quinta-feira, 5 de maio de 2011

The Office e a bela despedida de Michael Scott

Uma semana após ‘Goodbye Michael’, episódio que marcou a saída de Steve Carell de The Office e a consequente despedida de seu personagem, o sem noção Michael Scott, a sensação natural para quem curte a comédia é a de um inevitável vazio e de dúvida: a produção vai conseguir sobreviver e se renovar sem um de seus mais importantes protagonistas? A resposta só descobriremos depois, mas a certeza de que Carell contribuiu muito para que The Office tenha se mantido sempre em evidência mesmo em seus períodos mais irregulares é inegável. Assim, nada mais justo que destacar o episódio que selou sua partida de forma simples, divertida e não menos emocionante. Ou vai dizer que entre um riso e outro seus olhos não ficaram no mínimo marejados também?

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    Das surpresas do episódio, a mais interessante acabou sendo justamente a postura do Michael. Diferente do que normalmente faria, em sua despedida ele, apesar das brincadeiras (os presentes que distribuiu e o momento em que ria da reação de Oscar foram ótimos), sempre manteve tudo num tom discreto demais para o seu padrão. Não vimos, por exemplo, aquele oba oba tão característico de outrora. Além disso, em várias sequências ele se revela frágil e inseguro com a decisão de partir, fazendo com que até pudessemos enxergar Michael e Carell se confundindo naquelas cenas em que o ator parecia estar realmente tão emocionado quanto o personagem.

    Fazendo pequenas reconciliações com cada um dos outros funcionários da Dunder Mifflin (seus momentos com Dwight e com Jim foram sem dúvida alguns dos mais marcantes), Michael partiu de forma bem humorada pedindo que o avisassem se os registros do ‘documentário’ fosse exibido algum dia e, seguro de sua decisão, teve ainda um último momento a la Encontros e Desencontros com Pam, com quem trocou suas últimas palavras (sem que ouvissemos) antes de dar seu adeus definitivo que veio acompanhado de risos e lágrimas do lado de cá. É estranho dizer isso, mas sentiremos sua falta, Michael.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Star Wars a saga completa finalmente em Blu-Ray

Post atualizado com informações oficiais!

Tio Lucas criou um alvoroço tremendo nas últimas semanas em torno do site May the 4th - um trocadilho com a famosa frase da saga, May the force be with you (Que a força esteja com você) -, que prometia revelar às 10h de hoje todo o conteúdo do box que chega às lojas americanas em 16 de setembro. Porém, o que aconteceu no fim das contas foi Epic Fail. Não pelo contéudo, que de fato é de fazer salivar qualquer fã de Star Wars, mas pela forma. Resumindo a história, o site não aguentou o volume de acessos e as poucas pessoas que conseguiram ver alguma coisa se depararam com um release genérico que sequer revela a arte do box. Leve decepção à parte, o sempre atento Gabinete do Kas de Carlos Quintão divulgou tudo o que encontraremos nas mais de 40(!) horas de material extra que, vale lembrar, terá muita coisa totalmente inédita.

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Clique na imagem e veja o trailer da saga em Blu-Ray

"Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante..." fãs de Star Wars esperavam ansiosamente pela chegada da maior saga galáctica (e cinematográfica, obviamente) no formato da alta definição. Foram anos de muitos rumores e especulações que agora enfim saem de cena para dar espaço ao anúncio oficial: Star Wars - A Saga Completa será lançada em Blu-Ray em setembro.

Quem trouxe a boa nova com muita pompa durante a CES (feira anual de eletrônicos nos EUA), foi o presidente da Twentieth Century Fox Home Entertainment, que acompanhado por storm troopers e pelo próprio Darth Vader, confirmou que a saga dos Skywalker finalmente chegará ao mercado com a mais alta qualidade de imagem e som disponíveis atualmente.

Três opções serão lançadas simultaneamente em setembro nos EUA (ainda não há datas para o Brasil). Um box de 9 discos com os 6 filmes e mais 30 horas(!) de extras que incluem cenas deletadas e alternativas jamas vistas, além de vários docs sobre o universo de Star Wars e muito mais. Além desse box, outros dois (ambos com 3 discos cada) também chegarão às lojas dando a opção ao fã que quiser comprar apenas a trilogia clássica (Episódios IV, V e VI) ou a mais recente (Episódios I, II e III).

