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Dirigido por McG (As Panteras 1 e 2, Somos Marshall) e com roteiro de Jonatham Nolan (Batman - O cavaleiro das Trevas), mas oficialmente creditado à dupla John Brancatto e Michael Ferris (de T3 e do terrível Mulher Gato), T4 apaga a má impressão deixada pelo filme anterior e ainda que não supere os dois primeiros, dá novo gás à franquia graças, sobretudo à subeversão da fórmula construída pela série. A ameaça agora não vem do futuro, mas sim do passado.
Ao introduzir e dar espaço ao desenvolvimento de Marcus Wrigth – um condenado à morte em 2003 que cede seu corpo para o avanço da ciência via Cyberdyne Systens, uma das precurssoras da Skynet -, o filme abre espaço para que criemos uma empatia genuína por um personagem que surge misterioso e que ao longo da trama desempenha papel fundamental tanto como ameaça quanto como a salvação do título. A isso, claro, deve-se a bela composição de Sam Worthington em seu primeiro grande papel no cinema (em breve ele aparecerá no aguardado Avatar, de James Cameron, e na refilmagem de Fúria de Titãs) que constrói no personagem mais interessante do filme, arcos de tragédia e redenção bastante consistentes e interessantes.
E se Marcus surge como o ponto forte de conexão do filme, Kyle Reese também não fica para trás, na interpretação acertada de Anton Yelchin (o Chekov do novo Star Trek). O homem que, sob ordens de John Connor, um dia volta ao ano de 1984 para proteger Sarah e que acaba engravidando-a do próprio John (pois é, o paradoxo nunca será desfeito), surge como uma figura importante da trama e que, ainda jovem, já traz os mesmos traços psicológicos do personagem que Michael Biehn fez no primeiro filme. Lamentável, no entanto, que o roteiro de T4 abra mão de dedicar um maior desenvolvimento também para John Connor (Chistian Bale), que aparece como um dos líderes da resistência dos humanos contra as máquinas da Skynet, ainda que não exista nenhuma camada mais complexa que justifique sua posição, além daquela de ser sempre citado como uma espécie de messias ou prometido, o que de certa forma diminui a importância do personagem, que acaba aparecendo como mero coadjuvante de luxo em um filme que deveria ser seu.
Elegante em suas homenagens e referências, sobretudo aos dois primeiros filmes – vide a aparição da fitas gravadas por Sarah Connor às quais John recorre em busca de orientação, a cena da moto ao som de "You Could Be Mine" do Guns N’Roses que remete à uma bem parecida de T2, além da rápida aparição do próprio T-800 imortalizado por Schwarzenegger -, T4 acerta no tom e na abordagem de um futuro sombrio que graças à fotografia empregada soa ainda mais assustador. É pena no entanto que o filme patine em pontos importantes da trama, como naquele em que a resistência obedece John Connor em seu pedido para não atacar a Skynet mesmo quando este não dá um motivo para tal e insira de forma forçada os jargões famosos da franquia só para (tentar) impressionar. Além disso, é inegável que seu desfecho demasiadamente apressado, artificial e conservador colabora para diminuir o impacto que as palavras de Connor poderiam ter como possível gancho para um quinto filme.
Cotação:
Este é um filme ruim. Deixa um gosto amargo com um roteiro infantil criando cenas muito bem feitas, mas tolas, por exemplo, com robos capazes de esmagar cranios pegando pessoas pelo ombro e jogando-as longe. Foi mal montado com cortes que ficam como buracos na narrativas. Não tem profundidade, onde diversos personagens poderiam questionar outros ou as circunstancias. Vê-lo de graça talvez valha a pena.
ResponderExcluirOk, vamos admitir que podia ser melhor! O filme basicamente foi um mix de Transformers e Eu Sou a Lenda. A começar pelos pontos negativos, mais uma vez temos um claro exemplo de “elenco não faz filme”. Christian Bale não estava mal, mas senti falta da sua dedicação nesse personagem. Só me convenceu no fim do filme, com um little drama. Talvez seja culpa do roteiro (muito fraco) que tornou o filme cansativo e tedioso. Se não tivesse uma explosão a cada minuto, eu ia dormir (sério mesmo)!
ResponderExcluirAinda tocando o lado ruim (nem tudo são pedras), fala sério, forçaram muito a barra com aqueles exterminadores, hein! Não estou criticando o departamento de efeitos especiais, muito pelo contrário, fizeram um trabalho brilhante, porém, mesmo sendo uma ficção científica, foi muito exagerado, como disse um amigo meu, saíram “motos do Batman” do “calcanhar dos Transformers”!
Agora, vendo o lado positivo (sim, há coisas boas nesse filme), a trilha sonora (dá-lhe Danny Elfman), os efeitos sonoros e efeitos visuais foram perfects! As explosões, tiros, cenas de ação em que param a música e apenas deixam o som ambiente, foram ótimas, ainda mais vistas na telona (imagina ver no IMAX então!).
A computação gráfica deu um show, ao estilo “realismo Chris Nolan”; mas, fala sério, tio Arnold foi um pouquinho demais, não? Totalmente digitalizado, com um corpo que ele tinha há séculos atrás e um rosto de photoshop, eu comecei a ter um ataque de riso quando o vi surgir batendo no Connor, sem falar na altura monstruosa! Ainda bem que duraram poucos segundos e nosso herói já tirou o coro do T-800.
Em resumo, o filme agrada quem não curtiu a trilogia “original”, porém vira um “lixo” para quem é fã de carteirinha do Exterminador.
Considerações finais: Christian Bale, eu te amo!