quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Comentários sobre a estréia de MY OWN WORST ENEMY


Exibido no dia 13 de outubro nos EUA

My Own Worst Enemy, drama de espionagem que estreou na última segunda-feira, dificilmente será a grande surpresa da temporada 2008/2009. Falta à ela o ineditismo que faça com que o público se sinta genuinamente atraído a ponto de se conectar com mais facilidade à história, o que, porém, não significa que não existam bons motivos para acompanhá-la. A série consegue criar um universo fantástico aparentemente exagerado, mas não menos curioso. Tem muita ação, uma boa dose de conspiração no meio e um protagonista carismático que lembra alguns dos bons momentos da Sydney Bristow de Alias e até do Jason Bourne do cinema.

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    Contudo o que a torna a série divertida, também pode se tornar seu maior problema, ou para não fugir do tema, inimigo. Na metade do episódio piloto a sensação de déjà vu é evidente e isso inevitavelmente pode ser suficiente para diminuir o impacto e o envolvimento com a trama. Sendo assim, creio que o maior desafio de MOWE será o de conseguir ao longo dos próximos episódios agregar ou introduzir conceitos novos aquele fantástico mundo de espionagem, algo que Alias fez muito bem quando estreou.

    E se boa parte do sucesso daquela série vinha da protagonista feita por Jennifer Garner (então uma desconhecida) é inegável que MOWE possa se beneficiar do mesmo expediente. A diferença é que Christian Slater já é um nome estabelecido na indústria e não tem muito o que provar, além do fato de ser capaz ou não de segurar uma série que gira totalmente em torno de seu personagem ou melhor, personagens.

    Eu poderia dizer que My Own Worst Enemy é uma série sobre um espião com dupla personalidade, mas prefiro dizer que é uma série sobre um cara absolutamente normal que leva uma vida pacata num subúrbio americano ao lado da família e que de repente descobre que tudo o que sabe sobre si próprio é uma grande farsa. Esse homem se chama Henry Spivey e ele é uma personalidade inventada/programada que é ativada como disfarce através de um implante na cabeça de Edward Albright, um super agente da secretíssima organização governamental chamada Janus.

    Mas, por que alguém usaria como disfarce uma identidade civil que não o permitiria se esconder de ninguém mais do que ele mesmo? Essa talvez seja a maior pergunta da trama e que o piloto apenas esboça responder. Será que Edward se submeteu a tal procedimento/experiência para conseguir fugir de um trauma do passado? Se for essa a resposta, está aí um bom argumento que pode ajudar a conferir complexidade ao personagem. Sobretudo, quando um erro do sistema, digamos assim, ocorre e as duas personalidades começam a interagirm provocando uma série de situações inusitadas nos momentos mais inoportunos e que de certa forma dão graça à produção. Como destaquei antes pode não ser "A" série da temporada, mas tem potencial para suprir um gênero que de tempos em tempos tenta se reiventar. Se MOWE conseguirá atingir esse feito é difícil dizer, mas o fato é que seguirei acompanhando os próximos passos para ver onde ela chega.

2 comentários:

  1. Eu gostei do episodio piloto =)

    Realmente a pergunta do porque do disfarce me veio a mente tb... mas espero que isso seja mais evidenciado.

    Vou acompanhar os proximos episodios pra ver se rola continuar assistindo a série.

    Abraços

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  2. Bom, não sou um viciado em séries, na verdade eu não era, eu acho..kkkk
    Mas com a espera por Lost passei a companhar os posts do Davi aqui no News e lá no Dude. Foi assim que comecei a assistir Fringe e foi por causa desse post que comecei a assistir My Own Worst Enemy.
    Concordo com você Davi, a sérir não demonstra uma grandiosidade, mas parece ser boa o suficiente para despertar a curiosidade...

    Estaremos acompanhando os próximos episódios.

    Valew

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