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Cenário sombrio à parte - que no caso de Fringe existe em parte por culpa da Fox que colocou a série no dia/horário mais competitivo da tv americana -, a verdade é que não vale à pena ficar esquentando cabeça pensando se a série ganhará ou não uma próxima temporada. Particularmente, prefiro curtir a série enquanto ela existe e me divertir ao máximo com a cada vez mais empolgante trama de idas e vindas entre universos paralelos e seus conflitos crescentes.
Em "6955 kHz", sexto episódio da temporada, que trouxe até pequenas referências a Lost através dos números, a história do 'nosso lado' envolveu um caso de amnésia coletiva provocada por uma transmissão de rádio. O que descobrimos mais tarde, é que a coisa toda, além de apontar a existência prévia de uma civilização avançada (será que é de lá que vieram os Observadores, aliás?), fazia parte do plano de Walternativo para revelar a localização de 38 pontos espalhados pelo mundo que escondiam partes do dispositivo, que em teoria pode destruir, através de Peter, o universo que conhecemos.
Acrescente à essa mistura o fato de (B)Olívia começar a levantar suspeitas (pelo menos Nina Sharp já deve ter algumas, certo?) ao mesmo tempo em que dá sinais de estar genuinamente envolvida com Peter - e até a se importar com os acontecimentos do lado de cá -, e temos o panorama perfeito para o iminente choque que se dará quando Olivia conseguir encontrar uma forma de voltar para casa, como o gancho final do episódio parece apontar.
Além desses fatores, me parece inegável que a trama caminha para a construção de um panorama que obrigará Peter a encarar um dilema e tanto. Afinal, embora ele diga ter esperança de que não precise escolher entre um universo ou outro, acho improvável que esse pedaço da trama não ganhe novos desdobramentos ao longo dos próximos episódios. Ainda mais quando há um elemento tão tragicamente instável na equação chamado Walter Bishop, não é mesmo?