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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Você conhece TERRA NOVA?



Um futuro sucesso absoluto ou um fracasso retumbante? Pelo trailer, Terra Nova, nova produção de Steven Spielberg e cia para a Fox com estreia prevista para setembro deste ano tem tudo para ser A nova grande série sobre a qual o mundo inteiro vai falar, mas como trailers podem enganar... Confere aí a sinopse oficial:

Terra Nova, segue uma família comum numa incrível jornada de volta ao período pré-histórico da Terra como parte de um desafiador experimento para salvar a raça humana. No ano de 2149, o planeta está morrendo por conta de sua superpopulação e da extinção de grande parte da vida animal e vegetal. O futuro está em cheque e única esperança de sobrevivência está no passado distante.

E aí, animou?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Community, a melhor comédia da atualidade


Minha relação com Community não foi de amor à primeira vista. Mesmo com episódios memoráveis já na metade inicial de sua temporada de estreia (o de Halloween, por exemplo, é excelente!), demorei mais do que deveria para realmente me apaixonar pela audaciosa proposta da série criada por Dan Harmon. Hoje, porém, quando o assunto em rodas de discussão no trabalho envolve comédias, não tenho a menor dúvida em apontar que Community é disparada a melhor da atualidade.

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    Diferente de absolutamente tudo que o gênero explora hoje, Community não é o tipo de produção que se sustenta simplesmente por gags ou situações cotidianas de uma família, de um grupo de amigos nerds ou mesmo de um escritório, como acontece, respectivamente, por exemplo, nas não menos divertidas (e também minhas favoritas), Modern Family, The Big Bang Theory e The Office. E para ser bem sincero, não dá mesmo para comparar Community com nenhuma outra comédia atual porque, criativamente, a série está num nível muito superior.

    Quer seja pela preocupação maior em desenvolver seus carismáticos personagens (destaque óbvio para Abed, um viciado em cultura pop) ou pelos roteiros muito mais brilhantes, Community se sustenta basicamente sob essa tríade: inteligência e dinamismo nos diálogos, ironia e sarcasmo constante e o incansável uso da metalinguagem. Nesse contexto, ainda que se passe sempre no mesmo ambiente (o de um campus da universidade comunitária de Greendale) cada novo episódio da série traz uma surpresa diferente tanto no tema quanto na referência que faz a filmes ou mesmo outras séries de tv.

    É nisso aliás que reside a força de Community e 90% de sua graça. Quando um episódio como o ótimo ‘Contemporary American Poultry’ (o 21º da 1ª temporada), por exemplo, faz uma referência direta a filmes de máfia, não o faz de forma gratuita. Na série, as homenagens funcionam de forma orgânica preocupando-se sempre em desenvolver uma trama e seus ótimos personagens.

    Renovada para um terceiro ano e sobrevivendo praticamente por milagre, já que a audiência é absolutamente irregular, Community encerra sua 2ª temporada essa semana nos EUA com a parte 2 de seu episódio evento de paintball. Fazendo homenagem aos Westerns de Sergio Leone estrelados por Clint Eastwood, “A Fistful of Paintballs" (a 1ª parte do final que foi exibida na última quinta-feira) contou com participação especial de Josh Holloway (o Sawyer de Lost) e re-explorou o tema que já se tornara um clássico da temporada de estreia expandindo-o de uma forma mais surpreendente e até mesmo mais divertida.

    Resumindo: se você ainda não assiste Community, corra para corrigir esse grave equívoco, e se você já assiste, comentá-la com amigos quando puder é uma boa pedida, afinal, egoísmo para quê? Bora deixar mais gente se divertir com a melhor comédia da atualidade?

sábado, 7 de maio de 2011

Fringe – 3x22 “The Day We Died” (Season Finale)

Episódio exibido no dia 6/5/11 nos EUA

Poucas imagens como essa resumem tão bem a reação que, presumo, a maioria das pessoas teve frente o impactante final da 3ª temporada de Fringe. Em ‘The Day We Died’, a série nos leva ao futuro e, de forma genial, aposta num num gancho que à princípio parece tão corajoso quanto paradoxal, mas não menos surpreendente. Ou vai dizer que você já imaginava que aquilo pudesse acontecer?

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    Em primeiro lugar, destaque-se que numa tacada só, e de uma forma muito objetiva e criativa, descobrimos que Walter não só era a ‘primeira pessoa’, bem como foi o projetista da máquina do apocalipse e, ao que tudo indica, também o autor dos desenhos que associavam Peter e Olivia à máquina, o que faz todo sentido visto que no futuro os dois estavam efetivamente juntos e casados.

    Mas, o motivo de Walter ter feito a máquina é que deixa tudo muito mais interessante. Se durante tanto tempo tinhamos como certo que o único erro a ser corrigido era o dele ter cruzado os universos para roubar e salvar Peter, agora a coisa ganha um ingrediente a mais que faz com que aquele erro possa ter sido ‘apenas’ fruto de uma variação da tentativa de se interferir no passado visando mudar o futuro.

    Com isso em mente, todo aquele papo dos Observadores de que Walter estaria se preparando para um sacrifício fez todo sentido com o desfecho que vimos ainda que tenha criado outra intrigante pergunta. Se Peter, através da máquina, volta conscientemente do futuro na tentativa de salvar Olivia (então morta por Walternativo de forma fria em 2026) e une os universos na esperança de impedir o fim de um deles e simplesmente deixa de existir logo em seguida, o que ainda alimentaria a ira de Walternativo e seu desejo de destruir o nosso lado como uma das últimas cenas aponta?

    A resposta (ou respostas) para isso não tenho, mas considerando que Walter e Bell sempre tentaram, desde novos, cruzar para o outro lado, a hipótese de que tenham encontrado outra motivação que não a ideia de salvar Peter (já que ele nunca existiu nesse novo contexto) é de se considerar.

    Por outro lado, como Peter é um dos protagonistas da série, é de se duvidar que a resolução dessa trama se limite ao sacrifício que ele abraça. Salvar os mundos para ser esquecido? Não mesmo, até porque há uma série de efeitos em cascata que exigiriam a existência dele para que tudo pudesse acontecer como vimos. Se Peter nunca tivesse existido, BOlivia não teria um filho seu, e se essa criança não existisse, Walternativo não conseguiria acionar a máquina do lado de lá. E se ela não passasse a funcionar do lado de lá, Peter não teria entrado na que vimos aqui indo vislumbrar o futuro.

    Em suma, o encerramento da temporada apresenta um festival de situações paradoxais que se confudem num primeiro momento, mas que apontam uma idea irrefutável: corajosos, os roteiristas criaram uma virada empolgante na trama ao passo em que abriram brecha para um turbilhão de perguntas e possibilidades instigantes.

    A temporada teve seus tropeços, é verdade, mas com muito mais acertos e um season finale desses a questão é: que outra série faz o que faz de forma tão envolvente e viciante quanto Fringe?

    Em tempo, que tal os créditos de abertura desse final, hein?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

The Office e a bela despedida de Michael Scott

Uma semana após ‘Goodbye Michael’, episódio que marcou a saída de Steve Carell de The Office e a consequente despedida de seu personagem, o sem noção Michael Scott, a sensação natural para quem curte a comédia é a de um inevitável vazio e de dúvida: a produção vai conseguir sobreviver e se renovar sem um de seus mais importantes protagonistas? A resposta só descobriremos depois, mas a certeza de que Carell contribuiu muito para que The Office tenha se mantido sempre em evidência mesmo em seus períodos mais irregulares é inegável. Assim, nada mais justo que destacar o episódio que selou sua partida de forma simples, divertida e não menos emocionante. Ou vai dizer que entre um riso e outro seus olhos não ficaram no mínimo marejados também?

