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terça-feira, 10 de maio de 2011

Community, a melhor comédia da atualidade


Minha relação com Community não foi de amor à primeira vista. Mesmo com episódios memoráveis já na metade inicial de sua temporada de estreia (o de Halloween, por exemplo, é excelente!), demorei mais do que deveria para realmente me apaixonar pela audaciosa proposta da série criada por Dan Harmon. Hoje, porém, quando o assunto em rodas de discussão no trabalho envolve comédias, não tenho a menor dúvida em apontar que Community é disparada a melhor da atualidade.

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    Diferente de absolutamente tudo que o gênero explora hoje, Community não é o tipo de produção que se sustenta simplesmente por gags ou situações cotidianas de uma família, de um grupo de amigos nerds ou mesmo de um escritório, como acontece, respectivamente, por exemplo, nas não menos divertidas (e também minhas favoritas), Modern Family, The Big Bang Theory e The Office. E para ser bem sincero, não dá mesmo para comparar Community com nenhuma outra comédia atual porque, criativamente, a série está num nível muito superior.

    Quer seja pela preocupação maior em desenvolver seus carismáticos personagens (destaque óbvio para Abed, um viciado em cultura pop) ou pelos roteiros muito mais brilhantes, Community se sustenta basicamente sob essa tríade: inteligência e dinamismo nos diálogos, ironia e sarcasmo constante e o incansável uso da metalinguagem. Nesse contexto, ainda que se passe sempre no mesmo ambiente (o de um campus da universidade comunitária de Greendale) cada novo episódio da série traz uma surpresa diferente tanto no tema quanto na referência que faz a filmes ou mesmo outras séries de tv.

    É nisso aliás que reside a força de Community e 90% de sua graça. Quando um episódio como o ótimo ‘Contemporary American Poultry’ (o 21º da 1ª temporada), por exemplo, faz uma referência direta a filmes de máfia, não o faz de forma gratuita. Na série, as homenagens funcionam de forma orgânica preocupando-se sempre em desenvolver uma trama e seus ótimos personagens.

    Renovada para um terceiro ano e sobrevivendo praticamente por milagre, já que a audiência é absolutamente irregular, Community encerra sua 2ª temporada essa semana nos EUA com a parte 2 de seu episódio evento de paintball. Fazendo homenagem aos Westerns de Sergio Leone estrelados por Clint Eastwood, “A Fistful of Paintballs" (a 1ª parte do final que foi exibida na última quinta-feira) contou com participação especial de Josh Holloway (o Sawyer de Lost) e re-explorou o tema que já se tornara um clássico da temporada de estreia expandindo-o de uma forma mais surpreendente e até mesmo mais divertida.

    Resumindo: se você ainda não assiste Community, corra para corrigir esse grave equívoco, e se você já assiste, comentá-la com amigos quando puder é uma boa pedida, afinal, egoísmo para quê? Bora deixar mais gente se divertir com a melhor comédia da atualidade?

sábado, 26 de março de 2011

‘Lights Out’: uma grande série que merece ser vista

No mês que marcou a renovação de séries que sofrem com a audiência, como Community* e Fringe, a novata, e não menos excelente, “Lights Out’ não teve a mesma sorte e acabou sendo cancelada. Dessa forma, mesmo recebendo muitas críticas positivas ao longo da temporada, a série sobre um boxeador que decide voltar ao ringues após 5 anos vai mesmo encerrar sua história no 13º episódio (11 já foram exibidos pelo FX americano).

Mesclando bons conflitos num drama familiar com esporte e máfia, Lights Out tem em seus fortes personagens capitaneados pelo protagonista Patrick ‘Lights’ Leary (Holt McCallany), sua principal base de sustentação no desenvolvimento de uma trama que envolve sobretudo pelas empolgantes reviravoltas.

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    Quando a série começa, Lights é um ex-campeão ainda reconhecido e com família estável, mas que convivendo com a certeza de ter parado de lutar antes do tempo e enfrentando problemas financeiros (seu atabalhoado irmão, Johnny, pôs toda a fortuna acumulada nos ringues a perder em investimentos mal sucedidos), tenta se equilibrar como sócio de seu pai numa academia decadente.