Agora, a melhor parte dessa história toda é que a Amazon já está fazendo pré-venda do box em Blu-Ray nas 3 opções. Ou seja, você já reserva o seu agora, só paga quando ele for despachado em setembro e se o valor cair mais até lá você paga o valor mais baixo. Molezinha total.

Box preto: Saga completa com 9 discos por R$152* | Box vermelho: Trilogia recente (I, II e III) com 3 discos por R$76 | Box Azul: Trilogia clássica (IV, V e VI) por R$76



* Preço em Real estimado a partir da cotação do dólar na data deste post sem considerar o custo do frete.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Game of Thrones, um épico imperdível


Texto
livre de spoilers para quem ainda não assitiu a série.


É justo dizer que Game of Thrones, série épica da HBO lançada lá fora no dia 17 de abril (no Brasil a estreia ocorre no dia 8 de maio), ainda não empolga tanto por conta de seu ritmo lento nos 3 primeiros episódios. Isso, contudo, não me priva de dizer que eu já seja fã da produção inspirada nos livros As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin e que, em muitos aspectos, lembra o Senhor dos Anéis sem os elementos mais fantasiosos da obra de Tolkien que Peter Jackson tão bem transportou para o cinema.

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    Ambiciosa e contando com uma qualidade técnica impecável (a sequência que abre o primeiro episódio, por exemplo, é de cair o queixo, bem como os engenhosos créditos de abertura), GoT narra a história de famílias envolvidas na disputa direta ou indireta pelo poder dos 7 reinos de Westeros, uma vasta região que, pela ambientação e organização política, lembra muito a Europa medieval com seus castelos e feudos.

    Embora não tenha um protagonista central, a narrativa de GoT basicamente gira em torno da família Stark que, responsável pela sombria região norte dos 7 reinos, vê a aparente calmaria de 17 anos dando lugar a um turbilhão de intrigas, conspirações e jogos de poder quando o rei Robert Baratheon (Mark Addy) faz um pedido ao amigo Ned Stark (Sean Bean), que implicará uma mudança de rumos em toda Westeros e nas vidas dos Starks (Ned é casado e tem 6 filhos, sendo um bastardo) além dos Lannisters e dos Targaryen, outras duas famílias com forte ligação com o centro do poder e que agem por interesses escusos.

    Apresentando seus muitos personagens sem pressa, os 3 primeiros episódios de Game of Thrones, se preocupam muito mais em contextualizar a trama e o papel que cada um tem na história, do que investir em sequências de ação grandiosas, um movimento que julgo salutar para que a narrativa cresça sem atropelos e com uma tensão equilibrada que alimente nosso interesse pela série de forma gradual e consistente. Tal fórmula, obviamente pode até não funcionar para alguns, mas para mim é a receita perfeita para garantir fidelidade à uma produção que merece pela relevância que tem num gênero pouco explorado na televisão e que quando bem feito, vira um programão imperdível!

    Em tempo, ainda que eu não dedique posts para cada um dos 10 episódios dessa 1ª temporada (a 2ª já está confirmada para 2012), farei comentários em áudio de forma individual. Os dos 2 primeiros episódios já estão disponíveis no Seriaudio e o do 3º e mais recente pinta ainda essa semana por lá. Sendo assim, fica o convite para que você ouça e deixe comentários por lá também.

    Nota: Se puder, assista a série em alta definição. Quer seja pela grandiosidade de seus cenários e riqueza de detalhes ou simplesmente pela excelente fotografia, Game of Thrones em HD fica ainda melhor.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fringe – Ep. 3x21 “The Last Sam Weiss”


Episódio exibido no dia 29/4/11 nos EUA

Oficialmente, esse (literalmente) eletrizante penúltimo episódio da 3ª temporada de Fringe tem o título de ‘The Last of Sam Weiss’, mas se pegasse emprestado de Lost o ‘The Shape of Things to Come’ (lembram dele?), faria absoluto sentido, afinal, ninguém duvida que aquele gancho nos deu um belo tira gosto do que veremos ao longo dos já confirmados 22 episódios da 4ª temporada, certo?

