Exibido na tv americana no dia 23 de Setembro
Quem acompanha o Dude News frequentemente, sabe que meses antes de Fringe estrear já falávamos bastante dela por aqui. Dentre os motivos, posso citar que por ser a nova criação de J.J. Abrams - em parceria com seus antigos colaboradores Alex Kurtzman e Roberto Orci -, e trazer a promessa de explorar o gênero investigativo envolvendo conspiração, mistério e um climão sci fi mesclado a dramas pessoais, a série já nascia com pontos suficientemente atraentes para que ficássemos de olho nela desde cedo. Além disso, como eu já era grande fã de Arquivo X, saber que vários dos elementos que tornaram aquela série um clássico seriam revisitados com uma nova roupagem, deixavam minhas expectativas nas alturas. Aí veio o piloto elogiado pela grande maioria de fãs do gênero e logo em seguida um episódio com uma das sequências pré-créditos mais chocantes e impressionates dessa temporada. Encontramos a grande série estreante da temporada, portanto? Ainda é cedo para dizer, mas se há uma certeza que veio com esse terceiro bom episódio, é que o tão mencionado padrão dito por Philip Broyles começa a ganhar um significado prático bastante intrigante, ainda que bem formuláico pelo menos até agora.
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Vejamos: o episódio começa com algum acontecimento bizarro e logo em seguida vemos o chefe de Olivia (a ainda irregular Anna Torv) pedindo para que ela vá investigar o ocorrido que por sinal faz com que o ótimo Walter Bishop se lembre de alguma pesquisa estranha feita antes de ser preso. Aí no meio da investigação, Olivia e Peter acabam encontrando alguma ligação entre o evento com a Massive Dynamics, o que leva a agente do FBI a questionar a misteriosa Nina Sharp que sempre diz algo obscuro e vago. Notou o "padrão"? Então pera aí que tem mais. Por mais complicado que o caso possa parecer, o Dr. Bishop de um jeito ou de outro sempre surge com alguma invenção esquisita que extrai uma informação chave do cérebro de alguém intimamente conectado ao caso. Bingo!
Bom, apesar da 'brincadeira' é óbvio que o significado do tal padrão constantemente mencionado na série não tem a ver com a estrutura dos episódios em si, mas sim com os acontecimentos isolados que são frutos de experimentos secretos que exploram e ultrapassam os limites da ciência convencional estabelecida. Dito isso, devo dizer que enquanto a série tem se mostrado eficaz na tarefa de criar o clima plausível que sustente o caso da semana, sua (ainda pequena) dificuldade de alavancar o arco mitológico central me incomoda um pouco. E sim, achei interessante a revelação de que Walter Bishop trabalhou com o criador da Massive Dynamics no passado e gostei muito da história envolvendo a tal rede fantasma (será que um dia veremos algo próximo daquilo?), mas preciso confessar que curtiria muito mais se os roteiros desses primeiros episódios privilegiassem uma exposição maior sobre a real ligação entre Broyles e Nina Sharp e explorasse mais a dinâmica conflituosa entre os Bishop. E não digo isso na ânsia de querer ver tudo com atropelo, já que como fã de Lost que sou, aprecio a exposição feita em camadas com inteligência e profundidade, mas em Fringe julgo que existam algumas perguntas, que se fossem logo respondias ajudariam muito a criar a ambientação perfeita para que a série deslanche de vez. Por exemplo: por que Broyles parece fazer jogo duplo? Ou por que Nina sempre dá dicas para Olivia que podem acabar incriminando o trabalho da Massive Dynamics? Qual o objetivo dos testes, afinal? Não sei se o quarto episódio indicará as respostas para essas perguntas, mas torço para que o faça justificando definitivamente o grande potencial que a série tem.