    Tentado a voltar aos ringues cinco anos depois de uma disputa de título que terminou de forma controversa com Death Row Reynolds, Lights, contudo, enfrenta a severa resistência da esposa, Theresa, a quem havia prometido se aposentar definitivamente.

    Com o dinheiro curto ameaçando o futuro de suas 3 filhas, além das conquistas materiais que fizera na carreira, Lights então acaba se envolvendo com um mafioso local, para quem faz um serviço cobrando dívidas.

    Dali em diante, problemas com a polícia; uma tentativa de fazer um novo campeão; uma sangrenta briga com um lutador de MMA (pra pagar uma dívida do irmão), o retorno ao boxe, um treinandor novo e uma complicada preparação para a esperada e promovidíssima revanche de Lights contra Reynolds.

    Ignorada pelo público americano (que nocauteou a chance continuidade da série), ‘Lights Out’ é uma dessas gratas surpresas que mesmo terminando prematuramente, merece ser descoberta por quem procura bons dramas. Aqui a idéia é uma só: mais vale uma única temporada excelente do que várias razoáveis.

    * Ainda que o post não seja sobre Community, como a citei vale um registro. Com um início irregular, mas que teve lampejos de genialidade, só fui fisgado pela série já na parte final de sua 1ª temporada. Desde sempre com problemas na audiência, mas alheia aos números, a série cresceu muito na qualidade e ganhou apoio da NBC, que tem hoje a comédia com humor mais refinado e inteligente do gênero. Se ainda não a acompanha, começe já!

terça-feira, 9 de março de 2010

Radar Dude News (09 de março)

Que tal sacudir a poeira dessa coluninha há tempos esquecida no blog? Pois então confira o cardápio: o melancólico e lamentável fim de Nip/Tuck; a estreia de Parenthood; a cada vez mais previsível 8ª temporada de 24 Horas; a renovação de Fringe; Spock em The Big Bang Theory; um ótimo extra do Blu Ray de Arquivo X 2 e as primeiras informações da 5ª temporada de Dexter! Tudo isso e um mais um pouco logo abaixo.

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    O terrível fim de Nip/Tuck

    Sério mesmo. Não tentem elogiar Ryan Murphy perto de mim. O criador da atualmente badalada Glee (aquela série musical da Fox focada num grupo de estudantes excluídos) é um grande filho da p... O que esse cara fez com Nip/Tuck, cujo episódio final foi exibido semana passada nos EUA foi um horror. E ok, eu reconheço que a série já tinha saído dos trilhos há pelo menos 2 temporadas quando tiveram a infeliz ideia de tirar os dois cirurgiões plásticos de Miami e mudá-los para Los Angeles dando um semi reboot na trama, mas daí a transformar a série num festival de tortura para quem persistiu e destruir o desenvolvimento de suas personagens construído ao longo dos primeiros anos foi um absurdo total. Obviamente, eu não esperava que fosse ver um final excepcional dadas as severas e lamentáveis mudanças que foram introduzidas, mas confesso que torcia para que pelo menos aos 44 do segundo tempo aqueles outrora cativantes e complexos personagens tivessem um desfecho minimamente mais justo (o que não significa feliz) de suas histórias. Não vou entrar nos detalhes específicos que culminaram nessa minha enorme decepção, porque sei que muita gente ainda pretende ver como a série termina, mas posso dizer desde já que NUNCA mais perderei meu tempo vendo alguma coisa escrita por esse picareta chamado Ryan Murphy.

    Parenthood, a Brothers and Sisters da NBC?

    Sim, eu sei que é bem precipitado cravar essa afirmação, mas o que é que eu vou fazer se foi exatamente essa impressão que eu tive quando terminei de assistir o Piloto desse recém estreado remake de Parenthood? Sim, a série parece ter mais humor que aquela da família Walker, mas o drama e os conflitos de família estão todos lá da mesmíssima forma. Nessa segunda tentativa de transformar Parentehood numa série de sucesso (a primeira foi feita no início dos anos 90 pela mesma NBC), as melhores coisas que surgem numa primeira olhada são os personagens de Peter Krause (Six Feet Under) e de Lauren Graham (Gilmore Girls). Ambos, diga-se, parecem unidimensionais demais, mas ao mesmo tempo tem o carisma necessário para tornarem seus persongens, que são irmãos na série, em figuras mais interessantes. Dito isso, Parenthood é uma série imperdível? Não, mas tão pouco merece ser descartada sem ter algumas chances de dizer a que veio, já que com textos razoáveis girando em torno dos conflitos das relações em família e um elenco bem variado, pode ser exatamente o que você procura. Ou não.