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    Acabou o mistério em torno de Sam Weiss e a revelação de quem ele é, embora simples, foi eficiente. De personagem enigmático com pinta de Yoda e suspeito de ser um remanescente das tais primeiras pessoas, Weiss na verdade é ‘apenas’ um membro de uma linhagem de arqueólogos (ou qualquer título semelhante) que ao longo de várias gerações se dedicou a estudar os segredos daqueles que teriam habitado o planeta ao longo de séculos antes de nós. Ok, mas se agora sabemos quem ele é, outra importante pergunta surge: será que ele realmente contou tudo o que sabe? E mais, podemos descartar qualquer ligação dele com os Observadores?

    E o que pensar sobre a breve confusão de Peter? Num momento ele acredita estar do lado de lá, em outro (quando está prestes a entrar na máquina) parece recobrar memórias há muito perdidas como lembranças de sua infância envolvendo até mesmo Olivia. Aliás, por falar nela, o que explicaria o sucesso em sua 2ª tentativa de usar a telecinese se não a forte ligação que tem com o próprio Peter? Algo que, diga-se, justificaria o grande investimento de parte da temporada no romance entre os dois personagens, não? Sobre o desenho feito pelo ancestral de Sam Weiss – quem viu Alias, outra série criada pelo J.J. Abrams, deve ter imediatamente lembrando das profecias de Rambaldi, né? -, qual seria a explicação, se é que há alguma? Palpites?

    Sobre o desfecho do episódio, que serviria perfeitamente como um de temporada diga-se, alguns destaques/questões: 1) Peter viajou fisicamente para o futuro ou apenas conscientemente no melhor estilo Desmond de Lost? 2) É justo afirmar que Peter estava no ‘nosso’ universo uma vez que área em que ele aparece é a mesma que em breve abrigará a Freedom Tower (edifício que subirá no lugar do WTC). 3) Se ele está do lado de cá, por que o agente que o interpela tinha o símbolo da divisão Fringe de lá? Dica que apontaria para a possibilidade de que os 2 universos sofrerão uma fusão com efeitos colaterais incontroláveis e imprevisíveis, talvez?

    Como sempre, perguntas e mais perguntas que só reforçam uma óbvia e inescapável certeza: o encerramento dessa 3ª temporada de Fringe promete ser enlouquecedor! Alguém discorda?

    Nota: Se você não aguenta segurar a curiosidade, aqui tem o empolgante promo (legendado pelo SérieManíacos) do último episódio da temporada.

domingo, 24 de abril de 2011

Fringe – Ep. 3x20 “6:02 AM EST”

Episódio exibido no dia 22/4/11 nos EUA

Muito mais que um belo episódio preparatório e com muita ação para os últimos eventos dessa 3ª temporada, “6:02 AM EST” foi, antes de tudo, um marco para personagens que, em momentos absolutamente confortáveis, tem que abraçar/aceitar um sacrifício em prol do bem maior.

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    Quando, do lado de lá, Walternativo, usando parte do material genético colhido de seu neto Henry, filho recém nascido de BOlívia com Peter, encontra uma forma de acionar o dispositivo do apocalipse do lado de cá, estranhos eventos começam a ocorrer dando o sinal: o ‘nosso’ fim estaria próximo.

    A partir desse quadro, Walter, sem saber exatamente o que fazer, se vê finalmente obrigado a aceitar que a única forma de corrigir seu erro do passado e que por tabela poderia garantir a sobrevivência do nosso universo, seria ver Peter, então sereno e tranquilo com o papel que teria que desempenhar, arriscando a própria vida para controlar a máquina.

    Do outro lado, e sem saber que a tentativa de Peter fora mal sucedida, BOlívia, provando de novo que é uma personagem que merece muito mais da nossa simpatia, age para tentar evitar o fim do nosso mundo abrindo mão da posição favorável que tinha. Contudo, ao ser freada em sua iniciativa, ela então interpela Walternativo diretamente sobre suas motivações e este, defendendo-se ao se dizer pragmático, acaba prendendo a mãe de seu neto para sua ‘própria segurança’...

