segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sessão 3 em 1: This is It, Sempre ao Seu Lado e Um Olhar do Paraíso



Lançado pouco mais de quatro meses depois da morte do inesquecível rei da música pop, This is It, documentário que registra boa parte dos ensaios e da preparação do que seria a última série de shows de Michael Jackson, encanta muito pela noção de grandiosidade do espetáculo que nunca aconteceu (as novas vinhetas de Thriller e Smooth Criminal, esta mesclando cenas de filmes clássicos, feitas especialmente para o show são excepcionais), mas perde força ao abrir mão de explorar um pouco mais a fundo a personalidade genial e perfeccionista do cantor e sua relação com a fama. O que This is It também faz, é evitar por completo tentar traçar qualquer conclusão sobre as circunstâncias que levaram o cantor à morte no dia 25 de junho de 2009 (18 dias antes do 1º show em Londres), funcionando assim ‘apenas’ como um último tributo a Jackson e como um registro óbvio para todos que admiravam (e ainda admiram) sua música: dificilmente voltaremos a ver um artista tão completo e tão controverso quanto ele.

This is It foi exibido na noite domingo pela Globo e vai ao ar na 4ª feira, 30 de junho, às 21h no Warner Channel

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    Sempre ao Seu Lado (Hachi: A Dog’s Tale)

    Inspirado na incrível história verídica da fidelidade de um cão da raça Akita a seu dono, Sempre ao Seu Lado está longe de ser uma obra prima, mas conseguindo ser emocionante sem ser piegas (algo que Marley & Eu já havia feito com muita propriedade), é um filme que contribui decisivamente para dar um sentido ainda mais forte à frase ‘o cão é o melhor amigo do homem’. Objetiva em sua mensagem, a produção que conta com Richard Gere no elenco, explora com tomadas criativas e eficientes (algumas sob o ponto de vista do próprio animal inclusive) a curiosa relação que se estabelece entre o cão e seu dono antes e principalmente depois que esse falece. A partir desse ponto, o foco do filme volta-se totalmente para o animal que inexplicavelmente mantém a rotina então já estabelecida de esperar pelo dono todos os dias em frente a uma estação de trem por impressionantes 10 anos(!), algo que fica explicitado numa elegante elipse, diga-se. Em suma, se você já viu o filme, sabe qual é a sensação que ele traz, mas se ainda não viu o desafio é um só: resistir às lágrimas se puder.

    Um Olhar do Paraíso (Lovely Bones)

    Ainda que visualmente tenha momentos belíssimos, graças sobretudo à fotografia, o filme dirigido por Peter Jackson (da trilogia O Senhor dos Anéis) baseado no romance Lovely Bones de Alice Sebold (Uma Vida Interrompida no Brasil), falha clamorosamente no aspecto que lhe seria mais fundamental: comover com a história da adolescente assassinada que depois de morta passa a observar (de uma espécie de limbo) a vida de sua família e de seu algoz (Stanley Tucci, apenas mediano como o serial killer que lhe rendeu indicação ao Oscar 2010). Longo demais, Um Olhar do Paraíso derrapa ao não se definir nem como drama consistente no que tange expôr os conflitos que surgem na família da vítima (Mark Wahlberg é o pai obcecado por encontrar o assassino e Rachel Weisz e Susan Sarandon aparecem apagadas nos papéis de mãe e avó respectivamente), nem como a fantasia romântica que tenta ser nas sequências que mostram a jovem e delicada Susie Salmon (Saoirse Ronan, a melhor coisa do filme) angustiada por ter tido a vida tomada de forma covarde e por ainda não se sentir pronta para seguir adiante no plano em que estava.

Um comentário:

  1. Nao sou de chorar vendo filmes mas o "Sempre a seu lado", bem despertou o meu lado mais sensível, nunca esperei tanto de um filme desta categoria! É para ver e rever!

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