quarta-feira, 21 de maio de 2008

AMERICAN IDOL - Balanço da temporada 2008

Atenção este post contém spoiler para quem acompanha o American Idol pelo Sony.



Críticas à parte, verdade seja dita. Quando o assunto são os programas de competição, o American Idol ainda continua sendo o melhor de todos apesar dos tropeços da temporada 2008 que foram, diga-se de passagem, bem significativos. Não vou nem citar a queda na audiência porque esse foi um "fenômeno" que de uma forma ou de outra abateu-se sobre todos os programas e séries, mas analisando em retrocesso é fácil perceber que esse ano os jurados de certa forma foram mais condescendentes ao permitirem que alguns candidatos pouco qualificados fossem à etapa de Hollywood e passassem ao Top 24. Dentre estes, haviam alguns que simplesmente não demonstraram força ou sustentabilidade artística para criar e inovar ao longo das apresentações e o exemplo mais notório deles foi o de Jason Castro, candidato que escondia sua fragilidade vocal atrás dos dreadlocks... Outro ponto muito criticado pelos fãs do programa foram as escolhas de temas pouco populares ou pelo menos deslocados demais do formato do programa. As noites dedicadas a Dolly Parton, Andrew Lloyd Webber e Neil Diamond não renderam o esperado engessando grande parte das apresentações. Fora isso, certas injustiças - essas cometidas pelo público votante - também ajudaram a comprometer a qualidade do programa. A eliminação prematura de Michael Johns por exemplo soou quase como uma afronta em um período em que ainda tínhamos Kristy Lee Cook e o já citado Jason na competição.

Contudo e apesar disso, admito que o programa me divirtiu bastante. Ao longo desses quase 5 meses, ri com as tosquices da etapa de testes como sempre acontece (quem não lembra da candidata vestida de princesa Leia?), com as críticas sempre afiadas e ácidas de Simon, os 'nhem nhems' e as escorregadas da Paula (como no dia em que ela deu a opinião sobre uma apresentação do D. Cook que sequer tinha ocorrido) e os 'dudes' em excesso do Randy. Vi apresentações bem sólidas e arranjos criativos e atraentes para canções já consagradas nas vozes de candidatos que muitas vezes surpreenderam pela ousadia. E foi assim que o programa chegou a mais uma final onde os dois Davids duelaram na 1ª noite da finalíssima.

Leia mais...

    Archuleta ou Cook, quem merece o título? Os dois sem dúvida foram consistentes ao longo do programa e fiéis a seus estilos. Enquanto o primeiro investiu no pop melódico ou nas baladas pouco óbvias para alguém de sua idade (ele tem apenas 17 anos!) sem no entanto mudá-las, o segundo arriscou-se muito mais modificando arranjos de músicas já clássicas como Hello de Lionel Ritchie no que inclusive rendeu uma de suas melhores apresentações em todo o programa.

    A noite de apresentações começou de forma estranha com a introdução da música tema do Rocky Balboa anunciando a batalha que estava por vir enquanto os 2 Davids surgiam com capas de lutadores de boxe tentando ignorar o constrangimento. E como se isso já não fosse pouco, os caras ainda tiveram a idéia de colocar um treinador de boxe(!?) dando dicas para cantores. Bom, bizarrices à parte logo foi revelado que os dois cantariam 3 músicas. A primeira por escolha do mega produtor Clive Davies, a segunda por escolha deles mesmos dentre as 10 mais votadas de uma seleção enviada por compositores amadores na competição paralela do AI e por último o repeteco de uma música que eles já tivessem cantado antes. Tudo isso com direito à dicas do compositor Andrew Lloyd Weber retornando ao papel que já desempenhara 1 mês antes.

    Cook cantou "I still haven't found what i'm looking for" do U2, "Dream Big" uma das composições ranqueadas no top 10 e por último repetiu a performance de "The World I Know" do Collective Soul. Archuleta por sua vez, teve "Don't Let the Sun go Down on Me" do Elton John, "In this Moment" outra selecionada do concurso de composições inéditas do AI e o repeteco de "Imagine"de John Lennon encerrando seu repertório.

    Saldo final: Mesmo tendo as apresentações mais lineares e sólidas da noite, Archuleta não me convence como artista ou ídolo. Ele inegavelmente tem uma voz muito boa e que certamente fará sucesso com baladas pops e românticas, mas Cook tem um carisma e uma presença de palco mais autêntica demonstrando qualidades de adaptabilidade que permitem que ele passeie por estilos distintos sem perder sua identidade rockeira. E é por isso que na noite deste dia 21 de maio vou torcer para a vitória do David mais velho. Se ele vai faturar o prêmio ou não eu não sei, mas se a frase dita por Simon ao Cook nessa temporada for levada a sério pelo público votante, o talento merece ganhar da popularidade do Archuleta.

    E para finalizar, o vídeo da melhor apresentação de David Cook no programa.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fale conosco! também pelo e-mail mandando sua sugestão ou crítica.

Comentários ofensivos ou que não tenham relação com o post serão recusados.