    De forma geral, muita coisa importante aconteceu nesse movimentado episódio. De desenvolvimento e motivação de personagens à construção do início do evento definitivo (?), nada soou gratuito ou sem propósito. Dito isso, de todas as situações que ganharam destaque, a que mais chama a minha atenção é a que levanta a pergunta cuja resposta deve ser chave para o desfecho desse arco e da temporada: qual é, afinal, o real papel do misterioso Sam Weiss nessa trama? Qual é (se é que há algum) o elo entre ele e os Observadores? E mais, seria ele um remanescente das tais primeiras pessoas? A conferir.

    Outras observações:

    - Ainda que o tom do episódio tenha sido mais sério, o roteiro assinado pelo trio Josh Singer, David Wilcox e Graham Roland não abriu mão de fazer piada no início com Olivia dando de cara com Walter caminhando nu às 6 da manhã. Imagina o trauma da loira? :p
    - Homem de ciência, homem de fé. Muito curiosa a cena de Walter indo se penitenciar e buscar compreensão e ajuda divina frente à iminente possibilidade de perder Peter de vez.
    - Embora torça, duvido que o Emmy se lembre dos excelentes trabalhos de Anna Torv e John Noble quando saírem as indicações para premiação esse ano, mas é inegável que os dois, sobretudo o segundo, merecem MUITO o reconhecimento de suas cada vez melhores persformances na série. Se a Academia não reconhece, que o façamos nós, não?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Radar Dude News - 20/4/2011

Nessa atualização, descubra como ganhar um box em Blu-Ray com todas as temporadas de Lost; veja uma dica de promoção para quem gosta de Modern Family; saiba quando a minissérie The Kennedys estreia no Brasil e quando retornam as novas temporadas de True Blood e Entourage. Além disso, tem dica para quem compra games, uma nota sobre a renovação da novata e promissora Game of Thrones e, para fechar, um brevíssimo comentário sobre The Borgias e Camelot.

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    Que tal ganhar o box completaço de Lost em Blu-Ray?

    Sabe aquele box sensacional de Lost que foi lançado em Blu-Ray no ano passado e que eu mostrei neste vídeo em detalhes? Pois é, comemorando três anos de aniversário, o Blog do Jotacê vai DAR o box completo de Lost em Blu-Ray para quem fizer o melhor vídeo explicando por que merece ganhar essa coleção. É ou não é imperdível? Pois então não perca tempo, acesse agora o BJC, leia o regulamento da promoção (que também dará outros 6 Blu-Rays de presente a partir dessa sexta-feira!) e participe.

    E por falar em Blu-Ray... Modern Family em promoção!

    O Blu-Ray da 1ª temporada de Modern Family, uma das melhores comédias da atualidade, atingiu, na Amazon, o preço mais baixo desde seu lançamento: R$33 (R$ com o frete para o Brasil, o custo total é de R$46). Com 3 discos, o box traz os 24 episódios da temporada de estreia da série com legendas em português do Brasil e mais um caminhão de extras (quase 45 minutos de cenas deletadas, erros de gravação, bastidores da série, entrevistas e etc). Se você curte a série ou se ainda não a conhece, tá aí uma ótima oportunidade de ter esse Blu-Ray na sua coleção.

    Os Kennedys no Brasil

    Ainda não assisti a contoversa minissérie The Kennedys, mas para quem, como eu, está curioso para ver o resultado da produção dividida em 8 partes, a dica é ficar de olho na programação dos canais a cabo A&E, History e Biografy, que exibirão a saga sobre o surgimento e os bastidores do clã político mais famoso dos EUA a partir do dia 22 de maio. Detalhe: a minissérie deve ser exibida tanto com legendas quanto dublada. Segundo informações da coluna Controle Remoto de O Globo, a atriz Leandra Leal, por exemplo, será a voz de Jackeline Kennedy, que na produção é feita por Katie Holmes.

    As datas de retorno de True Blood e Entourage

    Poucos discordam que as temporadas mais recentes dessas duas séries da HBO foram irregulares, mas fato é que essas mesmas pessoas (e me incluo no grupo, claro) já contam nos dedos os dias que faltam para o retorno de True Blood e Entourage (esta em seu ano de despedida da tv). Portanto, se você se inclui no grupo dos ansiosos e acompanha as duas produções seguindo o calendário de exibição nos EUA, anote aí: a 4ª temporada de True Blood (com 12 episódios) estreia no dia 26 de Junho (veja um teaser trailer aqui), enquanto a 8ª e última de Entourage chega no dia 24 de Julho.

