pro Idol, que vem colhendo os frutos de um audiência maior em relação à temporada passada. Meus favoritos até aqui? A loirinha Haley Reinhart e sua voz sexy, o divertido e ousado Casey Abrams (apesar do crime cometido com ‘Smell like teen Spirit’ do Nirvana) e Jacob Lusk.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Os retornos de FlashForward, V e Fringe lá fora

Com spoilers para quem não segue a exibição americana


Não que eu estivesse muito animado, mas confesso que depositava esperanças de que a pausa na produção de FlashForward colocasse a série nos eixos. Ledo engano. A boa ideia continua muito mal desenvolvida com subtramas vazias em episódios que trocam a empolgação pelo sono que provocam. Não há rumo definido para nada ali, e tudo parece acontecer sem propósito algum, vide a história do outrora alcóolatra Aaron Stark e sua filha agora novamente desaparecida por exemplo. E se a trama continua sem rumo, os personagens continuam rasos e sem grandes desenvolvimentos ou mesmo sem ter papéis claramente definidos nas consequências do flash global. Mark Benford é só um herói errante? Simon um vilão irritantemente caricato? Lloyd o anti-herói imcompreendido? E o tal fenômeno, afinal: uma conspiração com objetivos definidos ou um ‘simples’ acidente científico? Não sei a resposta para nada disso e confesso que já perdi totalmente a vontade de descobrir. Com ou sem flash, o futuro da minha relação com a série depois do episódio 13 já está definido: adeus FlashForward, (não) foi bom te conhecer!

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    ***
    Bem mais honesto no que propõe, o remake de “V” ainda não é um programa imperdível, mas tampouco decepciona de forma decisiva como FF. Investindo de forma explícita num thriller de teor conspiracionista, a série protagonizada por Elizabeth Mitchell não tem a menor vergonha de ser profundamente maniqueísta. Ali não há personagens complexos. Só o que importa em “V” é saber que os alienígenas que chegam à Terra liderados por Anna são os vilões interessados em dominar a humanidade e que o grupo de rebeldes constituídos por Erica (Mitchell), pelo padre Jack e por Ryan são os mocinhos tentando expor e derrubar os chamados Visitantes. Explorando de forma superficial (mas nem por isso desinteressante) o poder que manipulação psicológica exerce, a série se foca mais na ação do que nas sutilezas de roteiros mais desenvolvidos. Despretenciosa e com tema de gosto limitado, “V” não é série para se tornar fenômeno popular, mas passados cinco episódios continua garantindo uma boa diversão para quem não espera demais de uma produção que passa longe de falar de choque de culturas e/ou civilizações e só quer mostrar a boa e velha disputa de bem x mal.

    ***

    Quem acompanha meu tweets sobre Fringe, sabe que uma das minhas grandes reclamações com relação à série é sua irregularidade. Dito isso, “Peter”, episódio que marcou o retorno da série semana passada nos EUA, fez a produção voltar a ganhar muitos pontos no meu conceito ao investir no desenvolvimento de suas personagens sem abandonar o investimento na mitologia construída há quase dois anos. Emocionante e envolvente em sua narrativa, o episódio traz através de um grande flashback de Walter (que aparece incrivelmente mais jovem graças ao bom trabalho de maquiagem e efeitos), a revelação das circunstâncias que motivaram o personagem a literalmente roubar o Peter do outro universo da história, num evento que certamente deve estar diretamente associado à tal guerra mencionada ao longo da trama. Seria o Walternativo (apelido dado pelo próprio Walter à sua contraparte) o grande vilão por trás dos fenômenos do padrão? Parece óbvio a essa altura, mas se a revelação for de fato essa me darei por satisfeito desde que a trama explore um pouco mais as nuances que separam os dois universos dando espaço para o papel de Olivia e Peter, que na percepção dos Observadores, é fundamental. Por que e para o que? Curiosíssimo para descobrir, mas sobretudo para ver que novas surpresas (como a da abertura retrô) nos aguardam. Fringe voltou com tudo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

V – Comentários dos eps. 1x01 e 1x02


Eps. 1x01 “Pilot” e 1x02 “There is No Normal Anymore
(Exibidos nos dias 03/11/2009 e 10/11/2009 nos EUA)


Releitura de uma minissérie/série dos anos 80 de mesmo nome, “V” chegou à tv aberta americana com duas grandes responsabilidades: atualizar a história sobre a chegada de alienígenas à Terra e imprimir um subtexto crítico tão interessante quanto o da original. Obviamente, a missão não é nada simples, afinal, como explorar algo que por si só já não é mais novidade nessa indústria (ETs na Terra) e por tabela convencer o grande público a investir numa história carregada de elementos sci fi, um gênero geralmente visto com tanto preconceito?

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    A resposta começou a ser dada no dia 3 de novembro quando o episódio Piloto de V foi exibido trazendo não só um belo espetáculo visual que não deve nada às grandes produções do cimema, mas também personagens que guardam semelhanças com os da produção original ainda que deixem claro ter influências e características mais atuais e até certo ponto mais interessantes também.

    Abrindo mão de construir uma metáfora que coloca os Visitantes (nome que os alienígenas ganham) como um reflexo do fascismo, algo que a produção original criada por Kenneth Johnson fez na década de 80, a releitura de V comandada por Scott Peters (The 4400) investe numa representação mais plausível pros dias de hoje: o poder que uma civilização muito mais avançada e com discurso aparentemente pacífico pode exercer nas mentes de milhares cercados pela incerteza e pela sombra do caos.


    Nesse panorama, é o tom conspiratório que ganha destaque, sobretudo na medida em que se estabeleça uma batalha psicológica e de intensa manipulação perpetrada pela (des)informação, um elemento que sem qualquer dúvida ganha foco através do ambicioso jornalista Chad Decker (Scott Wolf, de Everwood). Assim, não é por acaso que a agente Erica Evans (Elizabeth Mitchell, a Juliet de Lost) diz ao padre Jack (Joel Gretsch, o Tom de The 4400) à certa altura do Piloto que os Visitantes tem nas mãos a mais poderosa das armas: a devoção.

    Ainda sobre personagens e comparações, é inegável não notar os paralelos de alguns com os da série original. O filho de Erica, Tyler Evans, por exemplo, é nessa releitura uma mescla de Robin Maxwell (filha de um cientista que se envolve com um V de quem acaba grávida) e Daniel Bernstein (um jovem que se volta contra os humanos atuando como voluntário dos Vs), enquanto Ryan é a nova versão de Brian, o V que irá se rebelar contra seu próprio povo ao lado da resistência. Já Anna (a brasileira Morena Baccarin de Firefly) segue o mesmo estilo da Diana da original, equilibrando um tom tão ameaçador quanto charmoso para a vilã da trama. Por sua vez, Erica e Jack (como os americanos adoram personagens com esse nome, não?) são as versões atualizadas dos marcantes Juliet e Mike da original.

    Com apenas dois episódios, ainda é cedo para dizer se V irá se consolidar como uma das boas séries novas da temporada, mas salvo um clichêzinho aqui e outro ali, é inegável que a produção tem muito mais méritos do que equívocos. Dito isso, julgando por este início, se a grande conspiração for traduzida num embate global interessante que coloca fé e razão sob foco principalmente nas figuras de Erica e Jack, e o suspense for bem construído em cima do desenvolvimento de personagens e da identidade de quem pode ou não ser um Visitante, dá para dizer que teremos uma bela série pela frente.