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Mia - segunda-feira (semana 2)
Pode ser cedo dizer isso, mas a Mia já me lembra muito a Laura da temporada passada. Não pelo interesse amoroso que possa ter por Paul pois acho que não é esse o caso, mas sim por sua insistência em cobrar dele satisfações para frustrações que ela tem/teve na vida e que teriam sido causados por um abandono prévio. Se Laura tinha uma postura agressiva de tentar atacar Paul usando terceiros, Mia se vale de interpretações equivocadas de sua terapia no passado para justificar (ainda que não aceite) suas ações auto-destrutivas do presente e que a distanciam ainda mais da vida pessoal equilibrada que ela gostaria de ter ao lado do sucesso profissional. Estou bastante curioso para ver como vai evoluir esse tratamento, sobretudo porque ela não enxerga aquilo como um ainda. (Por Davi Garcia)
April - terça-feira (semana 2)
Apesar de parecer irritante à primeira vista, April se mostra cada vez mais intrigante. Nesta semana, ela cedeu aos apelos de Paul e retornou às sessões de terapia. Ainda mantendo uma atitude de negação diante da própria situação, ela se mostra mais preocupada com sua relação com seu ex-namorado e a sua atual namorada, do que em encarar sua doença e lutar pela própria vida. Enquanto isso, escaldado pela situação vivida com Alex, Paul não mediu esforços para tentar fazer a garota enxergar a sua verdadeira realidade, chamando à atenção para seu comportamento suicida, já que ela nega a si mesmo a oportunidade de tratamento, de ter sua saúde restabelecida. Paul enfatizou com todas as letras que ela prefere morrer a admitir que precisa da ajuda e do apoio de seus familiares e amigos. As suas atitudes com relação ao ex-namorado e o próprio Paul se traduzem nessa tentativa de fazer com todos se afastem dela. April, em expressões muito claras de orgulho, reluta em aceitar os fatos e se entregar de corpo e alma à terapia e à luta pela chance de se curar. Mas, parece claro que existe uma razão, ainda obscura, por trás dessa atitude de April. (Por Juliana Ramanzini)
Oliver - quarta-feira (semana 2)
É prematuro dizer que com duas sessões já dê para apontar a quem cabe grande parte da culpa pelo transtorno vivido pelo garoto Oliver? Eu arriscaria dizer que sim. Até aqui Bess demonstrou ser uma mulher totalmente imatura e que de forma irresponsável usa o filho para tentar se reaproximar do pai dele, Luke. Este por sua vez, ainda que pareça muito mais consciente da complexidade daquela situação, não demonstra estar disposto a fazer qualquer sacrifício e dar o tempo que permita a Oliver entender que os motivos da separação não foram provocado por ele ou por causa dele. A impressão que tenho é que tanto Luke quanto Bess só estão pensando no que eles querem deixando a necessidade do filho em segunda escala. Luke quer continuar sua vida o mais rápido possível, Bess quer explorar todas as possibilidades de se reconciliar e no meio disso fica o Oliver recebendo mensagens contraditórias. Como Paul vai buscar um caminho que traga entendimento para aqueles três eu não sei, mas é curioso que a tartaruga de Oliver tenha ficado para trás, meio que indicando que o o problema do garoto será uma constante na cabeça de Paul durante a semana, mesmo porque ele tem um filho na mesma idade e que pode estar (ou não) sofrendo do mesmo trauma. (Por Davi Garcia)
Walter - quinta-feira (semana 2)
É definitivo: Walter é meu personagem favorito dessa temporada e já ouso dizer que John Mahoney é nome certo nas indicações ao Emmy desse ano como coadjuvante. Sua interpretação é equilibrada e instigante e ver Paul concluindo a sessão numa clara estafa mental é compreensível, afinal, Walter é o paciente que mais o desafia buscando respostas e diagnósticos que ele não aceita porque refletiriam fraquezas que ele não quer admitir. Foi muito interessante descobrirmos mais um pedaço da história de Walter e não dá para negar que é um bem triste. Ser visto como um mero substituto genérico do irmão brilhante que morreu jovem demais é certamente uma das causas de seus tormentos atuais. A idade chegou para o experiente executivo e o peso de provar que não é um reles substituto mediano cobra seu preço através dos constantes ataques de Pânico que tem desde a infância. Ansioso para ver como evoluirão as próximas sessões. (Por Davi Garcia)