    Shop.to, o paraíso dos gamers

    Quem é fã de games sabe como é duro garantir a diversão tendo que encarar preços tão absurdos como os praticados no Brasil. Com isso em mente, para quem sempre se interessa pelos lançamentos mais badalados a saída para escapar dos assaltos é recorrer à importação. Uma boa opção para isso é Shop.to, site inglês que envia para o Brasil com frete bem em conta. O bacana é que os caras além de disponibilizarem uma versão em português do site, agora colocaram telefones de suporte em português com custo de ligação local para Rio e São Paulo. Além disso, eles ampliaram as opções de pagamento e agora também aceitam transações pelo PayPal.

    Game of Thrones: depois da estreia, a renovação!

    Já vi e gostei demais do primeiro episódio de Game of Thrones, série da HBO que estreou lá fora no último domingo, 17, e que chega ao Brasil no dia 8 de maio já renovada para 2ª temporada. Inspirada na elogiada obra de George R.R. Martin, o épico fantástico é um verdadeiro espetáculo visual que em muitos aspectos remete à saga Senhor dos Anéis, seja pela grandeza e beleza de seus sets, pela qualidade técnica ou simplesmente por sua trama envolvente e repleta de personagens interessantes. Ainda farei um post dedicado à série, além de comentar o episódio “Winter is Coming” lá no Seriaudio, mas já antecipo a opinião de que a chance de termos visto o nascimento de mais um grande sucesso na tv com boas chances de gerar repercussão mundial é grande.

    The Borgias e Camelot

    Conferi outras duas séries épicas que também estrearam na tv americana há pouco tempo. Pelo Showtime, estreou no dia 3 de abril, The Borgias, produção assinada pelo veterano Neil Jordan (Entrevista com o Vampiro) e que narra a saga da família que dominou a Igreja Católica a partir do momento em que Rodrigo Bórgia (o sempre ótimo Jeremy Irons) se torna o Papa Alexandre VI, e que construiu um verdadeiro império mafioso numa época em que a expressão sequer existia. Seguindo a mesma linha de The Tudors (que também fora exibida pelo Showtime), The Borgias se apoia no aspecto histórico para explorar os bastidores da política da época sempre fervendo com conspirações, crimes, traições e sexo. Já Camelot, que estreou no Starz (o mesmo de Spartacus) no dia 1 de abril, tenta reconstruir a lenda do rei Arthur numa ambientação que mistura elementos sobrenaturais, cenas de batalhas, sexo e tudo mais que se espera de uma história dessa. No geral, a ideia seria boa, mas considerando os dois primeiros episódios que vi, o resultado não é satisfatório. Primeiro porque o protagonista é fraco assim como o resto do irregular elenco (as únicas exceções talvez sejam Eva Green como Morgana e Joseph Fiennes como Merlin) e depois porque a série explora uma releitura da famosa lenda sem inovar em nada, o que faz com que a produção acabe não empolgando valendo mais como curiosidade do que como algo que realmente atraia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pânico 4 (Scre4m)


Nova década, novas regras
. Apoiados nesse conceito (e na chance de faturar mais alguns milhões, é claro), Wes Craven e Kevin Williamson, respectivamente diretor e roteirista da trilogia original, voltam aos cinemas com mais uma continuação da franquia lançada em 1996. E se por um lado Pânico 4 cumpre o que propõe reciclando o mote dos filmes anteriores e maquiando-o com referências mais atuais e divertidas, por outro falha em realmente apresentar algo novo para o gênero.

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    Superior ao segundo e terceiro filme, Pânico 4 segue uma linha narrativa muito mais ágil e menos previsível. A abertura, por exemplo, é marcada por participações especiais de duas musas de séries (Anna Paquin de True Blood e Kristen Bell de Veronica Mars), flerta com metalinguagem e apresenta diálogos espertos e até certo ponto carregados de auto-crítica.

    A trama é simples: quando Sidney Prescott (Neve Campbell) retorna a Woodsboro dez anos depois do último massacre para lançar um livro que fala sobre como enfrentou seus traumas, uma nova onda de assassinatos perpretados pelo Ghost Face toma forma. Dentre as possíveis vítimas da vez, o casal veterano Dewey e Gale (o sempre terrível David Arquette e Courtney Cox) e mais um bando de adolescentes que funciona tanto como vítima como suspeito e que inclui a prima de Sidney, suas amigas, um ex-namorado e mais uma dupla de estudantes locais viciados em cinema e especificamente nos filmes de terror/horror.