House 5x02 - Not Cancer
Exibido na tv americana no dia 23 de Setembro
Dos pontos que mais chamaram minha atenção nesse episódio - que manteve o alto nível do primeiro dessa temporada -, além do bizarríssimo caso do câncer que não era câncer (algum médico por aí para dizer se isso é realmente raro?), não dá para deixar de destacar a ótima introdução do investigador particular Lucas (é ele o personagem que mais tarde pode protagonizar um spin-off de House). Achei perfeita a maneira de introduzí-lo já que ele se conectou rapidamente à dinâmica da série e trouxe um ar de novidade que só tende a fazer bem à produção.
Sob pretexto de usá-lo para descobrir uma forma de se reaproximar de Wilson (que inevitavelmente acabará voltando à série em algum momento), House acidentalmente encontrou alguém com personalidade tão peculiar quanto à sua, o que despertou nele um interesse incomum como vimos no final do episódio. Lucas tem um humor diferente daquele de House mas consegue trangredir e ser irônico de uma forma bem original. Além disso, ele divide aquela mesma aura de observador nato e sagaz que o House tem e que pode render a ele o mesmo carisma que o personagem de Hugh Laurie já conhece há 5 anos. Fora isso, temos que reconhecer que a entrada de um personagem que não é médico interagindo com House pode recuperar um pouco da complexidade e dos choques de opinião um pouco esquecidos desde o deslocamento de Cameron e Chase para a entrada de Kutner, Talb e da Treze, que embora sejam personagens muito interessantes, não trazem a mesma dinâmica dos veteranos.
Já tem gente se precipitando e dizendo que a relativa queda de audiência (ainda muito boa) da série nesse início de temporada, já é um sinal de que ela perdeu o gás, mas eu digo que isso é só a consequência de uma re-adaptação natural de uma série que busca expandir seu tom explorando uma das peças chave de seu sucesso: o estranho relacionamento entre House e seu já não mais tão fiel escudeiro Wilson. A série está definitivamente diferente, mas continua como uma das melhores da atualidade.
Eu também estou achando Fringe muito devagar em relação ao desenvolvimento da história. Os eps são sempre muito concentrados no caso da semana.
ResponderExcluirEu achei que o 2° ep teve uma história mais isolada enquanto os outros dois casos resolvidos no 1° e 3° eps me parecem ter alguma relação com uma conspiração
Me decepcionei com Fringe! A série não passa de um Arquivo X repaginado, como diz o texto do Davi.
ResponderExcluirEsse tal "padrão" equivale aos conspiradores do governo que escondiam suas ligações com os alienigenas de arquivo x. A diferença fica por conta da corporação Massive Dynamics, que pode muito bem ser uma influência de lost que tem a Hanso Fundation e Widmore Industries.
A verdade é que JJ Abrams sabe como se vender e vender seus produtos. Mas eles de fato não são essa coisa toda. Um ótimo exemplo disse foi Cloverfield, que gerou toda uma expectativa pra um filme de monstro péssimo com uma câmera tremida
No caso de Lost, que toda hora aparece como sendo criação dele, deve muito mais de seu brilhantismo a Damon Lindelof
A única coisa boa de fringe é o carismático walter bishop. Joshua Jackson ta idêntico ao personagem que fazia em Dowson`s creek e suas piadinhas são irritantes
Lost,Pelo amor de Deus, volta logo!!!!!
Também estou achando a série fraca. Não acho que vai ter "carisma" para uma segunda temporada.
ResponderExcluirEstou me lembrando de "John Doe"
eu fico incomodado com o fato de o dr bishop ser a única pessoa que sabe de tudo, ele tem a explicação/solução pra qualquer questão, ou ele já estudou, ou já se relacionou com, ou ele mesmo já desenvolveu. A centralização de todo o conhecimento nele deixa a série sem realismo, sem verossimilhança :)
ResponderExcluirSe ele é tão foda, por que vieram se aproveitar dele só agora. Se essa clausura dele realmente foi proposital, acredito que deveria aparecer algum indício disso.