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O final da temporada passada sacudiu a vida doméstica de Dexter com a morte de Rita. E também deixou muitas perguntas sobre como o personagem e a série seriam conduzidos na 5ª temporada. Uma pessoa ‘normal’ talvez jamais fosse de recuperar da perda e da culpa. Mas pareceu claro que baseado na sempre expansível, porém ainda limitada capacidade de Dexter de sentir emoções humanas, ele pode seguir em frente, mas como? Será que ele poderia se redimir abandonando – pelo menos temporariamente – as matanças? Ou ele poderia se deixar dominar ainda mais por seu lado negro ignorando o código de Harry? E o que aconteceria com as crianças? E quanto ao envolvimento de Dexter com o Trinity Killer? Eu também me preocupei que algo grande como a morte da Rita pudesse ofuscar todo o resto e que a série pudesse perder seu humor negro, mas vi os três primeiros episódios da 5ª temporada, e dá para dizer que eles lidaram muito bem com esse cenário.
Eu não esperava chorar tanto vendo os episódios, mas a verdade é que eles são muito emocionais. Essa pode muito bem ser a melhor temporada de Michael C. Hall até aqui. Muita da emoção aflora por vermos a situação de Dexter. Sua reação à morte de Rita (o episódio de estreia começa pouco depois dos eventos do fim da temporada passada) é absolutamente chocante. Ele se fecha e regride. Uma das coisas mais estranhamente divertidas da série é ver como Dexter é socialmente inepto. Ele estuda o comportamento humano e tenta imitá-lo, mas nem sempre o compreende. Com isso, muitas vezes ele fala e faz coisas que são increvelmente estranhas e inapropriadas. Mas foi assim que ele chegou até aqui.
O maior sinal de que ele estava começando a perder as habilidades sociais nesse estado fica claro quando ele revela a morte de Rita a Astor, Cody e aos pais dela depois de tê-los deixado passar o dia na Disney para que pudessem ter pelo menos um bom dia. À medida em que todos reagem, ele usa uma frase que o diretor da funerária lhe dissera mais cedo: “Lamento pela sua perda.” Isso é algo ridículo demais a se dizer – algo que só seria dito a pessoas que você não conhece bem – e definitivamente algo que você não diria para os pais e filhos da sua esposa assassinada.
Com Dexter nesse estado, Deb fica com a responsabilidade de juntar os cacos. Ela faz tudo desde arranjar o caixão de Rita até o vestido que ela usaria. Jennifer Carpenter também aparece muito bem nesses episódios. E quando tudo começa a ficar pesado demais para Deb (incluindo a situação de ter Dexter e as crianças no seu apartamento, o mesmo que já fora do irmão) ela reage do seu jeito bem típico.
Sobre Rita ela tem uma bela despedida. Já que na última vez que a vimos ela estava envolta em sangue na banheira, foi bom poder vê-la sendo lembrada de um jeito diferente – e há um grande momento onde Dexter finalmente conta a toda a verdade a Rita, ainda que seja tarde demais. Também há algumas belas cenas em flashback do primeiro encontro de Dexter e Rita, uma situação que Dexter usa de forma hilária para seguir uma vítima. Entre a cena do encontro dos dois e o longo resumo que ocorre, foi interessante ver não apenas quanto Dexter evoluiu, mas Rita também. Ao longo dos anos ela deixou de se vestir como uma colegial e de ser retraída, para se tornar mais vibrante (física e mentalmente) e mais segura.
Todas as coisas boas sobre Dexter estavam aqui, e com tanta coisa em jogo, atores e roteiristas realmente se sobresaem. Nem mesmo o humor se perdeu. Masuka, como sempre, surge como alívio cômico, e isso fica claro no momento em que ele vê o corpo morto de Rita na banheira e diz: “Eu a imaginei nua um milhão de vezes, mas nunca dessa forma.”
Há muitos caminhos que a série pode tomar nessa temporada. Há os caminhos pelos quais Dexter vai viver com a culpa e a perda da mulher que o ajudou a se tornar humano. (Até o fantasma de Harry o abandona por um tempo.) Há a fúria de Astor com Dexter a quem ela culpa por não ter protegido sua mãe e por ter lhes dados esperança de que a vida poderia ser boa. Há as responsabilidades colocadas em Deb e Quinn ainda suspeitando de Dexter de um jeito bem Doakes. Há ainda o fato de Dexter ter se passado por Kyle Butler na temporada passada e de como isso vai voltar já que a família do Trinity sabe quem ele é – pelo menos fisicamente. E como Dexter vai trabalhar seu dark passenger. O número de mortes é baixo nesse início, o que é bem apropriado, mas ainda assim, Dexter comete um de seus assassinatos mais selvagens até aqui. E é claro que há um vilão (o ainda pouco conhecido Shawn Hatosy) nessa temporada. No universo de Dexter, Miami é o lugar mais perigoso do mundo para se viver.
Muitas pessoas imaginaram como a temporada passada poderia ser superada, mas no geral, já dá para dizer que a 5ª temporada pode ser uma das melhores.
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E aí, dá ou não dá para ficar bem animado com o cenário que a nova temporada de Dexter trará?
Cara, contando os dias pra começar a matança !!!!! rsrs
ResponderExcluirAdorei Dexter desde o 1° ep.
Pela sua opinião,a 5° temp tem tudo pra ser a melhor de todas.
Grande abraço.
Oi Marcello, só para deixar claro, como apontei no início do post, o texto não é meu, apenas traduzi. Estou igualmente ansioso para começar a ver a temporada :)
ResponderExcluirAbraço!
Essa com certeza é a série que eu estou contando os dias pro retorno. Queremos muito mais de Dexter...
ResponderExcluirops Davi... Foi mal !!!
ResponderExcluirNem tinha reparado que o texto é da Jennifer.
Enfim, quero saber se você tem conhecimento sobre uma série chamada RUBICON ???
Eu li a sinopse e fiquei interessado...
Grande abraço.
Oi Marcelo, por enquanto vi apenas os dois primeiros episódios de Rubicon. Achei a ideia interessante, ainda que o ritmo tenha sido lento demais. Dito isso, pretendo retomar a série em breve e ver como a sequência de episódios se desenvolve. Em suma, dê uma conferida também. A série é pelo menos diferente da média.
ResponderExcluirAbraço!
E Fringe, sem novidades? :P
ResponderExcluirgosto muito do blog, acabei de fazer um, depois passa lá no meu, já te linkei.
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