    Embora critique os clichês, Pânico 4 tampouco se abstém de abraçá-los quando precisa e de brincar com eles subvertendo-os, o que não deixa de ser um ponto positivo da produção. O problema surge quando o filme força a barra tentando ser engraçado a todo custo (vide a cena do policial que faz uma piada quando está prestes a morrer), o que tira a tensão que algumas cenas deveriam carregar, ou quando transforma certos personagens em meros fantoches (ou zumbis?) aparentemente inertes a tudo o que está acontecendo. Repare na personagem da veterana Mary McDonnell (a Laura Roslin de Battlestar Galactica) por exemplo, e note como ela age de forma imbecil quando o risco de se tornar uma nova vítima cresce.

    Escorregadas à parte, é justo dizer que o filme envolve e funciona dentro da ideia que explora, ainda que tenha uma virada final que convence mais pela surpresa do que pela motivação do(a) assassino(a). Resumindo: Pânico 4 traz mais do mesmo, mas diverte e no fim é isso que importa quando se fala nessa franquia, certo?

    Cotação:

    Comentário com SPOILER do final do filme. Para lê-lo, selecione a área entre setas com o mouse, mas só o faça se já viu o filme! Avisei, hein?

    -->Embora seja inegável como surpresa, a revelação de que a sobrinha de Sidney é a assassina empalidece frente à justificativa tola de que ela agiu motivada pelo ciúme que tinha do status de celebridade que a prima alcançara. Tivesse a trama evitado colocar a moça como a vítima mais provável, talvez a virada fosse mais impactante. Ou não? <--

Fringe - Ep 3x19 “Lysergic Acid Diethylamide”

Episódio exibido no dia 15/4/11 nos EUA

É inegável que a trama de Fringe deu umas escorregadas num determinado momento dessa 3ª temporada, mas entre erros e acertos (muito mais desses, aliás), a estrutura da série provou ser sólida com uma narrativa inventiva e que confirma: a produção mais ousada e empolgante da atualidade é Fringe. Para quem duvida, “Lysergic Acid Diethylamide”, o 19º episódio da temporada, tá aí pra provar.

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    Sem conseguir transferir a consciência de William Bell para outro corpo, e claramente inspirado na ideia central do filme ‘A Origem’ (Inception), o episódio gira em torno da iniciativa do trio Walter, Bell e Peter de entrar (com auxílio de LSD) no subconsciente de Olivia, onde enfim tentariam resgatá-la antes que fosse tarde demais e sua mente se perdesse de forma definitiva.

    Ocorre que no subconsciente de Olivia, boa parte da ação se dá em forma de cartoon, uma saída criativa que os produtores/roteiristas se viram obrigados a usar (Leonard Nimoy, que deu vida a William Bell, está aposentado e só concordou em dublar o personagem) e que acabou proporcionando momentos que seriam impensáveis ou talvez caros demais no formato convencional, mas que funcionaram bem no desenho, tais como um bizarro ataque de zumbis no topo do World Trade Center ou a queda de Walter de um dirigível.

    Mas, o que de mais interessante vimos de toda essa pequena e divertida ‘viagem’ dos três é a certeza de quanto Peter conhece os subterfúgios que Olivia usa para se defender/esconder e do impacto que o desaparecimento definitivo (?) de Bell tem sobre Walter. Sobre isso aliás, vale destacar que o arco envolvendo a consciência de Bell não foi perda de tempo como alguns fãs da série chegaram a sugerir após o episódio. A razão é simples: a retomada do convívio dos dois cientistas durante essa fase ‘Belllivia’ serviu para construir as bases para que Walter encare a complicada tarefa de tentar impedir o fim de seu mundo de forma mais confiante, algo que pode ser percebido no momento do episódio em que Bell diz ao amigo que as decisões que ele tomasse seriam as corretas.