Gina - sexta-feira (semana 2)
Depois de muito relutar, Paul se convenceu que somente através da terapia será capaz de entender toda a avalanche de sentimentos surgidos a partir da sua confusa relação com Laura, seu divórcio, da morte de Alex e do seu reencontro com o passado, personificado através da figura da sua namoradinha da adolescência, Tammy Kent. Gina, sempre brilhante na sua forma de abordagem e nas suas colocações, continuou bateu na tecla de que era necessário que Paul refletisse sobre o seu passado, sobre os acontecimentos que culminaram na separação de seus pais, pois eles provavelmente se refletem no seu comportamento, no seu próprio divórcio e na maneira como ele encara sua relação com seus pacientes. Vale lembrar que o pai de Paul abandonou a família por uma paciente e sua mãe, em conseqüência, entrou em depressão e passou apresentar um comportamento suicida. Dessa maneira, podemos entender seus sentimentos confusos com relação à Laura, sua sensação de impotência diante do suicídio de Alex e a sua extrema preocupação com April. Além disso, não fica difícil imaginar que ele sente uma enorme empatia por Oliver, não só por ter passado pela mesma situação, como por ter um filho vivendo essa mesma realidade. Enfim, na tentativa de resolver seus conflitos, Paul vai mergulhar no seu passado através de seu reencontro com Tammy Kent. (Por Juliana Ramanzini)
E você, o que achou dessa 2ª semana de sessões com o Dr. Paul Weston?
Investindo numa abordagem ainda mais intimista em relação à temporada de estréia e contando com personagens que ouso dizer, são mais interessantes que os antigos, o 2º ano já começa com uma bomba para Paul Weston: o pai de Alex – o piloto que morreu num acidente aéreo -, aparece na casa do psicólogo (que se mudou para o Brooklin depois de se divorciar de Kate), para avisar que o estava processando por negligência acusando-o de ser responsável pelo suicídio de seu filho. Não vou entrar no mérito se o cara tem ou não o direito de processar Weston (e até acredito que tenha). Mas, é curioso ver que Paul, mesmo indignado com a acusação, ainda tenha tentado argumentar com o pai de Alex civilizadamente. Na pele dele, eu teria dito algumas boas verdades para aquele senhor, tais como a de que ele sim tinha muita culpa na tragédia do filho em função de uma criação reprimida, que lançou Alex numa espiral fantasiosa de que se podia controlar tudo, o que inegavelmente ajudou a construir nele a culpa pelas consequências de seu trabalho e que, numa última instância, pode tê-lo feito se matar.
Mia – segunda-feira
Seja lá como for, fato é que foi em função desse processo que Paul entrou em contato com Mia, advogada bem sucedida, na faixa dos 40 e poucos anos, interessada em defendê-lo da acusação, mas que guarda um histórico pessoal com ele: ela fora sua paciente 20 anos antes. E embora o primeiro encontro entre Paul e Mia não tenha sido uma sessão propriamente dita, é curioso que, embora ela diga veementemente que o processo contra ele muito provavelmente seria arquivado, ela tenha usando o encontro para tirar antigos esqueletos do armário, provocando uma avalanche de sentimentos mal resolvidos que inevitavelmente se misturam ao detalhamento do processo. Paul foi negligente no tratamento de Mia no passado? Ela o culpa por ter direcionado integralmente seu foco na carreira privando-se de não ter constituído família? São essas as perguntas que muito provavelmente serão exploradas ao longo das próximas sessões entre os dois.
