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Por falar neles, que bela surpresa essa inserção definitiva do ‘foderoso’ Godric na trama, não? Subvertendo qualquer expectativa preliminar com relação à sua eventual natureza cruel, o criador de Eric surge não só para evitar um grande derramamento de sangue (humano sobretudo), mas também para (tentar) disseminar um discurso pacifista de coexistência com seus captores.
Sobre o citado panorama aliás, é sempre curioso notar as críticas que a série faz à sociedade americana como um todo, no que tange aos seus preconceitos tão enraizados e à sua ignorância quando o assunto é a forma com a qual o mundo os enxerga. Assim, quando Godric reconhece que a suposta caçada perpetrada pelos humanos da Fellowship of the Sun tinha fundamento na falta de evolução dos vampiros (que ele diz serem ainda selvagens e assustadores em sua maioria mesmo após tantos anos), dá para enxergar ali uma referência à forma com a qual os EUA são satanizados por extremistas (religiosos em sua maioria) e encarados como o inimigo infiel a ser destruído, relação que inclusive fica explícita na cena final que serve de gancho para o próximo episódio mostrando Luke como um homem bomba prestes a se detonar no ninho dos vampiros.
De resto, impossível deixar de comentar sobre a meticulosa manipulação de Maryann no intuito de prejudicar Sam, que sabemos ser imune aos encantos da moça, cuja conduta psicopata por sua vez a colocaria na mira de um certo Dexter rapidinho caso resolvesse pintar por Miami, não é não? Brincadeiras à parte, chega a ser engraçado ver que Andy (não mais um mala como antes, embora agora seja visto pelos demais personagens como um bêbado a quem se dá pouca confiança) é a única ajuda que Sam dispõe no momento em que é apontado como principal suspeito pela morte da Sra. Jeanette e agora de Daphne, cujo coração serviu como ingrediente fundamental para um ‘suculento’ soufflé (alguém tem a receita? :p ) que garantiu o momento bizarro do episódio.
A se destacar também, a cena trash de ciúmes da linha essehomemvampiroémeu protagonizada por Sookie e por Lorena, que banida por Godric, terá que se contentar com a derrota amorosa imposta pela garçonete caipira, mas até quando? Sobre essa dinâmica aliás, vale destacar também o cada vez maior interesse de Eric por Sookie, de quem estranhamente parece querer se aproximar intimamente, como ocorreu com Bill, que por sua vez não hesita em ameaçar seu ‘delegado’, no que já deve ser um dos arcos explorados em breve, creio eu.
Em suma, só me resta reafirmar o que disse lá no início do texto e destacar que esse “Timebomb” é o episódio a ser batido em todos os aspectos nessa temporada, já que ele conseguiu equilibrar revelações com viradas na trama de forma muito interessante, sem abrir mão de divertir com frases e cenas picantes/chocantes bem ao estilo que construiu o sucesso agora consolidado de True Blood.
Outras observações:
- O que ou quem é Barry, afinal, já que ele provocou uma estranha reação de espanto em Lorena depois dela tê-lo mordido?
- Lafayette, lendo mãos e prevendo o futuro através das cartas? Tá aí uma habilidade que não conhecíamos nele, certo? Agora, sobre o citado sacrifício que Tara terá de fazer, não resta qualquer dúvida que se trata de Eggs, não é mesmo?
- E Stan, o vampiro que confessou ter matado os pais de Steve Newlin? Seria ele uma eventual ameaça para o reinado do agora pacifista e tolerante Godric?
- E aquele constrangedor abraço de Jason em Bill, hein? De seguidor da Fellowship of the Sun a simpatizante dos vampiros num piscar de olhos. É esse o instável (mas não menos divertido) Jason que a gente conhece.
- Impossível evitar o riso quando Hoyt disse ao Bill, “Não sei o que você ouviu, mas esses foram gritos de prazer”, imediatamente após ter a ‘1ª vez’ dele e de Jessica interrompido. Aliás, notou a sutileza da abertura daquela cena, mostrando pétalas de rosas caídas sobre a cama aludindo ao fato de Jéssica ser deflorada?
- Ainda sobre a vampira adolescente, que triste (?) karma para ela, saber que será eternamente virgem, hein? E que situação constrangedora aquela na qual Hoyt se meteu, afinal é fato que mesmo querendo soar romântico ao dizer que eles sempre poderiam repetir a 1ª vez, seria impossível convencer qualquer mulher vampira com aquele argumento, não é mesmo?
Ótimo episódio!!
ResponderExcluirEu ri muito quando o Steve Newlin disse que não sabia o que os vampiros viam na Sookie.
O Godric me parece um pouco deprimido, meio cansado de tudo, mas adoro como ele manda no Eric.
Aliás, Eric e Sookie tem muito mais química.
O Barry, poe ser telepata, deve ter um gosto parecido com o da Sookie que o Bill também disse que ela tinha um gosto diferente.
