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sábado, 26 de setembro de 2009

Estreias da temporada 2009/2010 (Parte 2) - Cougar Town, Community, Bored to Death, Accidentally on Purpose e Modern Family



Dando continuidade à cobertura das estreias da temporada 2009/2010, falo de cinco comédias novas que chegaram à tv ao longo dos últimos dias. Tem quarentona subindo pelas paredes em Cougar Town, universitários incomuns em Community, um escritor em crise dando vida a uma fantasia em Bored to Death, uma gravidez mudando a vida de uma mulher experiente em Accidentally on Purpose e uma família moderninha cheia de tipos engraçados em... Modern Family.

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    Obs.: Todas as datas de estreia se referem à exibição nos EUA

    Cougar Town (estreou no dia 23 de setembro)

    Coitada da Courteney Cox. Será que depois de fracassar com Dirt (aquela série que buscava na polêmica o diferencial para ser sucesso), a eterna Monica de Friends não tinha alternativa melhor que não a de tentar a sorte com uma comédia tão fraca quanto essa Cougar Town? Sério. Nos vinte e poucos minutos do Piloto da série, a única sensação que ela provocou em mim foi vergolha alheia. Risos? Zero.

    Focada numa quarentona divorciada (Jules, papel de Cox), Cougar Town é um festival de equívocos, começando pelo título que na tradução literal nada mais é do que a cidade das tigrezas. Fora isso, ao optar por reduzir a personagem de Cox (que se vira como pode no papel) a uma mulher desesperada para tirar o atraso com garotões, a série torna aquela que deveria ser sua grande atração num rascunho mal feito do que poderia ser uma mulher moderna, bem sucedida, independente e engraçada.

    Além disso, vamos combinar que Jules (mãe de um adolescente apagado) não pode ter muito futuro morando num lugar onde os homens mais velhos solteiros/divorciados aparentemente tem idade mental de 12 anos e tem que conviver com amigas tão sem noção quanto ela. E não é nem que eu tivesse esperança de que a série pudesse ser boa, mas precisava ser tão ruinzinha? =/

    Community (estreou no dia 17 de setembro)

    Embora não seja assim tão engraçada quanto pretende, esta comédia centrada num grupo de universitários bastante incomum, inegavelmente tem potencial para se estabelecer como uma das boas estreias da temporada. Heterogêneo, o elenco tem no veterano Chevy Chase (o Ted Roark da 2ª temporada de Chuck) seu grande nome, mas quem aparece com destaque nos dois primeiros episódios é mesmo John McHale (mais conhecido como apresentador do programa de The Soup do E!). É dele o papel do protagonista Jeff, um advogado que após perder o registro volta para faculdade disposto a todo tipo de armação e malandragem para obter vantagens na missão de se conseguir um diploma. Tá longe de ser ótima, mas sem dúvida merece mais chances.

    Bored to Death (estreou no dia 20 de setembro)

    Se o título da série já é uma dica... Bom, nessa nova comédia produzida pela HBO e estrelada por Jason Schwartzman, sobram boas intenções, mas falta o mais essencial: a capacidade de fazer rir. Centrada num escritor em crise de inspiração que resolve sair da rotina dando uma de detetive particular, Bored to Death tem personagens até interessantes na figuras do protagonista loser, seu não menos fracassado amigo autor de HQs (Zach Galifianakis de “Se Beber não Case”) e seu editor alcóolatra (Ted Denson) com queda por maconha, mas com tramas de investigação pouco criativas e arrastadas demais, não tem jeito, quando o Piloto termina só uma sensação fica: tédio.

    Accidentally on Purpose (estreou em 21 de setembro)

    Bem diferente de sua personagem na finada Dharma & Greg, Jenna Elfman ressurge à vontade e divertida como Billie, uma crítica de cinema que após o fim de um relacionamento, vê sua vida mudar radicalmente após uma noitada animada que termina em gravidez inesperada e em envolvimento com um homem bem mais jovem que ela. Não há nada incrivelmente novo em Accidentally on Purpose, que exagera um pouco naqueles risos falsos de cena, mas que tem bons diálogos e um mote que promete render situações engraçadas, essa comédia é outra que vai ganhar minha atenção por pelo menos mais alguns episódios. E tudo graças a Elfman.

    Modern Family (estreou em 23 de setembro)

    Não sei se foi culpa da baixa expectativa, mas fato é que dentre todas as novas comédias, Modern Family foi disparada a que mais me agradou até aqui. Feita em estilo mockumentary (uma marca registrada de The Office), a série explora com ótimas e divertidíssimas sacadas, o choque de diferenças que une três núcleos de uma mesma família.

    Nesse cenário, Ed O’Neil (o eterno Al Bundy de Married with Children) surge como Jay, um sujeito de pouco humor, mas que não menos engraçado, encara seus preconceitos e os dilemas frutos de um casamento com uma mulher bem mais jovem e seu filho pré-adolescente.

    A essa mistura, soma-se também as famílias do casal de filhos de Jay, Claire e Mitchell. A de Claire (que é feita por Julie Bowen, a Sarah de Lost), segue um formato mais tradicional, e mostra a neurose de uma mãe de três filhos casada com Phil, um pai atrapalhado e tão sem noção quanto o Michael Scott de The Office. Já a de Mitchell (que tal qual seu pai é divertidamente pouco paciente), é formada por seu bonachão e divertido companheiro Cameron e por uma recém adotada bebêzinha vietnamita.

    Não sei se Modern Family conseguirá manter o mesmo gás desse início ao longo dos próximos episódios, mas se repetir as várias situações engraçadas desse Piloto (a cena do avião é ótima), tem tudo para ganhar um fã por toda temporada.