April - terça-feira
À princípio, a jovem estudante de arquitetura poderia ser vista como a equivalente da Sophie da temporada anterior, já que decidida a isolar-se de amigos e parentes em função de um grave problema de saúde – a garota tem câncer -, April também está de certa forma tentando se destruir, ainda que inconscientemente. Apesar de independente, como o Paul a vê, April é uma jovem irritada que na recusa de aceitar o que lhe aconteceu, assume uma postura defensiva e isolacionista na vã esperança de que vai se vingar da doença simplesmente negando-se a tratar dela. Dos quatro novos pacientes de Paul, ela talvez seja a mais complexa e a que vai oferecer a maior carga dramática durante as sessões, o que diga-se de passagem, é um convite e tanto para que nos envolvamos no problema dela.
Oliver - quarta-feira
Curiosidade: em Be’Tipul, série israelense que inspirou In Treatment, esse personagem na verdade é o filho do casal que se divorciou depois de fazer terapia com Paul na 1ª temporada (Jake e Amy na versão americana). Se a manutenção desse aspecto traria algum elemento mais interessante às sessões eu não sei, mas o que já dá para dizer é que Paul inevitavelmente enxerga nos dilemas do garoto problemas idênticos ao que seu filho deve encarar em função do distanciamento do pai, em virtude do divórcio. Além disso, as sessões com o garoto prometem ser interessantes, sobretudo por mostrar como adultos podem ser tão imaturos quanto os filhos que deveriam criar para serem o melhor que puderem. Luke e Bess são, cada uma a sua maneira, dois perfeitos exemplos do modelo que pais NÃO deveriam seguir. Ele liberal demais, ela super protetora. E no meio disso um garoto frustrado sem saber que direção seguir.
Walter - quinta-feira
É óbvio que nenhum profissional na posição de Paul poderia dar tão rápido o diagnóstico que Walter (o veteraníssimo John Mahoney, o Martin Crane de Frasier) tanto exigiu para seu problema com insônia, mas bastou uma sessão para perceber o óbvio: muito mais do que a preocupação com sua filha, que vive os perigos de se trabalhar num país instável, o grande problema do experiente executivo é de ter passado do ponto em que deveria se desligar da rotina estafante que um trabalho como o seu exige (preocupação com milhares de funcionários, reuniões, tomadas de decisão...) e curtir a vida com qualidade. Óbvio que para alguém que disse ter concentrado o dobro de esforços para atingir a posição que adquiriu, tomar tal decisão não pode ser tão simples. Além disso, provavelmente há outras causas para a estafa mental dele, algo que deve ser explorado nas próximas semanas. Por enquanto o novo personagem que mais gostei.
Gina - sexta-feira
Capaz de confrontar Paul e extrair dele as reações mais autênticas, Gina continua sendo a válvula de escape para as frustrações do outrora pupilo. Conhecendo-o a fundo e entendendo o histórico do que provocou as radicais mudanças na vida dele (mudança de endereço, consultório novo, solteirice), é ela que desperta o lado mais frágil de Paul que com ela se transforma – esquecendo por instantes todas as convenções que a experiência profissional lhe deram - num paciente comum, que só se difere dos demais quando resolve analisar a leitura que ela faz dele. A química dos dois em cena continua perfeita e se continuar nesse rítmo, não será surpresa se faturarem prêmios no Emmy.
Observações finais da 1ª semana
Diferente dos pacientes da 1ª temporada cujos problemas basicamente tinham origem neles mesmos, os desse 2º ano da série encontram (à exceção de April, talvez) reflexo e origem em terceiros. Mia enxerga a razão de sua infelicidade atual num tratamento conturbado e mal resolvido com seu terapeuta no passado; Oliver é uma criança abalada no meio de um divórcio e que perdeu as referências do que deveriam ser seus pais; Walter começa a creditar às suas responsabilidades como executivo e pai como possíveis causas de sua estafa, enquanto Gina continua sendo a única que vê as fraquezas de Paul sem censuras e consegue extrair dele as reações mais autênticas e genuínas de alguém que está sentindo o fardo de tantas mudanças. E sobre Paul, o que dá para dizer é que agora ele é um homem destroçado pelas experiências negativas recentes e que ao adotar uma postura mais envolvida com os problemas de seus pacientes, enxerga neles seus maiores medos, dúvidas e frustrações. E ao perder a noção da linha que separa o analista do analisado, esconde-se numa casca de auto-confiança que pouco a pouco vai se quebrando e revelando quão frágil emocionalmente ele está, o que o transforma num personagem ainda mais complexo e interessante.