    Fora isso, ficou claro com o desfecho do episódio, que o artiíficio de manter a consciência de Olivia perdida por um tempo, agora serve não só para aproximá-la ainda mais de Peter (que tem fundamental importância no choque dos dois mundos), mas sobretudo para resgatar nela o destemor que perdera em função de traumas de seu passado com um padrasto agressor e as experiências de Jacksonville que ela agora enfrenta. Dessa forma, à medida em que Bell se vai, Olivia retorna à frente das ações para entender que ameaça o cara que vimos em seu subconsciente representa, e para assumir o papel preponderante que terá no arco que encerrará a temporada.

    Em suma, um divertido e movimentado episódio que nos leva a uma pergunta chave: com uma trama tão envolvente e que parece nunca se acomodar com o óbvio ou soluções fáceis, tem como não gostar de Fringe atualmente?

    Outras observações/curiosidades:

    - Walter assobiando ‘Garota de Ipanema’, o clássico de Tom Jobim e Vinícius de Morais, no início do episódio.
    - Peter, já sob efeito do LSD, sugerindo que Broyles pudesse ser um Observador por ser careca.
    - Ainda sobre Broyles, curiosíssimo vê-lo cheio de sorrisos sob o efeito do LSD. Uma postura absolutamente oposta àquela sisuda que o personagem geralmente tem.
    - Uma referência a Lost: William Bell preparando uma dose do MacCutcheon Scotch Whisky, bebida que ficou famosa por ser a preferida de Charles Widmore.
    - A homenagem ao filme ‘A Origem’ foi tão direta que envolveu até os ‘chutes’, artifício usado para trazer a pessoa de volta ao estado consciente.
    - E William Bell, será que foi mesmo ou ainda reaparecerá sob outra forma em outro momento? Aliás, será que precisa?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

The Killing – Nova série do AMC é promessa de bom thriller

Série NOVA – Episódio duplo exibido no dia 3/4/11 nos EUA


É cedo para dizer se o mistério do ‘Quem matou Rosie Larsen?’ terá desdobramentos tão marcantes e surpreendentes quanto os da clássica, e sempre lembrada, Twin Peaks, mas considerando o que o movimentado episódio duplo de estreia de The Killing faz, a possibilidade existe e não deve ser ignorada.

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    Com trama ambientada na soturna Seattle (que com sua chuva aparentemente incessante e tempo fechado funciona como um elemento naturalmente sombrio para a história), The Killing gira em torno do misterioso assassinato de uma garota chamada Rosie Larsen e do impacto que sua morte lança sobre todos que se veem envolvidos nos mais diversos níveis.

    Da detetive que vê seus planos de mudança serem postergados, passando pelos pais da moça que precisam lidar com uma perda brutal e inesperada, ao político que revisita uma experiência parecida (e indiretamente vira alvo da investigação), o roteiro privilegia a perspectiva de cada um frente o ocorrido, apresentando-os com todas as suas dúvidas, dores e até mesmo eventuais dissimulações, sem que nada pareça fora do lugar ou exagerado, como evidencia, por exemplo, a cena (dos pais descobrindo o destino da filha) que encerra a primeira parte do episódio.

    Além disso, é curioso notar que a Rosie que conhecemos através da investigação inicial, surge tanto como uma filha amorosa e apegada à família (notem os detalhes no mural de seu quarto), quanto uma jovem aparentemente ligada a pessoas e situações perigosas que poderiam ou não estar diretamente ligadas à sua morte. Considerando isso, há portanto uma clara contradição entre a garota que seus pais julgavam conhecer e aquela que sua melhor amiga tenta em vão encobrir. Uma curiosidade que, a meu ver, não deve ser vista como irrelevante.

    Como thriller que antes mesmo da estreia já prometia mostrar pessoas sendo obrigadas a encarar fantasmas e segredos, não é exagero considerar quase todos os personagens como suspeitos com uma miríade de motivações. Sendo assim, a chave para que a série se confirme como uma novidade relevante, passa necessariamente pela forma como as hitórias das três frentes envolvidas (investigadores, família e suspeitos) se desenvolverão e se chocarão.

    Apresentando um quebra-cabeças que à princípio instiga pelas perguntas que produz, The Killing inegavelmente surge com a ideia de um thriller envolvente e inteligente. Resta saber se a história da série se sustentará mais pela surpresa de revelações plausíveis ou por reviravoltas exageradas que surpreendem, mas que posteriormente se desmontam pela falta de lógica.

