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terça-feira, 8 de junho de 2010

A 'estreia' da inglesa Pulse e os retornos de Royal Pains e Burn Notice

Pense numa série médica que se confunde entre o thriller de suspense e o horror psicológico. Não lembrou de nenhuma? Pois então conheça Pulse, nova produção inglesa que estreou na quinta-feira, 3 de junho e que acidentalmente(?) pega emprestado um elemento de Grey’s Anatomy (jovem médica assombrada pelo peso de ser comparada a sua respeitada e falecida mãe), mas que vai muito além do drama particular ao ambientar sua história num hospital de excelência que esconde experimentos que fogem de qualquer padrão de normalidade envolvendo pacientes e os próprios médicos.

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    Se no estilo, Pulse não chega a ser tão brilhante, já que abusa de pequenos clichês para criar suspense (a trilha colocada só para assustar, a sombra que passa ao fundo criando uma expectativa que não dá em nada e etc), conceitualmente é uma produção que pode ter muito espaço para crescer sobretudo por conta de seus personagens e do tom de conspiração que toma forma. Longe de ser empolgante, Pulse intriga pela temática diferente e por explorar um universo que raramente vemos na tv. O que não é pouca coisa, acredite.


    Nota: Embora o Piloto tenha sido exibido pelo canal inglês BBC3, a continuidade da série ainda não foi confirmada, o que pode ou não acontecer ainda essa semana.

    O retornos de Burn Notice e Royal Pains

    Duas séries que no Brasil infelizmente não geram a repercussão que merecem, retornaram com novas temporadas na semana passada na tv americana.

    A primeira é Burn Notice, que em sua 4ª temporada continua sendo (junto de Chuck) a melhor série de espião capaz de desconstruir com muito humor e altas doses de ação o glamour de tramas que envolvem missões absurdas e exageradas. Descobri a série tardiamente quando ela já estava no fim da 2ª temporada, mas desde então acompanho com certa regularidade a história do ex-espião da CIA que após ser demitido sem causa aparente, passa a viver de pequenos bicos envolvendo situações que exigem sua expertise ao mesmo tempo em que tenta descobrir porque foi ‘queimado’ da agência. O episódio que abriu o 4º ano da série nem chegou a ser tão empolgante quanto a média da temporada anterior, mas ao colocar o protagonista Michael Weston (Jeffrey Donovan) em um trabalho colaborativo com um outro agente da CIA, o ponta-pé inicial para o que pode render diversas situações novas foi bem dado. Assim como Chuck, Burn Notice tem como grande mérito não se levar a sério, um recurso fundamental para uma produção que trata o perigo e a ameaça como uma brincadeira divertida cercada de tiros, explosões e personagens carismáticos.

    Royal Pains, que acaba de iniciar sua 2ª temporada, narra a vida de Hank Lawson, médico que após ser injustamente demitido do emprego e ser dispensado pela noiva, troca, ainda que involutariamente, a rotina de uma emergência de hospital em Nova York pela de médico particular de ricaços do badalado balneário dos Hamptons. As histórias da série e os chamados casos da semana são sempre dos mais simples possíveis, mas ao se misturarem aos dilemas pessoais dos personagens, criam uma atmosfera interessante e curiosa num mundo absolutamente distante da nossa realidade. No episódio que abriu a nova temporada (que conta com participação especial da oscarizada Marcia Gay Harden), Hank tem que dar assistência a um famoso inventor (papel de Kyle Bornheimer da falecida Worst Week) ao mesmo tempo em que precisa reconquistar a confiança do bilionário Boris (Campbell Scott, o Joe Tobin da 3ª temporada de Damages), que na série funciona como uma espécie de apoiador informal das ‘aventuras’ do médico nos Hamptons. Na essência, Royal Pains não é uma série imperdível, mas nesse período de entressafra das temporadas regulares, surge como uma boa opção de diversão.

    No Brasil, Burn Notice é exibida pelo Fx (que atualmente transmite a 3ª temporada) enquanto Royal Pains vai ao ar pelo Sony que está reprisando a 1ª temporada.