    Fringe renovada para 3ª temporada

    Pronto. Chega de sofrer de ansiedade achando que Fringe não passa desse segundo ano. A Fox confirmou no último sábado que a série criada por J.J. Abrams vai mesmo ter 3ª temporada com estreia programada para setembro nos EUA. Quem deu a notícia foi o próprio presidente de entretenimento da Fox, Kevin Reilly, que reconheceu no esforço da equipe de produção da série em criar histórias envolventes e de qualidade, a justificativa perfeita para que a série tenha continuidade. Até então, um dos grandes temores sobre o futuro da série girava em torno do fato dela jamais ter alcançado números estrondosos na audiência (Fringe ocupa a 50ª posição no ranking das maiores audiências da tv americana) ainda que alcance bons resultados junto ao público alvo que interessa anunciantes. Seja lá qual for real o motivo que culminou na decisão de renovação, vale torcer desde já para que o restante dessa 2ª temporada (que volta com episódios inéditos no dia 1 de abril nos EUA) consiga ser efetivamente empolgante, e que seu terceiro ano traga tramas mais centradas na mitologia da série fugindo da irregularidade que permeou alguns episódios até aqui.

    Spock aparecendo em The Big Bang Theory?

    Pois é, mais ou menos isso. Segundo informação repercutida pela EW na segunda-feira, 8 de março, o produtor da ótima comédia The Big Bang Theory, Bill Prady, estaria interessado em convidar o ator Leonard Nimoy, o Spock de Star Trek para aparecer no início da próxima temporada da série. Prady, lembra que um convite já havia sido feito ao veterano ator na 2ª temporada, que no entanto recusara à época dizendo que estava aposentado. Contudo, como agora Nimoy tem aparecido esporadicamente em Fringe no papel de William Bell, Prady tem fé de que o ator repense sua posição de aparecer pelo menos nos sonhos de Sheldon Cooper, seu grande fã na série e que guarda inclusive um lenço usado pelo ator como relíquia. Aceita, Nimoy! É só isso pelo que podemos torcer para o bem das nossas risadas.

    Comédias da NBC renovadas para a próxima temporada

    Tá, eu sei que todo mundo baba ovo para a papa prêmios 30 Rock e para a novata Community, mas a verdade é que ainda que reconheça qualidades em ambas, até agora não consegui achar nenhuma das duas essa brastemp toda que algumas pessoas gostam de apregoar. Dito isso, quem se importa com a minha opinião, não é mesmo? O que interessa é que a NBC renovou ambas para novas temporadas. 30 Rock irá para seu quinto ano, e Community para seu segundo. Outra comédia da NBC que também ganhou mais uma temporada foi a – para mim - divertidíssima The Office, que entrará em sua 7ª temporada a partir de setembro nos EUA. Felizes?

    Arquivo X em ordem cronológica

    Não é surpresa para ninguém que o segundo filme da saudosa Arquivo X se transformou numa grande decepção tanto nas bilheterias quanto nas críticas. Eu mesmo que sou fã incondicional da série lamentei a chance que Chris Carter e cia perderam de fazer um filme que não só revisitasse os queridos personagens Mulder e Scully, mas que reavivasse o interesse pela grande mitologia que a série construiu ao longo de sua existência. Com isso em mente, por que eu iria querer comprar o Blu Ray do filme lançado em 2009? Simples. Há um extra no disco que remonta através de textos, imagens e pequenos clipes, toda cronologia da série desde os primórdios de sua história até os eventos do filme. É bastante informação bacana que ajuda a relembrar de forma bem organizada alguns dos momentos mais marcantes da série através dos mistérios e conspirações e da ligação dos personagens com elas. Imperdível!

