terça-feira, 1 de julho de 2008

WALL•E

Definitivamente não há limites para a magia da Pixar. Com sua mais nova animação, o estúdio responsável por pérolas como Procurando Nemo, Os Incríveis e Ratatouille, prova mais uma vez que não tem para ninguém quando o assunto é encantar com histórias simples mas que ao mesmo tempo divertem crianças e adultos sem deixar de explorar uma mensagem repleta de significados, e que em menor ou maior grau, tocam fundo em corações e mentes. Desde Toy Story (1995) o time liderado por John Lasseter (diretor daquele filme e hoje chefão do estúdio) replica a fórmula criada por eles sem nunca acomodar-se e sempre melhorando-a e expandindo o conceito a níveis novos e cada vez mais ousados tanto na estética quanto na temática. E é nesse cenário que surge WALL•E, simplesmente o melhor filme já feito pela Pixar e disparado o melhor do ano até aqui.

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    A deliciosa e simpática história do solitário robozinho WALL•E (diminutivo para Waste Allocation Load Lifter•Earth) responsável por organizar e limpar a sujeira que devastou o planeta Terra no futuro e obrigou a humanidade a sair em um cruzeiro intergaláctico que já dura mais de 700 anos, vém repleta de camadas que nos levam à reflexões emocionais e analisam temas aparentemente banais para os dias de hoje como as consequências do consumismo descerebrado que ao mesmo tempo nos afasta e nos condena à solidão.

    Usando o artifício que é assinatura da Pixar - bichos ou objetos que ganham vida para contar a história - o diretor e roteirista Andrew Stanton (Procurando Nemo), reiventa o conceito dando ao protagonista uma complexidade emocional que comove principalmente depois de vermos seguidas demonstrações de interesse por algo que uma máquina jamais buscaria, a necessidade de entender o que significa a humanidade. Essa idéia é tão bem explorada por Stanton, que o simples fato de vermos WALL•E assistindo o vídeo do musical Alô, Dolly instantaneamente nos conecta ao anseios catalisados do pequeno robô sobretudo depois que ele conhece EVA, uma outra rôbo sonda enviada à Terra para averiguar se o planeta possuía alguma condição de vida para o retorno do homem.

    Nesse cenário WALL•E embarca em uma divertidíssima aventura cheia de personagens simpáticos prontinhos para fazerem a alegria da garotada, e que evidencia os desdobramentos do preço pago pelo homem acomadado à tecnologia do consumo nos levando através de uma jornada repleta de lirismo e beleza que culmina em uma mensagem rica, contundente e que isenta de pieguismo barato, torna este, como já disse antes, o filme mais importante da Pixar até então, e justo merecedor das críticas elogiosas que vém recebendo. Se ainda não viu essa pequena obra prima, não perca tempo e corra já para o cinema mais próximo e depois assista de camarote a chegada de 2009 quando WALL•E fatalmente deve faturar pelo menos o Oscar de melhor animação se não o de melhor filme.

    Cotação:

    Wall-E estreou nos cinemas no dia 27 de junho de 2008

3 comentários:

  1. estou doido para assistir Wall-E. acho que vou esse final de semana. =D

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  2. Neste último final de semana fui ao cinema, levar meus filhos para assistir Wall-E e, eles, os filhos, não são desculpa para assistir os filmes da Pixar , assistiria de qualquer jeito. Tenho todos os filmes desse estúdio. Realmente, Wall-E é um excelente filme. Recheado, na medida certa, de humor, humor pastelão, drama, etc., todos os ingredientes necessários para um filme perfeito, característico de um filme-animação desse estúdio. Como sempre antes do filme nos brindam com um curta-metragem, (Tin Toy, Geri´s Game, One Man Band). Dessa vez a história é de um coelho do truque da cartola... assistam, vale a pena.
    O difícil é saber qual o filme da Pixar que mais gosto, é tão impossível quanto tentar escolher um filho preferido...

    Abraços!

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  3. Sempre vi desenhos, mesmo depois de adulta; via até sozinha no cinema, como aconteceu com o Rei Leão.
    Nos últimos anos tenho assistido a todos os filmes de animação, junto com minha filha. Adoro! São momentos garantidos de diversão.
    Mas assistir Wall.e foi uma experiência fantástica...e hoje, depois de alguns dias, posso entender o porquê: lá no fundo da minha lembrança aquele robozinho solitário e simpático me fez recordar do filme que mais marcou a minha infância: ET
    E assim como o alienígena mais famoso de Hollywood, o robozinho me fez chorar e pensar no futuro dessa humanidade louca e, mais ainda, acreditar, que seja como for, sempre existe uma esperança!
    Amei e recomendo a todos!

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