sexta-feira, 27 de junho de 2008

Falta de acordo entre atores e estúdios pode comprometer várias séries e filmes

Nessa próxima 2ª feira dia 30 de junho, encerra-se o acordo que rege a relação entre o SAG (o sindicato dos atores) e a AMPTP (a aliança das produtoras e estúdios de cinema e tv). O fim do acordo, cuja negociação de renovação segue tumultuada e paralisada por conta da troca de ataques entre o SAG e o AFTRA (sindicato de atores de rádio e tv), provoca uma onda de incertezas sobre o futuro próximo das produções do cinema e da tv que vêem a sombra da ameaça de uma nova greve crescendo dia após dia em Hollywood.

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    Embora negue que deseje convocar uma greve de atores, a liderança do SAG responsável pelas negociações não descarta a alternativa caso a AMPTP mantenha-se firme na posição de não ceder nos pontos que o SAG considera chaves para os interesses dos atores. Dentre as reivindicações estão revisões nos valores oriundos das rendas de DVDs e sobretudo nas chamadas novas mídias que se concentram basicamente no ambiente online, um dos principais pontos de discórdia da greve dos roteiristas que acabou durando mais de 100 dias.

    A principal causa do rompimento e da onda de trocas de acusações entre o SAG e a AFTRA - que até então mantinham uma relação bastante próxima - está relacionada ao acordo que este último fez de forma isolada com a AMPTP que por sua vez não admite mudar os termos com o SAG. A confusão é tão grande que atores renomados como George Clooney, dentre outros, resolveram pronunciar-se publicamente sugerindo que uma nova comissão de negociação seja formada por atores de peso na indústria. A idéia pode nem ser a melhor, mas parece a mais viável no momento em que muitas das produções de cinema estão encerrando os trabalhos à espera de definições e as de tv tentam adiantar ao máximo as gravações das séries que estréiam no início de setembro.

    O ponto final dessa história só deve ser conhecido a partir do dia 8 de julho quando os membros do AFTRA dirão sim ou não ao acordo feito por seus diretores. Se a resposta for negativa, o SAG ganha força para pressionar a AMPTP a voltar à mesa e discutir o novo acordo. Porém, se a resposta for positiva, o corpo executivo do SAG perderá apoio e verá sua missão de trazer novos benefícios aos membros do sindicato bastante dificultada. Vale lembrar que dos 70 mil membros que compõem o AFTRA, cerca de 44 mil também são filiados ao SAG que por sua vez tem em seus quadros quase 120 mil membros. Seja lá qual for o desfecho desse impasse, a certeza é uma só: uma nova greve à essa altura acarretaria uma avalanche de prejuízos para todos os lados, mas sobretudo à tv que veria a temporada 2008/2009 ficar totalmente comprometida e ameaçada.

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