    O que esperar da 5ª temporada de Dexter

    Com spoiler para quem ainda NÃO viu o quarto ano da série

    Após o chocante fim da 4ª temporada, uma das grandes perguntas que ficaram no ar era sobre como veríamos Dexter no início do desde já esperadíssimo quinto ano da série. Conversando com a EW pouco antes do painel de Dexter realizado na semana passada no Paley Fest em Los Angeles, a produtora Sara Colleton revelou que a temporada começará pouco tempo depois do final do trágico evento que mostrou a morte de Rita. “Iremos ver Dexter encarando o processo da perda e como aquilo impactará ainda mais sua já conturbada mente dividida entre o homem que só quer ser normal e aquele sedento por sangue. É importante que vejamos como ele reagirá”, disse Colleton, complementando ainda que a nova temporada não deve se focar num grande antagonista como aconteceu antes. “Queremos buscar uma forma de fazer tudo soar original e singular de novo”, encerrou ela de forma enigmática. Ansiosos?

    A estreia de The Pacific

    Vocês já sabem da minha alta expectativa com relação a The Pacific, certo? Pois é, então não esqueça de correr atrás da minissérie cujo primeiro episódio de um total de dez vai ao ar no próximo domingo, 14 de março, nos EUA pela HBO. Programa obrigatório.

    A cada vez mais decepcionante 8ª temporada de 24 Horas

    Com spoilers para quem não acompanha a série pela exibição americana

    E a trama dessa 8ª temporada de 24 Horas, hein? Mais previsível que o Adriano faltando treinos no Flamengo. Piadinha sem graça à parte, sinceramente tô bem desanimado com a série. Estamos praticamente na metade da temporada (faltam 13 episódios) e a verdade é que não se vê mais nada de novo nas histórias, as supostas reviravoltas não causam impacto (ah, o chefe de segurança do presidente Omar tá envolvido na conspiração e a filha corre perigo? Zzzzz), a personagem da Katee “Starbuck” Sackoff fica cada vez mais irritante e os roteiristas cada vez menos criativos. Vamos lá, tirando a cena do Jack Bauer malvadão ameaçando matar a mãe do terrorista, os outros 40 minutos desse 11º episódio foram absolutamente sonolentos e fáceis de imaginar no que culiminariam. Enfim, tenho saudades daquela série empolgante de outrora, e assim se for para série continuar desse jeito é melhor que Bauer possa descansar definitivamente ao fim desse oitavo dia. Discorda?

    Atualização: Matéria da Variety publicada no fim da noite da terça, aponta que a Fox deve anunciar em breve que 24 Horas será realmente encerrada nessa temporada.

sábado, 26 de setembro de 2009

Estreias da temporada 2009/2010 (Parte 2) - Cougar Town, Community, Bored to Death, Accidentally on Purpose e Modern Family



Dando continuidade à cobertura das estreias da temporada 2009/2010, falo de cinco comédias novas que chegaram à tv ao longo dos últimos dias. Tem quarentona subindo pelas paredes em Cougar Town, universitários incomuns em Community, um escritor em crise dando vida a uma fantasia em Bored to Death, uma gravidez mudando a vida de uma mulher experiente em Accidentally on Purpose e uma família moderninha cheia de tipos engraçados em... Modern Family.

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    Obs.: Todas as datas de estreia se referem à exibição nos EUA

    Cougar Town (estreou no dia 23 de setembro)

    Coitada da Courteney Cox. Será que depois de fracassar com Dirt (aquela série que buscava na polêmica o diferencial para ser sucesso), a eterna Monica de Friends não tinha alternativa melhor que não a de tentar a sorte com uma comédia tão fraca quanto essa Cougar Town? Sério. Nos vinte e poucos minutos do Piloto da série, a única sensação que ela provocou em mim foi vergolha alheia. Risos? Zero.

    Focada numa quarentona divorciada (Jules, papel de Cox), Cougar Town é um festival de equívocos, começando pelo título que na tradução literal nada mais é do que a cidade das tigrezas. Fora isso, ao optar por reduzir a personagem de Cox (que se vira como pode no papel) a uma mulher desesperada para tirar o atraso com garotões, a série torna aquela que deveria ser sua grande atração num rascunho mal feito do que poderia ser uma mulher moderna, bem sucedida, independente e engraçada.