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    Das surpresas do episódio, a mais interessante acabou sendo justamente a postura do Michael. Diferente do que normalmente faria, em sua despedida ele, apesar das brincadeiras (os presentes que distribuiu e o momento em que ria da reação de Oscar foram ótimos), sempre manteve tudo num tom discreto demais para o seu padrão. Não vimos, por exemplo, aquele oba oba tão característico de outrora. Além disso, em várias sequências ele se revela frágil e inseguro com a decisão de partir, fazendo com que até pudessemos enxergar Michael e Carell se confundindo naquelas cenas em que o ator parecia estar realmente tão emocionado quanto o personagem.

    Fazendo pequenas reconciliações com cada um dos outros funcionários da Dunder Mifflin (seus momentos com Dwight e com Jim foram sem dúvida alguns dos mais marcantes), Michael partiu de forma bem humorada pedindo que o avisassem se os registros do ‘documentário’ fosse exibido algum dia e, seguro de sua decisão, teve ainda um último momento a la Encontros e Desencontros com Pam, com quem trocou suas últimas palavras (sem que ouvissemos) antes de dar seu adeus definitivo que veio acompanhado de risos e lágrimas do lado de cá. É estranho dizer isso, mas sentiremos sua falta, Michael.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Game of Thrones, um épico imperdível


Texto
livre de spoilers para quem ainda não assitiu a série.


É justo dizer que Game of Thrones, série épica da HBO lançada lá fora no dia 17 de abril (no Brasil a estreia ocorre no dia 8 de maio), ainda não empolga tanto por conta de seu ritmo lento nos 3 primeiros episódios. Isso, contudo, não me priva de dizer que eu já seja fã da produção inspirada nos livros As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin e que, em muitos aspectos, lembra o Senhor dos Anéis sem os elementos mais fantasiosos da obra de Tolkien que Peter Jackson tão bem transportou para o cinema.

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    Ambiciosa e contando com uma qualidade técnica impecável (a sequência que abre o primeiro episódio, por exemplo, é de cair o queixo, bem como os engenhosos créditos de abertura), GoT narra a história de famílias envolvidas na disputa direta ou indireta pelo poder dos 7 reinos de Westeros, uma vasta região que, pela ambientação e organização política, lembra muito a Europa medieval com seus castelos e feudos.

    Embora não tenha um protagonista central, a narrativa de GoT basicamente gira em torno da família Stark que, responsável pela sombria região norte dos 7 reinos, vê a aparente calmaria de 17 anos dando lugar a um turbilhão de intrigas, conspirações e jogos de poder quando o rei Robert Baratheon (Mark Addy) faz um pedido ao amigo Ned Stark (Sean Bean), que implicará uma mudança de rumos em toda Westeros e nas vidas dos Starks (Ned é casado e tem 6 filhos, sendo um bastardo) além dos Lannisters e dos Targaryen, outras duas famílias com forte ligação com o centro do poder e que agem por interesses escusos.

    Apresentando seus muitos personagens sem pressa, os 3 primeiros episódios de Game of Thrones, se preocupam muito mais em contextualizar a trama e o papel que cada um tem na história, do que investir em sequências de ação grandiosas, um movimento que julgo salutar para que a narrativa cresça sem atropelos e com uma tensão equilibrada que alimente nosso interesse pela série de forma gradual e consistente. Tal fórmula, obviamente pode até não funcionar para alguns, mas para mim é a receita perfeita para garantir fidelidade à uma produção que merece pela relevância que tem num gênero pouco explorado na televisão e que quando bem feito, vira um programão imperdível!

    Em tempo, ainda que eu não dedique posts para cada um dos 10 episódios dessa 1ª temporada (a 2ª já está confirmada para 2012), farei comentários em áudio de forma individual. Os dos 2 primeiros episódios já estão disponíveis no Seriaudio e o do 3º e mais recente pinta ainda essa semana por lá. Sendo assim, fica o convite para que você ouça e deixe comentários por lá também.

    Nota: Se puder, assista a série em alta definição. Quer seja pela grandiosidade de seus cenários e riqueza de detalhes ou simplesmente pela excelente fotografia, Game of Thrones em HD fica ainda melhor.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fringe – Ep. 3x21 “The Last Sam Weiss”


Episódio exibido no dia 29/4/11 nos EUA

Oficialmente, esse (literalmente) eletrizante penúltimo episódio da 3ª temporada de Fringe tem o título de ‘The Last of Sam Weiss’, mas se pegasse emprestado de Lost o ‘The Shape of Things to Come’ (lembram dele?), faria absoluto sentido, afinal, ninguém duvida que aquele gancho nos deu um belo tira gosto do que veremos ao longo dos já confirmados 22 episódios da 4ª temporada, certo?

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    Acabou o mistério em torno de Sam Weiss e a revelação de quem ele é, embora simples, foi eficiente. De personagem enigmático com pinta de Yoda e suspeito de ser um remanescente das tais primeiras pessoas, Weiss na verdade é ‘apenas’ um membro de uma linhagem de arqueólogos (ou qualquer título semelhante) que ao longo de várias gerações se dedicou a estudar os segredos daqueles que teriam habitado o planeta ao longo de séculos antes de nós. Ok, mas se agora sabemos quem ele é, outra importante pergunta surge: será que ele realmente contou tudo o que sabe? E mais, podemos descartar qualquer ligação dele com os Observadores?

    E o que pensar sobre a breve confusão de Peter? Num momento ele acredita estar do lado de lá, em outro (quando está prestes a entrar na máquina) parece recobrar memórias há muito perdidas como lembranças de sua infância envolvendo até mesmo Olivia. Aliás, por falar nela, o que explicaria o sucesso em sua 2ª tentativa de usar a telecinese se não a forte ligação que tem com o próprio Peter? Algo que, diga-se, justificaria o grande investimento de parte da temporada no romance entre os dois personagens, não? Sobre o desenho feito pelo ancestral de Sam Weiss – quem viu Alias, outra série criada pelo J.J. Abrams, deve ter imediatamente lembrando das profecias de Rambaldi, né? -, qual seria a explicação, se é que há alguma? Palpites?

    Sobre o desfecho do episódio, que serviria perfeitamente como um de temporada diga-se, alguns destaques/questões: 1) Peter viajou fisicamente para o futuro ou apenas conscientemente no melhor estilo Desmond de Lost? 2) É justo afirmar que Peter estava no ‘nosso’ universo uma vez que área em que ele aparece é a mesma que em breve abrigará a Freedom Tower (edifício que subirá no lugar do WTC). 3) Se ele está do lado de cá, por que o agente que o interpela tinha o símbolo da divisão Fringe de lá? Dica que apontaria para a possibilidade de que os 2 universos sofrerão uma fusão com efeitos colaterais incontroláveis e imprevisíveis, talvez?

    Como sempre, perguntas e mais perguntas que só reforçam uma óbvia e inescapável certeza: o encerramento dessa 3ª temporada de Fringe promete ser enlouquecedor! Alguém discorda?

    Nota: Se você não aguenta segurar a curiosidade, aqui tem o empolgante promo (legendado pelo SérieManíacos) do último episódio da temporada.

domingo, 24 de abril de 2011

Fringe – Ep. 3x20 “6:02 AM EST”

Episódio exibido no dia 22/4/11 nos EUA

Muito mais que um belo episódio preparatório e com muita ação para os últimos eventos dessa 3ª temporada, “6:02 AM EST” foi, antes de tudo, um marco para personagens que, em momentos absolutamente confortáveis, tem que abraçar/aceitar um sacrifício em prol do bem maior.

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    Quando, do lado de lá, Walternativo, usando parte do material genético colhido de seu neto Henry, filho recém nascido de BOlívia com Peter, encontra uma forma de acionar o dispositivo do apocalipse do lado de cá, estranhos eventos começam a ocorrer dando o sinal: o ‘nosso’ fim estaria próximo.