Se a 1ª semana de In Treatment for parâmetro para o que vem pela frente, parece que teremos uma temporada não menos que brilhante pela frente. Já começou suas sessões?
A estratégia agora é concentrar os episódios em apenas dois dias da semana (domingo e segunda-feira). No domingo ocorrerá a exibição de 2 episódios, ao passo que na segunda serão exibidos mais 3 completando a semana de trabalho do Dr. Paul Weston (o ótimo Gabriel Byrne).
A justificativa dada pela chefe da divisão de entretenimento da HBO, Sue Naegle, é que as pessoas gostam de ver a série em sequência e que a mudança na forma de exibição facilitará o trabalho de quem acompanha a série.
Apesar do anúncio, a emissora americana ainda não divulgou a data exata da estreia da 2ª temporada de In Treatment.
Com informação do Zap2It
Conforme o Zap2It havia informado em meados de dezembro de 2008, o veterano Glynn Turman - que fez o pai de Alex - vai retornar para uma participação especial. Agora o The Watcher levanta a hipótese da atriz Michelle Forbes (agora em True Blood) também reaparecer ainda que brevemente como Kate, a ex-esposa de Paul Weston.
Confira a divulgação oficial da temporada disponibilizada hoje:
Na segunda temporada de In Treatment, o recém divorciado Dr. Paul Weston (Gabriel Byrne) se mudou para o Brooklyn e agora faz as sesões de terapia fora da sala de estar de sua casa. Dentre seus novos pacientes estão Mia (Hope Davis), uma advogada e antiga paciente que voltou a sê-la depois de Paul pedir a sua firma que o defendesse em um processo; Oliver (Aaron Shaw), um garoto de 11 anos que manifesta seu stress comendo demais em função do divórcio de seus pais (Russell Hornsby, Sherri Saum); Walter (John Mahoney), um executivo que ao ser confrontado por um escândalo profissional e com uma perda pessoal, descobre que aquilo que o protegia não é mais tão forte; e April (Alison Pill) uma estudante de arquitetura de 23 anos que foi diagnosticada com câncer mas se recusa a buscar tratamento ou contar o ocorrido aos pais. A cada sexta-feira, Paul pega o trem e a vai até Maryland para continuar suas sessões de terapia com a Dra. Gina Toll (Dianne Wiest).
Com a 2ª temporada confirmada para estrear em 2009 (ainda sem data definida), a série produzida por Hagai Levi (criador da original israelense), Rodrigo Garcia, Steve Levinson e o astro Mark Wahlberg já tem todo o novo elenco definido. Sim, saem os antigos pacientes e entram novos para o consultório de Paul Weston (o ótimo Gabriel Byrne), único personagem que permanece ao lado da Gina, personagem de Dianne Wiest, que inclusive ganhou um Emmy pelo papel.
Depois da entrada de Hope Davis (Six Degrees) e do veterano John Mahoney (o Martin Crane de Frasier), a HBO confirmou que Russel Hornsby (com participações em séries como Law & Order e Grey's Anatomy) e Alison Pill (presente no filme "Milk") também estarão oficialmente em terapia em 2009.
Quem são os personagens?
Embora ainda não tenham sido divulgados os nomes dos quatro novos personagens, a HBO já liberou informações sobre quem eles são. A personagem de Hope Davis, por exemplo, será uma advogada bem sucedida e antiga paciente de Paul que o culpa por viver sozinha e sem filhos. Mahoney, por sua vez, será executivo que perdeu o controle de sua vida. Hornsby faz um homem divorciado com um filho de 12 anos, enquanto Pill dará vida uma paciente que sofre de linfoma.
Alguma dúvida de que vem muito drama inteligente pela frente?