    Além disso, vamos combinar que Jules (mãe de um adolescente apagado) não pode ter muito futuro morando num lugar onde os homens mais velhos solteiros/divorciados aparentemente tem idade mental de 12 anos e tem que conviver com amigas tão sem noção quanto ela. E não é nem que eu tivesse esperança de que a série pudesse ser boa, mas precisava ser tão ruinzinha? =/

    Community (estreou no dia 17 de setembro)

    Embora não seja assim tão engraçada quanto pretende, esta comédia centrada num grupo de universitários bastante incomum, inegavelmente tem potencial para se estabelecer como uma das boas estreias da temporada. Heterogêneo, o elenco tem no veterano Chevy Chase (o Ted Roark da 2ª temporada de Chuck) seu grande nome, mas quem aparece com destaque nos dois primeiros episódios é mesmo John McHale (mais conhecido como apresentador do programa de The Soup do E!). É dele o papel do protagonista Jeff, um advogado que após perder o registro volta para faculdade disposto a todo tipo de armação e malandragem para obter vantagens na missão de se conseguir um diploma. Tá longe de ser ótima, mas sem dúvida merece mais chances.

    Bored to Death (estreou no dia 20 de setembro)

    Se o título da série já é uma dica... Bom, nessa nova comédia produzida pela HBO e estrelada por Jason Schwartzman, sobram boas intenções, mas falta o mais essencial: a capacidade de fazer rir. Centrada num escritor em crise de inspiração que resolve sair da rotina dando uma de detetive particular, Bored to Death tem personagens até interessantes na figuras do protagonista loser, seu não menos fracassado amigo autor de HQs (Zach Galifianakis de “Se Beber não Case”) e seu editor alcóolatra (Ted Denson) com queda por maconha, mas com tramas de investigação pouco criativas e arrastadas demais, não tem jeito, quando o Piloto termina só uma sensação fica: tédio.

    Accidentally on Purpose (estreou em 21 de setembro)

    Bem diferente de sua personagem na finada Dharma & Greg, Jenna Elfman ressurge à vontade e divertida como Billie, uma crítica de cinema que após o fim de um relacionamento, vê sua vida mudar radicalmente após uma noitada animada que termina em gravidez inesperada e em envolvimento com um homem bem mais jovem que ela. Não há nada incrivelmente novo em Accidentally on Purpose, que exagera um pouco naqueles risos falsos de cena, mas que tem bons diálogos e um mote que promete render situações engraçadas, essa comédia é outra que vai ganhar minha atenção por pelo menos mais alguns episódios. E tudo graças a Elfman.

    Modern Family (estreou em 23 de setembro)

    Não sei se foi culpa da baixa expectativa, mas fato é que dentre todas as novas comédias, Modern Family foi disparada a que mais me agradou até aqui. Feita em estilo mockumentary (uma marca registrada de The Office), a série explora com ótimas e divertidíssimas sacadas, o choque de diferenças que une três núcleos de uma mesma família.

    Nesse cenário, Ed O’Neil (o eterno Al Bundy de Married with Children) surge como Jay, um sujeito de pouco humor, mas que não menos engraçado, encara seus preconceitos e os dilemas frutos de um casamento com uma mulher bem mais jovem e seu filho pré-adolescente.

    A essa mistura, soma-se também as famílias do casal de filhos de Jay, Claire e Mitchell. A de Claire (que é feita por Julie Bowen, a Sarah de Lost), segue um formato mais tradicional, e mostra a neurose de uma mãe de três filhos casada com Phil, um pai atrapalhado e tão sem noção quanto o Michael Scott de The Office. Já a de Mitchell (que tal qual seu pai é divertidamente pouco paciente), é formada por seu bonachão e divertido companheiro Cameron e por uma recém adotada bebêzinha vietnamita.

    Não sei se Modern Family conseguirá manter o mesmo gás desse início ao longo dos próximos episódios, mas se repetir as várias situações engraçadas desse Piloto (a cena do avião é ótima), tem tudo para ganhar um fã por toda temporada.