Leia mais...
Dirigido por Lee Unkrich a partir de argumento de John Lasseter (chefe de criação da Pixar e diretor dos dois primeiros filmes) e Andrew Stanton (roteirista dos filmes anteriores), Toy Story 3 tem como um de seus grandes méritos, a capacidade de saber equilibrar com muita competência as piadas ora sutis, ora explícitas (as que envolvem o boneco Ken e a de Buzz em versão espanhola são excepcionais) com os momentos singelos que remetem a valores da essência do espírito humano de forma brilhante e inpiradora, como uma das cenas finais, por exemplo, deixa evidenciada.
Com uma história que se passa dez anos depois do 2º filme, Toy Story 3 narra as aventuras dos brinquedos liderados por Woody e Buzz pouco antes da ida do outrora garoto Andy para a faculdade. Lidando com questões como rejeição e perda e a importância de conceitos de companheirismo e amizade, o filme roteirizado por Michael Arndt (de Pequena Miss Sunshine) coloca os brinquedos numa creche que a princípio é encarada por toda turma como um paraíso, mas que logo se revela mais dura que a realidade de uma caixa no sótão da casa de Andy parecia .
E é naquele ambiente dominado por ‘vilões’ liderados por um urso de pelúcia e até por um brinquedo bebê (o que não deixa de ser uma subversão curiosa para as duas figuras) que o filme mergulha em momentos de absoluta graça e que mesclados aos de um suspense crescente, bem construído e envolvente, transformam a produção numa das experiências mais ricas e, como apontei lá no início, emocionais do ano. A Pixar fez de novo e nós só temos a agradecer.
Cotação:
Nota: O curta Dia & Noite que abre Toy Story 3 e faz uma celebração às diferenças, é sem qualquer dúvida o melhor e mais inspirado já feito pelo estúdio. Pode ser precipitado afirmar, mas duvido que o Oscar 2011 da categoria possa ter outro dono.