Davi, tenho que dizer que seus reviews de True Blood são os melhores. Sou super fã da série e fiz algo meio estranho durante alguns dias. Baixei os episódios, porém, não os assisti, somente li seus reviwes, fiz isso por 3 semanas. Seus comentários foram perfeitos e fui não somente acompanhando a série através dos seus textos, como também prestando atenção nos detalhes que vc mencionou, coisas que eu simplesmente deixaria passar em branco.A expectativa foi crescendo e não aguentei, comecei a assistir os episódios novamente. Novamente vc está de parabéns
ResponderExcluirConcordo, até agora foi o melhor episódio da temporada que equilibrou um pouco de tudo e todos os 'núcleos' da série. Gostei da inserção de Godric na trama, também.
ResponderExcluirAnsioso pro próximo episódio, apesar de ter certeza que nada de 'tão surpreendente' vá acontecer.
Adorei os comentários!
ResponderExcluirRealmente esse foi um dos episódios mais marcantes, creio que desde o começo da série!
Praticamente todos os elementos e nuances que fazem de True Blood a série incrível que é, estavam lá: romance, reviravoltas, surpresas, cenas chocantes e bizarras (realmente, o que foi aquele soufflé?? o.O), cenas que nos fazem refletir, cenas engraçadas, diálogos sensacionais (concordando totalmente: Jason x Newlin!)... Além de personagens incríveis, destacando Eric, Jason e agora, Godric. Como pode alguém com um rosto tão jovem conseguir nos convencer dos seus milhares de anos vividos? Já virou um dos meus preferidos.
Agora, é contar os dias até semana que vem!
Parabéns mais uma vez pelos comentários!
Faço minhas suas palavras Davii, O jason foi o melhor desse ep tb ri muito quando ele disse q já esteve no céu efoi dentro da sua mulher ahhaah.... e o Godric eu tb achava q ele era cruel do mau mas foi bem pleo contrário, além de eles ser lindo ele é fofis é do bem hahah =]
ResponderExcluirO episódio foi bom sim e concordo plenamente com vc, Davi. De ruim, há alguns pontos que devem ser resolvidos nesta reta final da temporada. Acho que o mais necessário é interligar um pouco mais as tramas paralelas. Tudo bem que o casal Jéssica e Hoyit é bastante cativante, mas está isolado demais do resto do universo. Está na hora de Jessica ser vampira de verdade e participar do que tá rolando. O mesmo vale para a trama de Tara e Marriann... está nesse chove não molha desde o primeiro episódio da temporada. A cena é trash, e muito interessante, mas a trama deles está parada há muito tempo. Nada acontece de fato, a não ser mais bizarrice, mais bacanal, mais bizarrice, mais perseguição ao Sam, mais bizarrice... já é hora de agitar Bon Temps... hehehe
ResponderExcluirHá braços
Paulo
Falar o que? Mais um episódio sensacional. Tivemos a volta da sem noção mor, Sookie peitando vampiros old n’ overpower. Será que ela acha que o Bill sempre vai conseguir protege-la? Fala sério, ela é folgada demais… não tem noção nenhuma do perigo.
ResponderExcluirO Godric…. hmmm… tudo bem, dá pra entender a atitude pacifista dele, mas ainda acho que ficaram coisas mal-explicadas. O carecão lá fala “Godric, sou eu”. Havia algum tipo de entendimento entre eles? Godric foi simplesmente capturado e decidiu não resistir pra não ferir humanos? Mas depois libertou-se pra salvar a Sookie e matou o careca, que o conhecia a ponto de chamar pelo nome. Não, definitivamente isso ficou em aberto.
E quem owna geral, pra variar, é o Eric. Ele se perfazendo de caipira tímido diante dos caras da igreja… tomei um susto, era algo completamente diferente do Eric habitual. O ator merece palmas. E no final, tirando com a cara do Bill, como faria um adolescente diante do irmãozinho pentelho: “Ah, que bonitinho, ele quer brincar de lutinha…” hahahahah, sensacional.
Concordo com o Paulo Roberto sobre a trama da Maryann, e a melhor frase foi:
"Na verdade, eu sou mais velho que o seu Jesus... queria ter conhecido ele, mas infelizmente... perdi a oportunidade."
Godric
Essa temporada está sendo impecavel e tbm concordo que Timebomb foi o melhor episodio até então.
ResponderExcluirA inserção do Godric na série foi sensacional mostrando que ele é totalmente diferente do que eu, e quase todo mundo que assiste a série, achava. Já se tornou meu personagem preferido.
No flashback do Eric ele meu pareceu ter uma aparência ainda mais jovem, mas acho que era por causa do corte de cabelo
Sobre o Lafayette ler mãos e prever o futuro nas cartas, sei que não vou conseguir encontrar agora onde foi mas acho que ele já tinha feito uma dessas coisas na primeira temporada com a própria Tara. Não estou com muita certeza mas acho que ele já tinha feito isso sim
"Timebomb" foi o melhor episódio da série desde o ótimo Finale da primeira temporada. Timming perfeito, ÓTIMO elenco, grande apuro técnico e um avanço significativo na história da série, além de um aprofundamento grande na mitologia da mesma. Toques sarcásticos que dão o tom.
ResponderExcluirPERFEITÃO!