    A partir desse quadro, Walter, sem saber exatamente o que fazer, se vê finalmente obrigado a aceitar que a única forma de corrigir seu erro do passado e que por tabela poderia garantir a sobrevivência do nosso universo, seria ver Peter, então sereno e tranquilo com o papel que teria que desempenhar, arriscando a própria vida para controlar a máquina.

    Do outro lado, e sem saber que a tentativa de Peter fora mal sucedida, BOlívia, provando de novo que é uma personagem que merece muito mais da nossa simpatia, age para tentar evitar o fim do nosso mundo abrindo mão da posição favorável que tinha. Contudo, ao ser freada em sua iniciativa, ela então interpela Walternativo diretamente sobre suas motivações e este, defendendo-se ao se dizer pragmático, acaba prendendo a mãe de seu neto para sua ‘própria segurança’...

    De forma geral, muita coisa importante aconteceu nesse movimentado episódio. De desenvolvimento e motivação de personagens à construção do início do evento definitivo (?), nada soou gratuito ou sem propósito. Dito isso, de todas as situações que ganharam destaque, a que mais chama a minha atenção é a que levanta a pergunta cuja resposta deve ser chave para o desfecho desse arco e da temporada: qual é, afinal, o real papel do misterioso Sam Weiss nessa trama? Qual é (se é que há algum) o elo entre ele e os Observadores? E mais, seria ele um remanescente das tais primeiras pessoas? A conferir.

    Outras observações:

    - Ainda que o tom do episódio tenha sido mais sério, o roteiro assinado pelo trio Josh Singer, David Wilcox e Graham Roland não abriu mão de fazer piada no início com Olivia dando de cara com Walter caminhando nu às 6 da manhã. Imagina o trauma da loira? :p
    - Homem de ciência, homem de fé. Muito curiosa a cena de Walter indo se penitenciar e buscar compreensão e ajuda divina frente à iminente possibilidade de perder Peter de vez.
    - Embora torça, duvido que o Emmy se lembre dos excelentes trabalhos de Anna Torv e John Noble quando saírem as indicações para premiação esse ano, mas é inegável que os dois, sobretudo o segundo, merecem MUITO o reconhecimento de suas cada vez melhores persformances na série. Se a Academia não reconhece, que o façamos nós, não?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Radar Dude News - 20/4/2011

Nessa atualização, descubra como ganhar um box em Blu-Ray com todas as temporadas de Lost; veja uma dica de promoção para quem gosta de Modern Family; saiba quando a minissérie The Kennedys estreia no Brasil e quando retornam as novas temporadas de True Blood e Entourage. Além disso, tem dica para quem compra games, uma nota sobre a renovação da novata e promissora Game of Thrones e, para fechar, um brevíssimo comentário sobre The Borgias e Camelot.

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    Que tal ganhar o box completaço de Lost em Blu-Ray?

    Sabe aquele box sensacional de Lost que foi lançado em Blu-Ray no ano passado e que eu mostrei neste vídeo em detalhes? Pois é, comemorando três anos de aniversário, o Blog do Jotacê vai DAR o box completo de Lost em Blu-Ray para quem fizer o melhor vídeo explicando por que merece ganhar essa coleção. É ou não é imperdível? Pois então não perca tempo, acesse agora o BJC, leia o regulamento da promoção (que também dará outros 6 Blu-Rays de presente a partir dessa sexta-feira!) e participe.

    E por falar em Blu-Ray... Modern Family em promoção!

    O Blu-Ray da 1ª temporada de Modern Family, uma das melhores comédias da atualidade, atingiu, na Amazon, o preço mais baixo desde seu lançamento: R$33 (R$ com o frete para o Brasil, o custo total é de R$46). Com 3 discos, o box traz os 24 episódios da temporada de estreia da série com legendas em português do Brasil e mais um caminhão de extras (quase 45 minutos de cenas deletadas, erros de gravação, bastidores da série, entrevistas e etc). Se você curte a série ou se ainda não a conhece, tá aí uma ótima oportunidade de ter esse Blu-Ray na sua coleção.

    Os Kennedys no Brasil

    Ainda não assisti a contoversa minissérie The Kennedys, mas para quem, como eu, está curioso para ver o resultado da produção dividida em 8 partes, a dica é ficar de olho na programação dos canais a cabo A&E, History e Biografy, que exibirão a saga sobre o surgimento e os bastidores do clã político mais famoso dos EUA a partir do dia 22 de maio. Detalhe: a minissérie deve ser exibida tanto com legendas quanto dublada. Segundo informações da coluna Controle Remoto de O Globo, a atriz Leandra Leal, por exemplo, será a voz de Jackeline Kennedy, que na produção é feita por Katie Holmes.

    As datas de retorno de True Blood e Entourage

    Poucos discordam que as temporadas mais recentes dessas duas séries da HBO foram irregulares, mas fato é que essas mesmas pessoas (e me incluo no grupo, claro) já contam nos dedos os dias que faltam para o retorno de True Blood e Entourage (esta em seu ano de despedida da tv). Portanto, se você se inclui no grupo dos ansiosos e acompanha as duas produções seguindo o calendário de exibição nos EUA, anote aí: a 4ª temporada de True Blood (com 12 episódios) estreia no dia 26 de Junho (veja um teaser trailer aqui), enquanto a 8ª e última de Entourage chega no dia 24 de Julho.

    Shop.to, o paraíso dos gamers

    Quem é fã de games sabe como é duro garantir a diversão tendo que encarar preços tão absurdos como os praticados no Brasil. Com isso em mente, para quem sempre se interessa pelos lançamentos mais badalados a saída para escapar dos assaltos é recorrer à importação. Uma boa opção para isso é Shop.to, site inglês que envia para o Brasil com frete bem em conta. O bacana é que os caras além de disponibilizarem uma versão em português do site, agora colocaram telefones de suporte em português com custo de ligação local para Rio e São Paulo. Além disso, eles ampliaram as opções de pagamento e agora também aceitam transações pelo PayPal.

    Game of Thrones: depois da estreia, a renovação!

    Já vi e gostei demais do primeiro episódio de Game of Thrones, série da HBO que estreou lá fora no último domingo, 17, e que chega ao Brasil no dia 8 de maio já renovada para 2ª temporada. Inspirada na elogiada obra de George R.R. Martin, o épico fantástico é um verdadeiro espetáculo visual que em muitos aspectos remete à saga Senhor dos Anéis, seja pela grandeza e beleza de seus sets, pela qualidade técnica ou simplesmente por sua trama envolvente e repleta de personagens interessantes. Ainda farei um post dedicado à série, além de comentar o episódio “Winter is Coming” lá no Seriaudio, mas já antecipo a opinião de que a chance de termos visto o nascimento de mais um grande sucesso na tv com boas chances de gerar repercussão mundial é grande.

    The Borgias e Camelot

    Conferi outras duas séries épicas que também estrearam na tv americana há pouco tempo. Pelo Showtime, estreou no dia 3 de abril, The Borgias, produção assinada pelo veterano Neil Jordan (Entrevista com o Vampiro) e que narra a saga da família que dominou a Igreja Católica a partir do momento em que Rodrigo Bórgia (o sempre ótimo Jeremy Irons) se torna o Papa Alexandre VI, e que construiu um verdadeiro império mafioso numa época em que a expressão sequer existia. Seguindo a mesma linha de The Tudors (que também fora exibida pelo Showtime), The Borgias se apoia no aspecto histórico para explorar os bastidores da política da época sempre fervendo com conspirações, crimes, traições e sexo. Já Camelot, que estreou no Starz (o mesmo de Spartacus) no dia 1 de abril, tenta reconstruir a lenda do rei Arthur numa ambientação que mistura elementos sobrenaturais, cenas de batalhas, sexo e tudo mais que se espera de uma história dessa. No geral, a ideia seria boa, mas considerando os dois primeiros episódios que vi, o resultado não é satisfatório. Primeiro porque o protagonista é fraco assim como o resto do irregular elenco (as únicas exceções talvez sejam Eva Green como Morgana e Joseph Fiennes como Merlin) e depois porque a série explora uma releitura da famosa lenda sem inovar em nada, o que faz com que a produção acabe não empolgando valendo mais como curiosidade do que como algo que realmente atraia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fringe - Ep 3x19 “Lysergic Acid Diethylamide”

Episódio exibido no dia 15/4/11 nos EUA

É inegável que a trama de Fringe deu umas escorregadas num determinado momento dessa 3ª temporada, mas entre erros e acertos (muito mais desses, aliás), a estrutura da série provou ser sólida com uma narrativa inventiva e que confirma: a produção mais ousada e empolgante da atualidade é Fringe. Para quem duvida, “Lysergic Acid Diethylamide”, o 19º episódio da temporada, tá aí pra provar.

