domingo, 16 de agosto de 2009

Brüno

Aparentemente mais interessado em chocar, do que em expor preconceitos de um jeito engraçado como fez com Borat em 2006, Sacha Baron Cohen retorna aos cinemas com Brüno, comédia centrada no personagem gay austríaco que decepcionado com os rumos de sua carreira, decide buscar a fama nos EUA a todo custo, mesmo que isso signifique usar artifícios apelativos.

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    Repetindo o fórmula de seu antecessor cazaque, mas com menos inspiração, Brüno é um grande emaranhado de esquetes que ao contrário daquela produção, não dão o senso de continuidade narrativa que se espera de um bom filme por mais despretensioso que possa ser (ou parecer ser). Assim, há determinados segmentos que surgem na metade da produção que poderiam estar no início sem qualquer prejuízo maior à história que supostamente se conta.

    Provocativas, mas não necessariamente inteligentes, as críticas feitas à homofóbica sociedade americana (e do resto do mundo de uma forma geral, claro) tem sua força diminuída no filme, na medida em que o personagem austríaco de Cohen se perde na tênue linha que separa os artifícios de denúncia daqueles que reforçam esteriótipos representados numa afetação por vezes exagerada.

    Equívocos à parte, Brüno é engraçado principalmente nas sequências em que o personagem ridiculariza segmentos religiosos, militares e celebridades, e faz piadas politicamente incorretas (as envolvendo o bebê O. J. são ótimas). É inegável, porém, que determinadas esquetes não funcionam nem pela piada nem pela crítica, como aquela em que Brüno vai à Palestina para buscar a paz entre árabes e judeus e para entrevistar um suposto terrorista.

    Com mais escorregões do que acertos, infelizmente Brüno deixa a sensação evidente de ser um filme que se sustenta mais pela escatologia (o que foi a cena do vidente?) e parcialidade do que pela sátira ao comportamento humano frente às diferenças. Que a produção vai render milhões à Cohen não tenho dúvida, mas me parece igualmente certo dizer que dessa vez o comediante perdeu a mão com uma piada que faz rir pelos motivos errados, o que é sempre uma pena.

    Cotação:

4 comentários:

  1. Será que Cohen só sabe fazer esse tipo de coisa?

    Talvez o problema tenha sido querer repetir uma formúla que já foi usada em borat. E quando se conta a mesma piada pela segunda vez, ela perde a graça.

    rfmalucom.blogspot.com

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  2. que ridiculo ...... ¬¬ eu vi o trailer, nossa pra q isso ?

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  3. Discordo completamente dessa crítica, Bruno é sensacional justamente por NÃO se levar a sério, é um filme descompromissado e deve ser encarado dessa maneira. Acredito que quem for ao cinema procurando um filme cheio de críticas implícitas a sociedade irá se decepcionar pois o filme não é somente isso! Desencane, deixe seu senso crítico do lado de fora da sala de cinema e apenas divirta-se com esse que é o melhor humorista da atualidade. Palmas para Sacha Baron Cohen e seu hilariante Brüno!

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  4. Achei completamente brilhante esse filme, é uma pena que pessoas conservadoras nao saibam analisar as criticas em forma de humor que sacha fez atraves do seu personagem Brüno

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