    Por enquanto, The Killing é só mesmo o que o título desse post resume: promessa de um bom thriller. E que pode se tornar ótimo.

    Outras observações:

    - Como apontei, à essa altura quase tudo e todos podem ser suspeitos, mas uma coisa em particular chamou minha atenção: por que o gerente da campanha de Darren se antecipou sugerindo um posicionamento deste frente o ocorrido antes mesmo da revelação da polícia de que Rosie fora encontrada dentro de um carro de seu comitê?
    - Se a detetive Sarah Linden (Mireille Enos) ainda não chama muito atenção, o mesmo não se pode dizer dos pais de Rosie (destaque para Michelle Forbes como a mãe transtornada) e do político Darren que, em escalas distintas, parecem carregar sentimentos de culpa que se catalisam a partir do caso.
    - A pergunta: a morte de Rosie estaria relacionada a crime passional ou teria mais a ver com queima de arquivo encoberta pela tentativa de incriminar alguém? Palpites?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

E o episódio musical de Grey's Anatomy, hein?!

Episódio exibido no dia 31/3/11 nos EUA

Quando a 7ª temporada de Grey’s Anatomy começou, eu andava bem desanimado com a série. A sensação era a de que Shonda Rhimes e seu time tinham esvaziado todo o saco de boas ideias que tinham para a série e se rendido ao marasmo de histórias pouco envolventes e que já não emocionavam mais como em outras temporadas. Mas aí os episódios foram acontecendo, algumas situações e dinâmicas novas tomaram forma (teve até episódio em tom documental) e de repente me vi de novo interessado na série.

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    De certa forma, Grey’s parecia ter voltado aos trilhos com Yang sendo Yang de novo, com boas histórias girando em torno dos testes experimentais do Derek com pacientes de Alzheimer e com os conflitos envolvendo o retorno de Arizona e Callie, grávida de Sloan. Por isso, quando soube que ia rolar um episódio musical da série, bateu um baita receio e achei que dona Shonda tava apelando para pegar carona no sucesso comercial de Glee.

    E vou ser bem honesto. Quando comecei a ver “Song Beneath the Song”, o 18º da temporada, o preconceito por saber que seria um episódio musical acontecendo logo após o gancho envolvendo o acidente de Callie e Arizona me fazia crer que esse seria o pior episódio da história da série. Por isso, quando passaram-se os 42 minutos e a bomba não explodiu, a satisfação da surpresa foi absolutamente positiva.

    Escrito pela própria Shonda Rhimes (que roteiriza praticamente todos os episódios da série), "Song Beneath the Song” não chega a ser espetacular ou perfeito, mas não me resta dúvida de que colocar boa parte das sequências de cantoria do elenco (quase todos* cantaram músicas do Snow Patrol, do The Fray e etc.) sob a perspectiva da Callie Torres, foi inegavelmente uma solução inteligente, afinal, desde os primeiros minutos, já ficava claro que a médica, correndo risco de vida, experimentaria algo marcante e de certa forma inexplicável sob o ponto de vista lógico racional.

    * Dos regulares, os únicos que se abstiveram da cantoria foram o Chief, o Derek e a Cristina. O motivo real eu não sei, mas só consigo imaginar que seus intérpretes devem cantar mal para caramba, ao contrário de Sara Ramirez, que faz a Callie, e deu mostras de que se a carreira de atriz emperrar em algum momento (quase impossível porque ela é ótima), poderá tentar a de cantora sem medo.

    Além de todas as cenas carregadas no drama envolvendo o esforço de toda a equipe para salvar Callie e o bebê (até a Addison deu uma escapadinha de Private Practice para reaparecer em GA), as cheias de tensão entre Arizona e Sloan, aliadas àquela em que uma chorosa Meredith questiona o que ela chama de injustiça/maldade universal que não a permite engravidar, apesar das tentativas, valeram o episódio e essas poucas linhas que escrevo.

    Grey’s Anatomy pode até já não ser mais tão sensacional como antes, mas considerando a regularidade desta temporada e de episódios como esse que fogem do formato convencional, dá para dizer que a turma do Seattle Grace ainda tem lenha para queimar. Ou não?