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    Sem conseguir transferir a consciência de William Bell para outro corpo, e claramente inspirado na ideia central do filme ‘A Origem’ (Inception), o episódio gira em torno da iniciativa do trio Walter, Bell e Peter de entrar (com auxílio de LSD) no subconsciente de Olivia, onde enfim tentariam resgatá-la antes que fosse tarde demais e sua mente se perdesse de forma definitiva.

    Ocorre que no subconsciente de Olivia, boa parte da ação se dá em forma de cartoon, uma saída criativa que os produtores/roteiristas se viram obrigados a usar (Leonard Nimoy, que deu vida a William Bell, está aposentado e só concordou em dublar o personagem) e que acabou proporcionando momentos que seriam impensáveis ou talvez caros demais no formato convencional, mas que funcionaram bem no desenho, tais como um bizarro ataque de zumbis no topo do World Trade Center ou a queda de Walter de um dirigível.

    Mas, o que de mais interessante vimos de toda essa pequena e divertida ‘viagem’ dos três é a certeza de quanto Peter conhece os subterfúgios que Olivia usa para se defender/esconder e do impacto que o desaparecimento definitivo (?) de Bell tem sobre Walter. Sobre isso aliás, vale destacar que o arco envolvendo a consciência de Bell não foi perda de tempo como alguns fãs da série chegaram a sugerir após o episódio. A razão é simples: a retomada do convívio dos dois cientistas durante essa fase ‘Belllivia’ serviu para construir as bases para que Walter encare a complicada tarefa de tentar impedir o fim de seu mundo de forma mais confiante, algo que pode ser percebido no momento do episódio em que Bell diz ao amigo que as decisões que ele tomasse seriam as corretas.

    Fora isso, ficou claro com o desfecho do episódio, que o artiíficio de manter a consciência de Olivia perdida por um tempo, agora serve não só para aproximá-la ainda mais de Peter (que tem fundamental importância no choque dos dois mundos), mas sobretudo para resgatar nela o destemor que perdera em função de traumas de seu passado com um padrasto agressor e as experiências de Jacksonville que ela agora enfrenta. Dessa forma, à medida em que Bell se vai, Olivia retorna à frente das ações para entender que ameaça o cara que vimos em seu subconsciente representa, e para assumir o papel preponderante que terá no arco que encerrará a temporada.

    Em suma, um divertido e movimentado episódio que nos leva a uma pergunta chave: com uma trama tão envolvente e que parece nunca se acomodar com o óbvio ou soluções fáceis, tem como não gostar de Fringe atualmente?

    Outras observações/curiosidades:

    - Walter assobiando ‘Garota de Ipanema’, o clássico de Tom Jobim e Vinícius de Morais, no início do episódio.
    - Peter, já sob efeito do LSD, sugerindo que Broyles pudesse ser um Observador por ser careca.
    - Ainda sobre Broyles, curiosíssimo vê-lo cheio de sorrisos sob o efeito do LSD. Uma postura absolutamente oposta àquela sisuda que o personagem geralmente tem.
    - Uma referência a Lost: William Bell preparando uma dose do MacCutcheon Scotch Whisky, bebida que ficou famosa por ser a preferida de Charles Widmore.
    - A homenagem ao filme ‘A Origem’ foi tão direta que envolveu até os ‘chutes’, artifício usado para trazer a pessoa de volta ao estado consciente.
    - E William Bell, será que foi mesmo ou ainda reaparecerá sob outra forma em outro momento? Aliás, será que precisa?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

The Killing – Nova série do AMC é promessa de bom thriller

Série NOVA – Episódio duplo exibido no dia 3/4/11 nos EUA


É cedo para dizer se o mistério do ‘Quem matou Rosie Larsen?’ terá desdobramentos tão marcantes e surpreendentes quanto os da clássica, e sempre lembrada, Twin Peaks, mas considerando o que o movimentado episódio duplo de estreia de The Killing faz, a possibilidade existe e não deve ser ignorada.

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    Com trama ambientada na soturna Seattle (que com sua chuva aparentemente incessante e tempo fechado funciona como um elemento naturalmente sombrio para a história), The Killing gira em torno do misterioso assassinato de uma garota chamada Rosie Larsen e do impacto que sua morte lança sobre todos que se veem envolvidos nos mais diversos níveis.

    Da detetive que vê seus planos de mudança serem postergados, passando pelos pais da moça que precisam lidar com uma perda brutal e inesperada, ao político que revisita uma experiência parecida (e indiretamente vira alvo da investigação), o roteiro privilegia a perspectiva de cada um frente o ocorrido, apresentando-os com todas as suas dúvidas, dores e até mesmo eventuais dissimulações, sem que nada pareça fora do lugar ou exagerado, como evidencia, por exemplo, a cena (dos pais descobrindo o destino da filha) que encerra a primeira parte do episódio.

    Além disso, é curioso notar que a Rosie que conhecemos através da investigação inicial, surge tanto como uma filha amorosa e apegada à família (notem os detalhes no mural de seu quarto), quanto uma jovem aparentemente ligada a pessoas e situações perigosas que poderiam ou não estar diretamente ligadas à sua morte. Considerando isso, há portanto uma clara contradição entre a garota que seus pais julgavam conhecer e aquela que sua melhor amiga tenta em vão encobrir. Uma curiosidade que, a meu ver, não deve ser vista como irrelevante.

    Como thriller que antes mesmo da estreia já prometia mostrar pessoas sendo obrigadas a encarar fantasmas e segredos, não é exagero considerar quase todos os personagens como suspeitos com uma miríade de motivações. Sendo assim, a chave para que a série se confirme como uma novidade relevante, passa necessariamente pela forma como as hitórias das três frentes envolvidas (investigadores, família e suspeitos) se desenvolverão e se chocarão.

    Apresentando um quebra-cabeças que à princípio instiga pelas perguntas que produz, The Killing inegavelmente surge com a ideia de um thriller envolvente e inteligente. Resta saber se a história da série se sustentará mais pela surpresa de revelações plausíveis ou por reviravoltas exageradas que surpreendem, mas que posteriormente se desmontam pela falta de lógica.

    Por enquanto, The Killing é só mesmo o que o título desse post resume: promessa de um bom thriller. E que pode se tornar ótimo.

    Outras observações:

    - Como apontei, à essa altura quase tudo e todos podem ser suspeitos, mas uma coisa em particular chamou minha atenção: por que o gerente da campanha de Darren se antecipou sugerindo um posicionamento deste frente o ocorrido antes mesmo da revelação da polícia de que Rosie fora encontrada dentro de um carro de seu comitê?
    - Se a detetive Sarah Linden (Mireille Enos) ainda não chama muito atenção, o mesmo não se pode dizer dos pais de Rosie (destaque para Michelle Forbes como a mãe transtornada) e do político Darren que, em escalas distintas, parecem carregar sentimentos de culpa que se catalisam a partir do caso.
    - A pergunta: a morte de Rosie estaria relacionada a crime passional ou teria mais a ver com queima de arquivo encoberta pela tentativa de incriminar alguém? Palpites?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

E o episódio musical de Grey's Anatomy, hein?!

