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Contando com Judi Dench e Daniel Craig emprestando feições e vozes a M e ao protagonista respectivamente, Blood Stone inegavelmente tem boas intenções, sendo a maior delas a de dar uma certa continuidade ao reboot do agente iniciado com Cassino Royale no cinema. Contudo, as qualidades cessam por aí, porque embora se revele dinâmico, não demora muito para que o game dê mostras de que falha clamorosamente no que deveria ser o aspecto mais importante de uma produção do agente: ele usa mal os elementos mais marcantes que ajudaram a construir o sucesso do personagem criado por Ian Fleming há quase 60 anos. Assim, quando o clássico Aston Martin DB5 aparece por exemplo numa sequência de perseguição, a sensação que fica é a de que o carro só foi colocado para lembrar os fãs de que esse é um jogo de 007.
Gadgets variados? Esqueça, porque o único auxílio que surge ao longo do jogo é um celular capaz de hackear sistemas e apontar direções. Outro ponto de lamentação fica por conta das locações, que embora bem diversas e heterogêneas, não refletem o charme que poderiam ou deveriam ter numa história de 007 aparecendo apenas como justificativas baratas para que a trama possa ter uma cara de conspiração internacional. Fora isso, é inegável que evoluindo em suas pouco mais de 5 horas sem muitas surpresas e até com certa previsibilidade, a trama esvazia o impacto que a 'virada' final puderia gerar, o que não deixa de ser um tremendo balde de água fria para quem, como eu, apostava tanto nesse novo game de 007.
Decepções com o game à parte, o Screerant repercutiu hoje a notícia de que apesar de todo imbróglio envolvendo a moribunda MGM, o 23º filme do 007 pode realmente chegar às telas em 2012. Dedos cruzados!