quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Comentários de HOUSE 5x01 e FRINGE 1X02



House 5x01 - Dying Changes Everything

Exibido na Fox americana no dia 16 de setembro

O ótimo retorno do médico mais antipático e adorado da tv provou porque essa é uma das melhores séries da atualidade. O episódio explorou uma doença bizarra como sempre acontece mas isso sem dúvida foi o que menos importou. O real núcleo da história acabou girando em torno do relacionamento estremecido entre House e Wilson depois da morte de Amber no final da 4ª temporada. Dois meses se passaram desde aquele evento e Wilson está decidido a ir embora do hospital o que acaba despertando a ira de House que o qualifica como ridículo e tolo. É um verdadeiro show de egocentrismo típico de House que nunca abre mão do reducionismo prático mesmo quando a situação é mais complexa do que parece. O roteiro desse Dying Changes Everything brilhantemente nos faz imaginar que Wilson culpa o ex-amigo pela morte de sua namorada e que 'só' por isso quer se afastar dele. Contudo, a verdade que House descobre ao final do episódio é muito mais dura.

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    Wilson não o culpa nem muito menos o odeia, mas diz ter aprendido uma lição importante com a morte de Amber: ficar perto de House e ter sua amizade é um veneno mortal do qual ele não quer mais provar. Para ele, House só sabe manipular as pessoas como bem entende e nunca se abre para expor quem ele realmente é. E se é difícil imaginar House se tornando alguém mais socializável - até porque isso diminuiria e muito a graça do personagem - me parece que esse será um caminho a ser explorado ao longo dessa nova temporada. House pode ser o protagonista da história representando aquele ponto puramente racional, mas cabe a Wilson devolver um certo tom de humanidade que House parece evitar a todo custo e que o torna tão singular. A série voltou com tudo e eu sou mais fã do que nunca.



    Fringe 1x02 - The Same Old Story

    Exibido na Fox americana no dia 16 de setembro

    Por mais que os produtores de Fringe digam que a série não copiará Arquivo X - embora admitam que buscaram inspiração na criação de Chris Carter -, é impossível assistir esse The Same Old Story e não associá-lo a alguns dos melhores episódios que mostravam Mulder e Scully investigando um caso bizarro intimamente ligado à uma conspiração governamental. O segundo episódio de Fringe repete a fórmula mas passa longe de torná-la desinteressante ou previsível mesmo quando não abre mão de colocar um gancho nos mesmos moldes daquela série. O roteiro escrito pelo trio Roberto Orci, Alex Kurtzman e J.J. Abrams, confere identidade à história explorada que envolve e instiga a curiosidade do início ao fim embalada por um constante clima de suspense e mistério sempre atraente. E se a trama envolvendo a criação de supersoldados pelo governo não chega ser inédita, a idéia de ver alguém que se desenvolve em uma velocidade absurdamente alta pode soar exagerada demais mas nem por isso menos curiosa. O roteiro logo trata de amarrar o fato ao tal 'padrão' mencionado antes por Philip Broyles que se revela um membro ativo do grupo (que parece até o Sindicato de AX) ligado à Massive Dynamics que representado pela fria Nina Sharp, fatalmente deve estar ligado a algum desvirtuamento dos estudos de fronteira com os quais o Dr. Walter Bishop se envolvera no passado.

    The Same Old Story também ganha pontos por investir num ritmo mais coeso e equilibrado se comparado ao piloto da série. Todos os pontos parecem bem amarrados e nada soa fora de sintonia ou mesmo desnecessário. Além disso, o crescente desenvolvimento do relacionamento entre o trio principal também facilita uma pronta conexão com a história. E se Olivia ainda não é a personagem carismática que promete e precisa ser, pelo menos não compromete. Já a dinâmica entre o sarcástico Peter e o atormentado Walter sempre me chama atenção principalmente quando evidencia a inversão de papéis entre pai e filho que certamente pode render muitas subtramas interessantes ao longo dos próximos episódios. Walter evidentemente guarda segredos importantes e conhece boa parte dos estudos que culminaram na transformação do planeta em um grande laboratório, por isso, ver como ele vai lidar com a realidade de ter contribuído para a construção desse perigoso cenário é para mim a maior atração da série até agora. É cedo para dizer se a série vai mesmo emplacar ou atingir o mesmo nível de adoração despertado por Lost, mas dado o crescimento na audiência comparada à da estréia, já dá para imaginar que pouco a pouco o público vá comprar a idéia imaginada para a produção que promete equilibrar histórias isoladas ao desenvolvimento de um arco mitológico fundamental para qualquer série do gênero. Parece que J.J. e cia, realmente acertaram de novo.

6 comentários:

  1. Meu sentimento sobre House é o mesmo que o seu Davi!! Esse série sempre consegue se superar, o roteiro é maravilhoso e o grupo de atores está entre uns dos mais entrosados da TV americana!! Isso já se refletiu na audiência sendo a maior entre as estréias até agora, e até dando uma ajudinha pra Fringe nesse departamento também.

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  2. Vou ver o segundo episódio de FRINGE hje a tardeee. já HOUSe queria colocar a serie em dia, mas ainda tenh uma longa jornadaaa!!!


    Queria avisar que mudamos o Series é Aqui para o Wordpress... TEM COMO MUDAR NOSSO LINK AQUI ???

    Abraçs!

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  3. Pois é Izabela, não foi à toa que a série voltou atingindo os maiores índices até o momento na temporada e Fringe, embora tenha conquistado audiência com méritos, de fato tem muito o que agradecer a House.

    Lucas, já atualizei o link. Sucesso com o espaço novo.

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  4. Fringe pode até emplacar, mas não vai se transformar no fenômeno que Lost se transformou. Até porque Lost veio com uma proposta totalmente original.

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  5. Sinceramente estou desapontado com Fringe.
    Nada mais é que um Arquivo X exagerado. As caracteristicas de Mulder e Scully se dividem entre o casal da trama, e dá indícios que haverá um romance entre os dois. As estórias de ficção são extremamente forçadas, e o doutor, o novo Einstein, sabe tudo e mais um pouco sobre qualquer coisa. Outra coisa, é o personagem de Joshua Jackson, que é irritante, sempre com a pose de gostosão e sabe tudo. Assistirei o próximo episódio, mas se não me agradar novamente, vou desistir da série.

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  6. House, sem palavras. Acho q foi o episodio mais impactante da série ateh aki. Kero ver agora como vai ser House sem o Wilson, acho q a única pessoa q ele considerava como amigo, e dah as costas pra ele. House promete msm! Cada dia melhor.

    Comecei a ver Fringe tb, e eu tô adorando. Acho q com Lost a semelhança eh muito sutil, praticamente inexistente não fosse por uma 'Compania' - q na real me lembra mais Prison Break q Lost - a la Dharma. Mas qto a arkivo x, realmente a semelhança eh inegável, mas eu não vejo isso como sendo uma coisa ruim. Arkivo X acabou a mais de 5 anos, e desde então não teve nada do tipo - q eu saiba, pelo menos. E, como obviamente não veremos mais essas conspirações e ciência beirando a ficção em Arquivo X, acho ótimo termos isso em Fringe.
    Realmente eh cedo ainda pra falar muito, mas torço muito para q dê certo essa série e não cancelem!

    PS: Adoro ler as reviews de séries - pelo menos das q aconpanho - aki no blog, e pra ser sincera, foi por aki q me empolguei pra assistir Fringe =]
    Continuem com o ótimo trabalho por aki, Dudes. o/

    Cheers.

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