Episódio exibido no dia 31/3/11 nos EUA

Quando a 7ª temporada de Grey’s Anatomy começou, eu andava bem desanimado com a série. A sensação era a de que Shonda Rhimes e seu time tinham esvaziado todo o saco de boas ideias que tinham para a série e se rendido ao marasmo de histórias pouco envolventes e que já não emocionavam mais como em outras temporadas. Mas aí os episódios foram acontecendo, algumas situações e dinâmicas novas tomaram forma (teve até episódio em tom documental) e de repente me vi de novo interessado na série.

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    De certa forma, Grey’s parecia ter voltado aos trilhos com Yang sendo Yang de novo, com boas histórias girando em torno dos testes experimentais do Derek com pacientes de Alzheimer e com os conflitos envolvendo o retorno de Arizona e Callie, grávida de Sloan. Por isso, quando soube que ia rolar um episódio musical da série, bateu um baita receio e achei que dona Shonda tava apelando para pegar carona no sucesso comercial de Glee.

    E vou ser bem honesto. Quando comecei a ver “Song Beneath the Song”, o 18º da temporada, o preconceito por saber que seria um episódio musical acontecendo logo após o gancho envolvendo o acidente de Callie e Arizona me fazia crer que esse seria o pior episódio da história da série. Por isso, quando passaram-se os 42 minutos e a bomba não explodiu, a satisfação da surpresa foi absolutamente positiva.

    Escrito pela própria Shonda Rhimes (que roteiriza praticamente todos os episódios da série), "Song Beneath the Song” não chega a ser espetacular ou perfeito, mas não me resta dúvida de que colocar boa parte das sequências de cantoria do elenco (quase todos* cantaram músicas do Snow Patrol, do The Fray e etc.) sob a perspectiva da Callie Torres, foi inegavelmente uma solução inteligente, afinal, desde os primeiros minutos, já ficava claro que a médica, correndo risco de vida, experimentaria algo marcante e de certa forma inexplicável sob o ponto de vista lógico racional.

    * Dos regulares, os únicos que se abstiveram da cantoria foram o Chief, o Derek e a Cristina. O motivo real eu não sei, mas só consigo imaginar que seus intérpretes devem cantar mal para caramba, ao contrário de Sara Ramirez, que faz a Callie, e deu mostras de que se a carreira de atriz emperrar em algum momento (quase impossível porque ela é ótima), poderá tentar a de cantora sem medo.

    Além de todas as cenas carregadas no drama envolvendo o esforço de toda a equipe para salvar Callie e o bebê (até a Addison deu uma escapadinha de Private Practice para reaparecer em GA), as cheias de tensão entre Arizona e Sloan, aliadas àquela em que uma chorosa Meredith questiona o que ela chama de injustiça/maldade universal que não a permite engravidar, apesar das tentativas, valeram o episódio e essas poucas linhas que escrevo.

    Grey’s Anatomy pode até já não ser mais tão sensacional como antes, mas considerando a regularidade desta temporada e de episódios como esse que fogem do formato convencional, dá para dizer que a turma do Seattle Grace ainda tem lenha para queimar. Ou não?

terça-feira, 29 de março de 2011

Fringe – Ep. 3x18 “Bloodline”

Episódio exibido no dia 25/3/11 nos EUA

Tudo bem que a ficção nada mais é que um reflexo romanceado/exagerado da realidade, mas tal qual ocorre aqui, não deixa de ser surpreendente quando vemos um pré-conceito sobre um personagem sendo desconstruído de forma tão absoluta frente uma mudança de perspectiva, algo que esse episódio, da agora renovada Fringe, fez com rara maestria.

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    No excelente “Bloodline”, voltamos para o lado de lá onde BOlivia, grávida de Peter, vive uma experiência traumática e marcante (o que foi aquela emocionante cena dela com Lee dentro da loja, hein?) que, mostrando-a fragilizada por conta do risco de vida que passa a correr, nos permite enxergá-la não mais como a agente fria e calculista que cumpre missões, mas como uma mulher que, disposta a dar a vida para salvar a de seu filho, revela virtudes (e defeitos) que a transformam numa personagem muito mais interessante.

    E se BOlivia passa definitivamente a ser vista de forma diferente – agora devemos realmente nos importar com ela, aliás –, Walternativo dá mais uma mostra de que age tão somente pela ótica do que lhe é conveniente. Sendo assim, ignorar certas regras morais, como não usar crianças para experiências, fazer uso da mentira e da manipulação, são armas das quais ele não abre mão na busca pela chance de se vingar do sequestrador de seu filho e, por tabela, do universo que ele julga ameaçar o seu.

    Contando com direção precisa e um roteiro cheio de pequenas surpresas, como a da crucial reaparição do taxista Henry, por exemplo, “Bloodline” funciona como um empolgante ponta-pé inicial no arco que encerrará a temporada. Das grandes expectativas que surgem, as mais óbvias passam pelo aparentemente inevitável embate dos Walter, do papel que os observadores terão e, claro, de qual será a reação de Peter ao saber que tem um filho do outro lado. Como a reunião disso tudo afetará as decisões dos personagens lá e cá?

    Bom, enquanto a resposta e os próximos episódios não vem (o 19º será exibido no dia 15 de abril lá fora), que tal aquela galera do Emmy anunciar logo que Anna Torv é a ganhadora desse ano, hein?

sábado, 26 de março de 2011

‘Lights Out’: uma grande série que merece ser vista

No mês que marcou a renovação de séries que sofrem com a audiência, como Community* e Fringe, a novata, e não menos excelente, “Lights Out’ não teve a mesma sorte e acabou sendo cancelada. Dessa forma, mesmo recebendo muitas críticas positivas ao longo da temporada, a série sobre um boxeador que decide voltar ao ringues após 5 anos vai mesmo encerrar sua história no 13º episódio (11 já foram exibidos pelo FX americano).

Mesclando bons conflitos num drama familiar com esporte e máfia, Lights Out tem em seus fortes personagens capitaneados pelo protagonista Patrick ‘Lights’ Leary (Holt McCallany), sua principal base de sustentação no desenvolvimento de uma trama que envolve sobretudo pelas empolgantes reviravoltas.

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    Quando a série começa, Lights é um ex-campeão ainda reconhecido e com família estável, mas que convivendo com a certeza de ter parado de lutar antes do tempo e enfrentando problemas financeiros (seu atabalhoado irmão, Johnny, pôs toda a fortuna acumulada nos ringues a perder em investimentos mal sucedidos), tenta se equilibrar como sócio de seu pai numa academia decadente.

    Tentado a voltar aos ringues cinco anos depois de uma disputa de título que terminou de forma controversa com Death Row Reynolds, Lights, contudo, enfrenta a severa resistência da esposa, Theresa, a quem havia prometido se aposentar definitivamente.

    Com o dinheiro curto ameaçando o futuro de suas 3 filhas, além das conquistas materiais que fizera na carreira, Lights então acaba se envolvendo com um mafioso local, para quem faz um serviço cobrando dívidas.

    Dali em diante, problemas com a polícia; uma tentativa de fazer um novo campeão; uma sangrenta briga com um lutador de MMA (pra pagar uma dívida do irmão), o retorno ao boxe, um treinandor novo e uma complicada preparação para a esperada e promovidíssima revanche de Lights contra Reynolds.

    Ignorada pelo público americano (que nocauteou a chance continuidade da série), ‘Lights Out’ é uma dessas gratas surpresas que mesmo terminando prematuramente, merece ser descoberta por quem procura bons dramas. Aqui a idéia é uma só: mais vale uma única temporada excelente do que várias razoáveis.

    * Ainda que o post não seja sobre Community, como a citei vale um registro. Com um início irregular, mas que teve lampejos de genialidade, só fui fisgado pela série já na parte final de sua 1ª temporada. Desde sempre com problemas na audiência, mas alheia aos números, a série cresceu muito na qualidade e ganhou apoio da NBC, que tem hoje a comédia com humor mais refinado e inteligente do gênero. Se ainda não a acompanha, começe já!

terça-feira, 22 de março de 2011

Fringe – Ep. 3x17 “Stowaway”

Episódio exibido no dia 18/3/11 nos EUA


Não é à toa que J.J. Abrams e cia constantemente citam Arquivo X como uma de suas referências para a criação de Fringe. Ousada e inovadora numa época de muita mesmice na tv, a saudosa produção protagonizada pela dupla Mulder e Scully, soube, em suas melhores temporadas, equilibrar com muita competência os chamados monstros da semana (casos que se resolviam dentro de um único episódio) com a grande mitologia da série. Nesse sentido, quando analisamos o histórico de Fringe até aqui, fica fácil perceber que a série pegou emprestada essa característica de uma de suas maiores inspirações, refinando-a a ponto de tornar histórias isoladas tão interessantes quanto o contínuo desenvolvimento de seu principal arco mitológico, sem também nunca abrir mão de divertir, algo que esse 17º episódio fez com sobras.

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    Da participação especial da ótima Paula Malcomson (como a mulher que simplesmente não morria), passando pelas risíveis sequências envolvendo Walter e Bellivia (o que foi a cena dos dois discutindo a absurda possibilidade de Bell ‘encarnar’ na pobre vaca Gene?), ‘Stowaway’ surge como um dos melhores da temporada, ainda que também fique marcado como o episódio de menor audiência da série até aqui.

    Contando com Anna Torv inspirada e bem sucedida na complicada tarefa de emular a voz de Leonard Nimoy (Bell) por muito mais que poucos segundos, o episódio dá um tempo no foco do relacionamento entre Olivia e Peter (que com aquela cara emburrada em decorrência do ‘sumiço’ da agente, rendeu risos acidentais muito bem-vindos) para explorar outro que pouco havíamos visto: o de William Bell e Walter.

    Amigos e parceiros de longa data, os dois guardam semelhanças comportamentais, adoram fazer comentários nonsense, mas ao mesmo tempo tem características diferentes e que se revelam, de certa forma, complementares. Se Walter parece ser sempre mais pragmático em boa parte de suas ações, Bell adota um discurso mais inclinado à explicações não racionais ou lógicas, algo que ele inclusive defende frente um questionamento do agente Lee (que também deu as caras do lado de ‘cá’) sobre as hipóteses que cercavam as motivações de Dana Gray, a mulher que não morria.

    Nesse contexto, com o fim da temporada (e da série, talvez?*) se aproximando, não resta dúvida que a dinâmica dos dois personagens terá papel decisivo no desenrolar da trama. Além disso, é justo reconhecer com esse episódio, que os roteiristas da série arrumaram uma explicação plausível dentro da história para justificar o retorno de William Bell à trama usando o corpo de Olivia. Algo aliás, que pode ser entendido tanto como um feliz e conveniente evento, quanto fruto de um trabalho bem planejado há tempos, dessa que é, apesar da baixa resposta do público americano, uma das séries mais relevantes dentro de seu gênero.

    * Como fã da série, e com o fôlego que a trama ainda parece ter, obviamente gostaria muito de ver outra temporada. Contudo, considerando o histórico da Fox e sua pouca tolerância com produções que rendem baixa audiência, com ou sem campanha #SaveFringe rolando solta nas redes sociais, não vou me surpreender se Fringe chegar ao fim já nesse seu 3º ano.

sábado, 12 de março de 2011

Fringe – Ep. 3x16 “Os”

Episódio exibido no dia 11 de março nos EUA


Duuude em Fringe! Um dos destaques do episódio "Os"

Lá se vão quase dois meses desde o último post dedicado a Fringe por aqui, assim, como é bom ver um episódio que dá vontade de voltar a escrever algumas poucas linhas tortas de novo sobre a série. De lá para cá, 5 episódios foram exibidos e, confesso, um certo desânimo bateu, afinal, depois da ótima trama que metade dessa 3ª temporada construiu, o excessivo foco dado ao até então conflituoso romance entre Peter e Olivia (e até mesmo certas incongruências na trama) parecia esvaziar toda grande mitologia apresentada, e que por tabela, reduzia o choque dos dois universos a uma solução boba da linha ‘quem vai ficar com Peter’.

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    Nesse panorama, “Os” surge para aliviar a barra dos roteiristas que, recorrendo a mais um bom caso da semana envolvendo um cientista arriscando tudo para ‘salvar’ um ente querido (lembram do excelente “White Tullip”?), parecem ter retomado as rédeas da trama presenteando-nos ao final do episódio, com mais uma surpreendente e vibrante virada na trama com toques sci fi carregados de sobrenatural...

    Aliás, falando logo do final do episódio, é incrível como a Anna Torv vem se revelando cada vez melhor apagando qualquer impressão ruim que seu trabalho no início da série pudesse deixar. Como se já não bastasse a ela ter que fazer duas Olivias com claras diferenças, agora também caberá à ela a tarefa de personificar ninguém menos que William Bell com direito até a uma notável imitação da voz marcante de Leonard Nimoy. Assim, quando nós ainda nos acostumávamos com Bolivia, eis que agora teremos Bellivia...

    Graça à parte, sinceramente não faço ideia de como essa virada influenciará o restante da trama da temporada, mas tô curiosíssimo para ver, por exemplo, como Walter reagirá frente à constatação de que sua teoria de que a alma é energia e não pode ser destruída ou morrer, se provou verdadeira. Por falar no velho Bishop, outro que merece destaque sempre em qualquer texto que fale da série é John Noble, ator de muitos recursos e que com Walter consegue fazer rir e emocionar como poucos, vide a cena de seu personagem com Nina Sharp na qual se revela frustrado por não poder contar com a ajuda de William Bell naquele momento e temeroso em não conseguir consertar o erro que colocou seu universo em risco.

    Sobre o caso da vez, uma constatação óbvia: toda vez que a série investe numa história que realmente explora o conceito da tal ciência de fronteira, ou seja, algo que desafia a lógica racional, é quase certo que teremos um bom episódio. Nesse “Os”, que trouxe Alan Ruck (o eterno Cameron de ‘Curtindo a Vida Adoidado) como um cientista decidido a encontrar uma forma de devolver a capacidade de andar a seu filho paralítico, Walter (e quem assiste, claro) fica intrigado ao ver um lei física se quebrando frente a constatação da existência de composto químico extremamente leve, mas que formado por elementos absolutamente densos, deveria ser pesado.

    De resto, o que esse bom episódio também deixa na lembrança (principalmente para quem é fã de Lost) é aquela divertida conversa de abertura que Walter teve com um segurança da Massive Dynamics feito por ninguém menos que Jorge Garcia, o saudoso Dude. Afinal, quem diria que numa conversa informal Walter confessaria que desde que se tornou dono da empresa, a coisa mais brilhante que criou foi um cupcake de... bacon?!!!

    Fringe voltou! \o/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fringe – Ep. 3x10 “The Firefly”

Episódio exibido no dia 21/01 nos EUA


Não sei você, mas um dos grandes atrativos de Fringe para mim, mais até que sua excelente e já sólida trama sci fi, é o contínuo desdobramento da conflituosa relação entre pai e filho experimentada por Walter e Peter. Tratada com muita sutileza, não é exagero dizer que ela é em muitos momentos a pedra fundamental para o próprio desenvolvimento da mitologia da série além de ser responsável por momentos emocionantes em uma produção essencialmente de ficção.

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    Em ‘The Firefly’, episódio que marcou o retorno da 3ª temporada lá fora, o Observador (guardião da fronteira entre os universos) reaparece de forma marcante testando os limites de Walter, que conhecendo seu ídolo musical, Roscoe Joyce (participação especialíssima do veterano Christopher Lloyd), vivencia o peso da culpa de ter alterado o curso natural das coisas ao descobrir que (in)diretamente fora responsável pela precoce separação de um pai e seu filho, que no melhor estilo Fringe tiveram a chance de se re-encontrar anos depois de forma breve em uma circunstância bastante singular.

    Nesse contexto, ainda que não dê para dizer que o encontro de Walter e Roscoe (que rendeu ótimas cenas entre John Noble e Lloyd) realmente tenha sido o catalisador definitivo para que o pai de Peter vislumbre a possibilidade de ter que assistir um eventual sacrifício de seu filho em prol de algo maior, parece notória a percepção de que esse será um elemento ainda mais forte e proeminente nos episódios que virão. E daí surge a dúvida: será mesmo que na hora H, Walter conseguirá fazer o que precisa como agora imagina o Observador?

    E Olivia nessa história toda, que ainda penitenciando-se pelo que perdeu (ou deixou de ganhar) em sua relação com Peter durante o tempo em que esteve do lado de lá, como reagirá – sendo ela também um instrumento importantíssimo na equação da história – quando o eventual momento decisivo se fizer presente? Que reflexos do que ela sabe e experimentou ganharão forma na trama e no papel que Peter teoricamente tem a desempenhar na guerra dos dois mundos?

    Sempre instigante, Fringe continua sendo a série que levanta as perguntas mais interessantes e que episódio após episódio prova sua maturidade tanto como envolvente sci fi de alta qualidade (alô episódio Marionette!) quanto como drama consistente, rico e complexo, o que sempre me leva a uma única e irreversível constatação: que prazer ser fã dessa série!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lights Out - a tv no mundo do boxe


De forma genérica, é justo dizer que não há nada de novo na trama de Lights Out, drama do FX americano que estreou no dia 11 de janeiro. Centrado no mundo do boxe, a série narra os conflitos enfrentados por um boxeador que, após uma derrota dolorosa e controversa pelo título, teve que escolher – por conta de um problema neurológico - entre o ringue ou sua família. Ou seja, de uma forma ou de outra, você provavelmente já viu algo parecido no cinema antes, o que, claro, não invalida as boas intenções dessa produção que terá 13 episódios em sua temporada de estreia.

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    Em Lights Out, o protagonista é Patrick ‘Lights’ Leary (Holt McCallany, um rosto ainda desconhecido pela grande maioria, mas com participações em várias séries como Law & Order e CSI), um boxeador que depois de cinco anos longe do esporte, encara numa crise financeira e na sombra de se tornar algo que não queria, a encruzilhada que pode ser definitiva: voltar às lutas e garantir o futuro de sua esposa e de suas três filhas, ainda que em detrimento de sua saúde e do relacionamento que construiu em família, ou ver tudo o que conquistara em seus anos como boxeador evaporar.

    Se não chega a ser espetacular, o episódio Piloto (que traz rápidas e convincentes cenas de luta em seus minutos iniciais) cumpre bem o papel de apresentar personagens, cenários e conflitos que sustentem a trama de forma envolvente. Além disso, contando com uma edição ágil, e em dada escala não linear, o ponta pé inicial da série é sólido e interessante o bastante para alimentar nossa curiosidade. Se a série sustentará uma trama rica o bastante para desenvolver seus personagens de forma atraente ao longo de sua temporada inicial eu não sei, mas é inegável que, por dar foco a um universo inédito na tv das décadas mais recentes, Lights Out merece crédito. E que venham os próximos rounds.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Californication – A estreia da 4ª temporada



Hank Moody é um sujeito deplorável. Talentoso, mas preguiçoso. Pai carinhoso, porém desleixado. Apaixonado pela mãe de sua filha, mas um mulherengo incorrigível. Em suma, o tipo de cara por quem muitos sentiriam desprezo, mas que construído com carisma e muitas sutilezas por David Duchovny ao longo das 3 temporadas anteriores de Californication, tornou-se mais um desses personagens bad boys da tv que a gente ama odiar ou odeia amar.

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    No quarto ano de Californication que começa nos EUA no domingo, 9 de janeiro, Hank tem que responder na justiça pelo crime inadvertido que cometeu (transar com Mia, então uma adolescente de 16 anos) ao mesmo tempo em que tenta reestabelecer o abalado convívio com a filha, Becca, e recuperar a confiança de Karen, que no entanto não parece disposta a esquecer a lambança do escritor.

    Em Exile on Main St e Suicide Solution, os dois episódios que abrem a temporada, a tagline do pôster – “Todos Contra Hank Moody”- é corroborada em diversas situações. Vemos Karen remoendo a ferida da ‘traição’ e dizendo que não sabe do que Hank é capaz de fazer. Temos Becca encarando a realidade da descoberta de que seu pai não é o cara que ela idealizava. E temos o próprio Hank dividido entre a certeza das burradas que fez e as tentações e vícios do dia a dia.

    É tudo muito dramático de fato nesse início de temporada, mas como se trata de Californication, não demora muito para que os risos surjam na interação de Hank com Charlie, nas situações insólitas (cena de abertura do ep 4x02, Suicide Solution, é fenomenal), ou mesmo com os tipos esquisitos que aparecem em participações especiais (Rob Lowe, surge como um ator psicopata e totalmente tosco cotado para interpretar Hank num filme baseado no livro ‘escrito’ por Mia).

    Dando mostras de que ainda tem muito gás, Californication retorna mostrando um Hank mais melancólico e reflexivo, mas não menos irresponsável (e divertido, claro), e refazendo o convite para que acompanhemos por mais 12 episódios, as desventuras do escritor que se auto define como uma ‘criança no corpo de um homem.’ E dá para não concordar?

‘Episodes’, a nova série de Matt ‘Joey Tribbiani’ LeBlanc



Um exercício sobre os bastidores da indústria hollywoodiana, um flerte com a metalinguagem e uma divertida caricatura. Assim é Episodes, nova comédia do canal Showtime que estreia no próximo dia 9 nos EUA e que tem como um de seus principais atrativos Matt LeBlanc como ele mesmo tentando fugir do aparentemente inescapável estigma de ser sempre lembrado ‘apenas’ como o Joey de Friends.

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    A premissa de Episodes? Logo após ganhar mais um BAFTA, casal de roteiristas ingleses (Sean e Beverly) se muda para Los Angeles atraídos pela chance de ganhar muito dinheiro adaptando sua bem sucedida série para a tv americana. Inicialmente maravilhados com Hollywood, não demora muito para que os dois logo se vejam perdidos num ambiente onde tudo soa falso (a mansão onde passam a viver retrata bem isso) e onde o conceito de sua série fica severamente ameaçado pelas nada brilhantes ideias de um executivo ‘ixxperto’ e do astro narcisista feito por LeBlanc.

    É verdade que não há sequências hilariantes no dois primeiros, er..., episódios de Episodes, mas é fácil perceber que o humor da série se baseia muito mais nas situações em si do que em frases engraçadinhas ou gags, algo que fica muito explícito, por exemplo, na reação de Sean e Beverly, quando ao final do primeiro episódio, recebem a notícia de que Matt LeBlanc fora escalado para ser o protagonista da versão americana da série.

    Aparecendo apenas por breves segundos no episódio de estreia, LeBlanc só dá as caras mesmo no segundo, quando surge tudo blasé em seu primeiro encontro com Sean e Beverly, para pouco tempo depois se dizer fã do trabalho dos dois ganhar a confiança de Beverly por alguns instantes e passar a rasteira no casal sugerindo ao presidente da emissora que os contratou, severas mudanças estruturais na série que ele protagonizaria.

    Prematuro cravar que Episodes vá vingar ou mesmo que vá fazer por LeBlanc o que Californication faz por David Duchoviny, mas considerando esse início e a ideia de explorar os bastidores de Hollywood sob a perspectiva de quem produz, dá para dizer que o Showtime parece ter encontrado seu Entourage. O que não é pouca coisa.

    Notas:
    - A abertura da série é bem breguinha, mas ao mesmo tempo sintetiza bem o conceito de uma boa ideia que se perde no caminho de uma adaptação para outra cultura.
    - Se usada com parcimônia, a piada com o porteiro do condomínio onde Sean e Beverly moram pode render momentos bem divertidos como aquele que encerra o segundo episódio.
    - Curioso ver o LeBlanc de cabelo grisalho, não? Dá até para esquecer um pouco que ele já foi o Joey. Ou não?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Meu Top 10 no Cinema e na Tv em 2010

Me rendendo à tradição que toma conta de sites e blogs nos últimos dias do ano, fiz uma listinha com as 10 melhores produções que assisti no cinema e na tv ao longo de 2010. Obviamente, não vi tudo que pintou na telinha e principalmente na telona, mas condensando gosto pessoal e crítico, creio ter feito um top 10 razoavelmente justo, e você, claro, está mais que convidado a participar da brincadeira.

Top 10 - CINEMA


    A Origem (Inception)

    Inventivo, ousado, instigante e sobretudo inteligente. Adjetivos não faltam para definir esse que considero o melhor filme do ano e um desses casos raros de entretenimento que provoca reflexão.

    Ilha do Medo (Shutter Island)

    Sou muito fã de qualquer filme que prime pela sutileza para subverter expectativas com finais inesperados. Dito isso, contando com um suspense envolvente e interpretações consistentes, o filme tinha que ter lugar na lista de qualquer forma.

    Tropa de Elite 2

    Muito mais incisivo que seu antecessor na mensagem, o novo recordista de público e renda do cinema nacional mete o dedo bem fundo na ferida e sem rodeios constrói um retrato crítico bem corajoso dos bastidores do poder corrompido que alimenta a violência de favelas e ruas.

    Essential Killing

    O filme do protagonista (Vincent Galo) que, sem dizer uma única palavra ao longo da história – sobre a luta de um afegão tentando sobreviver à caçada do exército americano -, domina a tela do início ao fim de forma avassaladora.

    Copie Conforme (Certified Copy)
    Inteligente, curioso e divertido exercício que coloca um homem e uma mulher que acabaram de se conhecer, confundido-se nas horas seguintes como um casal discutindo a relação.

    Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim Against the World)
    Vanguardista até não poder mais, o filme abusa de uma linguagem singular, ousada e que fiel ao material de origem (as HQs de Bryan Lee O’Malley), infelizmente poucos souberam (ou puderam, né Columbia?) apreciar.

    A Rede Social (The Social Network)

    Uma conjunção de acertos define a presença do filme sobre a história da criação do Facebook na lista: roteiro (de Aaron Sorkin), direção (de David Fincher), elenco (com destaque para Jesse Eisenberg) e montagem. Tudo impecável demais para ser ignorado.

    Toy Story 3 (Idem)

    Acima de tudo divertido, o melhor filme da trilogia da Pixar traduz de forma emocionante a passagem da infância para a adolescência e a constante mescla de dúvidas e certezas que vem com a inescapável maturidade.

    Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)

    Com uma história que podia facilmente cair no clichê e na obviedade, o filme dosa humor e drama com eficiência abrindo espaço para que o trio Annette Benning, Julianne Moore e Mark Ruffalo entregue interpretações ao mesmo tempo capazes de emocionar sem ser piegas e de fazer rir.

    Cisne Negro (Black Swan)

    Fiel à estética de seu diretor (Darren Aronofsky), o filme faz um curioso retrato psicológico da obsessão de uma bailarina (Natalie Portman, excelente), que frente à maior chance de sua carreira, flerta intensamente com o fracasso e o sucesso ao conhecer uma concorrente novata.



Top 10 - SÉRIES


    Lost

    Cercada de expectativas, a última temporada usou um recurso narrativo novo e absolutamente coerente com o que a série propôs desde o início: arriscar e surpreender sempre! Nesse contexto, a despedida de Lost amarrou a história de seus inesquecíveis personagens de forma emocionante, deixando algumas perguntas sem respostas ‘por pura maldade’, só para reforçar seu merecido e inegável legado na tv, além de dar combustível para seus (infelizes) detratores.

    Fringe

    Ainda mais madura na conclusão de sua 2ª temporada, a série focou-se no que de melhor havia na sua mitologia sci fi, e centrada nos dilemas de seus personagens (que ficaram mais interessantes, diga-se), voltou para seu terceiro ano com episódios empolgantes e igualmente emocionantes na jornada de dois mundos em choque cada vez mais iminente.

    Breaking Bad

    Não é qualquer série que consegue fazer graça em cima da tragédia de um homem, mas Breaking Bad faz isso há 3 temporadas e muito bem. Contando com um protagonista anti-herói feito com esmero por Bryan Cranston e coadjuvantes igualmente excelentes, a série consegue dosar polêmica com elegância sem nunca ser forçar a barra e muito menos parecer covarde.

    Boardwalk Empire

    Se fosse um filme condensado em 2 horas e pouca, a série estaria no patamar de um ‘Os Bons Companheiros’, mas como é tv, digamos que a produção é uma Sopranos passada em 1920 com mais glamour, as mesmas intrigas pelo poder e a carga dramática de personagens fortes e igualmente complexos.

    Damages

    Tudo bem que a fórmula da série já não chega a ser tão surpreendente quanto antes, mas não dá para ignorar o trabalho hipnotizante de Glenn Close e o sempre instigante jogo de idas e vindas de um thriller que se vale da conspiração para construir um quebra-cabeças inteligente e sempre envolvente.

    Sons of Anarchy

    Irregular até certo ponto dessa temporada, SoA não teve seu melhor ano, mas é inegável que quando a série é boa, ela é boa para ca#@%$! Dito isso, tirando a trama de Abel, todo resto da história envolvendo a ida do clube a Belfast e toda a intriga gerada pelo envolvimento com o IRA prova que a produção tem que ser presença obrigatória em qualquer lista séria de 2010.

    Mad Men

    Prêmios nem sempre são sinônimo de qualidade, mas no caso da tricampeã do Emmy, o reconhecimento é merecido porque: 1) a série já nasceu madura, mas jamais se mostra acomodada e 2) continua sendo um dos melhores dramas da tv com seu retrato apurado do mundo da publicidade nos anos 60 e dos homens e mulheres vendendo imagens muitas vezes opostas ao que de fato eram. Além disso, vamos combinar que só o episódio ‘The Suitcase’ já seria suficiente para colocar a série no top 10, né?

    The Walking Dead

    Foi uma temporada de estreia perfeita? Evidente que não, mas a adaptação da famosa HQ tem inegáveis méritos. Primeiro porque trouxe para tv um gênero antes restrito ao cinema tornando-o mainstream, e segundo, porque embora tenha zumbis como principal chamariz, não foca suas histórias neles, mas sim nos conflitos e dilemas de pessoas vivendo num mundo totalmente novo onde as certezas são outras.

    Community

    Séries cômicas existem de sobra, mas que façam rir com inteligência sem apelar para gags óbvias, poucas. Sempre abusando de referências, a produção da NBC foge do formato tradicional e aposta no humor de sutilezas, quer seja de um gesto ou de uma simples observação feita por um personagem, para que gargalhadas prazerosas ou só mesmo um sorriso singelo surjam no rosto do espectador.

    Treme

    Boa música, personagens fortes e carismáticos e o charme de Nova Orleans e suas mazelas pós Katrina. Essa não é uma série de ganchos, intrigas complexas ou mesmo de conflitos temáticos abrangentes, mas é uma produção que conta histórias da força de um povo e da cultura de uma cidade como nenhuma outra já fez.



Nota:
Ainda que no cinema e na tv os meus favoritos do ano tenham sido A Origem e Lost, respectivamente, não há um ranking definido para as demais escolhas do meu Top 10 das duas categorias.